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Meio Ambiente

Seca avança e atinge maior severidade no Ceará em junho

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Foto: Pixabay

 

Apesar de a área total com seca no Ceará ter permanecido em 76% entre os meses de maio e junho, a condição de severidade no estado se agravou de forma significativa no último mês, conforme os dados mais recentes do Monitor de Secas, ferramenta coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

De acordo com o levantamento, houve um salto expressivo na área com seca moderada no estado, que passou de 2% em maio para 34% em junho — o que representa a condição mais severa no território cearense desde dezembro de 2024, quando 43% do estado registravam seca grave.

Segundo análise da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que participa mensalmente da elaboração dos dados do Monitor, a intensificação da seca no Ceará está diretamente ligada à redução das chuvas a partir de maio, após o encerramento do principal período chuvoso do estado, conhecido como quadra chuvosa (fevereiro a maio).

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Entre os possíveis impactos associados à seca moderada estão a diminuição no plantio, déficits hídricos prolongados, pastagens e culturas agrícolas que não se recuperaram totalmente, além de danos mais evidentes às lavouras, áreas de pasto e aos recursos hídricos, como córregos, reservatórios e poços com níveis mais baixos.

O Monitor de Secas é uma ferramenta de acompanhamento contínuo da situação da estiagem no Brasil. Seus resultados são divulgados mensalmente por meio de uma mapa que apresenta a intensidade e a abrangência da seca em cada unidade da federação. A iniciativa é coordenada pela ANA, com apoio de instituições parceiras nos estados — no caso do Ceará, a Funceme é responsável pela operacionalização e análise local.

O monitoramento serve como subsídio importante para decisões em áreas como agricultura, recursos hídricos e planejamento de políticas públicas, especialmente em regiões historicamente vulneráveis à variabilidade climática, como o semiárido nordestino.

FUNCEME – FUNDAÇÃO CEARENSE DE METEOROLOGIA E RECURSOS HÍDRICOS

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Mato Grosso pode ter chuva acima da média mês que vem e outubro podendo favorecer a soja

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foto: Só Notícias/arquivo

 

A semeadura da soja da safra 2025/26 em Mato Grosso, está se aproximando e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária informou, no boletim semanal, que aumentaram as incertezas quanto ao comportamento das precipitações no Estado. A projeção do Australian Bureau of Meteorology (BoM) indicou neutralidade do fenômeno Enso nos próximos meses. Em anos neutros, é comum observar bons volumes de chuva, com distribuição mais regular, o que pode ser favorável ao cultivo de soja no Estado.

Além disso, o satélite NOAA estimou a média das anomalias de precipitação do modelo NMME (mm/dia). As previsões indicam que, em setembro e outubro, as chuvas devem ocorrer acima da média histórica em grande parte do Estado, o que, se confirmado, favorecerá o desenvolvimento inicial da soja

O IMEA informa que o vazio sanitário da soja se encerra em 7 de setembro, conforme o ministério da Agricultura. No entanto, para que os produtores iniciem a semeadura, é necessário que o solo tenha recebido pelo menos 10 milímetros de chuva acumulada, garantindo umidade suficiente para a germinação.

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Só Notícias

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Gangorra nas temperaturas: Termômetros começam a subir

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Foto: Geraldo Bubniak/AEN

 

No Paraná, duas cidades registraram temperaturas negativas e em quatro municípios foi registrada a temperatura mais baixa do mês de julho. Na maioria das regiões paranaenses, entretanto, os valores nos termômetros começaram a subir. De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a massa de ar frio e seco que derrubou as temperaturas nesta semana perde ainda mais a força nesta sexta-feira (01).

As menores temperaturas (e únicas negativas) desta quinta-feira (31) foram em General Carneiro, com -2,6°C, e São Mateus do Sul, que registrou -0,7°C. A quinta-feira ainda trouxe o amanhecer mais gelado do mês de julho para as cidades de Antonina (6,2°C), Cambará (2,9°C), Cornélio Procópio (6,5°C) e Guaraqueçaba (4,3°C). Novamente houve registro de geada na Região Metropolitana de Curitiba.

Apesar do frio, as temperaturas já estavam mais amenas do que no dia anterior. Na quarta-feira (30), apenas Guaratuba, Loanda e Paranaguá haviam amanhecido com temperaturas acima de 10°C. Já nesta quinta-feira (31) a temperatura mínima foi acima de 10°C em dez cidades paranaenses.

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MUDANÇAS

A gangorra nas temperaturas foi impactante ao longo da semana. Na segunda-feira (28), Curitiba amanheceu com 13,7°C, mas ao longo do dia uma frente fria saiu do Paraná, e chegou a massa de ar frio. Na terça (29) a Capital amanheceu com 5,6°C. Na quarta (30), com 2,8°C. Nesta quinta (31), com 3,4°C. Já nesta sexta-feira (1º) a previsão é de temperatura mínima de 9°C, e no fim de semana as mínimas devem ficar acima de 10°C na Capital.

As temperaturas máximas, que não devem passar dos 16°C nesta quinta (31) em Curitiba, podem chegar aos 25°C no fim de semana. Entretanto, com a aproximação de uma nova frente fria na segunda-feira, as máximas voltam a cair e chegam a 13°C na terça-feira (5). As mínimas na próxima semana seguem na faixa dos 10°C.

As mudanças do tempo para os próximos dias estão relacionadas ao afastamento rápido, para o alto-mar, da massa de ar frio e seco que está sobre o Estado. “As massas de ar que predominaram em junho e julho sobre o Paraná tinham comportamento continental, isto é, o núcleo delas avançava sobre o continente e ficava por mais tempo. O frio era mais rigoroso na faixa Norte. Na massa de ar frio atual o núcleo está no oceano e o frio intenso não chegou com força no Norte, tanto que nesta quinta já deve aquecer por lá”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.

(Com AEN/PR)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Conheça o selo que reconhece o uso de bioinsumos e boas práticas no campo

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Divulgação

 

Lançada pelo Ministério da Agricultura, a plataforma Agrobrasil Mais Sustentável passou a reconhecer oficialmente produtores que seguem critérios técnicos e sustentáveis no campo. Entre as certificações que permitem esse acesso está a MIP Experience, desenvolvida pela Promip em parceria com outras instituições.

Segundo Marcelo Poletti, CEO da Promip, a certificação é fruto de um trabalho iniciado em 2019, voltado ao uso do manejo integrado de pragas (MIP) e ao incentivo à aplicação de bioinsumos em lavouras, especialmente nas culturas de frutas, legumes e verduras (FLV).

Uso de bioinsumos e foco na segurança do alimento

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A certificação MIP Experience se baseia em protocolos e manuais reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, que exigem práticas como o monitoramento de pragas, o uso comprovado de bioinsumos e o cumprimento de normas de segurança alimentar.

“O programa tem como foco principal garantir a qualidade dos alimentos in natura e reduzir a presença de resíduos químicos nas gôndolas dos supermercados”, explica Poletti.

Além disso, o programa se inspira em certificações internacionais, como a Global GAP, mas inclui critérios próprios para valorizar ainda mais o uso de insumos biológicos.

Reconhecimento do governo e benefícios no Plano Safra

Em 2023, o programa foi reconhecido oficialmente como prática agrícola sustentável pelo Ministério da Agricultura. Isso abriu as portas para que, a partir da safra 2025/2026, produtores certificados tenham descontos nas taxas de juros do Plano Safra.

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“Essa é uma grande inovação. O reconhecimento nos permite oferecer um benefício financeiro concreto para quem adota boas práticas agrícolas”, afirma o CEO da Promip.

De acordo com ele, os primeiros produtores já começaram a perceber ganhos adicionais. “O uso racional e estratégico dos insumos reduz o custo de produção e melhora a eficiência no campo”, completa.

Presença nas gôndolas e valorização no mercado

Outro destaque do programa é o selo com a imagem de uma joaninha, que identifica os produtos certificados nas prateleiras de redes como o Carrefour e o Sam’s Club.

“Ao encontrar o selo MIP Experience no supermercado, o consumidor tem a garantia de que aquele alimento foi produzido com responsabilidade ambiental, social e de governança”, afirma Poletti.

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Essa visibilidade fortalece a imagem do agricultor e melhora o posicionamento dos produtos no mercado, agregando valor e abrindo novas oportunidades de comercialização.

Como obter a certificação MIP Experience

Produtores interessados devem acessar o site www.promip.com.br e se inscrever na plataforma de treinamento digital. Por meio dela, é possível entender todas as etapas para obter a certificação e conhecer os critérios exigidos.

A Promip também disponibiliza conteúdo nas redes sociais e no podcast MIP Talks, que compartilha experiências de produtores e especialistas sobre o uso de bioinsumos e manejo integrado.

“O selo é mais do que um reconhecimento, é uma ferramenta que transforma a produção no campo”, conclui Marcelo Poletti.

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planetacampo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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