Agricultura
Mercado de trigo enfrenta desafios com estoques limitados

Foto: Canva
O mercado de trigo no Brasil continua a mostrar uma demanda crescente por produtos de qualidade superior, mas enfrenta desafios significativos com estoques limitados e condições climáticas preocupantes. Com a temporada de plantio em andamento, produtores e comerciantes estão atentos às mudanças no clima e às compras externas, que podem influenciar diretamente os preços e a disponibilidade do trigo no mercado.
Segundo informações do Cepea, os estoques de trigo no país estão restritos, e a preocupação com a falta de chuva nas últimas semanas aumenta. No Paraná, as atividades de semeadura estão praticamente finalizadas, com 99% da área já plantada. No entanto, no Rio Grande do Sul, a semeadura está atrasada, atingindo apenas 85% do previsto para este ano, o que representa um atraso em comparação com a temporada anterior.
Os baixos índices pluviométricos nas últimas semanas têm sido uma preocupação constante para os agricultores, que dependem das condições climáticas favoráveis para garantir uma boa colheita. Além disso, as compras externas de trigo também são monitoradas de perto pelos agentes do mercado, que buscam alternativas para suprir a demanda interna diante dos desafios atuais.
Com as atividades de campo avançando de maneira desigual entre as regiões produtoras, o mercado brasileiro de trigo permanece em alerta. A qualidade do produto, aliada à capacidade de atender à demanda interna, será determinante para a estabilidade do setor nos próximos meses. Os agentes do mercado esperam que as condições climáticas melhorem e que os estoques possam ser reforçados para atender às necessidades do consumidor brasileiro.
AGROLINK – Aline Merladete
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Biocombustíveis avançam, mas cenário regulatório trava investimentos, diz consultoria

O setor de biocombustíveis registrou um crescimento modesto de 3,4% em 2024, segundo levantamento da Equus Capital. Atualmente, existem 823 empresas ativas no segmento, mas apenas 28 novas aberturas líquidas foram contabilizadas no último ano. Entre elas, estão 2 microempresas, 8 pequenas empresas e 18 médias e grandes.
De acordo com a Equus Capital, a expansão limitada é devida à incerteza regulatória, que ainda afeta decisões de investimento. Segundo Felipe Vasconcellos, sócio da consultoria, o ambiente macroeconômico e regulatório gera cautela entre investidores. “O setor segue com muitas negociações em andamento, mas ainda sem volume expressivo de transações concluídas”, afirma.
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O subsetor de fabricação de álcool não registrou novas aberturas líquidas entre microempresas em 2024, mantendo 85 estabelecimentos ativos. Especialistas da Equus apontam que as altas exigências regulatórias, os custos elevados e a concentração de mercado nas grandes usinas dificultam a entrada de novos empreendedores. Já a fabricação de biocombustíveis, como biodiesel e biogás, apresentou crescimento de 7,1%, com o surgimento de duas novas microempresas, impulsionado pela crescente demanda por fontes renováveis.
Entre as pequenas empresas, o estudo destaca que o subsetor de fabricação de álcool teve um avanço de 25%, com oito novas empresas e um total de 40 estabelecimentos ativos. Em contrapartida, a fabricação de biocombustíveis permaneceu estável, com sete empresas.
O desempenho nas médias e grandes empresas também foi moderado. O subsetor de fabricação de álcool cresceu 1,6%, com oito novas empresas, somando 518 estabelecimentos. A fabricação de biocombustíveis registrou um crescimento de 7,5%, com dez novas companhias e um total de 143 empresas ativas.
Parte desse movimento é atribuído à aprovação da Lei do Combustível do Futuro, que prevê o aumento gradual da mistura de biodiesel no diesel, estimulando investimentos na diversificação da matriz energética brasileira. No entanto, a implementação da lei ainda depende de regulamentações que podem afetar o ritmo de expansão, diz a Equus.
Vasconcellos ressalta que, embora o setor esteja em expansão, os desafios estruturais persistem. “Precisamos de um ambiente mais favorável para novos empreendedores e incentivos que estimulem a inovação e a produção em larga escala”.
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Agricultura
Nova técnica permite colher pinhão em metade do tempo sem perder qualidade

A produção precoce de pinhão por meio da enxertia em araucárias (Araucaria angustifolia) foi validada como alternativa viável pela Embrapa Florestas. Um estudo inédito da instituição, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), concluiu que o pinhão produzido a partir da técnica tem sabor e valor nutricional semelhantes ao obtido por meio do extrativismo em florestas nativas.
A clonagem via enxertia permite a colheita do pinhão entre seis e dez anos após o plantio, um avanço expressivo frente aos 12 a 20 anos exigidos por árvores “tradicionais”. A técnica, que completou dez anos de aplicação na araucária, representa uma oportunidade de diversificação produtiva com retorno econômico mais rápido para os agricultores, além de colaborar com a conservação da espécie.
Segundo o pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa Florestas, o sistema ajuda a consolidar uma cadeia produtiva sustentável para o pinhão.
“A produção ainda é baseada em extrativismo, mas com o cultivo precoce podemos reduzir a pressão sobre as florestas e estimular o plantio planejado com retorno financeiro viável”.
Para apoiar produtores interessados, os pesquisadores elaboraram um manual técnico com orientações sobre implantação de pomares, escolha de mudas e práticas de manejo. Um dos principais desafios identificados foi a adaptação das mudas enxertadas, o que exige cuidados específicos desde o planejamento da área até a condução das árvores.
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A escolha correta das árvores-mãe e o processo técnico da enxertia são determinantes para o sucesso da produção, além de manter a diversidade genética da espécie, alerta Wendling.
Pinhão precoce mantém qualidades nutricionais
A Embrapa também analisou o valor nutricional dos pinhões precoces. Os testes compararam amostras in natura e cozidas com as de árvores tradicionais. O resultado confirmou a equivalência nutricional: baixo teor de gordura, boas fontes de carboidratos, proteínas, fibras alimentares e alto valor calórico.
“O estudo mostra que a técnica permite aumentar a oferta do alimento mantendo sua qualidade. Isso pode ampliar o consumo e valorizar o plantio da araucária”, destaca Cristiane Helm, pesquisadora da Embrapa.
Expansão da técnica e geração de renda
O Viveiro Porto Amazonas (PR) foi o primeiro a produzir mudas enxertadas de araucária de forma comercial, utilizando inicialmente matrizes selecionadas pela UFPR e, a partir de 2020, também cultivares registradas pela Embrapa.
“A técnica de enxertia ainda é recente, mas a possibilidade de colher pinhão em menos da metade do tempo empolga os produtores”, afirma Leonel Anderman, gerente do viveiro. Hoje, o viveiro produz cerca de 3 mil mudas por ano.
Além de reduzir a pressão sobre as plantas nativas e permitir colheita em árvores de menor porte — o que ajuda a evitar acidentes —, a prática abre novas possibilidades para o uso do pinhão como matéria-prima na indústria de alimentos sem glúten e produtos regionais de valor agregado.
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Agricultura
CNA debate o impacto das mudanças geopolíticas no agro

O impacto das transformações geopolíticas no agro será o foco do evento “Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical”, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O encontro será realizado no dia 6 de maio, no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo. A imprensa que deseja realizar a cobertura deve se cadastrar neste link.
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Programação do evento
Entre os destaques está a participação do economista Daron Acemoglu, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2024 e professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele apresentará a palestra magna “Transformações Geopolíticas: Impactos no Futuro das Relações Internacionais”.
A programação conta ainda com autoridades do setor agropecuário, economistas e especialistas em relações internacionais. Também estarão presentes: o presidente da CNA, João Martins; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion; e a senadora Tereza Cristina.
Ao longo do dia, os painéis abordarão os efeitos das mudanças nas relações comerciais globais no agro, os novos blocos econômicos e os caminhos para o Brasil manter e ampliar sua posição como potência agroexportadora.
Os debates terão nomes como Marcos Troyjo (ex-Banco dos Brics), Oliver Stuenkel (FGV), Welber Barral (ex-secretário de Comércio Exterior), Alexandre Schwartsman, Elena Landau, Mansueto Almeida e representantes de instituições como Rabobank, Agroconsult e Ministério das Relações Exteriores.
Além disso, também será lançado o Programa Saúde no Campo, do Senar, voltado à promoção da saúde e bem-estar dos produtores e trabalhadores rurais.
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