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Agronegócio

Economia circular na prática: o plástico do agro transformado em acessórios

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Projeto da Mãe Terra contou com a parceria de Yattó, Menos 1 Lixo, Atero e Zaraplast. Ao todo, quase 60 mil big bags – mil toneladas de plástico – foram recicladas – Créditos: Pedro Monteiro

 

Em um esforço conjunto para promover a reciclagem no Brasil, objetivo principal da empresa de economia circular Yattó, um projeto pioneiro da Mãe Terra (que também contou com outros parceiros (Menos 1 Lixo, Atero, Zaraplast) levou à transformação de 57 mil big bags (que embalam produtos do agronegócio) em acessórios sustentáveis. O volume equivale a mil toneladas de plástico, promovendo benefícios sociais e ambientais.

O projeto é uma ação complementar à iniciativa da Mãe Terra, que visava reciclar o dobro do plástico gerado pelas embalagens de alimentos em seus 45 anos de atividade, que foi concluída em junho deste ano. Para o sucesso do projeto, cada parceiro teve um papel fundamental. Para começar a operação, foi necessário garantir a coleta das big bags de ráfia (usadas para ensacar grãos e outros insumos em propriedades rurais). A etapa foi desenvolvida pela Yattó, especialista em soluções para resíduos de difícil reciclagem no Brasil. “Esse material normalmente acaba em aterros sanitários ou lixões, pela complexidade de reaproveitamento. Por isso é tão importante criar formas de reciclagem eficientes”, explica Luiz Grilo, diretor Institucional e de Novos Negócios da Yattó.

A atuação da startup não parou por aí, já que todo o rastreamento do material, em tempo real, foi feito por ela. Com isso, “comprovamos que os produtos tiveram uma destinação ambientalmente correta, evitando o acúmulo de resíduos e a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. A transparência dessa jornada esteve garantida em todo o processo, por meio de um acompanhamento detalhado”, diz Leonardo Lopes, diretor de Operações da Yattó.

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As big bags foram convertidas em PCR (plástico reciclado pós-consumo) e encaminhadas para a Zaraplast, indústria responsável pela transformação dos polímeros em um novo tecido. Neste momento, entrou em cena a Atero, na efetiva confecção de pequenas mochilas e bolsas com a nova matéria-prima. A idealização do projeto e a mobilização da rede foi da Menos 1 Lixo, negócio de impacto e canal de sustentabilidade mais influente do país.

O resultado da ação mostra que é possível criar oportunidades valiosas de negócio a partir do que a sociedade considera lixo, segundo Wagner Andrade, CEO & Head de Inovação na Menos 1 Lixo. “Com nossa experiência de mercado, estamos certos de que a responsabilidade das grandes marcas com o seu resíduo deve ser uma prioridade, como neste caso, com a Mãe Terra. Esperamos que essa iniciativa inspire o mercado, independentemente do setor”, conclui.

Os produtos podem ser adquiridos no site da Atero.

Sobre a Yattó

Fundada em 2015 por Luiz Otávio Grilo, Alexandre Galana e Leonardo Lopes, a Yattó é uma empresa de soluções em logística reversa e economia circular responsável por estruturar sistemas de reciclagem de resíduos, com foco principal naqueles de difícil reciclagem. Atua como apoio de empresas de médio e grande porte, promovendo a circularidade dos recursos naturais em ações de impacto ESG. Tem como propósito cuidar do lixo (resíduo), dando um novo destino por meio da reciclagem e garantindo a reinserção no ciclo produtivo ou com o descarte apropriado. A Yattó participou dos principais programas de aceleração de startups do país, como o Panela Nestlé, Plug and Play e Acelerattor 100+ Ambev e é signatária do Pacto Global da ONU.

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EComunica

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Casal de Bom Jesus do Araguaia expande produção com apoio da Seaf e da Empaer

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Fotos: Divulgação

 

O casal Flávio José Cândido Ferreira e Narya Xavier são proprietários de uma área de 37 hectares em Bom Jesus do Araguaia, a 866 km de Cuiabá. Eles são um dos milhares de produtores beneficiados pelos investimentos do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf/MT), e pelo apoio técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Eles começaram cultivando apenas meio hectare e hoje já produzem em quatro hectares, com expectativa de chegar a sete nos próximos anos.

Flávio conta que o avanço na produção aconteceu graças ao apoio recebido. “Aqui em nosso município nós temos a Empaer, trocamos uma ideia com o técnico e ele nos falou do apoio por meio da Seaf e da assistência técnica. Conseguimos kit de irrigação, orientação com a atualização de defensivos sobre as nossas plantas e até as sementes conseguimos com eles também, como o milho. Calcário, fizemos a análise de solo e também nos atenderam com outras demandas”.

Atualmente, o casal cultiva melancia, abóbora kabotiá, melão e mel, e a comercialização já alcança outras cidades. “Nós começamos a comercializar aqui em nosso município a melancia e agora entregamos em outros municípios. Também atendemos as escolas estaduais e municipais, e até escolas em Serra Nova Dourada. A gente vai melhorar cada vez mais, com o apoio do Governo por meio da Seaf e o apoio técnico da Empaer sempre nos auxiliando. Acredito que vamos aumentar ainda mais a produção”, afirmou Flávio.

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Flávio também lembra que o mel surgiu de forma inesperada: “Começamos com o mel a partir de um vídeo. Aí entramos no mercado, e hoje estamos com dez colmeias de abelha africanizada.”

A rotina intensa fez com que Narya tomasse uma decisão importante. “A demanda é grande. Nós dois éramos servidores públicos, eu ainda estou no município. Sou grata, mas a partir que colocamos a mão na massa e o trabalho foi aumentando, ficou difícil atender tudo. Então pedi licença para o município por dois anos. A nossa rotina é pesada, agora estamos nos dedicando à nossa propriedade, mas isso é muito gratificante”.

O casal tem planos de continuar crescendo. “O nosso sonho é que aumente e que a gente possa produzir as sete hectares. Iniciamos com meia hectare. Em breve vamos começar a produzir banana-da-terra, também com apoio da Seaf e da Empaer.”, completou Flávio.

Investimentos

Entre 2019 e 2025, o Governo de Mato Grosso investiu cerca de R$ 8,5 milhões em Bom Jesus do Araguaia, com entregas de máquina, equipamentos, caminhões caçamba e isotérmico, veículos, calcário, resfriadores de leite, tendas de feira, doses de sêmen e prenhes,  ações que têm impulsionado a agricultura familiar e fortalecido a produção local.

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Vânia Neves | Seaf/Empaer/AguaBoaNews

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Colheita da cebola avança com expectativa de aumento na produção

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Foto: Aires Mariga/Epagri

 

A colheita da cebola já iniciou em Santa Catarina e o estado projeta um desempenho superior ao da safra passada. As estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Cepa) apontam para um crescimento de 7,30% na produção, o que representa 40 mil toneladas a mais do que no ciclo passado.

O avanço não se explica pelo aumento de área — que cresceu apenas 1,41% —, mas sim pelos ganhos de produtividade observados em regiões como Ituporanga (10,04%), Rio do Sul (11,03%) e Canoinhas (8,09%). A maior parte das lavouras está em boas condições e se encontra na fase de frutificação.

Segundo a analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Lillian Bastian, o cenário para a próxima safra é bastante favorável. “A região de Ituporanga, principal polo produtor de cebola do estado, apresenta lavouras em excelente condição, resultado de um ciclo favorecido pelo clima e pelo manejo adequado”, destaca.

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Preços e estratégia de mercado

O preço médio pago ao produtor permanece sem novas referências desde junho de 2025, quando a saca de 20kg foi cotada a R$ 30,29, em valores nominais. No atacado, os valores ficaram estáveis em relação a setembro, com leve alta de 9,49%, chegando a R$ 41,06, também em valores nominais.

De acordo com Lillian, com a expectativa de que a produção de cebola do Sul do país passe a abastecer o mercado nacional nas próximas semanas, o armazenamento se torna uma estratégia recomendada. “Em Santa Catarina, as estruturas de guarda permitem que os produtores mantenham parte da safra estocada, aguardando períodos de menor oferta em 2026”, diz ela.

A analista explica que a colheita das áreas precoces já começou, mas grande parte desse volume inicial está sendo destinada ao armazenamento. “A estratégia é aguardar preços mais favoráveis, algo provável diante do recuo da oferta nacional previsto para as próximas semanas”, afirma. A expectativa é de uma valorização gradual e de preços mais atrativos no primeiro trimestre de 2026, período em que historicamente ocorre redução na disponibilidade do produto. A colheita segue em Santa Catarina até meados de janeiro.

Cenário nacional

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No mercado brasileiro, o abastecimento segue elevado. Em outubro, o país zerou a importação de cebola devido à forte produção nacional — fato que não ocorria para o mês desde 2007. A interrupção das compras externas é explicada pela alta oferta proveniente do Cerrado, cuja colheita se estende até o início de novembro. Esse cenário coincide com o avanço da safra catarinense, reforçando a projeção de que com ausência da importação de cebola os preços ao produtor possam aumentar.

Por Epagri

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Cotações Agropecuárias: Liquidez do feijão é baixa

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Foto: Divulgação/Epagri

 

As negociações envolvendo feijões carioca e preto seguiram ocorrendo de formal pontual. Segundo pesquisadores do Cepea, no geral, a fraca liquidez foi parcialmente influenciada pelo feriado dessa quinta-feira, 20, do Dia da Consciência Negra.

Quanto aos preços, os do feijão carioca de notas acima de 9,0 e/ou peneira 12 foram pressionados na semana passada.

Colheita da cebola avança com expectativa de aumento na produção

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Pesquisadores do Cepea indicam que as colheitas no sudoeste do estado de São Paulo garantiram novas ofertas de lotes de melhor qualidade. Contudo, a maior disponibilidade fez com que os preços cedessem, e vendedores de outras regiões também tiveram de reajustar negativamente os valores pedidos.

Já para o feijão carioca notas de 8 e 8,5, o maior interesse do comprador e a oferta um pouco mais restrita elevaram os preços médios na maior parte das praças acompanhadas pelo Cepea.

Quanto ao feijão preto, diante da necessidade financeira e da liberação de armazéns, as cotações foram pressionadas, sobretudo nas regiões do Sul do País.

No campo, dados da Conab apontaram que 39,5% da área destinada ao feijão de 1ª safra 2025/26 havia sido cultivada no Brasil até o dia 17 de novembro.

MILHO: Produtor segue focado na semeadura; demanda está pontual

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A retração de vendedores, que seguem focados nas atividades envolvendo a semeadura da safra verão, mantém firmes os preços do milho na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.

A demanda está pontual, com negócios ocorrendo conforme a necessidade de recomposição dos estoques. Já no mercado internacional, os preços estão em queda, influenciados por estimativas apontando maior produção mundial entre as temporadas 2024/25 e 2025/26.

No entanto, as baixas foram contidas pela forte demanda internacional pelo grão dos Estados Unidos.

No front externo, os embarques brasileiros estão mais intensos em novembro – segundo a Secex, a média diária de embarques está 7,6% acima da de novembro/24.

Com isso, em 10 dias úteis de novembro, foram embarcadas 2,67 milhões de toneladas de milho. Caso o atual ritmo seja mantido até o encerramento deste mês, as exportações brasileiras de milho podem somar 5 milhões de toneladas.

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No campo, a semeadura da safra de verão vem apresentando bom desenvolvimento nas principais regiões produtoras do País.

Segundo a Conab, até 15 de novembro, 52,6% da área da safra de verão havia sido semeada no Brasil, avanço semanal de 4,9 p.p., mas leve atraso de 0,4 p.p. frente à média dos últimos cinco anos.

Com Cepea

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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