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Agricultura

Maior produtora de etanol de milho do Brasil anuncia usina em Goiás

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Foto: Inpasa

O governo de Goiás confirmou nesta semana que a Inpasa, maior fabricante de etanol de grãos do país, vai instalar sua primeira unidade em Rio Verde, Goiás. O investimento privado será de R$ 2,5 bilhões para a construção de uma refinaria, com expectativa de geração de cerca de 3 mil empregos, dos quais mil serão diretos.

Segundo o secretário , a escolha do estado pela empresa evidencia o ambiente favorável para novos negócios no estado.

“A instalação da Inpasa em Rio Verde é mais um investimento estratégico que confirma Goiás como referência nacional na produção de biocombustíveis. O resultado é mais emprego, mais desenvolvimento e uma economia diversificada”, afirma o secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás, Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Fundada em 2006, no Paraguai, e presente no Brasil desde 2018, a Inpasa é a maior biorrefinaria de etanol de grãos do país, com operações em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A usina de Rio Verde será a primeira unidade da empresa em Goiás. Sua capacidade operacional permite o processamento de 35 mil toneladas de milho e sorgo por dia, e a armazenagem de 6,2 milhões de toneladas de grãos.

Entre os fatores decisivos para a vinda do empreendimento, estão a alta disponibilidade de matéria-prima no estado, a infraestrutura logística robusta com rodovias duplicadas e em bom estado de conservação, além do parque industrial já estruturado na região com ampla oferta de mão de obra qualificada.

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*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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Abelha nativa pode ser chave no controle da dengue, aponta estudo

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foto: Thiago Mlaker/Wikimedia Commons

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Brasília (UnB) e de duas startups de Ribeirão Preto encontraram um composto capaz de matar larvas do mosquito da dengue (Aedes aegypti) na própolis produzida pela abelha sem ferrão conhecida como mandaçaia (Melipona quadrifasciata).

Apoiado pela Fapesp e por um projeto financiado pelo Ministério da Saúde, o trabalho busca agentes larvicidas naturais que combatam o mosquito causador de viroses como dengue, febre amarela, chikungunya e zika. Atualmente, no combate, se utiliza um inseticida químico tóxico ao ambiente.

“As abelhas são conhecidas por recolher materiais na natureza para compor a colônia, que em certos casos podem atuar protegendo contra bactérias e fungos invasores. Fizemos uma série de análises na geoprópolis, que mistura resinas vegetais com partículas de terra ou argila em sua composição. Observamos que o diterpeno presente nela era responsável pela atividade larvicida”, afirma Norberto Peporine Lopes, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP-USP).

Lopes coordena o projeto “Inventariando o metabolismo secundário através da metabolômica: contribuição para a valoração da biodiversidade brasileira”, apoiado pela Fapesp no âmbito do Programa Biota.

A publicação dos resultados ocorreu na revista Rapid Communications in Mass Spectrometry.

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Os resultados

Em larvas de Aedes aegypti, os pesquisadores compararam a ação da própolis tradicional, produzida pela abelha-europeia (Apis mellifera), com a da geoprópolis da mandaçaia. A primeira teve uma atividade muito baixa, mesmo após 72 horas de exposição. Nos ensaios com a geoprópolis, porém, ocorreu a morte de 90% das larvas em 24 horas e de 100% em 48 horas.

Análises realizadas com ferramentas computacionais apontaram o diterpeno como o mais provável agente larvicida entre os compostos presentes na geoprópolis. Ao estudar os hábitos das abelhas em Bandeirantes, no Paraná, onde os pesquisadores coletaram a geoprópolis, observou-se que as mandaçaias visitam frequentemente plantações de pinus (Pinus elliottii), espécie de árvore do hemisfério Norte cultivada no Brasil para a exploração de madeira e resina.

“Era sabido que a composição química da própolis é influenciada pelas resinas coletadas para a construção e proteção dos ninhos, assim como pela composição florística do ambiente, do bioma e de fatores sazonais. Nesse caso, ficou claro que a resina do pinus, processada pela saliva das mandaçaias, é que proporciona a ação larvicida”, conta Luís Guilherme Pereira Feitosa, primeiro autor do artigo, realizado com apoio da Fapesp durante doutorado na FCFRP-USP.

Abelha brasileira

As mandaçaias são especialmente interessantes porque são de fácil cultivo, não têm ferrão e são nativas do Brasil. Assim, uma das ideias dos pesquisadores é a valoração de outros produtos produzidos por elas, além do mel.

No caso da própolis, a da mandaçaia se diferenciou da de outras abelhas nativas analisadas no estudo, encontradas no mesmo município: a borá (Tetragona clavipes), a mirim (Plebeia droryana) e a jataí (Tetragonisca angustula). A própolis das três espécies, também nativas e sem ferrão, teve baixa atividade larvicida.

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Os pesquisadores explicam que o volume de geoprópolis produzido pelas mandaçaias é muito baixo, o que torna inviável seu uso como agente larvicida. No entanto, o fato de o diterpeno estar na resina do pinus é uma boa notícia. Produzida em larga escala para diversas aplicações industriais, como solventes e colas, é possível submeter a processos químicos que mimetizam o que é o processo realizado pelas mandaçaias.

“São modificações que podem formar moléculas com maior atividade do que o composto original e que podem ser induzidas em biorreatores, equipamentos presentes na indústria farmacêutica”, afirma Lopes.

Abrindo novas portas

Segundo Feitosa, o fluxo de trabalho usado no estudo, envolvendo diferentes técnicas de espectrometria de massas, é aplicável na busca de compostos para os mais variados fins. “Atualmente, buscamos moléculas naturais com ação contra tumores”, diz o pesquisador, que agora realiza pós-doutorado na FCFRP-USP.

Ainda mais, o projeto do Ministério da Saúde, coordenado pela professora Laila Salmen Espindola, da UnB, proporcionou a descoberta de outro composto larvicida, presente no óleo essencial de uma planta já produzida em larga escala. O ministério, em posse dos dados, ainda não publicou a descoberta

Os pesquisadores, inclusive, produziram um pó e um comprimido à base do óleo essencial que protegem a água por até 24 dias. O pó mata imediatamente as larvas, enquanto o comprimido, de liberação lenta, se dissolve aos poucos e mantém a água livre dos mosquitos.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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Sobe para 16 o número de galinhas-d’angola mortas no BioParque do Rio

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Foto: Beth Santos/ Secretaria da PR

O BioParque do Rio confirmou, nesse sábado (26), que o número de galinhas-d’angola mortas na área da Savana Africana subiu para 16, além de dois pavões também contaminados pelo vírus H5N1, causador da gripe aviária. O espaço permanece interditado, conforme protocolos internacionais de biossegurança.

A equipe técnica do parque, composta por médicos-veterinários, biólogos e zootecnistas, realiza monitoramento contínuo dos animais para identificar precocemente sinais clínicos da doença. As demais áreas do BioParque continuam abertas ao público, com todas as medidas de segurança adotadas.

De acordo com a nota, o caso está sendo acompanhado com o apoio das autoridades sanitárias competentes. A transmissão do vírus H5N1 para humanos é rara, mas, caso algum visitante ou funcionário apresente sintomas respiratórios durante o período de monitoramento, será aberto um protocolo para caso suspeito e a pessoa deverá cumprir isolamento em sua residência.

Gripe aviária no BioParque

A confirmação é um desdobramento do comunicado divulgado na terça-feira (22). Na ocasião, foi informado que, após análise laboratorial, a infecção por influenza aviária (gripe aviária) foi confirmada como a causa da morte de nove galinhas-d’angola do Zoológico da Quinta da Boa Vista. As aves morreram na quinta-feira anterior (17).

O comunicado explica que as amostras foram encaminhadas ao laboratório de referência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Campinas, São Paulo, e o diagnóstico foi validado por autoridades sanitárias.

Com informações divulgadas pela Agência Brasil.

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Aplicativo ajuda a reduzir o uso de defensivos nas lavouras

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Foto: Pexels

De olho no smartphone, produtores de algodão e soja do oeste da Bahia podem diminuir o uso de defensivos, reduzindo o custo de produção e o risco de danos ao meio ambiente. Na tela do celular, ou do computador, uma ferramenta mostra quando é realmente necessário aplicar produtos na lavoura, combinando dados climáticos e estatísticas de ocorrência de duas ameaças às culturas: a mancha-da-ramulária do algodoeiro e a ferrugem-asiática da soja.

Desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a ferramenta funciona por meio de um aplicativo e de uma plataforma online. Chamada de MonitoraOeste, a tecnologia inicialmente contemplava apenas informações sobre as duas doenças causadas por fungos, cujos prejuízos às lavouras podem superar 75%. Depois, passou a reunir informações também sobre a principal praga da cotonicultura, o bicudo, capaz de reduzir as colheitas em até 87%.

A Abapa monitora a presença das três doenças no campo, inclusive por meio de armadilhas. Todos os dados desses levantamentos são inseridos no MonitoraOeste, o que permite ao produtor visualizar rapidamente, no celular, como está o nível de ocorrência das doenças e do bicudo em sua localidade.

O sistema também gera notificações de cada nova ocorrência registrada e reúne dados de estações meteorológicas instaladas na região. Com essas informações, a tecnologia usa um modelo matemático que as analisa e gera mapas de favorabilidade. Eles indicam, em tempo real, se há probabilidade de as doenças surgirem e se desenvolverem a cada período.

Os dados permitem aos produtores decidir quando aplicar ou não defensivos, a partir das condições locais. O pesquisador da Embrapa Territorial (SP) Julio Cesar Bogiani afirma que três fatores são necessários para a proliferação de doenças nas lavouras: presença do agente causador, dos hospedeiros (as plantas) e condições climáticas favoráveis.

O que o MonitoraOeste faz é reunir dados e transformá-los em informações sobre essas condições para mostrar quando o ambiente está mais propício ao desenvolvimento das doenças. Assim, ajuda o produtor a tomada de decisões.

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Sem essas informações, os agricultores acabam adotando um calendário fixo definido pelos fabricantes dos defensivos. Com os índices de favorabilidade fornecidos pelo aplicativo, eles conseguem fazer aplicações de forma mais racional.

Em anos com baixa probabilidade de ocorrência das doenças, podem reduzir uma, duas ou mais aplicações, mantendo a eficiência do controle fitossanitário, detalha o pesquisador. Bogiani ainda chama a atenção para a disponibilização de dados em tempo real, característica fundamental do MonitoraOeste para a assertividade na decisão do produtor.

Menor impacto ambiental com redução de emissões

O MonitoraOeste pode ser utilizado gratuitamente por agricultores da região. “Estamos levando essa funcionalidade do aplicativo para todos da cadeia produtiva, mostrando que eles devem baixar para consultar a qualquer momento”, anuncia o gerente do programa fitossaniário da Abapa, Antônio Carlos Araújo.

Ele destaca a utilidade de ter, na palma da mão, mapas como o da ocorrência do bicudo do algodoeiro, para saber quando agir, evitando prejuízos, seja uma infestação da lavoura por falta de ação quando necessário seja pelo desperdício de produtos aplicados em momento inadequado.

Há outros benefícios também como o aumento da produtividade e a redução do potencial de resistência dos fungos causadores das doenças aos fungicidas. Técnicos da Abapa, ouvidos pela Embrapa no processo de avaliação do impacto da tecnologia, enfatizaram a contribuição dela para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e para a conservação de habitats e recursos genéticos. Assim, a redução no número de aplicações de defensivos reduz o uso de maquinários movidos a combustíveis fósseis e reduz o risco de contaminação de ambientes e pessoas.

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A pesquisadora da Embrapa Celina Maki Takemura destaca a rede de pessoas envolvidas como ponto forte do produto. “Produtores, técnicos, pesquisadores e instituições trocando informação, ajudando-se mutuamente e mantendo o sistema funcionando. Essa colaboração constante é o que mantém a ferramenta viva e relevante. Não é só um aplicativo — é um esforço coletivo”, observa. “O projeto nasceu de uma demanda real do campo e continua sendo construído junto com quem usa. Isso faz diferença”, complementa a cientista.

“Ficou evidente a importância que os técnicos entrevistados atribuem ao sistema”, avalia o pesquisador Juan Diego Ferelli de Souza, da área de Transferência de Tecnologias da Embrapa Territorial. “O relatório de avaliação de impactos do Monitora Oeste demonstra a importância de soluções práticas e confiáveis para auxiliar os produtores rurais, apoiando o processo de tomada de decisões e contribuindo para o aumento da produtividade e para a redução dos custos e dos riscos da produção”.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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