Agronegócio
Governo Federal desiste de Lançamento do Plano Safra em Mato Grosso

Expectativa para o novo Plano Safra é de manutenção no aumento de recursos livres e taxas melhores frente ao ciclo passado(Foto: Mapa)
Dias após anunciar que o Plano Safra 2024/2025 seria lançado em Rondonópolis, no Mato Grosso, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, surpreendeu a todos ao comunicar que o evento será realizado em Brasília (DF). A decisão foi divulgada durante uma visita a Cáceres, uma mudança que sinaliza ainda mais a má representação do setor agropecuário em Mato Grosso, um estado crucial para o agronegócio brasileiro.
O Plano Safra é um momento aguardado por muitos, especialmente os produtores rurais que dependem dessas políticas para planejar e executar suas atividades anuais. Inicialmente, o lançamento em Rondonópolis era visto como um reconhecimento da importância do Mato Grosso para a agricultura brasileira. No entanto, com a alteração para Brasília, a percepção de que o agro está sendo negligenciado se intensifica.
A Mudança do Plano Safra: Um golpe na moral do agro mato-Grossense
O anúncio original de que o Plano Safra 2024/2025 seria lançado em Rondonópolis foi recebido com entusiasmo pelos produtores e líderes do setor agropecuário de Mato Grosso. A escolha da cidade não era apenas simbólica; ela refletia a relevância da região para a produção agrícola nacional. Rondonópolis, localizada a 215 km ao sul de Cuiabá, é um dos principais polos agrícolas do país, e a presença do evento ali seria um sinal de prestígio e reconhecimento.
No entanto, o ministro Carlos Fávaro anunciou a mudança para Brasília, justificando que a alteração se deve aos vários compromissos regionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Em função de várias agendas e compromissos regionais que o presidente está fazendo, ele decidiu, ontem, que faremos tanto da agricultura quanto da agricultura familiar em Brasília, no dia 26”, afirmou Fávaro.
A Repercussão no setor Agropecuário
A mudança de local foi recebida com desapontamento e frustração pelos produtores de Mato Grosso. Muitos sentem que a decisão de mover o evento para Brasília é um reflexo de uma desconexão entre o governo federal e as necessidades locais do setor agrícola. A presença do presidente em Rondonópolis teria sido um forte indicativo de apoio direto ao estado que é, sem dúvida, o coração do agronegócio brasileiro.
Essa alteração de planos levanta questões sobre a representatividade e a consideração que o governo federal dá ao setor agropecuário de Mato Grosso. O sentimento predominante é de que os interesses do agro não estão sendo adequadamente defendidos ou priorizados, uma crítica que já vinha ganhando força com a atuação do ministro Fávaro.
Historicamente, o anúncio do Plano Safra ocorre em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente da República, ministros e lideranças do setor.
Histórico de descontentamento
A mudança do lançamento do Plano Safra não é um caso isolado. O descontentamento com a representação do setor agropecuário em Mato Grosso já estava presente há algum tempo. O ministro Carlos Fávaro e o ex-secretário do Ministério da Agricultura Neri Geller, ambos figuras importantes no cenário político e agropecuário do estado, têm enfrentado críticas severas.
Durante um evento em Cáceres, Fávaro criticou a polarização política que, segundo ele, tem prejudicado o diálogo na sociedade brasileira. Neri Geller, por sua vez, se envolveu em uma polêmica relacionada a um leilão de Arroz, o que enfraqueceu ainda mais a confiança no setor. Esses acontecimentos geraram dúvidas sobre a capacidade desses líderes em representar e defender adequadamente os interesses do agronegócio mato-grossense.
O Plano Safra e Seus Impactos
O Plano Safra é uma ferramenta crucial para o desenvolvimento da agricultura no Brasil. Ele define as diretrizes e os recursos que serão disponibilizados para financiar a produção agrícola no país.
No entanto, a eficácia de um Plano Safra recorde só será sentida se os recursos forem aplicados de maneira eficiente e se os produtores tiverem acesso facilitado a esses fundos. A mudança do local de lançamento pode parecer um detalhe logístico, mas simboliza muito mais: representa a centralização das decisões em Brasília e a possível desconexão com as realidades regionais.
Projeto das Rotas de Integração Sul-Americana
Durante a visita a Cáceres, Fávaro, juntamente com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, participou da apresentação do projeto das Rotas de Integração Sul-Americana – Rota Quadrante Rondon. O projeto visa estreitar relações com países vizinhos para abertura de mercado e melhorar o escoamento da produção agrícola nacional.
Embora esse projeto seja uma iniciativa positiva para o setor agropecuário, a falta de foco no apoio direto aos produtores locais em Mato Grosso continua a ser uma preocupação. O estado precisa de políticas que reconheçam e valorizem sua contribuição para a economia nacional, e isso passa por uma representação mais ativa e comprometida dos seus líderes políticos.
A Necessidade de uma representação eficaz

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tinha afirmado que “provavelmente” o anúncio do Plano Safra 24/25 seria feito na próxima quarta-feira (26/06) em Rondonópolis (MT).
A falta de uma representação forte e comprometida do agro em Mato Grosso é uma questão que precisa ser abordada urgentemente. O setor agropecuário é vital não apenas para o estado, mas para o Brasil como um todo. Ele sustenta a economia, gera empregos e contribui significativamente para as exportações.
Os líderes políticos têm a responsabilidade de garantir que as necessidades e preocupações dos produtores sejam ouvidas e atendidas. A mudança do lançamento do Plano Safra para Brasília é mais um exemplo de como as decisões são tomadas sem considerar as implicações locais.
A Confiança abalada
A decisão de mudar o lançamento do Plano Safra de Rondonópolis para Brasília é um reflexo da má representação do setor agropecuário de Mato Grosso. A presença do presidente em Rondonópolis teria sido um forte indicativo de apoio e reconhecimento, algo que agora parece distante.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Morango tem boa safra no RS com clima favorável, mas pragas exigem atenção dos produtores

foto: assessoria/arquivo
Clima ideal impulsiona qualidade e produtividade do morango
O mais recente Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar indica que o clima segue favorável ao cultivo de morango na região de Caxias do Sul. As temperaturas amenas, com média em torno de 20 °C e amplitude térmica elevada, criaram condições ideais para o desenvolvimento das lavouras.
A sanidade dos morangueiros é considerada satisfatória, com os produtores mantendo tratamentos fitossanitários preventivos baseados em produtos biológicos para o controle de oídio, mofo-cinzento e antracnose. No entanto, a antracnose, conhecida popularmente como “flor preta”, tem se tornado mais frequente, gerando preocupação entre os agricultores.
Em Nova Petrópolis, produtores também relatam casos de ácaro-rajado, praga que exige acompanhamento constante para evitar perdas na produção.
Colheita avança, mas volume segue abaixo do esperado
Apesar das boas condições climáticas, o volume colhido ainda está abaixo do esperado para esta época do ano. Em Gramado, o morango in natura é comercializado entre R$ 20,00 e R$ 30,00 por quilo, enquanto o morango congelado tem preço médio de R$ 10,00/kg.
Já em Nova Petrópolis, houve aumento de preços em relação à semana anterior. Na venda direta ao consumidor, o produtor tem recebido entre R$ 20,00 e R$ 35,00/kg, e nas negociações com Ceasas, intermediários e mercados, os valores variam de R$ 15,00 a R$ 30,00/kg.
Pelotas registra frutos de excelente qualidade
Na região de Pelotas, os cultivos de morango encontram-se em diferentes estágios, desde os tratos culturais até a colheita. O boletim destaca a excelente qualidade dos frutos, com bom calibre e sabor, reflexo direto das condições climáticas estáveis.
Os preços praticados na região variam de R$ 12,00 a R$ 27,00/kg, dependendo da classificação e destino do produto.
Soledade tem produção em alta e manejo eficiente
Em Soledade, o relatório aponta que a radiação solar, as temperaturas amenas e o maior fotoperíodo favoreceram o desenvolvimento das lavouras. O resultado é uma elevação na produção, na oferta e na qualidade dos frutos.
As cultivares de dias curtos já começam a apresentar redução na produtividade, mas o manejo sanitário constante e as podas leves de limpeza têm contribuído para manter a rentabilidade. O preço pago ao produtor oscila entre R$ 25,00 e R$ 35,00/kg.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Índia deve liberar 30 milhões de toneladas de arroz no mercado global e acende alerta no setor brasileiro

Foto: Paulo Rossi
Índia retoma exportações após dois anos de restrições
Após dois anos de restrições, a Índia, maior exportadora mundial de arroz — responsável por cerca de 40% do comércio global —, anunciou a retomada das exportações do grão em março de 2025. A medida foi motivada pelos estoques públicos recordes, que atingiram 48,2 milhões de toneladas métricas em setembro de 2024, um aumento superior a 14% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais do governo indiano.
A proibição das exportações havia sido imposta em 2022 para conter a inflação dos alimentos e proteger o abastecimento interno. Contudo, a combinação de boa safra e queda acentuada nos preços domésticos levou o governo a liberar novamente o comércio internacional do produto.
Chuvas abundantes impulsionam colheita e ampliam capacidade de exportação
De acordo com informações da Agência Reuters, as fortes chuvas de monção registradas neste ano devem impulsionar ainda mais a produção de arroz na Índia, ampliando a capacidade de exportação do país.
“A Índia já é um ator importante no comércio global de arroz, e nosso objetivo agora é alcançar compradores em mercados menos atendidos para impulsionar ainda mais as exportações”, afirmou Dev Garg, vice-presidente da Federação Indiana de Exportadores de Arroz.
Com os armazéns estatais já próximos do limite, o governo indiano estima despejar cerca de 30 milhões de toneladas de arroz no mercado internacional, um volume considerado expressivo e com potencial de pressionar os preços globais da commodity.
Setor brasileiro vê movimento indiano com preocupação
A notícia da possível ampliação das exportações indianas causou apreensão no mercado brasileiro de arroz, que enfrenta problemas estruturais e baixa rentabilidade.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Evandro Oliveira, a volta da Índia ao mercado externo representa um risco direto para os produtores brasileiros.
“A simples inclusão do Brasil na lista de quase 30 países que podem receber o arroz indiano já gerou pânico no setor. Um volume dessa magnitude seria devastador para a competitividade do produto nacional, que já enfrenta altos custos logísticos e margens reduzidas”, destacou.
O especialista explica que a estratégia indiana também visa recuperar os preços internos, hoje abaixo de US$ 400 por tonelada, chegando a US$ 345 — o menor patamar das últimas duas décadas.
Qualidade do arroz indiano é questionada no Brasil
Evandro Oliveira relembra que as experiências anteriores com o arroz indiano no Brasil não foram positivas.
“A qualidade do produto indiano é muito inferior àquela à qual o consumidor brasileiro está acostumado. Por isso, a aposta é de que esse comércio, caso ocorra, não tenha grande adesão nem sucesso por aqui”, afirmou o analista.
Produção global deve atingir recorde histórico
As projeções da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) indicam que a produção mundial de arroz deverá alcançar um recorde de 556,4 milhões de toneladas em 2025/26.
A própria Índia, segundo a FAO, colheu 146,1 milhões de toneladas na safra encerrada em junho de 2025, superando com folga a demanda doméstica de 120,7 milhões de toneladas. O excedente reforça o papel do país como grande fornecedor global, mas também acende o alerta para mercados produtores, como o brasileiro, que podem sofrer com os impactos da sobreoferta mundial.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Tambatinga supera tambaqui e se consolida como destaque da piscicultura brasileira

Foto: Fábio Rosa Sussel
A tambatinga, híbrido do tambaqui com a pirapitinga, vem se consolidando como uma das principais espécies da piscicultura nacional. Segundo dados da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), a produção da tambatinga já supera a do tambaqui, sinalizando uma transformação no perfil da aquicultura brasileira.
“O híbrido combina a resistência do tambaqui, nativo da Amazônia Legal, com a pirapitinga, que ocorre em outras bacias do país. Isso resultou em uma espécie adaptável a diferentes climas, permitindo sua expansão para regiões como Maranhão, líder em produção, e Mato Grosso”, explica Francisco Medeiros, presidente da Peixe BR.
Produtividade e rendimento industrial impulsionam interesse
Além da adaptabilidade, a tambatinga se destaca pela rápida taxa de crescimento e pelo alto rendimento industrial, especialmente em cortes valorizados, como a costela de peixe. Esses fatores têm atraído produtores interessados em aumentar a eficiência e o valor agregado da produção.
Desafios estruturais ainda limitam o setor
Apesar do crescimento, a piscicultura de espécies nativas enfrenta limitações estruturais. O baixo nível de industrialização restringe o acesso a mercados exigentes e de maior remuneração, afetando a rentabilidade dos produtores.
“O potencial é grande, mas é preciso avançar em infraestrutura de processamento e implementar políticas públicas que incentivem toda a cadeia produtiva”, alerta Medeiros.
Mercado consumidor e iniciativas de fomento
O consumo da tambatinga é semelhante ao de outras espécies nativas, como tambaqui, pacu e pirapitinga, devido à proximidade de sabor e aparência. No entanto, a expansão da espécie ainda depende principalmente da iniciativa dos produtores, já que não existe uma estratégia nacional específica para estimular sua produção.
A Peixe BR acompanha o crescimento da tambatinga e busca ampliar seu reconhecimento, promovendo debates técnicos e inserindo a espécie em políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da aquicultura no país, reforça Medeiros.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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