Conecte-se Conosco

Meio Ambiente

Aprosoja Mato Grosso destaca a responsabilidade ambiental dos produtores mato-grossenses

Publicado

em

Da Assessoria / Aprosoja MT

 

Por mais de 10 anos, o programa Soja Legal, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), tem sido um marco na transformação da produção de soja no estado. Lançada em 2011, a iniciativa envolve mais de mil produtores, com certificações e indicadores de desempenho rigorosos que garantem a conformidade com a legislação brasileira e internacional, e está alinhada com oito Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Conforme o vice-presidente da Aprosoja MT e coordenador da comissão de Sustentabilidade, Luiz Pedro Bier, o Soja Legal veio para mostrar o compromisso da produção mato-grossense com a preservação ambiental. “O intuito inicial do programa sempre foi ajudar o produtor a fazer a regularização de todos os trâmites legais, ambientais e trabalhistas que são inerentes a atividade. Então o programa foi criado com a intenção de trazer a informação e auxiliar o produtor a cumprir todos os requisitos da legislação brasileira, que é uma legislação muito rigorosa”, aponta Bier.

O programa que começou a ser discutido em 2009 com a demanda dos associados por melhoria contínua, foi lançado em 2011 com o nome de Soja Plus. A partir disso, foram realizadas oficinas de sensibilização, seguidas por um programa piloto de verificação de conformidade ambiental, com início da assistência técnica a campo em 2012. Há quatro anos, após um processo de reestruturação, foi relançado como Soja Legal.

Publicidade

Atualmente, a iniciativa contempla novos materiais, como cartilhas e placas de sinalização, além de cursos de capacitação e desenvolvimento de ferramentas digitais. “O Soja Legal vem ajudando a transformar a nossa produção, ao se tornar o programa de sustentabilidade e de melhoramento contínuo que é a cara do produtor mato-grossense”, completa o vice-presidente da Aprosoja Mato Grosso, Luiz Pedro Bier.

Ao longo dos anos, o Soja Legal se consolidou como uma referência no setor agropecuário e um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável da produção de soja em Mato Grosso. Por meio de capacitações e assistência técnica, o Soja Legal promove mudanças significativas no campo, com orientações sobre saúde e segurança no trabalho, gestão de resíduos, logística reversa de embalagens vazias, em parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV), e boas práticas agrícolas.

Para o vice-presidente leste da entidade, Lauri Jantsch, o programa contribuiu para a valorização do trabalho agrícola perante a comunidade e às compradoras. “Nós atendemos as normas trabalhistas e realizamos a organização estrutural na fazenda e, como benefício, tivemos o aumento do desempenho da equipe de funcionários e como a propriedade está organizada, está atendendo todas as normas, tivemos uma valorização na comercialização de grãos”, avalia.

Como participante, o produtor destaca que as principais adequações realizadas foram no depósito de defensivo, combustível e para o descarte de embalagens por meio da logística reversa. “Depois que nós fizemos a adesão do programa Soja Legal, ficamos mais tranquilos e também nos sentimos orgulhosos de ter a propriedade organizada e valorizada pelos fornecedores e compradores”, conta Lauri.

Há sete anos, o vice-presidente norte da Aprosoja MT, Diogo Balistieri, fez adesão ao programa. “Eu lembro que na época, o pessoal da entidade esteve na propriedade e instalou todas as placas informativas, como no tanque de combustível e na oficina. A partir dele, a gente redobrou os cuidados que já tínhamos, dando uma certa importância e relevância a mais, não só pra manter a sede e o local de trabalho organizado, mas também pela questão de fiscalização dos órgãos, o que tem contribuído muito com a propriedade”, enfatiza Balistieri.

Publicidade

Produtor do município de Tapurah, Diogo compartilha sua experiência com a implementação das boas práticas em sua propriedade. “A gente já planta soja convencional antes mesmo da implantação e a maioria dessas adequações já eram exigidas pelas compradoras de boa parte dessa soja, exportado para Europa, então de certa forma, também ajudou na parte da negociação com as empresas”, acrescenta.

Com a reformulação dos materiais, o desenvolvimento de ferramentas digitais, as implantações e a melhoria contínua das propriedades participantes, em 2022 o programa de boas práticas foi reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e em 2023 recebeu acreditação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Através do Soja Legal, a Aprosoja Mato Grosso reforça seu compromisso com a produção sustentável, ao trabalhar em conjunto com seus associados para garantir que a expansão agrícola siga as normas ambientais vigentes, respeite as áreas de preservação, e faça uso de tecnologias que aumentam a produtividade sem a necessidade de abrir novas áreas de cultivo. Além disso, ao envolver acompanhamento periódico e diagnósticos socioambientais em mais de mil propriedades, garante a conformidade com normas trabalhistas e ambientais, e promove a rastreabilidade da produção.

Da Assessoria / Aprosoja MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Publicidade
Continue Lendo
Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Meio Ambiente

Serviço de Alerta Geada inicia na segunda-feira

Publicado

em

Geada no Paraná – Foto: Ana Tigrinho

 

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) iniciam nesta segunda-feira (5) a 31ª edição do Alerta Geada, serviço que opera de maio a setembro com o objetivo de avisar, com antecedência, produtores rurais sobre o risco de danos causados pelo frio.

Criado originalmente para proteger cafezais recém-plantados, o Alerta Geada hoje atende diversas atividades agropecuárias — avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, por exemplo — e ainda beneficia outros setores da economia, como turismo, comércio, mercado financeiro e construção civil, explica a meteorologista Ângela Costa, do IDR-Paraná.

Durante a vigência do serviço, pesquisadores divulgam diariamente boletins com informações sobre as condições do tempo e a evolução de massas de ar polar no Estado.

Publicidade

CAFEZAIS — Em lavouras com 6 a 24 meses de idade, recomenda-se amontoar terra no tronco até o primeiro par de folhas ou ramos, protegendo as gemas vegetativas contra eventuais geadas. Esse procedimento deve ser feito já em maio e mantido até meados de setembro.

Para mudas com até seis meses de campo, o ideal é cobri-las totalmente com terra ou palha, sempre que houver previsão de geada. Nos viveiros, a proteção se dá com duas a três camadas de plástico ou acionamento de aquecimento. As medidas devem ser adotadas conforme os avisos de alerta e desfeitas imediatamente após o fim do risco.

OUTONO/INVERNO — Segundo Ângela Costa, a entrada de massas de ar polar no território paranaense tende a se intensificar a partir de maio, alternando dias frios com períodos de temperaturas mais amenas. São esperados veranicos, nevoeiros e geadas — condições típicas da estação —, com variação de intensidade entre as regiões. O fenômeno El Niño permanece em fase neutra.

“Os modelos climatológicos indicam que as precipitações e temperaturas devem se manter próximas à média histórica para o Estado”, afirma a meteorologista.

METODOLOGIA – O Simepar realiza diariamente a análise e o monitoramento dos fenômenos meteorológicos. “Com o apoio de modelos de previsão do tempo, a equipe do Simepar elabora prognósticos sobre a evolução de intensas massas de ar de origem polar, que favorecem a ocorrência de geadas no Paraná, com até cinco dias de antecedência”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. Para a semana de início de funcionamento do serviço, a previsão meteorológica não indica a formação de geadas no Paraná.

Publicidade

As informações podem ser obtidas nos seguintes canais:

Canal “Alerta Geada Paraná” no WhatsApp e Telegram

Aplicativo IDR Clima, disponível no Google Play e na App Store.

Disque Geada: (43) 3391-4500.

Página do IDR-Paraná (www.idrparana.pr.gov.br)

Publicidade

Redes sociais do IDR-Paraná (Instagram, Facebook e LinkedIn): @idrparana.

Página do Simepar (www.simepar.br).

(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Publicidade
Continue Lendo

Meio Ambiente

Irregularidade das chuvas impacta desenvolvimento de pastagens no Rio Grande do Sul

Publicado

em

Foto: Pixabay

 

Estabelecimento das pastagens

As áreas de aveia no Rio Grande do Sul apresentam bom estabelecimento, enquanto as espécies de verão entram em declínio e são gradualmente substituídas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (25) pela Emater/RS-Ascar, as pastagens perenes e o campo nativo ainda garantem oferta de forragem em várias regiões do estado.

Conservação de forragem e aumento na demanda por sementes

Publicidade

Com a redução das chuvas, intensificam-se as práticas de conservação de forragem, como fenação e produção de pré-secado. Paralelamente, observa-se um aumento na procura por sementes de forrageiras de inverno, conforme aponta o levantamento da Emater/RS-Ascar.

Falhas no estabelecimento e desenvolvimento regional

Na região administrativa de Bagé, especialmente nos municípios de Santa Margarida do Sul e Manoel Viana, a Emater/RS-Ascar relata que a ausência prolongada de precipitações tem provocado falhas em áreas recém-semeadas. Já na região de Caxias do Sul, as pastagens anuais, como aveia e azevém, germinaram e iniciaram o crescimento, enquanto os campos nativos de altitude apresentam bom desenvolvimento e produção de forragem adequada.

Erechim enfrenta dificuldades no rebrote

Em Erechim, as pastagens cultivadas de verão estão no final do ciclo, e produtores relatam dificuldades para manter os animais em determinadas áreas. Segundo a Emater/RS-Ascar, o início do frio e a menor luminosidade têm comprometido o rebrote das forrageiras.

Condições favoráveis em Frederico Westphalen

Na região de Frederico Westphalen, o cenário é mais positivo. As chuvas recentes e as temperaturas mais amenas favoreceram o rebrote e o desenvolvimento das pastagens.

Vazio forrageiro e desafios em outras regiões

Na região de Ijuí, o vazio forrageiro de outono persiste em função do término do ciclo das forrageiras anuais de verão e da indisponibilidade de pastejo nas espécies de inverno. Em Passo Fundo, a irregularidade das chuvas reduziu a taxa de crescimento das pastagens, levando à realização de roçadas para controle de plantas invasoras. Além disso, o acesso dos animais à água tornou-se mais restrito, e o crescimento das espécies de campo nativo também começou a declinar.

Publicidade
Implantação de pastagens de inverno

Na região de Pelotas, os produtores seguem implantando pastagens de inverno e adubando as áreas mais precoces. Em Porto Alegre, tanto as pastagens quanto o campo nativo continuam apresentando oferta de forragem superior à demanda dos rebanhos.

Condições satisfatórias em Santa Maria e Santa Rosa

Em Santa Maria, as condições climáticas recentes favoreceram o campo nativo e as pastagens cultivadas, que mantêm uma oferta satisfatória de forragem. Já na região de Santa Rosa, as pastagens perenes ainda oferecem forragem em quantidade adequada, embora o crescimento tenha desacelerado nas últimas semanas. O campo nativo também apresenta crescimento limitado, mas as temperaturas mais elevadas ainda garantem aporte de forragem para bovinos e ovinos.

Final de ciclo e produção de sementes em Soledade

Por fim, na região de Soledade, as pastagens de verão estão no final do ciclo, mas continuam fornecendo volumoso. O campo nativo mantém uma boa produção de sementes, especialmente da leguminosa pega-pega (Desmodium incanum), beneficiada pela umidade ideal do solo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

Publicidade
Continue Lendo

Meio Ambiente

Chuvas regulares favorecem milho segunda safra em Mato Grosso e Centro-Oeste, aponta boletim agrícola

Publicado

em

Reprodução/CenarioMT

O monitoramento climático e agrícola realizado entre os dias 1º e 21 de abril de 2025 revelou que o regime de chuvas se manteve favorável ao desenvolvimento das culturas de milho segunda safra e algodão em Mato Grosso e no restante da região Centro-Oeste. As informações fazem parte do Boletim de Monitoramento Agrícola, uma parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), que destaca as condições agrometeorológicas em apoio às estimativas de safra no Brasil.

No Centro-Oeste, as precipitações foram suficientes para manter elevada a umidade do solo, essencial para o bom desenvolvimento das lavouras. Em Mato Grosso, líder nacional na produção de milho e algodão, o cenário se mostrou especialmente positivo. As chuvas constantes permitiram o crescimento vigoroso das lavouras de milho segunda safra, com índices de vegetação acima da média histórica e do ciclo anterior. O algodão também se beneficiou das condições climáticas estáveis, apresentando bom vigor vegetativo e formação adequada das estruturas reprodutivas, etapa fundamental para o potencial produtivo.

No entanto, a primeira quinzena de abril foi marcada por variações no volume de chuvas em algumas áreas de Goiás e Mato Grosso do Sul. Nessas regiões, a irregularidade hídrica e as temperaturas elevadas causaram momentos pontuais de estresse para as plantas. Em Mato Grosso do Sul, a falta de precipitações mais regulares provocou uma desaceleração no crescimento do índice de vegetação, o que pode impactar parte da produtividade do milho segunda safra.

De maneira geral, o monitoramento espectral aponta que, em Mato Grosso, Goiás, Tocantins e grande parte do Mato Grosso do Sul, o milho segunda safra segue com desenvolvimento satisfatório. Mesmo com oscilações climáticas observadas em março e abril, a recuperação hídrica no final do período ajudou na manutenção da sanidade das lavouras que ainda estavam em estágio vegetativo.

Publicidade

O boletim também destacou a colheita de arroz no Tocantins e em Mato Grosso. No Tocantins, mais de 60% das áreas produtoras já foram colhidas, com lavouras cultivadas em várzeas apresentando boa sanidade. Em Mato Grosso, o volume expressivo de chuvas não impediu o avanço da colheita, que já atinge mais de 70% da área semeada, mantendo a qualidade dos grãos.

Outro destaque para a região foi o bom desempenho do algodão em Goiás, onde, apesar da irregularidade das chuvas, a umidade disponível no solo tem se mantido suficiente para atender às exigências hídricas da fase de formação das maçãs. Em Mato Grosso do Sul, enquanto no Norte as lavouras continuam se desenvolvendo bem, no Sul do estado a colheita de algodão já se aproxima com a realização da desfolha.

No contexto nacional, o monitoramento agrícola apontou desafios no Nordeste e no Sul do país. No Semiárido nordestino, a restrição hídrica manteve o déficit no solo, prejudicando culturas como feijão e milho. Já no Sul, embora as chuvas tenham sido irregulares, as temperaturas mais amenas ajudaram a manter a umidade do solo, favorecendo o desenvolvimento das culturas de segunda safra.

O Boletim de Monitoramento Agrícola reforça a importância da coleta contínua de dados climáticos, observação da terra e análises de campo para orientar produtores e instituições em um país de dimensões continentais e grande diversidade de cultivos como o Brasil. Em Mato Grosso e no Centro-Oeste, a expectativa é de que as condições atuais ajudem a consolidar uma boa produtividade para o milho segunda safra e o algodão na safra 2024/2025, mesmo diante das variações climáticas registradas no início do ano.

Fonte: CenarioMT

Publicidade

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Tendência