Conecte-se Conosco

Meio Ambiente

Gases do efeito estufa estão sob monitoramento

Publicado

em

Fotos: Divulgação / Epagri

 

 

O aquecimento global, as mudanças climáticas e as consequências extremas cada vez mais frequentes em diversas regiões do planeta colocam o assunto como pauta recorrente no mundo todo. Em Santa Catarina, não é diferente.

Dentro do projeto Pecuária ConSCiente Carbono Zero, iniciado em 2022, a equipe da Epagri avalia a emissão de gases do efeito estufa nos sistemas forrageiros mais utilizados no Estado.

Publicidade

Conduzido pelo engenheiro-agrônomo Cassiano Eduardo Pinto, pesquisador da Estação Experimental de Lages, o estudo ocorre também nos municípios de Campos Novos, Canoinhas, Chapecó e Curitibanos. O projeto é um esforço de 18 pesquisadores da Epagri, Embrapa Pecuária Sul, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O experimento consiste em câmaras estáticas que simulam ambientes fechados. Nestas atmosferas são depositadas amostras com urina, ureia e esterco sobre o solo, simulando o ambiente de pastejo com os bovinos. O que o experimento busca medir é o processo natural onde são gerados três gases principais: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, maiores responsáveis pelo efeito estufa.

Durante 90 dias, amostras do ar são coletadas com seringa pelos pesquisadores e enviadas para análise em laboratório na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Já as amostras do solo são remetidas para a Universidade Federal de Santa Maria.

“O efeito estufa é um fenômeno natural responsável pelo surgimento da vida na terra. Com a evolução da humanidade a partir da era industrial, há uma concentração destes gases na atmosfera, o que retém mais calor e tem elevado as temperaturas. O propósito do experimento é avaliar como isso acontece nos sistemas pecuários em nível local, medir as emissões da relação solo-planta e quantificar a pegada de carbono na pecuária catarinense, principalmente para sabermos onde estamos e como podemos melhorar ou mitigar a emissão de gases do efeito estufa, colaborando com a redução das mudanças climáticas”, explica o engenheiro-agrônomo Cassiano Eduardo Pinto.

Pecuária emite menos gases e figura como protagonista

Os dados preliminares mostram que a pecuária catarinense emite muito menos gases do que afirma o Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), o IPCC, órgão das Nações Unidas (ONU) criado em 1988 para avaliar as mudanças climáticas. O pesquisador Cassiano Eduardo Pinto explica que, enquanto o IPCC indica 2% de emissão no caso de fezes e urina de gado, os estudos da Epagri apontam que o índice é de apenas 0,3% a 0,4%.

Publicidade
Câmaras estáticas simulam ambientes fechados

“É uma redução muito grande, de 20% a 30% do que o IPCC aponta. E esta já é uma grande notícia. Obviamente, os produtores que fazem bom manejo do pasto e usam boas práticas de produção agropecuária, pegarão o carbono que está no ar e o deixarão retido no solo pela fotossíntese das plantas que são alimentos para os animais. Então, este é o nosso propósito: além de demonstrar o quanto estamos emitindo no sistema, provar que, sim, é possível produzir e conservar”, conclui o pesquisador da Epagri Lages.

O objetivo final do estudo, nos próximos anos, é a emissão de um selo que caracterize o bom pecuarista e ateste que ele segue as recomendações técnicas e se preocupa com a natureza, associando qualidade e responsabilidade e agregando ainda mais valor aos produtos que há décadas conquistam e já são consagrados entre os consumidores mais exigentes.

Por: Pablo Gomes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc

 

 

 

Publicidade

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

Continue Lendo
Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Meio Ambiente

Sistema de Plantio Direto restaura estoque de carbono do solo e contribui para soluções climáticas

Publicado

em

Foto: Emater-MG

 

O resultado de uma pesquisa realizada nos biomas Cerrado e na Mata Atlântica brasileiros apontou que o Sistema Plantio Direto (SPD) fundamentado nos seus princípios restaura o estoque de carbono orgânico do solo, contribuindo, dessa forma, para soluções das mudanças climáticas. Nesta quinta-feira (23), data em que se comemora o Dia Nacional do Plantio Direto, a Associação Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso) destaca sua trajetória de mais de duas décadas na promoção de práticas agrícolas sustentáveis, com ênfase nesse sistema de produção, que transformou a agricultura na região médio-norte mato-grossense.

Os 80 produtores rurais associados ao CAT Sorriso produzem alimentos em suas fazendas com respeito ao meio ambiente, fundamentados nos três pilares do Sistema Plantio Direto: o não revolvimento do solo (restrito à linha de semeadura, o mínimo possível para deposição das sementes), a cobertura permanente do solo ao longo de todo o ano (com plantas vivas ou palhadas) e a diversificação de espécies na rotação de cultivos.

Um estudo realizado pela Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto, sob a coordenação do prof. João Carlos de Moraes Sá, entre 2020 e 2024, em 63 áreas sob SPD do Brasil — sendo 26 no bioma Cerrado e 37 na Mata Atlântica —, revelou que o SPD, fundamentado em seus princípios, recupera o estoque de carbono do solo. E o que surpreendeu até os pesquisadores: em 16 fazendas, o estoque de carbono em SPD foi superior ao solo da vegetação nativa em até um metro de profundidade. Em outras 27 fazendas, o sistema recuperou o estoque de carbono em mais de 80%. Como o gás carbônico na atmosfera contribui para o aquecimento global, é fundamental adotar práticas que inibam essa emissão.

Publicidade

“Isso é um resultado fabuloso, inédito, porque nós ainda não tínhamos uma publicação mostrando essa magnitude”, comemora o pesquisador João Carlos de Moraes Sá, conhecido como “Juca Sá”, presidente da Comissão Técnico-Científica da Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto. Especialista na área, com dedicação de mais de 40 anos, Juca Sá coordenou o projeto pela Federação, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária, financiado pela agência europeia Euroclima+.

Das 26 fazendas do Cerrado que fizeram parte do estudo, quatro estão localizadas em Mato Grosso, nos municípios de Sorriso, Sinop e Lucas do Rio Verde. “A capacidade de recuperação do carbono pelo SPD foi semelhante à encontrada na mata nativa. As áreas dessa região tinham entre 22 e 36 anos de SPD no momento da amostragem”, informa o pesquisador.

A pesquisa constatou que um hectare sob Sistema Plantio Direto equivale a preservação de 0,88 a 1,01 hectare de floresta em pé. “Se a gente recuperar as áreas degradadas, implementando o sistema de produção com base no SPD, poderemos duplicar ou até triplicar a produção de grãos, sem derrubar um pé de árvore, ou seja, sem expandir e sem avançar sobre novas áreas”, enfatiza Juca Sá.

Dois artigos científicos, resultado do projeto “Sistema Plantio Direto: Base para Agricultura Sustentável”, já foram publicados, e outros dois estão encaminhados em revistas internacionais de elevado fator de impacto.

Duas décadas de compromisso com o Sistema de Plantio Direto em Mato Grosso
O Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso) foi criado há 23 anos por um grupo de produtores rurais comprometidos com práticas conservacionistas. Desde então, vem difundido o Sistema Plantio Direto como base para uma agricultura sustentável no Cerrado. Um dos fundadores do CAT, o produtor rural Darcy Ferrarin, proprietário da Fazenda Santa Maria da Amazônia, relembra a motivação que deu origem à associação. “Reunimos um grupo de produtores rurais e engenheiros agrônomos e criamos o Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso), cujo primeiro grande projeto foi difundir o Sistema de Plantio Direto, que, no nosso entendimento, era a melhor forma de conservar o solo”, afirma.

Publicidade

Seu Darcy veio da região Sul do país para Mato Grosso em 1988, para cultivar uma área em Tangará da Serra. Dez anos depois, adquiriu a Fazenda Santa Maria da Amazônia, em Sorriso. “Quando eu vim para Mato Grosso, percebi que a região plantava muito no sistema convencional, usando grades e arados, com remoção do solo”, lembra o produtor. “Fomos trabalhando, avançando. Hoje, Sorriso planta por volta de 90 a 95% no Sistema Plantio Direto e uso de alta tecnologia”, disse.

O SPD melhora não só o meio ambiente, mas também a produtividade e a rentabilidade. “A terra vai ficando mais forte, mais fértil, criando muita matéria orgânica. São inúmeras as vantagens do sistema de plantio direto”, destaca Ferrarin. “Produzir alimento é muito gratificante e tem que ser feito de forma adequada, que sirva para todos. Hoje, os produtores do Brasil inteiro estão com o pensamento voltado à preservação ambiental, cuidar da natureza e garantir que, daqui a 100 ou 200 anos, ainda tenhamos nossas terras preservadas e produzindo cada vez mais”, enfatiza.

Ação contínua por uma produção de alimentos sustentável
Ao longo dos anos, o CAT Sorriso liderou diversos programas que integram práticas do SPD. Desde sua fundação, tem se dedicado a promover o uso racional do solo, da água e dos insumos agrícolas, incentivando a integração entre produção e conservação ambiental.

O CAT já realizou importantes eventos técnicos e de difusão do conhecimento como o 7º Encontro Regional de Sistemas Produtivos, em maio de 2023, que reuniu produtores, pesquisadores e instituições parceiras em torno do debate sobre a sustentabilidade e inovação nas práticas agrícolas

Para Cristina Delicato, coordenadora do CAT Sorriso, “essas parcerias consolidam o CAT como referência nacional em agricultura conservacionista, fortalecendo a integração entre produtores, pesquisa e setor público, e contribui para o avanço das tecnologias sustentáveis no campo”.

Publicidade

 

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

 

Publicidade

 

Continue Lendo

Meio Ambiente

Bioestimulantes: por que usar a alga Ascophyllum nodosum na agricultura?

Publicado

em

Fotos: Divulgação

 

Sustentabilidade na produção agrícola

O crescimento da população e a maior demanda por alimentos causam, na agricultura, maior pressão no uso do solo, da água, de fertilizantes, defensivos, operações mecanizadas etc. sendo necessário “produzir mais com menos”. A produção e uso dos insumos agrícolas resultam em impactos ambientais, como queima de combustíveis fósseis (seja na produção, no transporte ou na aplicação de produtos), gerando gases de efeito estufa, consumo de recursos minerais limitados, poluição do solo e do meio ambiente etc.

Já dentro da lavoura, estresses abióticos, como temperaturas extremas, chuvas ou secas intensas, e estresses bióticos como o ataque de pragas e doenças, além de diminuir a produtividade, contribuem para a maior dependência dos insumos citados anteriormente.

Por um lado, temos toda uma cadeia produtiva de insumos que resultam em impactos ambientais, e por outro temos uma crescente demanda por esses insumos.

Publicidade

Neste cenário surge a importância de sistemas produtivos mais limpos, com menor uso de recursos naturais (como minerais ou água), menor impacto na produção e consumo de insumos agrícolas, bem como de cultivos menos dependentes destes insumos. Estas práticas promovem maior rentabilidade final na produção agrícola, menor dependência de oscilações do mercado e menor impacto ambiental e na saúde, proporcionando também o acesso à novos mercados consumidores.

Na agricultura, alguns produtos podem contribuir para estas questões. Um deles, de grande importância, é o grupo dos Bioestimulantes, que também são conhecidos como “fisioativadores”.

O que são os Bioestimulantes?

Os Bioestimulantes são substâncias, compostos orgânicos ou agentes biológicos de origem natural que, quando aplicados nas plantas, promovem o crescimento e desenvolvimento destas, melhorando os processos fisiológicos. Como consequência, a planta fica com melhor capacidade de responder a condições adversas, como extremos de temperatura, estresses hídricos, ataques de doenças e toxicidade causada por defensivos ou pela salinidade do solo, obstáculos que estarão sempre presentes na produção agrícola.

A resistência a fenômenos ambientais  se torna cada vez mais importante por conta das mudanças climáticas, que intensificam os fenômenos climáticos extremos, eventos que irão comprometer cada vez mais os cultivos agrícolas, sendo rentável a prevenção desses prejuízos. 

O uso de bioestimulantes faz com que a cultura tenha maior resistência à essas adversidades, promovendo melhora da produtividade (seja em quantidade, seja em qualidade) nos momentos de estresse. Ocorre também o menor uso de defensivos, o que reduz o custo de produção, aumentando a rentabilidade da lavoura.

Publicidade

Existem diversos produtos agrícolas que podem ser classificados como bioestimulantes, mas um merece destaque especial: O extrato de alga Ascophyllum nodosum.

Alga Ascophyllum nodosum

Alga Ascophyllum nodosum

Adaptada a um ambiente extremo, sendo a alga mais estudada do mundo, cresce em zonas intermaré, alternando entre a submersão em água salgada e a exposição à desidratação ao sol e ao vento, além de suportar temperaturas que variam de -20°C no inverno a 40°C no verão.

Essa capacidade de resistência resulta em um perfil rico em compostos de defesa, como ácido algínico, polissacarídeos ricos em fucose, manitol, aminoácidos, betaínas, dentre outros. Esses compostos bioativos podem ser extraídos das algas e aplicados nas plantas, promovendo a bioestimulação. Ocorrem respostas fisiológicas benéficas, como maior desenvolvimento radicular, melhor absorção de nutrientes, aumento da fotossíntese e equilíbrio hormonal, promovendo resistência a estresses abióticos, como seca e temperaturas extremas, e estresses bióticos, como o ataque de pragas e doenças.

Acadian é a principal empresa que pesquisa e desenvolve o uso agrícola da Ascophyllum nodosum, atuando há mais de 40 anos nesse mercado, sendo responsável por diversos estudos sobre o uso do extrato da alga.

Publicidade


Extração da alga Ascophyllum nodosum

Responsável pelo desenvolvimento e fornecimento dessas soluções naturais, a Acadian Sea Beyond é reconhecida como a maior empresa independente do mundo em cultivo, coleta, manejo e extração de algas marinhas para uso agrícola, com foco especial na alga Ascophyllum nodosum. Com presença em mais de 80 países, a companhia lidera pesquisas e inovações no segmento de bioestimulantes de origem natural.

A Acadian tem uma forma exclusiva de extração que conserva o melhor complexo de bioativos em quantidades equilibradas para o uso na agricultura.

A exploração de algas ocorre de forma sustentável em áreas licenciadas, respeitando a taxa de renovação desses organismos, sem impactar o ecossistema de crescimento da alga no oceano.

Benefícios da alga Ascophyllum nodosum nas plantas

O extrato da alga Ascophyllum nodosum é amplamente estudado e validado como bioestimulante de plantas. O extrato pode ser usado em todo o ciclo das culturas. Os principais efeitos são: equilíbrio hormonal, redução de estresses através de captura de espécies reativas de oxigênio, redução de estresse por secas, temperatura e radiação, promoção de desenvolvimento vegetal e de enraizamento e consequentemente maior produtividade. Além disso, a alga promove um aumento da atividade microbiana no solo.

No tratamento de sementes melhoram a germinação, velocidade de emergência e o estabelecimento inicial da cultura. Durante o seu ciclo estimulam o crescimento da planta, otimizam o aproveitamento de água e nutrientes, e promovem maior resistência da planta contra condições ambientais adversas, além de melhorar a resistência à fitotoxicidade causada por defensivos etc. Já na fase reprodutiva, além dos benefícios citados anteriormente, melhoram a qualidade da colheita, através do melhor pegamento de flores e frutos e enchimento de grãos.

Publicidade


Área de produção de Alga Ascophyllum nodosum

Os resultados positivos já foram comprovados em mais de 80 culturas. Os bioestimulantes a base de extrato de Ascophyllum nodosum atuam na fisiologia das plantas.

Dentre os compostos bioativos presentes na alga, podemos citar:

  • Ácidos orgânicos: estimulam a produção de energia e balanço hormonal nas plantas,  além de novos compostos, aumentando a produtividade;
  • Manitol: regula a quantidade de água nas células durante épocas de estresse hídrico e promove melhor absorção de nutrientes;
  • Oligossacarídeos: ativam mecanismos de defesa abióticos;
  • Ácido algínico: ajuda a complexar nutrientes, tornando-os mais disponíveis para as plantas, além de servir como alimento para os microrganismos benéficos no solo;
  • Betaínas: auxiliam as plantas a regular os níveis de água e sal dentro das células, sendo útil em situações de estresse abiótico, atuando como um antioxidante;
  • Polissacarídeos ricos em fucose: aumentam os níveis de antioxidantes e auxiliam na proteção contra estresses.

Como e onde usar o extrato da alga Ascophyllum nodosum?

Os compostos bioativos atuam na fisiologia das plantas, e a bioestimulação é uma prática possível em qualquer cultura. Diversos estudos já evidenciaram resultados positivos, tanto em produtividade como em qualidade, em culturas como milho, soja, hortifruti, cana-de-açúcar, banana, uva, algodão e café. Os efeitos ocorrem na parte aérea e nas raízes, podendo a aplicação ser feita no tratamento de sementes, sulco de plantio, via aplicação foliar ou fertirrigação, com dosagens específicas para cada cultivo e época de aplicação.

O uso do extrato da alga é permitido na Agricultura Orgânica no Brasil, sendo uma boa opção para estes produtores, e também para aqueles que buscam reduzir o impacto de estresses nas plantas, aumentando a produtividade, ou que buscam uma produção mais limpa.

A alga atua como um “seguro” para a planta, reduzindo os prejuízos dos frequentes problemas que uma cultura enfrenta durante o seu ciclo de produção. Claro, não adianta fazer um seguro de um carro depois que ele foi roubado. Uma ação preventiva é feita antes da ocorrência do problema. Além disso, para que a planta absorva mais nutrientes e tenha um maior crescimento, é necessário que o manejo esteja acompanhado de uma adubação equilibrada para que tais efeitos se manifestem.

AGROLINK – Anderson Wolf Machado

Publicidade

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Meio Ambiente

EUA investigam práticas anticompetitivas nos insumos

Publicado

em

A análise deve se concentrar nas estratégias de precificação – Foto: Divulgação

O governo dos Estados Unidos anunciou em 25 de setembro o início de uma nova investigação para apurar possíveis práticas anticompetitivas entre fornecedores de insumos agrícolas, como fertilizantes, sementes e defensivos. A ação será conduzida em conjunto pelo Departamento de Agricultura (USDA) e pelo Departamento de Justiça (DOJ), em resposta ao cenário de custos elevados e voláteis que vêm pressionando produtores rurais já impactados por preços mais baixos das safras e pelas disputas comerciais internacionais. O objetivo é avaliar se a concorrência está sendo limitada, dificultando o acesso dos agricultores a insumos a preços justos e comprometendo a competitividade do setor.

Embora ainda não haja detalhes mais profundos sobre o alcance da investigação, a medida reforça a preocupação do governo com a concentração de mercado e com possíveis abusos de poder econômico por parte das grandes indústrias do setor. A análise deve se concentrar nas estratégias de precificação e nos contratos de fornecimento, investigando se existem barreiras artificiais que impedem maior equilíbrio entre oferta e demanda.

Esse movimento regulatório soma-se a um cenário de crescente pressão sobre o agronegócio norte-americano, em que políticas comerciais e medidas governamentais já vêm sendo apontadas como fatores que restringem a oferta e contribuem para a elevação dos custos. Para os produtores, que enfrentam margens de lucro cada vez mais estreitas, qualquer avanço em transparência e competitividade pode significar maior fôlego para manter a sustentabilidade de suas atividades.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Publicidade

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Tendência