Agronegócio
Exportação de carne de frango cresce em maio, mas receita cai diz ABPA

Foto: Motion Array
A exportação brasileira de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançou 451 mil toneladas em maio, o que corresponde a um aumento de 4,2% em comparação com igual mês de 2023 (433,3 mil t). As informações são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), divulgadas nesta segunda-feira (10).
No mês passado, as vendas de carne de frango proporcionaram receita de US$ 818,7 milhões, saldo 5,6% menor que o total registrado no mesmo período do ano passado, com US$ 867,4 milhões.
Considerando o período entre janeiro e maio, os embarques de carne de frango alcançaram 2,152 milhões de toneladas, volume 1,4% inferior ao registrado no mesmo período de 2023, com 2,183 milhões de toneladas. A receita gerada pelas exportações nos cinco primeiros meses do ano totalizou US$ 3,842 bilhões, saldo 10,2% inferior ao total embarcado no mesmo período de 2023, com US$ 4,281 bilhões.
Na análise dos embarques de maio, o Paraná manteve-se como principal estado exportador, com 198,9 mil toneladas, volume 11,2% superior ante igual mês de 2023. Em seguida estão Santa Catarina, com 89,6 mil toneladas (+2,2%) e Rio Grande do Sul que, diante dos impactos logísticos causados pelas enchentes de maio, registrou queda de 11,4% nos embarques do mês, com total de 56,4 mil toneladas. São Paulo, com 25,4 mil toneladas (+4,9%) e Goiás, com 22,9 mil toneladas (+15,4%) completam o ranking dos cinco maiores estados exportadores.
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, disse em comunicado que “o resultado de maio foi o segundo maior do ano e o quinto do histórico mensal das exportações de carne de frango. É um indicativo importante sobre o ritmo das exportações do ano, que devem manter patamares acima das 430 mil toneladas mensais. Lamentavelmente, as tristes adversidades ocorridas no Rio Grande do Sul também deixaram suas marcas no fluxo de exportações do estado”.
No ranking dos principais destinos, a China lidera com 49,8 mil toneladas importadas em maio, volume 23,6% menor que o total registrado no mesmo mês do ano passado. Em seguida estão Emirados Árabes Unidos, com 39,6 mil toneladas (+22,2%), Arábia Saudita, com 37,5 mil toneladas (+31,2%), Japão, com 32,2 mil toneladas (-15,4%), África do Sul, com 32,1 mil toneladas (+12,6%), Iraque, com 24 mil toneladas (+35,5%) e México, com 20,5 mil toneladas (+96,3%).
“O Brasil tem reforçado sua posição como maior fornecedor global de carne de frango halal, com fortes incrementos nas vendas para o Oriente Médio e nações do Norte da África, como é o caso da Líbia e a recentemente aberta Argélia. Há que se destacar também outros países do continente africano, com o retorno da presença brasileira em mercados com potencial de crescimento nos próximos meses”, comentou na nota o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
Estadão Conteúdo
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Demanda em alta: Exportação de gado em pé cresce 84%

imagem: Freepik
A venda de bovinos vivos para outros países, também conhecida como exportação de gado em pé, voltou a ganhar força no agronegócio brasileiro. Entre janeiro e abril de 2025, mais de 118 mil toneladas foram embarcadas, com faturamento superior a 286 milhões de dólares. No mesmo período de 2024, o volume foi menos da metade. O crescimento confirma uma tendência de recuperação e expansão desse mercado.
Em todo o ano de 2024, o Brasil exportou cerca de 366 mil toneladas, o que representou uma alta de 84% no volume e quase 70% a mais em valor, se comparado ao ano anterior. Nos primeiros quatro meses de 2025,
Os principais compradores seguem sendo países com tradição muçulmana, especialmente no Oriente Médio e Norte da África, onde há preferência por realizar o abate localmente, segundo exigências religiosas e sanitárias específicas, como o protocolo halal.
Esse tipo de comércio tem servido como uma válvula de escape para a pecuária nacional. Ao escoar parte da produção para fora do país, reduz-se a oferta interna, o que tende a aliviar a pressão sobre os preços pagos ao produtor. Além disso, essa rota exportadora contribui para equilibrar as bases de preço em estados como o Pará, onde os valores do boi gordo costumavam divergir dos praticados em outras regiões do país.
Outro uso estratégico para o gado em pé é o melhoramento genético. Além do comércio de sêmen e embriões, o envio de animais vivos com alto padrão reprodutivo tem atraído compradores interessados em elevar a qualidade dos seus rebanhos. Mesmo sendo uma operação mais cara e complexa, ainda assim encontra espaço em mercados específicos.
No campo político e institucional, o Brasil tem avançado na abertura de novos mercados. Recentemente, houve liberação para exportação de bovinos vivos com fins reprodutivos para a Turquia. A estimativa de movimentação para esse segmento é da ordem de R$ 300 milhões.
No entanto, o setor enfrenta críticas, especialmente de organizações que atuam em defesa dos animais. A legalidade da exportação de gado vivo foi tema de disputa judicial, com decisão recente da Justiça Federal autorizando a prática. A decisão considerou que cabe ao Legislativo definir limites e regras para essa atividade, não ao Judiciário.
Embora ainda represente uma parcela pequena do total exportado pela pecuária bovina brasileira, o envio de animais vivos tem impacto direto na rentabilidade do produtor e amplia as opções de mercado. A exigência crescente por bem-estar animal, controle sanitário e boas práticas durante o transporte mostra que o setor está sob constante avaliação internacional.
Mesmo grandes empresas do setor têm repensado sua participação nesse mercado, citando fatores como volatilidade, logística complexa e custo-benefício duvidoso. Ainda assim, enquanto houver demanda externa e margens atrativas, o gado em pé continuará a representar uma oportunidade real para parte dos pecuaristas brasileiros — seja como alternativa de venda, seja como canal estratégico para manter a competitividade da cadeia de produção nacional.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Exportação: Tilápia representa mais de 70 mil carrinhos de supermercado

Foto: Ministério da Pesca
Tilápias no páreo. O setor da piscicultura brasileira começa o ano com uma marca histórica: o maior valor já registrado em exportações para um trimestre. Entre janeiro e março de 2025, o país exportou US$ 18,5 milhões em pescado de cultivo, um crescimento de 112% em relação ao mesmo período de 2024. Também houve um salto no volume exportado, que atingiu 3.938 toneladas – alta de 89%.
A tilápia segue liderando com folga as exportações da piscicultura brasileira. No primeiro trimestre de 2025, a espécie movimentou US$ 17 milhões, o que representa 92% de todo o valor exportado pelo setor. Em comparação com o mesmo período de 2024, o crescimento foi de 105%. Em volume, foram exportadas mais de 3.455 toneladas de tilápia – o equivalente a cerca de 72 mil carrinhos de supermercado cheios de peixe, considerando uma média de 50 kg por carrinho.
Entre as espécies nativas, o destaque foi o curimatá, com US$ 580 mil em exportações e aumento de 333%. O tambaqui também se destacou, com US$ 479 mil exportados no trimestre. Já o pacu apresentou uma alta expressiva em percentual, puxada por uma base muito baixa em 2024 – apenas US$ 2.432 no mesmo período do ano passado.
Para o ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, os resultados são reflexo de um esforço contínuo do Governo Federal para fortalecer o setor. “O MPA vem atuando lado a lado com o Ministério da Agricultura e Pecuária para abrir novos mercados internacionais, ao mesmo tempo em que avançamos em frentes estruturantes, como o licenciamento ambiental da aquicultura. Estamos celebrando novas cessões de uso em Águas da União e oferecendo segurança jurídica para que os produtores possam crescer com regularidade e responsabilidade”, destacou.
Os dados são da plataforma COMEXSTAT/Ministério da Economia – Exportação e Importação Geral (2025) e foram compilados no Informativo Comércio Exterior da Piscicultura, edição 21, publicado pela Embrapa Pesca e Aquicultura.
(Por Ministério da Pesca)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Preços do suíno vivo recuam com demanda fraca e incertezas no mercado

Foto: Agência Brasil
Após um período de estabilidade, os preços do suíno vivo posto na indústria registraram queda nos últimos dias, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). O recuo é verificado na maior parte das regiões acompanhadas pelo Centro e reflete principalmente o típico enfraquecimento da demanda no fim do mês, quando o poder de compra do consumidor tende a cair.
De acordo com analistas do Cepea, o mercado spot também se tornou mais especulativo recentemente, em função dos desdobramentos relacionados ao caso de gripe aviária detectado no Brasil. A incerteza gerada por essa situação tem dificultado as negociações e contribuído para o desaquecimento do setor.
No atacado da carne suína, os cortes também registraram queda, acompanhando a desvalorização do animal vivo. A baixa generalizada reforça o cenário de cautela entre os agentes da cadeia produtiva, que observam com atenção os efeitos da gripe aviária sobre o mercado de proteínas como um todo.
Além da preocupação com a demanda interna, há também expectativa em relação ao comportamento do consumidor nos primeiros dias de junho, quando o fluxo financeiro costuma melhorar com o recebimento dos salários. Ainda assim, o setor segue atento à concorrência com outras proteínas, especialmente o frango, cuja oferta pode aumentar devido a restrições comerciais impostas pela gripe aviária, pressionando ainda mais os preços do suíno.
O cenário atual exige estratégia e planejamento dos produtores e indústrias, em um momento de volatilidade e sensibilidade a fatores sanitários e econômicos.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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