Conecte-se Conosco

Destaque

Plano de saúde é obrigado a fornecer medicamento para câncer

Publicado

em

Foto ilustrativa: Freepik

O juiz Raul Marcio Siqueira Junior, da 1ª Vara Cível de Santos (SP), condenou a Seguros Unimed a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil e a fornecer o medicamento Pembrolizumabe a uma paciente diagnosticada com câncer na boca.

A beneficiária procurou o advogado Fabricio Posocco, do escritório Posocco & Advogados Associados, para dar entrada na ação judicial após o plano de saúde negar o remédio. “A paciente já vinha sendo tratada com outros fármacos. Todavia, diante da agressividade da doença e ocorrência de metástase, o médico, que a atende, solicitou esse tratamento específico”, explicou Posocco.

Medicamento off label

No processo, a Seguros Unimed defendeu que o Pembrolizumabe não seria indicado para o tipo de câncer diagnosticado, que foi o carcinoma de células escamosas da cavidade oral. Ele seria designado como tratamento imunoterápico do câncer de pele, pulmão, cabeça, pescoço, cervical, estômago e linfoma de Hodgkin. Por isso, esta utilização off label seria experimental e sem cobertura.

Publicidade

A justificativa não convenceu o juiz. “Havendo expressa indicação médica, é abusiva a negativa de cobertura de custeio de tratamento sob o argumento da sua natureza experimental ou por não estar previsto no rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).”

Assim, sentenciou que a Seguros Unimed está obrigada a fornecer o medicamento Pembrolizumabe na forma indicada pelo médico, sob pena de multa diária no valor de R$ 500 limitado a R$ 50 mil.

Indenização pelo desamparo

O advogado Fabricio Posocco reforçou que, pelo Código de Defesa do Consumidor e da jurisprudência dos tribunais, não é lícito à empresa operadora do plano de saúde interferir na relação médico-paciente para negar o fornecimento de medicamentos expressamente recomendados. “Quando isso acontece, abala ainda mais o doente e causa danos passíveis de indenização.”

Ao considerar as circunstâncias do caso, Raul Marcio Siqueira Junior fixou a obrigação do plano de saúde em pagar pelos danos morais no valor de R$ 10 mil. “Isso porque o desamparo da empresa causou à autora sofrimento emocional e desconforto psicológico uma vez que se viu acometida de grave patologia a qual requer tratamento contínuo e não obteve por parte do plano de saúde o suporte e a contraprestação esperada.”

Publicidade

Incidência de câncer bucal no Brasil

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) informa que o tumor maligno da cavidade oral ocupa a oitava posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil, atrás do: câncer de mama; câncer de próstata; câncer de cólon e reto; câncer de traqueia, brônquios e pulmão; câncer de estômago; câncer do colo do útero; e câncer de tireoide.

Ainda segundo o INCA, os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de boca e faringe são o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Também colaboram para o aparecimento desses tumores a obesidade, o baixo consumo de frutas e legumes, e infecção pelo HPV (Papilomavírus Humano). Já o câncer de lábios pode surgir da exposição solar prolongada sem proteção.

A estratégia recomendada para combater essa doença é o diagnóstico precoce de lesões suspeitas.

Para saber mais, basta acessar o site: https://posocco.com.br

Publicidade

Por Emanuelle Oliveira (Mtb 59.151/SP)

Emanuelle Oliveira

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

Publicidade
Continue Lendo
Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Destaque

Lei regulamenta produção de cachaça em Minas Gerais

Publicado

em

Foto: Divulgação

 

O Governo de Minas Gerais sancionou a Lei nº 25.424, que trata da inspeção e da fiscalização de produtos de origem vegetal destinados à alimentação humana. A medida é considerada estratégica para desburocratizar o processo de produção e comercialização da cachaça e da aguardente de cana-de-açúcar, bebidas com valor histórico, cultural e gastronômico no estado.

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) informou que a sanção foi publicada no Diário Oficial do Estado no sábado (2). A nova norma regulamenta a produção das bebidas, exigindo o cumprimento de padrões higiênico-sanitários desde o engarrafamento até o acondicionamento dos produtos.

Segundo a legislação, os estabelecimentos produtores deverão seguir as exigências sanitárias definidas, além de manter a documentação regularizada. O descumprimento das regras pode resultar em penalidades, como multas e até a suspensão da atividade.

Publicidade

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Destaque

Defensivos agrícolas – Programa IAC-Quepia assina contrato com SindiTabaco para avaliações de equipamentos de proteção individual

Publicado

em

Divulgação

 

O programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura (IAC-Quepia) e o SindiTabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco) assinaram um contrato de cooperação técnica. Pelo acordo, pesquisadores do ‘Quepia’ fornecerão consultoria especializada, por um período de aproximadamente um ano, para avaliar o cenário de segurança do trabalho rural envolvendo o uso de EPI agrícolas (vestimentas protetivas agrícolas) nas lavouras de tabaco.

Financiado com recursos privados, o programa IAC-Quepia une a indústria nacional de EPI ao Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP na cidade de Jundiaí (SP). Criado há 18 anos, o ‘Quepia’ foi responsável por reduzir no país as reprovações de qualidade de EPI agrícolas, que eram da ordem de 80%, em 2010, para atuais 20%.

Segundo o coordenador do programa, pesquisador científico Hamilton Ramos, a parceria com o SindiTabaco abrange a realização de análises técnicas, em profundidade, dos modelos de EPI atualmente empregados por aplicadores de defensivos agrícolas em lavouras de tabaco. “Também temos em vista a possibilidade de desenvolver EPI específicos para utilização na cultura do tabaco, a depender do resultado dos estudos complementares”, diz Ramos.

Publicidade

Conforme informações do SindiTabaco, entidade com quase 80 anos de fundação, o Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de tabaco. A cultura está presente em 509 municípios da região Sul do Brasil, com cerca de 133 mil produtores e 626 mil pessoas. As indústrias de beneficiamento do tabaco, informa o sindicato, geram em torno de 40 mil empregos diretos.

Fernanda Campos

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Destaque

Baixas temperaturas aumentam risco de infecção viral em alevinos de tilápia

Publicado

em

Foto: IP/SP

 

Mestranda do Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveu uma pesquisa para avaliar como o estresse térmico influencia a vulnerabilidade de alevinos de tilápia a infecções virais que comprometem a saúde dos peixes e afetam diretamente a produtividade da piscicultura.

Intitulado “Efeito do estresse térmico na susceptibilidade de alevinos de tilápias (Oreochromis niloticus) ao ISKNV (Vírus da necrose infecciosa de baço e rim): um estudo experimental”, o trabalho investigou a relação entre variações de temperatura e a infecção causada pelo ISKNV, vírus que atinge os órgãos vitais dos peixes e tem causado prejuízos significativos à atividade aquícola.

Corredor de exportação da Portos do Paraná vira foco de estudo internacional

Publicidade

Para isso, foram realizados dois experimentos com infecção controlada dos alevinos, submetendo-os a dois tipos de estresse térmico: um com aumento da temperatura da água para 32°C e outro com redução para 18°C, ambos durante um período de seis horas. Após esse tempo, os órgãos-alvo (baço e rim) foram coletados e analisados por meio de PCR convencional, qPCR e exames histológicos (análises microscópicas que permitem identificar alterações nos tecidos dos órgãos infectados).

Os resultados revelaram que o estresse causado pela baixa temperatura aumentou a susceptibilidade dos peixes à infecção pelo vírus, indicando que ambientes mais frios podem favorecer a ação do patógeno.

Além de contribuir para o entendimento do comportamento do ISKNV, a pesquisa reforça a importância do monitoramento das condições térmicas na piscicultura. A identificação da carga viral e da presença do vírus, por meio de métodos moleculares e histológicos, auxilia na formulação de estratégias preventivas mais eficazes, capazes de minimizar perdas econômicas e promover o bem-estar dos peixes nas criações.

Sobre a experiência de desenvolver a pesquisa no Instituto, a mestranda afirmou que tem sido uma vivência incrível. “Foi uma oportunidade única que me foi concedida pela orientadora Cláudia Maris, que vem me acompanhando desde então nesse processo. Agradeço muito por todo o apoio, pela compreensão, pela paciência, pelos incentivos e por todo o trabalho que temos feito juntas”, disse Gabriele.

Segundo a pesquisadora científica do IP, pró-reitora do Programa de Pós-graduação em Aquicultura e Pesca do IP (PPGIP) e orientadora da Gabriele, Cláudia Maris, “a execução deste projeto foi um grande desafio, mas acredito que trouxemos boas contribuições e esclarecimentos sobre o metabolismo e comportamento deste vírus. Isto irá auxiliar na execução, a curto e médio prazo, de pesquisas aplicadas na área de aquicultura”.

Publicidade

(Com Andressa Claudino/Assessoria de imprensa IP)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Tendência