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Agricultura

Maior disponibilidade interna de soja eleva liquidez

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Foto: Jaelson Lucas/AEN

 

A proximidade da finalização da colheita nacional da safra 2024/25 de soja tem elevado a disponibilidade doméstica do grão e intensificado o ritmo de negócios no Brasil, apontam pesquisadores do Cepea. No entanto, os menores patamares dos prêmios de exportação e a significativa oscilação cambial impediram que a liquidez fosse ainda maior.

Quanto aos preços, no geral, seguem firmes. No campo, as atividades da safra 2024/25 caminham para a reta final no Brasil. De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), até 12 de abril, 88,3% da área nacional de soja havia sido colhida, superando os 83,2% registrados no mesmo período de 2024 e os 87,4% da média de cinco anos.

MANDIOCA: Esmagamento tem forte queda

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O feriado de Sexta-Feira Santa limitou os dias de trabalho, na última semana, em parte da indústria de fécula de mandioca, com algumas unidades interrompendo as atividades para manutenções preventivas, apontam pesquisas do Cepea. Do lado da oferta, o ritmo de colheita seguiu mais lento, seja por conta da retração de produtores ou até mesmo em razão de chuvas ocorridas em parte das áreas.

Nesse cenário, houve considerável diminuição no esmagamento em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Com oferta e demanda ajustadas e menor liquidez no mercado de fécula, os preços pouco se alteraram, recuando apenas em duas das regiões acompanhadas.

Levantamentos do Cepea mostram que a média semanal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 558,26 (R$ 0,9706/grama de amido), praticamente inalterada em relação à do período anterior (+0,08%). No acumulado das últimas quatro semanas, o cenário também é de estabilidade.

CITROS: Preço do suco sobe com força em NY

Após praticamente atravessarem fevereiro e março em queda, os valores do suco concentrado de laranja (FCOJ) negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures) têm apresentado forte reação neste mês.

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Colaboradores do Cepea indicam que esse cenário pode estar atrelado a movimentos de agentes no mercado financeiro. Assim, uma das explicações para a valorização do suco é a “fuga” de investidores em moedas, como o dólar, nos últimos dias – incertezas sobre as taxações norte-americanas podem ter deslocado investidores para algumas commodities, como o suco.

Além disso, as consequências do “tarifaço” norte-americano nos envios do suco ao país também podem ter influenciado os avanços. Nesse sentido, pesquisadores do Cepea indicam que as altas na Bolsa não refletem diretamente a dinâmica do suco brasileiro – apesar da participação elevada do produto nacional nos EUA. No entanto, uma possibilidade é que a depreciação recente do suco brasileiro no mercado externo tenha sido influenciada pela baixa qualidade do produto nacional.

(Com Cepea)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Incentivo à instalação de placas solares no campo é aprovado em Comissão

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Foto: Pixabay

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que cria um programa para estimular a instalação de sistemas fotovoltaicos por agricultores familiares e por inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Pela proposta, serão destinados ao Programa Luz do Sol:

  • Recursos do Orçamento destinados à Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar);
  • Parte da arrecadação de loterias;
  • Empréstimos junto a bancos e fundos;
  • Verbas de programas já existentes de eficiência energética e de energia renovável social.

A gestão financeira e operacional do programa será responsabilidade da ENBPar.

Arrecadação de apostas

O texto destina 2% da arrecadação das apostas de quota fixa, conhecidas como bets, ao programa Luz do Sol. O percentual será retirado do montante que hoje é destinado ao Ministério do Turismo (que ficará com 20,4% do produto da arrecadação).

A proposta altera a Lei 13.756/18, que trata da destinação do dinheiro arrecadado pelas loterias.

Bancos públicos, privados e de fomento e outras instituições financeiras e os fundos públicos ou privados, podem disponibilizar linhas específicas para financiamento do programa.

Segundo o deputado Otto Alencar Filho (PSD-BA), o incentivo à instalação da energia solar pode reduzir os custos do usuário residencial e do produtor, desenvolver cadeias tecnológicas nacionais, mitigar as consequências das crises climáticas e promover a agricultura familiar.

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Próximos passos

O projeto ainda será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

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Agricultura

Proibição de herbicida no RS gera embate entre produtores de frutas e de soja

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Decisão judicial no Rio Grande do Sul determinou a proibição imediata do uso do herbicida hormonal 2,4-D até o fim de 2025 em toda a região da Campanha Gaúcha e em outras áreas do estado.

A ação, que se arrastava há cinco anos, foi movida por um grupo de produtores de frutas que alega prejuízos ao serem impactados com a deriva do defensivo. Conforme estudos, o produto se dispersa em um raio de até 30km de onde foi aplicado.

Os maiores impactos são sentidos em vinhedos, com danos na brotação e abortamento de flores que, consequentemente, geram cachos ralos e colheitas menores.

A decisão da Vara de Meio Ambiente cobra que o governo do estado comprove a existência de um sistema eficiente de monitoramento e fiscalização do uso do defensivo, garantindo que a aplicação não prejudique culturas sensíveis, como frutas, olivas e nozes.

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Além disso, determina aplicação de multas, a criação de um fundo de compensação e do programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Caso o governo não cumpra essas medidas em um prazo de 120 dias, receberá multa diária de R$ 10 mil.

A presidente da Associação Vinhos Finos da Campanha, Rosana Wagner, ressalta que, nos últimos anos, os produtores de uva têm sentido um declínio constante na produção na Campanha Gaúcha.

“Ninguém mais está investindo porque como investir se não vou ter produção? […] E também a morte dos parreirais porque há um acúmulo de herbicida na planta. Entendemos que é uma situação que não atinge só a Campanha. O direito de produzir livremente é difuso e é isso que nós alegamos. Temos o direito de produzir sem sermos atingidos por outras culturas.”

Por meio de nota, a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul destacou que avalia a decisão e as medidas a serem adotadas para não prejudicar o calendário agrícola em andamento. Destaca, também, que trabalha com instrução de aplicadores, fiscalização em áreas mais críticas e orientações para aplicação segura.

Controle de plantas daninhas

O herbicida 2,4-D é usado no pré-plantio para controle de plantas daninhas de folhas largas em culturas como soja, milho e arroz.

Representantes de produtores de grãos manifestam preocupação com a proibição diante da proximidade da semeadura da safra 25/26. O presidente da Cotrisul, Gilberto da Fontoura, por exemplo, ressaltou que uma tecnologia alternativa e eficaz ao 2,4-D pode gerar alto custo aos produtores, uma vez que daninhas são resistentes a diversos defensivos.

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“Por outro lado, temos muitos produtores que adquiriram sementes de soja com a tecnologia Enlist, que é um investimento caro e que tem como princípio a utilização, em um segundo momento, deste herbicida, que é o 2,4-D”, detalha.

Redução de prejuízos do herbicida

A Assembleia Legislativa do estado discute o assunto na Subcomissão dos Herbicidas Hormonais e aprovou um relatório com medidas para reduzir os prejuízos. Entre as iniciativas, destacam-se:

  • Criação de zonas de exclusão com raios de restrição próximos às culturas sensíveis;
  • Estabelecimento de um vazio sanitário;
  • Criação de um fundo estadual de indenização por deriva
  • Fortalecimento da fiscalização e da estrutura de monitoramento
  • Responsabilização técnica do uso desses defensivos
  • Sugestão de transformar instruções normativas em lei estadual

O deputado estadual e vice-presidente da Comissão de Herbicidas Hormonais, Adão Pretto Filho, diz que a utilização dos hormonais, da forma como é feita, tem prejudicado a biodiversidade do estado e produtores vizinhos que produzem de outra maneira.

“[Isso] acaba tornando nosso estado quase que com produção única, uma monocultura. A gente sabe a importância que tem a soja na economia gaúcha e brasileira, o arroz da mesma forma, mas temos que respeitar agricultores que queiram ter outra produção.”

Já Rosana, da Associação Vinhos Finos da Campanha, diz ter esperança que o governo do Rio Grande do Sul não vai recorrer da decisão de proibir o uso do 2,4-D. “É de conhecimento de todos, inclusive dos técnicos da Secretaria da Agricultura, do Meio Ambiente também, que é uma decisão acertada.”

“Vamos ter complicações na implantação e no desenvolvimento dessa safra 25/26, mas a realidade é que temos que procurar alternativas de convivência, de coexistência, entre todas as culturas”, pondera Fontoura, da Cotrisul.

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Agricultura

Aplicativo dos bombeiros agiliza resgates em áreas rurais

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Foto: SSP

O Corpo de Bombeiros desenvolveu o aplicativo Bombeiros Emergência para tornar mais rápido o atendimento a ocorrências em todo o estado de São Paulo.

A ferramenta permite que a vítima envie em tempo real a geolocalização exata do local, facilitando a chegada das equipes de resgate, especialmente em áreas rurais ou locais sem endereço definido.

O recurso é utilizado principalmente em casos de incêndios, acidentes e salvamentos, quando a precisão das informações é essencial para a agilidade do socorro.

Pelo app, também é possível incluir detalhes da ocorrência e enviar fotos, ajudando as equipes a se prepararem antes de chegar ao local.

Disponível para Android e iOS desde 2022, o aplicativo funciona como uma versão digital do telefone 193. As informações são encaminhadas diretamente ao Centro de Operações dos Bombeiros.

Somente em agosto deste ano, foram 918 acionamentos pelo app, a maioria para casos de incêndio. Desde o lançamento, já foram registradas 8,7 mil ocorrências.

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“Com a tecnologia do aplicativo, o atendimento se torna muito mais rápido, pois os agentes recebem as coordenadas exatas, o que reduz significativamente o tempo de resposta”, explica o capitão Vitor Chaves, chefe da Seção de Desenvolvimento de Tecnologia.

Como funciona o Bombeiro Emergência

Ao abrir o app, o usuário preenche um questionário que identifica automaticamente as coordenadas geográficas do celular e transmite essas informações ao sistema. A partir daí, a viatura mais próxima é acionada. O aplicativo utiliza os dados de localização do próprio dispositivo e consegue indicar o ponto exato com margem de até cinco metros.

“Quando a ocorrência é registrada, a posição aparece no mapa, permitindo que os agentes enviem a viatura mais próxima. Isso é fundamental em áreas de difícil acesso, como zonas rurais, onde não há endereços”, completa o capitão Vitor.

Durante o cadastro, o app exibe um mapa interativo com a posição do dispositivo. O usuário pode confirmar a localização ou ajustar manualmente o marcador, caso esteja em deslocamento ou queira indicar um ponto próximo.

Há ainda o campo complemento, para incluir referências como nomes de propriedades, quilometragem de rodovias, marcos visuais ou qualquer informação que facilite a identificação do local. Outra opção é compartilhar a localização pelo Plus Code, disponível no Google Maps em dispositivos Android.

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Como compartilhar o Plus Code

  • Abra o aplicativo Google Maps no smartphone;
  • Toque no ponto azul que mostra sua localização atual;
  • Na parte inferior da tela, o painel “Seu local” será exibido;
  • Deslize o dedo para cima para encontrar a seção “Plus Code”;
  • Toque em “Copiar código” para compartilhar

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