Agronegócio
Cuiabá sedia Conferência Internacional da Agroindústria Sustentável

Divulgação
Mato Grosso já é líder global em produção agrícola, e a transição do agronegócio para a agroindustrialização, com a transformação de matéria-prima em produtos finais, promoverá ao estado um novo ciclo de crescimento, atração de investimentos e reconhecimento internacional no desenvolvimento econômico.
Com a população mundial em constante crescimento, a demanda por alimentos aumenta significativamente e encontra em Mato Grosso vasto território para produção. A transformação dos produtos agrícolas em itens industrializados aumenta significativamente o valor agregado. Em vez de exportar commodities brutas, como soja e milho, o estado pode beneficiar-se da produção de biocombustíveis, alimentos processados e outros produtos industrializados.
Essa diversificação econômica reduz as flutuações nos preços das commodities agrícolas e dependências nas exportações para poucos mercados, além de aumentar a geração de empregos nas várias etapas do processo produtivo, incentivar o desenvolvimento e a adoção de novas tecnologias e práticas agrícolas e desenvolvimento em infraestrutura e logística.
“Com um foco crescente na sustentabilidade, a indústria transforma soja e milho em biocombustíveis, usando de forma eficiente recursos naturais, gestão de resíduos e implementação de técnicas de agricultura regenerativa. Essas práticas não só ajudam a preservar o meio ambiente, mas também atendem à demanda global por produtos sustentáveis”, afirma Silvio Rangel, presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt).
Com extensão territorial equivalente aos países da França e Alemanha, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso lidera a produção nacional de algodão (70%), milho (38%), etanol de milho (72%), soja (26%), carne bovina (18%) e gergelim (66%), tudo isso utilizando apenas 12,7% do território para agricultura e 24% pastagem. Além disso, 62,5% do território é de terras indígenas, unidades de conservação e área preservada pelos produtores.
“Na próxima década, o estado deverá aumentar em 52% a produção de algodão, 79% a produção de milho e 46% produção de soja; no setor de proteína, o crescimento deverá ser de 40% de carne bovina, 80% de aves e 39% suínos: temos condições de evoluir sem a abertura de novas áreas”, destaca Vilmondes Tomain, presidente do Sistema Famato.
Conexão entre agro e indústria
Essa combinação de alta produtividade agrícola, um crescente setor industrial e um compromisso com a sustentabilidade torna Mato Grosso o local ideal para sediar um evento de agroindústria, promovendo o desenvolvimento econômico, tecnológico e ambiental do setor.
O estado possui 78.729 trabalhadores diretos na agroindústria. A indústria de abate de bovinos concentra o maior número de trabalhadores (22.975), seguida pela fabricação de álcool (8.934) e abate de suínos (7.556). Além disso, 23% do total da massa salarial do agronegócio é agroindustrial.
A agroindústria não se limita à geração de empregos, ela também impacta a economia local de forma significativa. A cada R$ 1 milhão investido na fabricação de farelo de soja, 23 novos empregos são gerados em Mato Grosso. Para o óleo de soja, esse número salta para 25 novos empregos.
A fabricação de etanol, por sua vez, gera 21 novos empregos a cada R$ 1 milhão investido, enquanto as atividades têxteis, que utilizam o algodão como matéria-prima, geram 28 novos empregos. A atividade de abate de bovinos contribui com 35 novos empregos para cada R$ 1 milhão investido.
Programação:
A Conferência Internacional da Agroindústria Sustentável será realizada nos dias 15 e 16 de agosto, no Centro de Eventos Fatec Senai, em Cuiabá. A abertura oficial será às 18h, com presença de autoridades locais e nacionais e uma palestra inaugural do professor Marcos Troyjo, abordando a economia global e os desafios da agroindustrialização brasileira.
Dia 16/08
Painel 1: Biocombustíveis – Etanol em consolidação
Discussões sobre o panorama nacional, linhas de financiamento e o uso de etanol em motores agrícolas, com moderação de Giuseppe Lobo, diretor executivo das Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (Bioind), e participação de Guilherme Nolasco, diretor presidente da União Nacional de Etano de Milho (Unem), Mauro Mattoso, chefe departamento do Complexo Alimentar e de Biocombustíveis do BNDES, Tiago Stefanello Nogueira, presidente do Conselho de Administração da Evermat e João Testa, especialista de produto Case IH.
Painel 2: Transição energética
Foco em biometano e vinhaça de cana, biodiesel em máquina agrícolas e as perspectivas futuras para o hidrogênio como combustível, com moderação de Rodrigo Guerra, vice-presidente do Sindicato das Indústrias de Biodiesel de Mato Grosso (Sindibio MT), e participação de Tomaz Carraro Pereira, gerente de planejamento estratégico e novos negócios da Uisa, Ricardo Tomczyk, diretor de relações institucionais da Amaggi, Rodrigo Mello, diretor regional do Senai do Rio Grande do Norte e senador Veneziano Vital do Rego.
Painel 3: Bioeconomia
Debates sobre agricultura regenerativa, bioinsumos e nanotecnologia, com destaque para ações governamentais em bioeconomia. A moderação será de Cleiton Gauer, superintendente do Imea MT, com participação da Drª Poliana Cardoso Gustavson, gerente de P&D da AgriValle, Arthur Almeida, head de parcerias e marketing do Grupo Scheffer, Thomas Altmann, lídere de desenvolvimento marketing e bioinsumos da Syngenta e Valéria Burmeister Martins, coordenadora de bioeconomia e recursos genéticos do Ministério da Agricultura (Mapa).
Painel 4: Inovação agroindustrial
Apresentações sobre tecnologias embarcadas, inovação em sistemas agrícolas e cases de sucesso na agroindústria. A moderação será de Carlos Braguini, diretor regional do Senai MT, com participação de startups que integram os programas Brazilian Techs Connection Illinois 2024 (BTEC) Agro.Ind e de o pesquisador chefe do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados de Santa Catarina, Paulo Violada.
Painel 5: economia circular
Exemplos de integração entre lavoura e diversas formas de criação animal e piscicultura, promovendo a sustentabilidade e a reutilização de resíduos. A moderação será realizada pelo superintendente do AgriHub, Paulo Ozaki, e terá participação de Paulo Lucion, presidente da Nutribras Group, Fernando Maziero Pozzobon, diretor presidente do Grupo Fermap e Aline Bortoli, sócia-proprietária da Natter.
Painel 6: Irrigação: vetor de diversificação e agroindustrialização
Discussões sobre o potencial da irrigação em Mato Grosso e sua importância para a diversificação e agroindustrialização do estado, com mediação do secretário da secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec MT), César Miranda, e participação dos professores PhD Ivo Zution (Nebraska — EUA) e Everardo Mantovani (Universidade Federal de Viçosa — UFV).
O encerramento do evento será com a palestra magna com o professor Paulo Vicente Falcão, da Fundação Dom Cabral (FDC) com o tema: do agronegócio à agroindustrialização.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção de morango mantém boa aceitação no mercado

Foto: Seane Lennon
A produção de morango no Rio Grande do Sul apresenta cenário de colheita ativa, estabilidade de preços e atenção ao manejo fitossanitário, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25).
Na região administrativa de Caxias do Sul, em Nova Petrópolis, a colheita segue com bom fluxo de comercialização. Segundo a Emater/RS-Ascar, “a sanidade da lavoura está adequada, assim como a qualidade dos frutos”, o que tem estimulado produtores a ampliarem as áreas cultivadas e investirem na construção de novas estufas. Mesmo com volumes elevados ofertados ao mercado, os preços pagos ao produtor permanecem estáveis nas Ceasas e nos mercados, variando entre R$ 10,00 e R$ 15,00 por quilo.
Na regional de Lajeado, a cultura permanece em fase de colheita, com frutos aceitos comercialmente. A Emater/RS-Ascar informa que, em áreas com maior umidade, houve aumento na incidência de botritis e manchas foliares, exigindo maior atenção ao manejo. Ainda assim, os preços seguem em patamar mais elevado, entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por quilo.
Já na região de Pelotas, as variedades de dias curtos se aproximam do encerramento da colheita, enquanto as de dias neutros continuam em plena produção. De acordo com o levantamento, foram identificados ataques de tripes, ácaros e ocorrência de oídio, levando produtores a adotar medidas específicas de controle. Os preços permanecem estáveis, com leve tendência de recuo em algumas localidades, variando conforme o município, refletindo diferenças regionais de oferta e demanda.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Queijos puxam alta de preços no Brasil enquanto leite e arroz recuam

Foto: Divulgação
Os preços dos alimentos apresentaram movimentos distintos em novembro no Brasil. Enquanto os queijos registraram forte alta de 21,2% no preço médio nacional, com aumento em todas as regiões do País, itens essenciais como leite UHT (-4,9%) e arroz (-3,0%) tiveram as quedas mais significativas no mês. Os dados são do estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, elaborado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados para a cadeia de consumo.
O levantamento considera os produtos mais presentes no carrinho de compras do brasileiro e mostra que, além dos queijos, outras categorias também pressionaram o orçamento das famílias em novembro. Legumes (3,1%), sal (3,1%) e óleo (2,5%) figuraram entre as maiores altas no período – este último encareceu em todas as regiões.
Por outro lado, outros itens também registraram redução nos preços médios, como o café em pó e em grãos (-1,5%), açúcar (-1,4%) e ovos (-1,2%), ajudando a conter a inflação dos alimentos no mês.
No cenário macroeconômico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,18% em novembro de 2025, indicando um ambiente de inflação controlada no encerramento do ano. Para Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid, alguns produtos seguem pressionados por fatores como custos de produção, dinâmica de oferta e recomposição de estoques.“Categorias como óleo e queijos, que performaram com elevação de preço em todas as regiões do País em novembro, tendem a levar mais tempo para se estabilizar ou recuar, dependendo da normalização dos estoques e dos custos de matéria-prima”, aponta.
Maiores altas acumuladas em 2025
No acumulado entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, o café em pó e em grãos segue como o item com maior incremento, avançando 42,1% no preço médio nacional. Na sequência aparecem queijos (12,3%), margarina (11,2%), creme dental (10%) e refrigerantes (5,7%).
AGROLINK & ASSESSORIA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção de milho em Mato Grosso deve cair 8% na safra 2025/26, aponta Imea

Estimativa do instituto é de 51,72 milhões de toneladas, abaixo do recorde da temporada anterior
Atualizado hoje. Mesmo com a demanda aquecida e a valorização dos preços, a produção de milho em Mato Grosso deve registrar recuo na safra 2025/26. De acordo com dados do Projeto CPA-MT, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a estimativa é de uma produção de 51,72 milhões de toneladas, queda de 8,38% em relação ao recorde alcançado na safra 2024/25.
O estado segue como o maior produtor de milho do Brasil, mas o cenário atual exige maior cautela por parte dos produtores, principalmente diante do aumento dos custos de produção e da normalização da produtividade após um ciclo considerado excepcional.
A expectativa de crescimento da área cultivada foi limitada, sobretudo, pelos custos elevados dos insumos agrícolas, que seguem pressionando o orçamento do produtor rural. Fertilizantes, defensivos e logística continuam entre os principais fatores de impacto.
Apesar da demanda interna consistente — impulsionada pelo avanço do etanol de milho e pela indústria de ração animal — o ambiente econômico tem levado os produtores a adotar uma postura mais conservadora.
Esse cenário tem inibido decisões mais agressivas de expansão, fazendo com que o setor priorize o controle de custos, a gestão de riscos e a proteção de margens.
A projeção do Imea considera a média das três últimas safras, o que resultou em uma produtividade estimada de 116,61 sacas por hectare. O número representa uma redução de 6,70% em comparação ao ciclo anterior.
Segundo o instituto, o recuo está associado a uma normalização dos rendimentos, após a produtividade excepcional observada na safra 2024/25, considerada fora da curva histórica.
Com isso, o desempenho esperado para 2025/26 reflete um cenário mais próximo da realidade produtiva média do estado.
Comercialização antecipada indica otimismo cauteloso
Mesmo com a expectativa de menor produção, a comercialização do milho em Mato Grosso segue em ritmo acelerado. Até novembro de 2025, 25,23% da produção estimada para a safra 2025/26 já havia sido negociada.
O volume representa um avanço de 5,69 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ciclo anterior, indicando maior disposição dos produtores em antecipar vendas.Cenário Agro
De acordo com o Imea, essa estratégia é impulsionada, principalmente, pela melhora nas cotações futuras do cereal, o que tem incentivado os produtores a travar preços como forma de proteção diante do cenário de custos elevados.
Cenário exige atenção ao mercado e ao clima
Para os próximos meses, o produtor mato-grossense segue atento não apenas às condições de mercado, mas também ao comportamento climático, que será determinante para a consolidação da produtividade nas lavouras de segunda safra.
O desempenho final da safra 2025/26 dependerá da combinação entre clima favorável, eficiência no manejo e estratégia comercial, em um contexto de custos ainda elevados e margens pressionadas.
Fonte: CENÁRIOMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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