Agronegócio
Especulação e decisões polêmicas do governo faz preço do arroz disparar no mercado interno

Reprodução
O anúncio do governo federal em importar desnecessariamente, o cancelamento do leilão, além da falta de estoque da Conab – revelada pelo presidente do Instituto do Agronegócio (IA), Isan Rezende (leia aqui) – fez os preços do arroz dispararem no mercado interno.
O aumento foi de 6% em apenas uma semana, alcançando a média de R$ 6,46 o quilo para embalagens de 5 kg em 12 de maio. No final de abril, quando as primeiras chuvas atingiram o Rio Grande do Sul e as incertezas sobre a colheita do arroz começaram a tomar conta do noticiário, o preço do quilo do cereal chegou a R$ 6,35. Nas semanas seguintes, o valor recuou para R$ 6,17 e R$ 6,10. Em comparação, durante a colheita normal, os preços oscilavam entre R$ 5,84 e R$ 5,95 o quilo.
Dizendo que pretendia conter a especulação, o governo federal anunciou a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz por meio de leilões públicos a preços de mercado. No entanto, diante da pressão dos produtores e da indústria, a decisão foi revertida e o governo optou por zerar a Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação de arroz de fora do Mercosul.
Segundo o governo, a medida busca minimizar os impactos das enchentes na oferta do cereal, estimada em 600 mil toneladas até o momento – incluindo o que ainda não foi colhido e o volume em estoque. A iniciativa também visa evitar que a escalada dos preços do arroz afete o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos próximos meses.
A decisão do governo de zerar a TEC gerou divergências entre os diferentes setores envolvidos. Os produtores rurais argumentam que a medida pode prejudicar a produção nacional, já que o arroz importado, livre de tarifas, pode se tornar mais competitivo no mercado interno. Eles defendem a necessidade de outras medidas para auxiliar os produtores afetados pelas inundações, como a criação de linhas de crédito emergenciais e a desburocratização dos processos de indenização.
Já o governo e alguns especialistas defendem que a zerar a TEC é uma medida necessária para conter o aumento dos preços do arroz no curto prazo e evitar um impacto ainda maior na inflação. Argumentam que a medida é temporária e que, após a normalização da oferta interna, a TEC será restabelecida.
O aumento do preço do arroz, somado à incerteza sobre o futuro da safra nacional, gera apreensão no mercado consumidor. É importante que o governo e os produtores rurais busquem soluções conjuntas para garantir o abastecimento interno do cereal a preços justos para todos os envolvidos.
Com informações do Globo Rural.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Cotações do boi gordo seguem em alta com oferta restrita e maior demanda dos frigoríficos, aponta Cepea

Divulgação
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, registrou nova alta nas cotações do boi gordo em outubro. O movimento de valorização é resultado da oferta restrita de animais prontos para abate e da necessidade de compra por parte dos frigoríficos, que têm pagado mais pela arroba para garantir o cumprimento das escalas.
De acordo com o levantamento, as 28 praças pesquisadas pelo Cepea apresentaram aumento nos preços ao longo do mês. As maiores valorizações foram observadas em Goiânia, Rio Verde e Tocantins, onde o avanço chega a 5%, enquanto em regiões como Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Triângulo Mineiro, Pará e Oeste da Bahia, a alta é de 3%.
No estado de São Paulo, principal referência para o mercado nacional, os negócios têm sido firmados entre R$ 315 e R$ 320 por arroba, conforme dados do Centro de Pesquisas.
O cenário reflete o equilíbrio delicado entre oferta limitada e firme demanda, que tende a sustentar os preços do boi gordo nas próximas semanas, especialmente com a aproximação do período de maior consumo no fim de ano.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
China retoma compras de soja dos EUA e reduz pressão sobre demanda pelo grão brasileiro

CNA/Wenderson Araujo/Trilux
Após quase cinco meses sem adquirir soja norte-americana, a China voltou ao mercado dos Estados Unidos. Segundo informações de agências internacionais, a estatal chinesa Cofco comprou três carregamentos de soja dos EUA, totalizando cerca de 180 mil toneladas, com embarques previstos entre dezembro e janeiro. A operação ocorre em um momento estratégico, às vésperas do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping, sendo interpretada como um gesto de boa vontade política no contexto comercial entre as duas potências.
A reaproximação entre China e EUA pode ter reflexos diretos no mercado brasileiro, especialmente sobre os prêmios da soja nos portos. Embora ainda estejam em patamares positivos, a tendência é de queda nas próximas semanas, diante da possível redução na procura chinesa pelo produto nacional. Nesta terça-feira (28), o prêmio de exportação da soja para entrega em outubro ficou em US$ 1,80 por bushel em Paranaguá (PR), enquanto o de vencimento em fevereiro seguia positivo, em US$ 0,60 por bushel.
Mesmo com a perspectiva de menor demanda, o Brasil segue com forte volume de embarques. Conforme dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o país deve exportar 7 milhões de toneladas de soja em outubro, número 57,8% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado. A entidade, porém, reduziu a estimativa em relação à semana anterior, quando projetava 7,34 milhões de toneladas.
Para o farelo de soja, a previsão da Anec aponta embarques de 2,08 milhões de toneladas, praticamente estáveis frente à estimativa anterior (2,09 milhões), mas com recuo de 15,3% na comparação anual.
O movimento recente reforça o caráter volátil e sensível do mercado da oleaginosa, que segue condicionado não apenas a questões de oferta e demanda, mas também a fatores geopolíticos. Caso o entendimento entre EUA e China avance, a competitividade da soja americana pode aumentar, trazendo pressão adicional sobre os preços e prêmios do produto brasileiro nos portos.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Brasil amplia exportações do agronegócio com novos acordos sanitários com Malásia e Burkina Faso

Abertura de mercados para o Brasil na Malásia e em Burkina Faso
O governo brasileiro concluiu nesta semana importantes negociações sanitárias e fitossanitárias com os governos da Malásia e de Burkina Faso, abrindo caminho para a exportação de uma variedade de produtos do agronegócio nacional. As tratativas reforçam a presença do Brasil em mercados estratégicos da Ásia e da África, consolidando o país como uma das principais potências globais na produção de alimentos.
Durante a visita oficial da comitiva presidencial à Malásia, as autoridades do país asiático autorizaram o Brasil a exportar pescado extrativo e de cultivo, além de maçãs, melões, ovo em pó e gergelim.
A medida representa um avanço significativo para o setor produtivo brasileiro, especialmente para os segmentos de fruticultura e piscicultura, que ganham novo impulso com a abertura de um mercado de alto consumo.
Com mais de 35 milhões de habitantes, a Malásia é um dos países com maior consumo per capita de pescado no Sudeste Asiático. Em 2024, o país importou US$ 1,2 bilhão em produtos agropecuários do Brasil, consolidando-se como um parceiro comercial relevante para o agronegócio nacional.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a ampliação das exportações brasileiras para o mercado malaio deve gerar novas oportunidades para pequenos e médios produtores, além de fortalecer a imagem do Brasil como fornecedor confiável e sustentável de alimentos.
Avanço no mercado africano
Outro destaque é o acordo firmado com Burkina Faso, país localizado na região do Sahel, na África Ocidental. As autoridades locais autorizaram o Brasil a exportar alimentos para animais de companhia, além de insumos de origem vegetal e animal destinados à elaboração de rações e produtos para alimentação animal de origem não animal.
Com uma população de cerca de 23 milhões de habitantes e um rebanho estimado em 81 milhões de cabeças, Burkina Faso é considerado um mercado promissor para a expansão das exportações brasileiras no setor de nutrição animal.
A medida abre espaço para empresas brasileiras especializadas em rações, suplementos e aditivos expandirem sua presença no continente africano, que vem registrando crescimento expressivo na demanda por produtos agroindustriais.
470 novos mercados abertos desde 2023
Com esses dois novos acordos, o Brasil chega a 470 aberturas de mercado desde o início de 2023, um marco que reflete o esforço contínuo de diversificação dos destinos das exportações agropecuárias brasileiras.
Essas conquistas são resultado do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), que têm atuado de forma coordenada para eliminar barreiras sanitárias e ampliar o acesso dos produtos brasileiros aos mercados internacionais.
Segundo especialistas do setor, essas ações fortalecem a competitividade do agronegócio nacional e contribuem para aumentar a participação do Brasil nas cadeias globais de alimentos. Além disso, reforçam o compromisso do país com padrões internacionais de qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade — fatores essenciais para atender às exigências dos novos mercados.
Diplomacia agropecuária em expansão
A política de diplomacia agropecuária tem sido um dos pilares da estratégia brasileira de inserção global. Ao negociar diretamente com governos estrangeiros, o Brasil busca não apenas abrir mercados, mas também construir relações comerciais duradouras, baseadas em confiança mútua e segurança alimentar.
Para o Mapa, os resultados obtidos com Malásia e Burkina Faso demonstram o sucesso da estratégia de diversificação geográfica das exportações, reduzindo a dependência de poucos mercados e ampliando o alcance dos produtos nacionais.
O governo também destacou que continua em tratativas com outros países da Ásia, África e Oriente Médio para ampliar ainda mais o portfólio de mercados abertos nos próximos meses.
Fonte: MAPA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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