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Agricultura

Trump elimina tarifas e altera dinâmica dos fertilizantes

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Foto: Canva

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de eliminar as tarifas sobre fertilizantes importados, anunciada em 14 de novembro, modificou o ambiente do mercado norte-americano e abriu novas expectativas para a formação de preços no curto e médio prazos.

De acordo com o Relatório Semanal de Fertilizantes da StoneX, a medida deve reduzir o custo dos adubos importados e recuperar a atratividade do mercado dos EUA, apontado pela empresa como um dos principais destinos do comércio global de nutrientes. O analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Tomás Pernías, afirmou que “as tarifas impostas no primeiro semestre de 2025 criaram uma distorção importante” e destacou que os agricultores enfrentaram “uma das piores relações de troca dos últimos anos”, pressionados pela queda das commodities agrícolas e pelo encarecimento dos insumos. Para ele, “a suspensão das tarifas tende a aliviar parte desse desequilíbrio”.

Durante o período em que as tarifas estavam em vigor, fornecedores internacionais redirecionaram cargas para mercados isentos de taxação, o que reduziu a oferta interna nos Estados Unidos e contribuiu para a manutenção dos preços em níveis elevados. O clima de incerteza também impactou investidores e levou agricultores a adiar novas aquisições diante do baixo estímulo econômico.

Com a retirada das tarifas, o mercado apresentou reação imediata. Segundo Pernías, “a queda expressiva nos preços futuros do fosfato diamônico (DAP) nos últimos dias é um sinal claro de que o mercado incorporou rapidamente a mudança e passou a precificar expectativas baixistas”.

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O analista, no entanto, ponderou que o movimento pode ter limitações. Ele afirmou que “a proximidade da temporada de formação de estoques para as aplicações da primavera pode sustentar a demanda e impedir uma queda linear dos preços” e avaliou que o mercado enfrenta “um jogo de forças”, marcado pelo impacto da retirada das tarifas e pela retomada das compras para recomposição do abastecimento.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Pescadores de três estados recebem orientações sobre seguro-defeso

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Cadastro pescadores. Foto: Divulgação/Mapa

Começam nesta segunda-feira (24), em 122 municípios dos estados do Piauí, Amazonas e Bahia, as entrevistas e orientações que o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) fará com pescadores artesanais interessados em garantir o direito ao seguro-defeso. No Pará e no Maranhão, o serviço começará em 1º de dezembro.

A iniciativa tem por objetivo identificar os beneficiários e orientá-los sobre as novas regras para solicitar o Seguro-Desemprego do Pescador Artesanal (SDPA) – mais conhecido como seguro-defeso.

De acordo com o ministério, as entrevistas serão feitas em sindicados, associações e colônias de pescadores desses municípios, de segunda-feira a sexta-feira.

O seguro-defeso, tem o objetivo de garantir renda ao pescador artesanal durante o período de defeso, quando a pesca é proibida para preservação das espécies.

O valor do benefício corresponde a um salário mínimo mensal, pago durante todo o defeso, limitado a 5 parcelas.

Segundo as regras do MTE, nos meses em que receber o benefício o pescador não pode exercer pesca nem outra atividade remunerada que descaracterize sua condição profissional.

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Mudança de gestão

A gestão do seguro-defeso ficava a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social. No entanto, a Medida Provisória n° 1.323, de 4 de novembro, alterou a Lei nº 10.779 que trata do benefício, passando a gestão para o MTE.

De acordo com a pasta, “todos os defesos iniciados entre 1º de abril de 2015 até 31 de outubro de 2025, serão processados ainda pelo INSS”.

Apenas os que tiveram início a partir de 1º de novembro de 2025 ficarão a cargo do MTE.

“Ao assumir a competência de analisar e liberar o benefício, o MTE vai iniciar o processo de entrevistas para garantir o direito do seguro-defeso a todos os pescadores e pescadoras profissionais artesanais que cumpram os requisitos do programa, garantindo assim o direito para aqueles que vivem da pesca artesanal”, informou o ministério.

Para ter direito ao benefício, o pescador ou pescadora precisará comprovar sua residência. Além disso, será verificada a compatibilidade entre o município de residência e os territórios abrangidos pelo defeso.

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Os beneficiários deverão apresentar notas fiscais de venda de pescado ou comprovantes de contribuição previdenciária com relatório periódico que comprove atividade mensal como pescador artesanal.

Canais de atendimento

Para requerer o benefício, o pescador deverá acessar o aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou acessar o Portal Emprega Brasil.

Uma outra possibilidade é a de ir, presencialmente, a um posto de atendimento do MTE. Lá, será possível acompanhar o processo de habilitação, pagamento, bem como solicitar pedidos de revisão do benefício.

O pescador interessado também pode solicitar a revisão do pedido do seguro-defeso de forma online, anexando a justificativa para o pedido e toda documentação comprobatória.

O MTE acrescenta que, após o requerimento, o sistema verifica se o endereço do pescador está localizado em uma cidade selecionada para fazer a entrevista presencial.

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“Caso não esteja, o processo segue diretamente para o processamento do pedido pelo MTE, que, após análise, libera para pagamento. Caso esteja na cidade selecionada, o pescador será encaminhado para participar de uma entrevista presencial”, acrescentou.

Veja quais serão os municípios priorizados para as entrevistas:

  • Amazonas: Anamã, Anori, Autazes, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Caapiranga, Canutama, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Fonte Boa, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Iranduba, Itacoatiara, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaquiri, Manaus, Manicoré, Maraã, Parintins, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, Tabatinga, Tapauá, Tefé, Urucará, Urucurituba.
  • Bahia (BA): Barra, Bom Jesus da Lapa, Cansanção, Carinhanha, Casa Nova, Conde, Cotegipe, Curaçá, Ibotirama, Itiúba, Jandaíra, Juazeiro, Malhada, Morpará, Muquém de São Francisco, Paratinga, Pilão Arcado, Remanso, Riachão das Neves, Serra do Ramalho, Sento Sé, Sítio do Mato, Sobradinho, Xique-Xique.
  • Piauí (PI): Barras, Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Campo Largo do Piauí, Guadalupe, Ilha Grande, Joca Marques, José de Freitas, Luís Correia, Luzilândia, Madeiro, Matias Olímpio, Murici dos Portelas, Nossa Senhora dos Remédios, Parnaíba, Teresina.

Entrevistas

As entrevistas que começam nesta última semana de novembro serão feitas por bolsistas contratados pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), uma instituição pública federal ligada ao ministério.

Eles atuarão nas localidades informadas nos seguintes períodos:

  • Bahia: defeso vigora em novembro, abril e setembro. As entrevistas vão até maio de 2026.
  • Piauí: defeso ocorre em novembro, dezembro e janeiro. Entrevistas vão até março do ano que vem.
  • Amazonas: período de defeso concentrado em novembro. Entrevistas terminam em janeiro de 2026.
  • Maranhão e Pará: defesos em vigor nos meses de novembro, dezembro e janeiro. Entrevistas vão até março de 2026.

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Agricultura

Arroba do boi gordo: veja como o mercado pecuário iniciou a semana

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preço do boi

O mercado físico do boi gordo abre a semana com predominante acomodação em seus preços, enquanto são evidenciadas tentativas de compra em patamares mais baixos.

O analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a segunda-feira foi pautada por lentidão, com poucos negócios concretizados.

“Após a euforia causada pela redução das tarifas sobre a carne bovina brasileira pelos Estados Unidos veio a depressão, com muitos boatos em torno da China e as potenciais salvaguardas que podem ser anunciadas nos próximos dois dias”, diz.

De acordo com ele, a importância do gigante asiático nas importações de carne bovina do Brasil explica os motivos de tamanha volatilidade nos futuros do boi gordo.

Preço médio da arroba do boi

  • São Paulo: R$ 324,33 — na última sexta R$ 324,92
  • Goiás: R$ 315,36 — R$ 316,25
  • Minas Gerais: R$ 313,53 — R$ 314,71
  • Mato Grosso do Sul: R$ 318,30 — R$ 318,64
  • Mato Grosso: R$ 300,57 — R$ 301,65

Mercado atacadista

O mercado atacadista se depara com alguma queda de suas cotações. Contudo, a expectativa é de retomada no decorrer da semana.

“Isso acontecerá em linha com a boa demanda projetada para o restante do ano, com a incidência do 13º salário, criação de postos temporários de emprego e confraternizações inerentes ao período movimentando o mercado”, disse Iglesias.

  • Quarto traseiro: R$ 25,75 por quilo, queda de R$ 0,25;
  • Quarto dianteiro: R$ 19,25 por quilo, baixa de R$ 0,25;
  • Ponta de agulha: R$ 18,75 por quilo, redução de R$ 0,25.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,12%, sendo negociado a R$ 5,3945 para venda e a R$ 5,3925 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3793 e a máxima de R$ 5,4073.

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Agricultura

Arroba do boi gordo cai R$ 5 na Bahia e também baixa em outros estados

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Foto gerada por IA

A arroba do boi gordo segue em queda nas principais praças de comercialização do país, mostra o Indicador do Boi Gordo Datagro, referência para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.

Na Bahia, por exemplo, houve queda de quase R$ 5 no mercado físico, indo da média de R$ 309,06 na última sexta-feira (21) para R$ 304,14 nesta segunda (24).

Também foi observada retração em outros estados, como em São Paulo, onde a remuneração média pela arroba foi apontada em R$ 319,45, abaixo de R$ 320 pela terceira vez em novembro.

Em outras praças com planteis maiores, como Mato Grosso e Goiás, igualmente registraram reduções nos preços neste início de semana em comparação à sexta passada, mas no Pará a diferença foi ainda mais sentida:

  • Mato Grosso: de R$ 303,15 para R$ 301,82
  • Goiás: de R$ 315,05 para R$ 314,04
  • Pará: de R$ 309,38 para R$ 306,61
  • Tocantins: de R$ 302,83 para R$ 300,74

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