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Agricultura

Minas Gerais se destaca na produção de vinhos finos, graças à técnica de dupla poda

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Foto: Daniel José Rodrigues/Epamig

 

A produção de vinhos finos está em expansão na região do Campo das Vertentes em Minas Gerais. A atividade, viabilizada pela adoção da técnica de dupla poda da videira, validada e difundida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), tem possibilitado a colheita de uvas finas de qualidade em diferentes regiões do país. E vem mudando, rapidamente, o cenário vitícola do estado que já conta com mais de uma centena de vitivinicultores e uma área plantada de cerca de 1000 hectares.

O pesquisador Paulo Márcio Norberto, que atua no Campo Experimental Risoleta Neves da Epamig, em São João del-Rei, afirma que tem observado um aumento na produção nos municípios do Campo das Vertentes e alguns produtores já estão até produzindo vinhos em Tiradentes e Ritapólis.

Na Unidade, onde antes havia apenas experimentos com uvas de mesa, há uma coleção de seis variedades de uvas finas tintas e brancas. “A Syrah é o carro-chefe, a mais vigorosa, a que melhor se adaptou às áreas de dupla poda e a que atrai o maior número de interessados”, conta o pesquisador, que acrescenta: “Temos recebido visitantes em busca de orientação para começar na atividade. Vale ressaltar que a videira requer diferentes cuidados e aplicações ao longo do ciclo, e que, ainda que possa haver presença de cachos já no primeiro ano, o tempo médio de formação da planta é de três a quatro anos”.

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O administrador de empresas Fernando Antônio Carvalho foi um dos que buscaram a Epamig antes de implantar o vinhedo. Morador de Belo Horizonte, ele conheceu os vinhos finos mineiros como consumidor. “Em 2019, fui com minha esposa a um restaurante português próximo da nossa casa. Pedi um vinho chileno para acompanhar o prato e o dono me sugeriu trocar por um exemplar mineiro. Fiquei surpreso: ‘vinho produzido em Minas Gerais? – ‘Sim e de excelente qualidade’. Provei e aprovei. Procurei me informar mais e fiquei conhecendo o trabalho da Epamig e a dupla poda”.

Em 2020, durante o período de isolamento social causado pela pandemia, uma área de dois hectares foi adquirida em Entre Rios de Minas com o objetivo de cultivar uvas finas. No ano seguinte, em 2021, o proprietário procurou a Unidade da Epamig em São João del-Rei, onde conheceu Paulo Norberto. Ele orientou na estruturação da área, na aquisição de mudas e apresentou a equipe da Epamig em Caldas, que contribuiu para o desenvolvimento do projeto.

“Plantamos 600 mudas de uvas Syrah adquiridas na Epamig. Apesar de toda a preparação, tivemos dificuldades e precisamos replantar algumas mudas no primeiro ano. Em 2023, colhemos os primeiros 80 kg de uva e produzimos, minha esposa e eu, 50 garrafas de vinho. A bebida, que oferecemos para alguns amigos, ficou bastante agradável. Faremos o mesmo processo com as uvas colhidas neste ano”, acrescenta Carvalho.

A partir de 2025, a vinificação será realizada na Epamig em Caldas, conforme planejado pelo produtor. Ele acredita que o suporte da Epamig será fundamental para o desenvolvimento tanto da estrutura quanto dos processos de produção. O produtor também planeja expandir o vinhedo e lançar os vinhos da Quinta Dois Carvalhos no mercado. Em 2024, a área plantada deverá ser ampliada, com a inclusão de novas variedades de uvas. Atualmente, o vinhedo ocupa 1.500 metros da propriedade, com margem para expansão. Além disso, haverá investimentos na apresentação dos produtos.

Vitória Rosendo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Preço do boi gordo se mantém nesta quinta-feira, segundo Índice Datagro

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Foto gerada por IA

O Indicador do Boi Gordo Datagro sinaliza para uma estabilidade dos preços nesta quinta-feira com pequenas oscilações nas cotações das praças. A demanda aquecida no mercado interno e o afastamento do risco de medida sanitária contra a carne brasileira pela China têm segurado os preços.

Em São Paulo, a cotação fechou no maior valor do dia, a R$ 322,63 por arroba, representando queda de -0,11%. No Pará, o preço atingiu R$ 307,64, com variação de 1,28%, a maior elevação desta quinta-feira.

Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:

São Paulo: R$ 322,63

Goiás: R$ 316,78

Minas Gerais: R$ 311,57

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Mato Grosso: R$ 306,40

Mato Grosso do Sul: R$ 319,48

Pará: R$ 307,64

Rondônia: R$ 281,22

Tocantins: R$ 303,01

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Bahia: de 312,20

O Indicador do Boi Gordo Datagro é a referência utilizada pela B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.

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Agricultura

Receita da JBS sobe 13% no 3º trimestre e atinge US$ 22,6 bilhões

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Foto: Divulgação

A JBS registrou receita líquida de US$ 22,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O avanço foi disseminado entre todas as unidades da companhia e confirma, segundo a empresa, a capacidade de operar sua plataforma global multiproteína com disciplina e agilidade em diferentes cenários de mercado.

O lucro líquido somou US$ 581 milhões, enquanto o retorno sobre o patrimônio (ROE) alcançou 23,7% nos últimos 12 meses. A alavancagem encerrou o trimestre em 2,39 vezes, alinhada à meta de longo prazo. O EBITDA ajustado IFRS ficou em US$ 1,8 bilhão, com margem consolidada de 8,1%.

“O trimestre comprova a força da nossa plataforma global multiproteína e como a operamos com disciplina, agilidade e resiliência”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

EUA registram receita recorde na operação de carne bovina

Nos Estados Unidos, a JBS Beef North America alcançou receita recorde de US$ 7,2 bilhões, impulsionada pela demanda doméstica resiliente, mesmo em um cenário de oferta restrita e preços historicamente elevados do gado.

Segundo Tomazoni, a equipe manteve “consistência e execução disciplinada”, garantindo crescimento mesmo em um ambiente de custos elevados.

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A Pilgrim’s Pride, operação de aves da companhia, atingiu margem de 16,2%, apoiada em portfólio diversificado e ganhos contínuos de eficiência. O segmento de Prepared Foods avançou mais de 25% em vendas na América do Norte, com performances acima da média também na Europa e no México.

A JBS USA Pork também registrou receita recorde, com margem EBITDA de 9,8%, sustentada por forte demanda interna e expansão de produtos de marca e preparados. Durante o trimestre, a empresa anunciou a compra de uma planta em Iowa e o avanço na construção de outra unidade no estado.

Friboi e Seara impulsionam resultado no Brasil

No Brasil, a JBS registrou margem EBITDA de 7,4%. A Friboi teve mais um trimestre de crescimento, com bom desempenho nas exportações e no mercado doméstico. A marca foi novamente eleita a mais lembrada do país na categoria de carnes pelo prêmio Top of Mind.

A Seara alcançou o maior volume de exportações de sua história, mesmo diante de restrições temporárias às vendas para China e Europa, que já foram encerradas. A margem EBITDA da unidade foi de 13,7%.

Segundo Tomazoni, o desempenho foi sustentado por inovação, redirecionamento de volumes e foco em rentabilidade. Ele destacou lançamentos como a linha Seara Protein, produtos para AirFryer e parcerias com a Netflix.

JBS Austrália mantém rentabilidade apesar do custo mais alto do gado

A JBS Austrália encerrou o trimestre com margem EBITDA de 11,4%, impulsionada pela maior disponibilidade de gado e demanda aquecida. O segmento de carne bovina foi o principal motor dos resultados, compensando o aumento de 26% no custo do gado, segundo dados da Meat & Livestock Australia (MLA).

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Tomazoni afirmou que a Austrália “continua sendo pilar estratégico para a diversificação geográfica da JBS” e um exemplo de eficiência operacional.

Empresa reforça foco em crescimento sustentável

O CEO destacou que a companhia mantém disciplina financeira e segue investindo com responsabilidade. “A demanda global por proteína continua em expansão, e a JBS está pronta para capturar esse crescimento com um portfólio equilibrado, execução sólida e visão de longo prazo.”

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Agricultura

Boi gordo: consumo aquecido faz preços do atacado dispararem

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Foto: Semagro/MS

O mercado físico do boi gordo opera com preços acomodados nesta quinta-feira (13), em meio a escalas de abate curtas em boa parte do país. O Ministério da Agricultura afastou os rumores envolvendo a presença de fluazuron em amostras de carne brasileira, informação que pressionou a B3 na primeira metade de novembro.

A preocupação agora recai sobre a investigação conduzida pela China sobre os impactos das importações na produção local. A decisão está prevista para 26 de novembro, e até lá o mercado deve seguir volátil, segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Preços médio da arroba do boi gordo

  • São Paulo: R$ 327,33
  • Goiás: R$ 320,89
  • Minas Gerais; R$ 315,88
  • Mato Grosso do Sul: R$ 323,98.
  • Mato Grosso: R$ 309,12

Mercado atacadista

O mercado atacadista de carne bovina registra alta consistente dos preços. Segundo Iglesias, o cenário aponta para continuidade da valorização no curtíssimo prazo, favorecido pelo pico do consumo doméstico com o pagamento do 13º salário, aumento de vagas temporárias e confraternizações de fim de ano.

  • Quarto traseiro : R$ 26,00/kg,
  • Quarto dianteiro: R$ 19,50/kg
  • Ponta de agulha: R$ 19,00/kg

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,09%, cotado a R$ 5,2971 para venda e R$ 5,2951 para compra. A divisa oscilou entre R$ 5,2735 na mínima e R$ 5,3025 na máxima durante a sessão.

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