Agronegócio
Copersucar eleva exportações de açúcar em 21,4% e registra lucro de R$ 402 milhões na safra 2024/25

Assessoria
Exportações de açúcar em forte alta
A Copersucar vendeu 13,7 milhões de toneladas de açúcar ao mercado externo na safra 2024/25, um avanço de 21,4% sobre a temporada anterior, consolidando‑se como a maior comercializadora global do produto.
Desempenho no mercado interno
No Brasil, as vendas de açúcar da companhia somaram 2 milhões de toneladas, volume 4,8% menor na comparação anual.
Expansão do etanol nos Estados Unidos
Reforçando sua estratégia internacional, a Copersucar ampliou em 23,4% a comercialização de etanol produzido nos EUA, alcançando 9,5 bilhões de litros.
Vendas de etanol no mercado brasileiro
A partir das operações no Brasil, a empresa vendeu 9,6 bilhões de litros de etanol, crescimento de 1,1% frente ao ciclo 2023/24.
Resultado financeiro
Impulsionada especialmente pelo aumento nas exportações de açúcar, a Copersucar fechou a safra 2024/25 com lucro líquido de R$ 402 milhões, alta de 43,1% em relação ao exercício anterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Preço do trigo pode subir só em 2026

Foto: Canva
A análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), referente ao período de 18 a 24 de julho, publicada na quinta-feira (24), aponta que, mesmo com o plantio da nova safra praticamente encerrado no Brasil, os preços do trigo seguem sem reação, apesar da redução expressiva na área cultivada e nas projeções de produção.
De acordo com o levantamento, as principais praças do Rio Grande do Sul mantiveram a cotação em R$ 70 por saca para o produto de qualidade superior. No Paraná, o preço também permaneceu estável em R$ 78. A preferência dos moinhos nacionais pelo trigo importado continua influenciando o mercado interno. “Os moinhos localizados no litoral brasileiro vêm recebendo trigo importado de alta qualidade a preços semelhantes aos praticados no interior do país”, destaca a Ceema.
Outro fator que aumenta a pressão sobre os preços domésticos é a antecipação da colheita no Centro-Oeste, o que elevou a oferta nacional. Ainda assim, há expectativa de melhora nos preços a partir de fevereiro ou março de 2026, especialmente se houver desvalorização do real ou recuperação nos preços internacionais. “Quem precisa vender os grãos deve manter a cautela e aguardar melhores condições. Já os compradores devem agir rapidamente para aproveitar as oportunidades atuais”, recomendam os analistas da TF Agroeconômica.
A possível recuperação dos preços, no entanto, pode ser limitada pela safra argentina. Com projeção de 20 milhões de toneladas, a Argentina poderá exportar cerca de 13 milhões, o que pode manter o mercado brasileiro abastecido e inibir valorização do produto nacional.
No cenário global, a produção de trigo para o ciclo 2025/26 também deve crescer. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima colheita mundial de 808,6 milhões de toneladas, um aumento de 1,1% em relação ao ciclo anterior.
A Ceema observa que o mercado nacional de trigo permanece cauteloso, atento às condições climáticas e à qualidade da safra que começará a ser colhida a partir de setembro no Paraná. “Não basta apenas volume, é preciso ter qualidade do grão para que o mesmo realmente se valorize no mercado”, pontua a entidade.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Citros: produtores relatam perdas de até 60% na Ponkan

Foto: Seane Lennon
Na região de Bagé, as laranjas seguem em fase de desenvolvimento, enquanto a bergamota está em maturação e colheita. Em São Gabriel, a produção continua com frutos de sabor adocicado e calibre considerado adequado. O limão é comercializado a R$ 60,00 a caixa de 22 kg, e a laranja de suco a R$ 80,00 por 25 kg, direcionada principalmente ao mercado in natura. Em Maçambará, a laranja de mesa sem semente tem cotação de R$ 7,00/kg.
No município de Caxias do Sul, variedades precoces e de ciclo médio, como a bergamota Ponkan, estão em fase final de colheita. O preço, embora reduzido, permaneceu estável na Ceasa/Serra, em R$ 2,25/kg. Segundo o boletim, o frio recente favoreceu a coloração e o sabor da fruta.
Em Passo Fundo, continuam os trabalhos com as laranjas Rubi e Salustiana, mantendo-se os tratamentos preventivos, podas e adubações. Já em Frederico Westphalen, seguem as colheitas de bergamota Caí e Ponkan, além das laranjas de umbigo e de suco.
Em Erechim, o comércio está parado. A incerteza provocada pela taxação de 50% sobre o suco de laranja exportado para os Estados Unidos gerou expectativa nas indústrias, que ainda não iniciaram a compra da fruta. A venda de laranja in natura permanece, com preços em torno de R$ 0,90/kg.
No Vale do Caí, a colheita foi favorecida pelas condições climáticas, mas a dificuldade de escoamento da produção e a retração da demanda industrial prejudicam os produtores. O excesso de chuvas provocou queda de frutas e podridões, com perdas de até 60% em alguns pomares de bergamota Ponkan em São Sebastião do Caí. Em pomares de limão que sofreram com geadas, os frutos foram desvalorizados pela perda de qualidade. O controle da mosca-branca tem sido ineficaz, segundo o informativo.
A colheita de bergamota Caí está próxima do fim em Pareci Novo, onde o preço pago é de R$ 35,00 por caixa de 25 kg. Em Bom Princípio, a safra atinge 90%, com preços em torno de R$ 30,00. Já a bergamota Montenegrina está no início da colheita, com valores variando de R$ 50,00 a R$ 60,00 conforme o município e a qualidade do produto.
A laranja Céu gaúcha teve a colheita encerrada em Bom Princípio e São Sebastião do Caí. Em São José do Hortêncio, a colheita da variedade atingiu 90%. A Céu paulista está no início da safra, com preços de R$ 30,00 a R$ 40,00 por caixa de 25 kg. A laranja Valência tem baixa demanda, com valores entre R$ 10,00 e R$ 25,00, dependendo do destino.
A comercialização do limão Tahiti também ocorre de forma lenta. Em Bom Princípio, a colheita atingiu 60% dos 120 hectares cultivados, com preços entre R$ 35,00 e R$ 40,00. Em São Sebastião do Caí, o valor é de R$ 30,00 por caixa. Em São José do Hortêncio, o preço é de R$ 50,00.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Agronegócio
Tarifaço pode impactar vendas de suco de laranja, café, carne e frutas

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de estabelecer uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros que são exportados para os Estados Unidos pode comprometer receitas do agronegócio brasileiro, provocar desequilíbrios de mercado e pressionar os valores pagos ao produtor. O alerta é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo o Cepea, os itens mais expostos ao tarifaço de Trump são o mercado de suco de laranja, o setor cafeeiro, a pecuária de corte e o de frutas frescas.
Dentre esses itens, o suco de laranja é o produto mais sensível a essa política tarifária, dizem os pesquisadores do Cepea. “Isso porque já incide atualmente uma tarifa fixa de US$ 415 por tonelada sobre o produto, e a aplicação de uma sobretaxa de até 50% elevaria significativamente o custo de entrada nos Estados Unidos, comprometendo sua competitividade no segundo maior destino dos embarques brasileiros”, dizem os pesquisadores, em nota.
Segundo o Cepea, os Estados Unidos importam atualmente cerca de 90% do suco que consomem, sendo que o Brasil é responsável por aproximadamente 80% desse total. “Essa instabilidade ocorre justamente em um momento de boa safra no estado de São Paulo e Triângulo Mineiro: 314,6 milhões de caixas projetadas para 2025/26, crescimento de 36,2% frente ao ciclo anterior. Com o canal norte-americano sob risco, o acúmulo de estoques e a pressão sobre as cotações internas tornam-se prováveis”, avaliou a professora da Esalq/USP Margarete Boteon, pesquisadora da área de citros do Cepea.
Quanto ao café, os Estados Unidos são o maior consumidor global do produto e importam cerca de 25% do Brasil, especialmente da variedade arábica, insumo essencial para a indústria local de torrefação. Como os Estados Unidos não produzem café, a elevação do custo de importação deve comprometer a viabilidade de toda a cadeia interna, que envolve torrefadoras, cafeterias, indústrias de bebidas e redes de varejo.
“A exclusão do café do pacote tarifário é não apenas desejável, mas estratégica, tanto para a sustentabilidade da cafeicultura brasileira quanto para a estabilidade da cadeia de abastecimento norte-americana”, destaca o pesquisador de café do Cepea Renato Ribeiro.
Com a queda nas cotações do produto e a instabilidade externa provocada principalmente pelo tarifaço, os produtores têm vendido volumes mínimos para manter o fluxo de caixa, adiando as grandes negociações para esperar por definições sobre o cenário tarifário.
Carne bovina
Os Estados Unidos são o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, atrás apenas da China, que concentra 49% do total embarcado pelo Brasil. As empresas estadunidenses são responsáveis por 12% das exportações do produto brasileiro e, entre março e abril, elas adquiriram volumes recordes de carne bovina, acima de 40 mil toneladas por mês, o que pode indicar uma possível movimentação de formação de estoque diante do receio de que Trump viesse a aumentar as tarifas para o comércio exterior. São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul são os estados brasileiros, respectivamente, que mais têm escoado carne aos EUA.
Nos últimos meses, no entanto, houve redução no volume exportado para os Estados Unidos, enquanto os embarques para a China vêm crescendo. Em junho, especificamente, vários outros parceiros comerciais também aumentaram suas compras na comparação com maio. Segundo o Cepea, isso sinaliza que os frigoríficos brasileiros têm possibilidade de ampliar suas vendas para outros mercados.
Frutas frescas
No caso do mercado de frutas frescas, o maior impacto imediato recai sobre a manga, dizem os pesquisadores da USP. Isso acontece porque a janela crítica de exportação desse produto aos Estados Unidos começa em agosto. De acordo com o Cepea, já há relatos de postergação de embarques frente à indefinição tarifária. A uva brasileira, cuja safra tem calendário relevante para os EUA a partir da segunda quinzena de setembro, também passa a integrar o grupo de culturas em alerta.
Antes do tarifaço, no entanto, a expectativa era de crescimento de exportações de frutas frescas, sustentada pela valorização cambial e pela recomposição produtiva de diversas culturas. “A projeção otimista foi substituída por dúvidas. Além da retração esperada nas vendas aos EUA, há o risco de desequilíbrio entre oferta e demanda nos principais destinos, pressionando as cotações ao produtor”, disse Lucas de Mora Bezerra, do Cepea.
O que pode ocorrer, dizem os pesquisadores, é que as frutas que seriam destinadas aos Estados Unidos sejam direcionadas a outros mercados, como a União Europeia, ou até mesmo absorvidas pelo mercado interno, o que pode pressionar o preço ao produtor.
Diante desse contexto geral relacionado ao café, à carne bovina, ao suco de laranja e às frutas frescas, o Cepea informa que é urgente “uma articulação diplomática coordenada, com vistas à revisão ou exclusão das tarifas sobre produtos agroalimentares brasileiros”.
“Tal medida é estratégica não apenas para o Brasil, mas também para os próprios Estados Unidos, cuja segurança alimentar e competitividade da agroindústria dependem de forma substancial do fornecimento brasileiro”, diz a nota.
Agência Brasil
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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