Agronegócio
Preços médios do açúcar cristal branco caem na primeira semana de junho
Divulgação
Os preços médios do açúcar cristal branco registraram queda na primeira semana de junho, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A principal razão para essa tendência é o avanço da colheita e da moagem de cana-de-açúcar da safra 2024/2025, que resultou em um aumento na produção do açúcar cristal.
No mercado spot paulista, a disponibilidade do adoçante, especialmente do tipo Icumsa 180, aumentou, contribuindo para a pressão sobre os preços. Em contraste, a demanda tem se mantido estável. Os compradores, cautelosos, têm negociado apenas o necessário para o consumo imediato, na expectativa de novas quedas de preços a curto prazo.
Esta situação reflete a dinâmica de oferta e demanda no mercado de açúcar cristal branco, onde a maior produção e a postura conservadora dos compradores estão influenciando os preços.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Fragilidade da Índia abre mercado para arroz brasileiro no Sudeste Asiático
Foto: Sebastião José de Araújo/Embrapa Arroz e Feijão
Em missão no Sudeste Asiático, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) já mapeou cerca de 2.700 novas oportunidades de negócios para a indústria e o agronegócio nacional, incluindo o arroz, um produto que o país não tem tradição exportadora.
Ao mesmo tempo, os adidos agrícolas que atuam no estreitamento do país com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) procuram maneiras de transpor barreiras para a comercialização de commodities agropecuárias para determinados países, como:
- Gado vivo e gelatina bovina para a Malásia
- Carne bovina para o Vietnã
- Carne suína para a Indonésia
- Bovinos vivos para o Camboja
- Amendoim para as Filipinas
Arroz brasileiro para a Ásia
O gerente de Agronegócio da Apex Brasil, Laudemir Müller, conta que as conversas com a Asean identificaram que a China e o Vietnã, maiores compradores de arroz do mundo, precisaram procurar o cereal fora da Índia, nação onde têm o costume de adquiri-lo, porque a produção do país tem sido prejudicada pelos efeitos das mudanças climáticas.
“O Sudeste Asiático é uma região que precisa do Brasil e do agronegócio brasileiro. […] alguns anos atrás, não imaginávamos que poderíamos ser um player importante neste mercado. E o Brasil passa a ser procurado e temos condição de atender, mas, é claro, são variedades diferentes. Temos condição de em dois ou três anos produzir essas variedades e abastecer esse mercado”.
Müller lembra que o consumo interno brasileiro de arroz gira em torno de 10 a 11 milhões de toneladas e, na atual safra, o país tem o potencial de produzir cerca de 13 milhões de toneladas, deixando-o apto a ser um fornecedor internacional.
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Abertura de mercado no Marrocos deve beneficiar indústria de DDG e etanol em MT
UNEM
Arecente abertura do mercado de exportação de grãos seco de destilação (DDG) do Brasil para o Marrocos deve beneficiar a indústria do etanol de milho em Mato Grosso e fomentar a produção do grão, avalia Lucas Costa Beber, presidente da (Associação de Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT).
Os DDGs são um subproduto da destilação de grãos na agroindústria. Trata-se de um insumo rico em nutrientes, utilizado na ração animal para elevar o índice proteico e energético do rebanho. No agro mato-grossense, ele é representado pelo farelo de milho, já que o estado é o maior produtor de etanol de milho do país.
“O subproduto do milho na industrialização para a produção de etanol é exatamente o DDG, que seria o resíduo sólido que tem alto teor de proteína e fibra. Porém, ele não pode ser usado sozinho na ração, substituindo o milho por completo, devido o seu alto teor de fibra e baixo teor de carboidrato e amido. Então é necessário fazer a mistura do milho”, explica Lucas.
O setor avalia que a nova oportunidade de exportação é vista como uma solução estratégica para o excedente de DDG no mercado interno.
“Por causa do grande volume de produção do milho e do etanol, estava havendo um excedente no mercado interno. Algumas empresas estavam com estoques muito grandes. Essa abertura de mercado para o Marrocos, além de aumentar a demanda por milho, viabiliza maior produção ainda de etanol”, pontua.
De acordo com o presidente, além de beneficiar os produtores, a mudança reforça o papel do etanol como combustível sustentável, contribuindo para uma economia mais verde de qualidade e de baixa emissão de carbono. Como principal produtor de etanol de milho no Brasil e segundo maior produtor de etanol, de modo geral, a indústria mato-grossense deve se expandir nos próximos anos.
“Mato Grosso hoje é a maior indústria produtora de etanol de milho. O DDG já foi exportado para outros países e, abrindo um novo mercado, viabiliza também a instalação de mais indústrias aqui dentro do estado”, conclui.
Annie Souza/Rdnews
Etanol de milho e DDG
Esse ano, Mato Grosso atingiu pela primeira vez o segundo lugar no ranking de produção de etanol no Brasil, com produção recorde de 5,72 bilhões de litros na safra 2023/24. Do total de etanol produzido na safra 2023/24, 4,54 bilhões de litros vieram do milho. Em Mato Grosso, cada tonelada industrializada do milho vira 400 litros de etanol e ainda vira mais de 300 quilos de farelo de milho.
Mato Grosso, atualmente, utiliza cerca de 60% da área de produção de soja para produzir milho e há a capacidade de chegar em 100%, o que vai aumentar ainda mais a industrialização e produção dos subprodutos.
(Rdnews)
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Óleo de soja, carne e batata impulsionam aumento de preço na cesta básica em Cuiabá
Foto: reprodução
A alta de preço observada em todas as semanas de outubro também foi registrada nesta última, dessa vez, com um crescimento de 0,62% sobre a semana anterior, fazendo com que o mantimento atingisse o valor médio de R$ 793,44. O índice atual, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), é o maior dos últimos três meses e está 8,42% maior em comparação ao mesmo período do ano passado.
As consecutivas elevações de preço continuam sendo influenciadas pelo aumento no custo de produtos considerados essenciais para o consumo das famílias, destaca o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza. “Em sua quinta alta consecutiva, o valor médio da cesta básica para o mês de outubro é o maior dos últimos três meses, reflexo do crescimento de preço do óleo de soja, da batata e da carne, que estão entre os principais itens que contribuem para a sequência de aumento”.
O óleo de soja apresenta o seu quarto aumento de preço de forma consecutiva, registrando uma alta de 6,13% na última semana de outubro sobre a anterior e fechando o mês a um custo médio de R$ 8,32 o litro. Segundo análise do IPF-MT, o aumento na demanda pela soja pode estar associado com a elevação no custo do produto nos mercados.
Sobre o produto, Wenceslau Júnior destaca o recorde de preço alcançado no ano. “A seca nas regiões produtoras de soja e sua crescente demanda estão entre os principais motivos para estes aumentos, assumindo, assim, o maior valor de 2024, apurado pelo nosso instituto”.
A batata volta a subir de preço nesta semana após leve recuo observado na semana anterior, chegando a custar na média R$ 7,32/kg, em razão das chuvas que afetaram as regiões produtoras, atrasando a colheita do tubérculo. O valor atual está 2,58% maior no comparativo com a semana anterior e está 44,67% superior em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre os produtos com maiores variações, o tomate se destaca pelo recuo de 4,72% no seu preço quando comparado à semana anterior, atingindo um valor médio de R$ 5,43/kg. Esta foi a terceira retração consecutiva, o que pode estar relacionada com a baixa procura do fruto neste fim de mês. Em relação ao ano passado, no mesmo período, o valor atual do produto 26,37% inferior.
“Diante de um crescente aumento observado nas últimas semanas, o valor da cesta básica na capital se aproxima da marca dos R$800,00. O índice atual havia sido alcançado, pela última vez, na terceira semana de junho de 2024, o que pode gerar uma diminuição no consumo por parte das famílias, uma vez que o alto valor pesa de forma considerável no bolso do consumidor”, completa o presidente da Fecomércio-MT.
O Sistema S do Comércio em Mato Grosso, composto pela Fecomércio, Sesc, Senac e IPF-MT, é presidido pelo empresário José Wenceslau de Souza Júnior. A entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.
Fecomércio-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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