Agronegócio
Pequenas propriedades representam 70% das propriedades produtoras de soja no Brasil

Foto: Arquivo ANeto / Embrapa Soja
Pesquisa realizada pela Embrapa com base em dados do último Censo Agropecuário Brasileiro (2017) constatou que mais de 73% dos estabelecimentos agrícolas produtores de soja no Brasil possuem menos de 50 hectares e podem ser caracterizados como pequenas propriedades de acordo com a legislação local. “Portanto, os pequenos agricultores familiares têm grande parte de sua renda proveniente do cultivo da soja”, explica Alexandre Nepomuceno, responsável pela Embrapa Soja. “Os dados mostram que o cultivo da soja é democrático, dado o tamanho das propriedades onde o grão é semeado. Portanto, desmistifica a visão de que a soja só é cultivada por grandes proprietários”, afirma Nepomuceno.
O documento Características principais dos estabelecimentos agropecuários produtores de soja no Brasil segundo estratos de área colhida , de autoria do pesquisador da Embrapa Soja André Steffens Moraes, está sendo lançado no Setor de Soja Encontro de Pesquisa , promovido pela Embrapa Soja, de 26 a 27 de junho em Londrina, Paraná, Brasil.
Moraes revela que dos 236 mil estabelecimentos agrícolas produtores de soja brasileiros, 83% (196 mil estabelecimentos) estão localizados no Sul do Brasil. Nessa região, no Rio Grande do Sul, 81% dessas propriedades têm menos de 50 hectares (77 mil propriedades); no Paraná, 79% dos estabelecimentos produtores de soja são pequenos produtores (cerca de 65 mil propriedades); e em Santa Catarina 87% dos estabelecimentos possuem menos de 50 hectares (cerca de 15 mil propriedades). As regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil respondem por aproximadamente 4% do total de pequenas propriedades produtoras de soja (cerca de 6 mil estabelecimentos cada), e o Norte e Nordeste, com menos de 1% cada.
As regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil concentram aproximadamente 98% do total de propriedades produtoras de soja. Antes das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimava a safra 2023/2024 de soja no Rio Grande do Sul e no Paraná em 22 milhões de toneladas e 18 milhões de toneladas, respectivamente. Os dois estados do Sul juntos (segundo e terceiro maiores produtores) normalmente produzem cerca de 30% da soja produzida no Brasil “A maioria dos brasileiros não sabe que grande parte da produção nacional de soja vem de pequenas propriedades rurais, localizadas principalmente no Sul, ”, observa Moraes.
O levantamento elaborado por Moraes revela ainda que o uso intensivo de alta tecnologia em grandes propriedades de soja também está presente em pequenos estabelecimentos produtores de soja. “As variáveis tecnológicas adotadas nas fazendas de soja no Brasil incluem o uso de insumos de alta qualidade como sementes transgênicas, fertilizantes e corretivos, bem como o uso de maquinário e armazéns de grãos, entre outros”, relata Moraes.
Segundo o pesquisador, vários fatores podem moldar a distribuição do tamanho dos estabelecimentos rurais de uma região: fatores históricos e culturais, disponibilidade e acesso a crédito e financiamento, clima e condições climáticas, acesso a tecnologia e maquinários agrícolas, topografia e solo qualidade, entre outros. “Uma análise do tamanho dos estabelecimentos rurais pode ter implicações no desenvolvimento de políticas públicas, na alocação de recursos e nos programas de ajuda destinados às pequenas propriedades, e contribuir para identificar potenciais intervenções ou estratégias que possam ajudar esses agricultores a enfrentar desafios na produção”.
Soja
Segundo dados da Conab, na safra 2022/2023 o Brasil produziu mais de 150 milhões de toneladas de soja, o que mantém o país na liderança na produção mundial do grão, seguido pelos Estados Unidos e Argentina. Atualmente a soja é cultivada em 20 estados e no Distrito Federal, sendo que os principais estados produtores são: Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás. “O cultivo da soja é responsável direto por cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) e por cerca de 25% do PIB do agronegócio, além de gerar mais de 2,2 milhões de empregos”, afirma Nepomuceno.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Sistema Faemg Senar alerta para desafios da cafeicultura na safra 25

Reprodução
A cafeicultura mineira enfrenta um cenário desafiador para a safra 2025, com impacto do clima adverso na produção e forte volatilidade no mercado. Segundo um informativo do Sistema Faemg Senar, a falta de chuvas e as altas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento das lavouras, enquanto os preços futuros do café oscilaram diante da incerteza sobre a oferta brasileira. O relatório também aponta que as exportações no Sudeste Asiático seguem aquecidas, o que pode influenciar a competitividade do produto nacional.
De acordo com o levantamento, o desempenho das exportações de café no Vietnã e na Indonésia tem apresentado resultados contrastantes. No Vietnã, entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, os embarques totalizaram 11,44 milhões de sacas, embora ainda abaixo dos 13,24 milhões de sacas registrados na safra anterior. A principal razão dessa queda está relacionada à menor produção e estoques reduzidos. Já na Indonésia, o cenário é mais positivo. As exportações da temporada 2024/2025, entre abril de 2024 e janeiro de 2025, somaram 6,49 milhões de sacas, superando as expectativas e refletindo um aumento de 20% em relação ao ano anterior. A recuperação da safra e os preços atrativos ajudaram a impulsionar os embarques, e a estimativa é que as exportações alcancem 7,9 milhões de sacas.
No Brasil, as incertezas sobre a produção continuam a afetar o mercado. O contrato de café para maio de 2025, que atingiu 410 c/lb, reflete o impacto de um clima adverso e a redução da oferta. Embora as previsões de chuvas possam suavizar a pressão sobre os preços, a alta volatilidade no mercado continua a ser um fator de preocupação para os produtores. No mercado físico de Minas Gerais, em fevereiro de 2025, o preço do café arábica tipo 6 registrou um aumento de 2,7%, com as regiões produtoras apresentando variações significativas: a Chapada de Minas teve uma alta de 13,8%, atingindo R$ 2.730/sc, enquanto o Cerrado Mineiro registrou R$ 2.701/sc, com um aumento de 5,7%.
Os desafios climáticos, como as altas temperaturas e a falta de chuvas, também afetaram a fase crítica da granação dos frutos, que define a qualidade e a produtividade da safra. A previsão para março é de retorno das chuvas em volumes acima da média histórica, especialmente nas regiões Sul de Minas, Campos das Vertentes e Montanhas de Minas. Com isso, a recomendação para os cafeicultores é seguir as previsões meteorológicas e intensificar o manejo fitossanitário das lavouras, controlando pragas e investindo em práticas nutricionais para garantir um bom desenvolvimento das plantas.
A expectativa é que os preços do café fiquem entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por saca até a entrada da safra, mas com uma possibilidade de queda devido à colheita. A orientação é que os produtores se atentem ao gerenciamento da produção, para mitigar perdas e otimizar os resultados durante este período de incerteza.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Embarques de carnes bovina, suína e de frango somam mais de R$ 17 bilhões

Reprodução
As exportações brasileiras de carne bovina, suína e de frango cresceram neste primeiro bimestre de 2025, totalizando R$ 17,44 bilhões em faturamento. O volume exportado somou mais de 1,46 milhão de toneladas, impulsionado pela forte demanda internacional, especialmente da China, dos Estados Unidos e do México. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
No acumulado de 2025, o Brasil exportou 428 mil toneladas de carne bovina, com receita de R$ 11,88 bilhões, um crescimento de 4,7% no volume e de 13,9% no faturamento em relação ao mesmo período de 2024.
A carne suína teve um aumento de 12,5% nas exportações, com 189 mil toneladas embarcadas e um faturamento de R$ 2,67 bilhões, representando um acréscimo de R$ 520 milhões na comparação anual.
Já a carne de frango registrou um desempenho ainda mais expressivo, com alta de 14,5% nos embarques. O Brasil exportou 852 mil toneladas da proteína, movimentando R$ 8,89 bilhões, um acréscimo de R$ 1,63 bilhão em relação ao mesmo período do ano passado.
A China continua sendo o principal destino da carne bovina brasileira, adquirindo 94.448 toneladas em fevereiro, gerando uma receita de R$ 2,62 bilhões. No entanto, o mercado chinês registrou uma leve queda de 2,1% no preço médio do produto em relação a janeiro.
Os Estados Unidos ampliaram significativamente suas compras de carne bovina brasileira, importando 26.936 toneladas no mês, um aumento de 42% sobre janeiro. O faturamento com as exportações para o país somou R$ 855,7 milhões, um avanço de 38,2%.
O México também teve um crescimento expressivo, aumentando suas compras em 41% no comparativo mensal. O país importou 4.421 toneladas de carne bovina, consolidando-se como o sétimo maior destino das exportações brasileiras.
O presidente da Abiec, Roberto Perosa, destacou que o avanço das exportações reflete a estratégia do setor de diversificação de mercados e valorização da carne brasileira no comércio global.
“As exportações representam cerca de 30% da produção nacional, permitindo otimizar o aproveitamento dos cortes, ajustar o mix de produtos e atender às exigências de mais de 150 mercados. Isso fortalece a competitividade do Brasil e abre novas oportunidades para os pecuaristas e frigoríficos”, afirmou Perosa.
Segundo o diretor do Canal Rural Sul, Giovani Ferreira, o desempenho do Brasil no setor de carnes está diretamente ligado ao crescimento da demanda global, impulsionado principalmente pelo mercado asiático e pelos efeitos da guerra tarifária internacional.
“O Brasil não só está conquistando mais espaço no mercado externo, como também está melhorando o retorno financeiro para o produtor, garantindo uma remuneração maior por tonelada exportada”, analisou Ferreira.
Com a alta demanda global e a ampliação da presença brasileira nos principais mercados, o setor de carnes segue como um dos pilares do agronegócio nacional, garantindo maior estabilidade econômica e oportunidades para os produtores rurais.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Colheita segue em ritmo acelerado e já chega a 80% em algumas regiões

Divulgação
O Brasil está colhendo a safra de soja 2024/2025 com avanço significativo em diversas regiões. Até o início de março, aproximadamente 50% da área plantada no país já havia sido colhida, com destaque para Mato Grosso e Paraná, que lideram os trabalhos no campo.
Em Mato Grosso, principal estado produtor, mais de 70% da área cultivada já foi colhida, enquanto no Paraná o índice supera 60%. A expectativa nacional é de uma produção recorde de 167,94 milhões de toneladas, um crescimento de 13,7% em relação à safra anterior, impulsionado pelo aumento da área plantada e pela recuperação da produtividade.
Em Rondônia, a colheita segue em ritmo acelerado, com cerca de 80% da área plantada já colhida. O estado, que cultivou aproximadamente 687 mil hectares na safra 2024/2025, tem consolidado sua importância no cenário agrícola nacional. Mesmo com os desafios climáticos causados pelo fenômeno El Niño, os produtores mantiveram a expansão da cultura, e a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) registrou um aumento expressivo no número de propriedades dedicadas à soja, passando de 3.700 para mais de 4.600 áreas cultivadas. A previsão é de que a colheita seja concluída até meados de abril.
Com a soja em fase final de maturação, a Idaron alerta para a necessidade de manejo adequado para evitar perdas causadas por doenças de final de ciclo e pragas. Além disso, o plantio comercial de soja fora do período permitido segue proibido, conforme diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária, para evitar a disseminação da ferrugem asiática. O desempenho da safra em Rondônia reforça a posição estratégica do estado no agronegócio nacional, contribuindo para que o Brasil mantenha sua liderança global na exportação de soja.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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