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Agronegócio

Nanotecnologia promete combater mosca-branca no tomateiro e reduzir 90% das aplicações

Publicado

em

Foto: Pixabay

 

Cultura das mais sensíveis, o tomate cresceu mais de 70% em valor de produção desde 2018, também impulsionado por aumento nos índices de exportação.

No entanto, quem produz o fruto sabe: a mosca-branca (Bemisia tabaci) tem o potencial de danificar toda uma lavoura, causando o enfraquecimento das plantas.

A incidência do inseto é tamanha que, para combatê-lo, até 30% do custo de produção do tomateiro é voltado a pesticidas, conforme estudo da Bayer.

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Pensando nisso, pesquisadores parceiros* do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT NanoAgro) em colaboração com cientistas** dos Estados Unidos desenvolveram uma solução biodegradável baseada em nanotecnologia que potencializa a ação de defensivos contra a mosca-branca.

Aplicação no tomateiro

A solução consiste em um nanocarreador de proteína zeína biodegradável com o ingrediente ativo ciantraniliprol (CNAP), utilizado comercialmente para o controle de Bemisia tabaci em plantas de tomate.

Assim, ao combinar a zeína ao CNAP e pulverizar os tomateiros, os cientistas identificaram que a utilização do nanocarregador zeína, em uma dose que representa 1/10 do que comumente é utilizado para pulverizar as plantas, proporciona maior mortalidade de insetos em comparação à dose completa do produto disponibilizado comercialmente sem nanotecnologia.

Segundo o coordenador do INCT NanoAgro, Leonardo Fracetto, o ingrediente ativo ciantraniliprol foi selecionado para integrar a pesquisa devido a seu uso e eficácia generalizados, assim como a escolha da zeína deriva de estudos anteriores que demonstraram o potencial de controle aprimorado de nanoformulações à base da proteína em insetos.

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“O nanoinseticida desenvolvido com base na plataforma zeína e no ingrediente ativo CNAP tem potencial significativo para controlar B. tabaci em doses reduzidas e pode ser considerado seguro para plantas de tomate”, ressalta.

Segundo ele, este trabalho se soma a um crescente corpo de evidências que demonstram o potencial de carreadores em nanoescala para reduzir significativamente a carga ambiental associada ao uso de agroquímicos, mantendo, ao mesmo tempo, eficácia equivalente às estratégias convencionais.

Redução do uso de inseticidas

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Foto: Ministério da Agricultura

A nanoplataforma desenvolvida permitiu reduzir a dose necessária do inseticida Ciantraniliprole sem perder a eficácia no controle da mosca-branca.

Fracetto considera que, no futuro, essa tecnologia poderá ser adaptada para outros inseticidas e até para produtos naturais que, atualmente, não são viáveis comercialmente pela falta de formulações eficazes para uso comercial, entre outros entraves.

De acordo com ele, ainda não há previsão para lançamento comercial do produto comercial. “É um processo que, dentre várias etapas, depende de processo regulatório. Até o momento, temos a prova de conceito sobre a eficácia e a partir disso, temos uma melhor compreensão da dinâmica do funcionamento das nanoformulações combinadas com inseticidas no controle da mosca branca, o que está servindo de base para novas formulações ainda mais eficazes”, ressalta.

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Por enquanto, os testes com a nanoplataforma foram realizados apenas em tomateiros, mas o grupo de pesquisas pretende, futuramente, fazer validações em outras culturas.

*Pesquisadores parceiros do INCT NanoAgro que participaram do estudo: Felipe Franco Oliveira, Vanessa Takeshita, Jhones Luiz Oliveira, Anderson Espírito Santo Pereira, Leonardo Fernandes Fraceto e Jorge Alberto Marques Rezende.

Victor Faverin

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Sorriso: mulher tem prejuízo de R$ 1,3 mil após negociar compra de carro

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em

foto: Só Notícias/Lucas Torres/arquivo

A moradora do bairro Jardim Oriental, de 38 anos, registrou um boletim de ocorrência, ontem, após cair em um golpe durante a negociação de compra e venda de um veículo. A vítima perdeu R$ 1,3 mil após transferir o dinheiro para o suposto vendedor para custear despesas de viagem e um falso conserto mecânico.

A mulher relatou que estava negociando a aquisição de um veículo VW Saveiro Robust, ano 2019/2020, que, segundo o anunciante, estaria em Tangará da Serra. O acordo inicial envolvia a troca por uma motocicleta como entrada e a assunção das parcelas restantes do financiamento do veículo.

Após fechar o negócio, o suspeito afirmou que se deslocaria no mesmo dia até Sorriso para entregar a Saveiro, mas alegou que precisava de R$ 400 para as despesas da viagem. A vítima realizou a transferência do valor para uma conta bancária informada como sendo da suposta esposa do vendedor.

Pouco tempo depois, o suspeito entrou em contato novamente, alegando que o veículo havia apresentado problemas mecânicos ao chegar em Nova Mutum. Para convencer a vítima, ele enviou um orçamento de serviços e peças no valor de R$ 930,00, que também foi pago pela moradora de Sorriso.

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Desde o envio do segundo valor, o suposto vendedor não entregou o veículo, parou de responder às mensagens e não atende mais às ligações. A Polícia Civil investiga o caso.

Só Notícias/Wellinton Cunha

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Tilápia registra forte valorização em outubro com oferta reduzida e retomada das exportações

Publicado

em

Divulgalção/ CenarioMT

 

O preço da tilápia teve forte alta em outubro, refletindo o cenário de oferta limitada e aumento na demanda, tanto no mercado interno quanto externo. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, a escassez de peixes disponíveis para o abate foi o principal fator de sustentação das cotações, impulsionada ainda pelas temperaturas mais amenas registradas ao longo deste ano, que reduziram o ritmo de crescimento nos viveiros.

De acordo com os pesquisadores, a falta de alevinos para repovoamento tem restringido a produção em diversas regiões, o que agravou a escassez e elevou os preços no campo. No Norte do Paraná, o quilo da tilápia atingiu R$ 9,19 em outubro, avanço de 7,79% frente ao mês anterior. Já no Oeste do estado, a valorização foi ainda mais expressiva, de 11,88%, com o produto cotado a R$ 8,31/kg.

No cenário externo, as exportações de tilápia apresentaram forte recuperação. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), os embarques totalizaram 1.602 toneladas em outubro, aumento de 130,4% em relação a setembro e retorno aos volumes observados em janeiro de 2025. Apesar do crescimento mensal expressivo, o volume exportado ainda ficou 6,9% abaixo do registrado em outubro do ano passado.

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A combinação entre oferta restrita, custos de produção elevados e reaquecimento das exportações mantém o mercado da tilápia aquecido e com tendência de preços firmes. Nos próximos meses, o setor deve acompanhar a reposição dos estoques de alevinos e a retomada do ritmo produtivo, fatores que podem definir o comportamento das cotações até o início de 2026.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Mato Grosso dispara nas exportações de carne e deve superar recorde histórico em 2025

Publicado

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Exportações de carne de Mato Grosso

O setor frigorífico mato-grossense volta a mostrar força no mercado internacional. Dados do Data Hub MT, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), revelam que Mato Grosso exportou US$ 1,28 bilhão em carnes entre julho e setembro de 2025, um crescimento expressivo de 67,4% em relação ao mesmo período de 2024.

O levantamento, baseado em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/MDIC) e solicitado pelo Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), aponta que o estado segue como um dos maiores protagonistas das exportações agroindustriais do país.

No terceiro trimestre, as exportações contemplaram carnes bovinas, suínas e de aves, em suas versões congeladas, frescas e processadas, alcançando 92 destinos internacionais.
A China manteve a liderança isolada, sendo responsável por 56,6% de todo o volume comercializado, seguida por Emirados Árabes Unidos (10,8%) e Turquia (4,6%).

De janeiro a setembro, Mato Grosso já movimentou US$ 2,88 bilhões em exportações de carne — valor 38% superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando o total foi de US$ 2,09 bilhões.

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A carne bovina congelada segue como o principal produto exportado, somando US$ 1,64 bilhão, o equivalente a 78,4% do total.
Em seguida vêm as carnes frescas ou refrigeradas, com US$ 256,8 milhões (12,2%), e as carnes de aves e miúdos comestíveis, que atingiram US$ 146,3 milhões (7%).

O desempenho confirma a liderança de Mato Grosso no mercado internacional de proteína animal, resultado direto de uma cadeia produtiva eficiente, investimentos em tecnologia frigorífica e rigor sanitário reconhecido globalmente.

Para o presidente do Sindifrigo-MT, Paulo Bellincanta, o bom resultado mostra a solidez da indústria mato-grossense e a confiança internacional na carne produzida no estado.

“Os números comprovam a competitividade dos frigoríficos de Mato Grosso. Mesmo com o chamado ‘tarifaço’ imposto pelos Estados Unidos, nossas exportações não sofreram qualquer impacto. Seguimos com uma presença consolidada em mais de 90 países e com uma tendência clara de superar o recorde histórico de 2024”, destacou Bellincanta.

Segundo ele, a diversificação dos mercados compradores e o padrão de qualidade da carne mato-grossense são fatores essenciais para o crescimento sustentado das exportações.

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“A indústria frigorífica de Mato Grosso é hoje um símbolo da força do agronegócio brasileiro. Produzimos com tecnologia, sustentabilidade e valor agregado”, completou.

A expectativa do setor é que Mato Grosso encerre 2025 com novo recorde de exportações, ultrapassando os US$ 3,5 bilhões em carnes.

A demanda crescente da Ásia e do Oriente Médio, somada à reabertura de mercados estratégicos, deve manter o ritmo positivo até o fim do ano.

Com o desempenho no terceiro trimestre, o estado reforça seu papel de protagonista no comércio exterior do agronegócio nacional, confirmando a vocação de Mato Grosso como potência global da produção de alimentos.

Fonte: da Redação

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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