Economia
Cotações Agropecuárias: Acordo entre China e EUA fez mercado de soja disparar

Imagem: Freepik
O anúncio da redução temporária das tarifas comerciais entre Estados Unidos e China mexeu profundamente com o mercado agrícola nesta segunda-feira (12.02), especialmente com o da soja. Em um movimento inesperado, as duas maiores economias do planeta anunciaram que suspenderão, por 90 dias, parte das sobretaxas que vêm travando o comércio bilateral desde o início da guerra comercial. O reflexo foi imediato: os contratos futuros da oleaginosa dispararam na Bolsa de Chicago.
Aos produtores brasileiros, resta acompanhar com atenção os próximos capítulos dessa novela tarifária. Afinal, embora o Brasil ganhe espaço quando EUA e China se estranham, também precisa se posicionar com agilidade quando os gigantes decidem conversar.
Às primeiras horas do pregão, os contratos com vencimento em julho e setembro registravam altas acima de 1%, com ganhos entre 15,50 e 16,25 pontos. O contrato julho era negociado a US$ 10,60 por bushel, o que representa aproximadamente R$ 60,42. Já o contrato setembro marcava US$ 10,42, cerca de R$ 59,39.
Mas o mercado da soja não vive apenas de diplomacia. Produtores e traders também mantêm os olhos atentos ao clima no Meio-Oeste americano — região-chave para o plantio da safra nova — e ao ritmo da colheita e comercialização na América do Sul, com destaque para o Brasil e a Argentina. A volatilidade promete se acentuar ainda mais com a divulgação, às 13h (horário de Brasília), do novo boletim mensal do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), que atualizará os números da safra velha e trará as primeiras estimativas para a safra 2025/26.
O combustível por trás dessa euforia, no entanto, foi a declaração conjunta divulgada nesta manhã por Washington e Pequim. Segundo o documento, ambos os países “reconhecem a importância de um relacionamento econômico e comercial sustentável, de longo prazo e mutuamente benéfico”. A partir de 14 de maio, as tarifas recíprocas serão drasticamente reduzidas: os EUA reduzirão as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China cortará as suas, sobre itens americanos, de 125% para 10%.
Embora o fentanil — substância sintética altamente sensível nas relações sino-americanas — continue taxado pelos EUA, o alívio tarifário em setores estratégicos como o agroalimentar sinaliza uma retomada do apetite chinês pela soja norte-americana, sobretudo no momento em que a nova safra começa a ser semeada.
Esse reposicionamento tarifário atingiu em cheio não apenas o grão, mas todo o complexo da soja. O óleo registrava alta superior a 2,5%, puxado também pelo avanço do petróleo no mercado internacional. O farelo de soja, o milho e o trigo também seguiam em valorização, em meio ao otimismo generalizado.
UNIÃO DA VITÓRIA
Milho – R$ 61
Soja – R$ 124
Trigo – R$ 76
Boi – R$ 310
Suíno – R$ 8,40
APUCARANA
Milho – R$ 55
Soja – R$ 115
Trigo – R$ 80
Boi – R$ 305
Suíno – R$ 8,30
CASCAVEL
Milho – R$ 55
Soja – R$ 116
Trigo – R$ 80
Boi – R$ 304
Suíno – \\\
Confira a cotação completa AQUI.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Exportações do agronegócio somaram R$ 37 bilhões entre janeiro e abril

Divulgação
As exportações do agronegócio de Minas Gerais somaram R$ 37 bilhões entre janeiro e abril de 2025, segundo dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa-MG). O valor representa um crescimento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado e é o melhor resultado da série histórica iniciada em 1997.
Apesar da queda de 6,2% no volume exportado — que totalizou 5 milhões de toneladas — o agro foi responsável por 46,8% de tudo que Minas vendeu ao exterior no período.
O secretário de Agricultura, Thales Fernandes, informou que a expectativa é fechar o ano com exportações entre R$ 111 bilhões e R$ 117 bilhões. “Teremos uma melhor estimativa a partir do fechamento do primeiro semestre, em julho”, afirmou em nota à imprensa. Segundo ele, o desempenho até agora é promissor, mas depende de fatores como clima, logística, preços internacionais e variações no custo dos insumos.
“Esse ponto de inflexão do calendário agrícola é decisivo para avaliar o comportamento das culturas durante a entressafra, bem como os impactos de variações climáticas extremas, logística portuária, conflitos geopolíticos e oscilações nos preços de insumos e de fretes internacionais”, explicou o secretário.
O café segue como carro-chefe das exportações mineiras. Foram R$ 22,2 bilhões em receita no quadrimestre, com embarque de 10 milhões de sacas. O grão representou 60% do valor total exportado pelo agro do estado. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve alta de 70% na receita, mesmo com queda de 3% no volume.
A soja — incluindo grão, farelo e óleo — gerou R$ 6,3 bilhões em exportações, com 2,9 milhões de toneladas embarcadas.
O setor de carnes também apresentou bom desempenho. Juntas, as carnes bovina, suína e de frango renderam R$ 3 bilhões, um crescimento de 21,4%. A carne bovina liderou com R$ 2,1 bilhões (78 mil toneladas), seguida por frango (R$ 730 milhões) e suína (R$ 137 milhões).
Os produtos florestais superaram o complexo sucroalcooleiro e se tornaram o quarto maior segmento do agro mineiro, com R$ 1,9 bilhão em exportações. Já o setor sucroalcooleiro teve retração de 42,5% na receita e de 38% no volume exportado.
Destinos
Minas Gerais manteve a terceira posição entre os maiores exportadores do agro no Brasil, atrás de Mato Grosso e São Paulo. Os produtos mineiros chegaram a 160 países. Os principais destinos foram:
- China (23% do total),
- Estados Unidos (13%),
- Alemanha (9%),
- Itália (6%),
- Japão (5%).
O desempenho reforça a força do campo mineiro no comércio internacional, mesmo em um cenário de desafios logísticos, custos elevados e incertezas climáticas. A expectativa do governo é que os números sigam positivos, impulsionados pela valorização de commodities e pela diversificação dos mercados compradores.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Uso correto de drones no campo reuniu empresas e pesquisa na sede do CEA-IAC, em Jundiaí (SP)

Divulgação
Iniciativa do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC) e da Fundação Coopercitrus Credicitrus, o Programa Drones SP realizou nos últimos dias um encontro técnico envolvendo empresas que aderiram ao projeto e seu coordenador, o pesquisador científico Hamilton Ramos. O objetivo do evento, realizado na sede do CEA-IAC, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, na cidade de Jundiaí, foi analisar os primeiros resultados de pesquisas do programa e estabelecer os próximos passos na área.
De acordo com Ramos, a soma de esforços com a Fundação Coopercitrus Credicitrus deu origem a um amplo escopo de estudos, denominado Fórum de Pesquisa e Desenvolvimento de Tecnologia de Aplicação com Drones. “Em pouco tempo de programa, já geramos resultados relevantes para embasar discussões. As empresas cotistas do Drones SP podem utilizar os dados extraídos das experiências do Fórum, para desenvolver protocolos específicos para seus produtos e suas iniciativas na área”, exemplifica Ramos.
Para o pesquisador, a tecnologia de aplicação com drones é promissora e deverá avançar rapidamente dentro e fora do Brasil. “Contudo, há ainda diversos pontos a avaliar, sobretudo no tocante à sua eficácia e viabilidade econômica nas propriedades”, resume Ramos.
Segundo ele, o programa Drones SP foca principalmente no uso eficaz e seguro de drones nas propriedades. “Abrange conceitos tais como volume de calda, taxa de cobertura, tamanho de gotas, condições climáticas, deriva de produtos, compatibilidade de insumos e outros”, ele complementa.
Sobre o CEA-IAC
O Centro de Engenharia e Automação do IAC é parte da história da modernização da agricultura brasileira. Em uma área de 110 mil m², ao pé da Serra do Japi, desenvolve pesquisas e presta serviços nas áreas de mecanização, agricultura regenerativa, meio ambiente e segurança no manuseio de agroquímicos. Conduz, hoje, mais de 30 projetos de ponta nas culturas de uva, cana-de-açúcar, agricultura por imagem e tecnologia de aplicação de agroquímicos.
Sobre a Coopercitrus Credicitrus
Criada em 2019, a Fundação Coopercitrus Credicitrus é a materialização das iniciativas ambientais e sociais da Coopercitrus e da Credicitrus. Localizada em Bebedouro/SP, a entidade, sem fins lucrativos, visa o desenvolvimento dos cooperados e da comunidade no entorno, com parceiras que viabilizam grandes projetos em pesquisa, educação e meio ambiente. Coopercitrus mantém mais de 60 filiais nos estados de SP, MG e GO. Sua carteira de associados reúne mais de 35 mil agropecuaristas.
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Prêmio Queijos do Paraná no MON vai revelar os melhores produtos do Estado

Lançamento do Prêmio Queijos do Paraná, com a presença do vice-gevernador Dárci Piana, no Mercado Municipal de Curitiba.
O Prêmio Queijos do Paraná vai revelar os melhores produtos desta edição, de diferentes tipos produzidos no Estado, em evento que acontece nesta quinta e sexta-feira (29 e 30 de maio), no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. No total, 477 produtos de 76 municípios serão avaliados por um júri técnico, segundo critérios técnico-sensoriais. A iniciativa também contempla o Concurso Excelência em Muçarela–Edição Pizza, que vai eleger os melhores queijos para esta aplicação gastronômica. O anúncio dos vencedores será feito na noite de sexta-feira.
Realizado por um comitê-gestor formado pelo Sistema FAEP, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sebrae-PR, Sistema Fecomércio-PR e Sindileite-PR, o Prêmio Queijos do Paraná conta com 21 categorias, de acordo com o tipo de queijo e de leite utilizado (de vaca, cabra, ovelha ou búfala), além de criações especiais. O objetivo da iniciativa é dar visibilidade aos queijos produzidos no Paraná, colocando-os em posição de destaque, valorizando a cadeia produtiva como um todo.
Natalino Avance de Souza, diretor-presidente do IDR-Paraná, reforçou que o Prêmio Queijos Paraná é uma oportunidade para mostrar a qualidade da produção do Estado e ressaltou que o instituto tem empenhado grande esforço na capacitação e no apoio às agroindústrias do Estado.
“Durante os noves meses de preparação para a edição passada do prêmio, o Instituto capacitou 75 agroindústrias. Foi um esforço para apoiar o agricultor rural, principalmente o pequeno agricultor, e com certeza fez com que entregassem um produto com melhor qualidade e mais competitivo, não só para o prêmio, mas também para o mercado”, disse.
De acordo com Ágide Eduardo Meneguette, presidente interino do Sistema FAEP, o Prêmio Queijos do Paraná cria uma vitrine para colocar os produtos e produtores no lugar de destaque que merecem. “O Paraná produz queijos de ponta e tem queijeiros que já receberam até prêmios internacionais. Queremos amplificar ainda mais essa excelência”, afirma.
CRITÉRIOS – No dia 30 de maio, os produtos habilitados serão avaliados simultaneamente por jurados formados pelo próprio Prêmio Queijos do Paraná. De acordo com os critérios técnico-sensoriais, o júri vai atribuir nota a cada um dos concorrentes. Os queijos que obtiverem pontuação superior a 18 (em um total possível de 20), receberão medalha de ouro. Os que fizerem entre 16 e 18 pontos, ganharão medalha de prata. Por fim, os que tiverem entre 14 e 16 pontos levarão o bronze.
Em uma segunda etapa, os produtos condecorados com a medalha de ouro passarão por uma nova avaliação. Dez desses concorrentes serão premiados também com a medalha super ouro. Por fim, em fase final realizada no auditório do MON, os dez super ouro serão submetidos a um novo julgamento, em que cada um será defendido por um jurado. O produto que obtiver a melhor nota será eleito o melhor queijo do concurso.
EXCELÊNCIA EM MUÇARELA – Novidade nesta edição, o Concurso Excelência em Muçarela – Edição Pizza será realizado na quinta-feira. Serão eleitas e premiadas as melhores muçarelas de pizza, a partir de características como derretimento, elasticidade e fatiabilidade. Os produtos também serão julgados a partir de critérios sensoriais.
No total, 37 inscritos de 28 municípios foram habilitados a participar do concurso. Os jurados avaliarão um concorrente por vez. Cada queijo será ralado, fatiado e utilizado no preparo da pizza, seguindo os mesmos protocolos. Os jurados farão, na hora, a mensuração e as análises, também de acordo com os critérios pré-estabelecidos.
MINICURSOS E PALESTRAS – Além de celebrar os melhores derivados lácteos produzidos no Estado, o Prêmio Queijos do Paraná também trará uma série de ações voltadas ao fortalecimento desta cadeia produtiva. A programação contempla minicursos e palestras gratuitos, desde temas voltados a produtores de leite até assuntos de interesse do mercado consumidor. Entre os palestrantes estão a premiada chef Manu Buffara e o chef Rui Morshel, referência em cultura gastronômica paranaense.
Entre os temas estarão o mercado de queijos, a ser proferida por Rodrigo Magalhães, com mais de 20 anos de experiência na indústria, e sobre o papel dos queijistas com o mercado consumidor, com o profissional Tiago Pascoal. Também haverá apresentação de cases de sucesso e um painel sobre tecnologias e inovações queijeiras.
Além disso, Manu Buffara apresentará a palestra “Jornada de Sabores, Desafios e Empreendedorismo”, com direito a um menu degustação. Outro chef badalado, Rui Morshel falará sobre a importância de se utilizar as mídias sociais a favor de seu negócio. As inscrições para as palestras podem ser feitas online, pelo site do Sistema FAEP.
Na quinta-feira, os minicursos enfatizam receitas com queijos, como strudel com queijo colonial e croquete de cracóvia com queijos paranaenses – ambos, ministrados pelos chefs Débora Borba e Paulo Bedin. Também haverá títulos de harmonização de queijos com cervejas, vinhos e cafés especiais. No dia 30, os minicursos enfatizam opções como pizza, fonduta de queijo com cubinhos de frango e aligot de queijo acompanhado de cordeiro. As vagas para os minicursos já estão esgotadas.
Pâmella Andressa
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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