Destaque
Geopolítica e o futuro do agro: temática abrirá o 25⁰ Encontro Técnico de Soja em Cuiabá

Crop AgroComunicação/Assessoria Fundação MT
Com cerca de 12,7 milhões de hectares cultivados com soja e uma produção de quase 50 milhões de toneladas, segundo dados da Conab, o estado de Mato Grosso vivencia as interferências políticas e econômicas impostas por outros países e mercados, de forma global. Por isso, as discussões sobre os impactos geopolíticos sobre o setor agrícola estarão em pauta, de forma especial, no 25º Encontro Técnico de Soja, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), entre os dias 13 e 15 de maio, na sede da FATEC/SENAI, em Cuiabá.
A abertura do evento – no dia 13, a partir das 19h – terá o painel “O cenário atual e tendências globais para o agro”, com a participação do sócio-diretor da Agroconsult, André Debastiani, além dos empresários e produtores rurais Odílio Balbinotti Filho e Marcelo Vendrame — este último, presidente do conselho curador da Fundação Mato Grosso. “Vamos discutir questões geopolíticas, precificação do nosso produto e tendências para as próximas safras”, afirma Debastiani.
Ainda segundo André Debastiani, o contexto atual das exportações da soja brasileira também será discutido no painel. “Justamente no momento em que o Brasil está diante de uma safra recorde, de mais de 170 milhões de toneladas, e o mundo demanda soja. É também um momento em que existe uma guerra comercial em curso, o que sem dúvida alguma favorece o Brasil”, pontua.
A programação da 25ª edição do Encontro Técnico é direcionada a produtores rurais, técnicos, agrônomos, pesquisadores e representantes da agroindústria. “Um evento como esse da Fundação é importante para permitir que haja o debate e a construção do conhecimento em torno de diversos temas. Assuntos que dizem respeito a técnicas dentro da porteira, mas também fora da porteira, para entendermos um pouco do contexto atual de comercialização da soja brasileira”, reforça André Debastiani, sócio-diretor da Agroconsult e palestrante no 25º Encontro Técnico de Soja.
Por dentro da Fundação: tour virtual marcará edição de 2025
Nesta edição do Encontro Técnico, os participantes terão acesso a uma experiência inédita: um tour virtual pelas áreas de pesquisa da Fundação MT. Com o uso de óculos de realidade virtual, o público poderá visitar os laboratórios de entomologia, nematologia, fitopatologia e biológicos.
As imagens em 360° também permitirão que o público conheça as casas de vegetação e o experimento de rotação de culturas na soja, realizado há quase 18 safras no Centro de Aprendizado e Difusão (CAD), em Itiquira, que é referência em estudos de manejo de sistemas de produção.
“Essa ação vai permitir que os visitantes explorem, de forma imersiva e realista, ambientes e experimentos que normalmente não são acessíveis durante o evento, até mesmo pela distância entre as unidades”, explica Luís Carlos de Oliveira, gestor comercial e de marketing da Fundação Mato Grosso. “É uma oportunidade única de mostrar a estrutura, a seriedade e a relevância do trabalho da Fundação MT no avanço da pesquisa agropecuária e gerar mais conexões do público agro com a nossa instituição”, destaca.
Fundação Mato Grosso: pessoas dedicadas construíram mais de três décadas de resultados
A 25ª edição do Encontro Técnico de Soja será marcada também por um momento histórico para a instituição: a reunião de atuais e ex-conselheiros do Conselho Curador, além de membros do Conselho Técnico da Fundação Mato Grosso.
Criada em 1993, quando o cultivo de grãos – especialmente a soja – não era uma realidade fácil no Cerrado mato-grossense, a Fundação Mato Grosso tem uma trajetória marcada por resultados e pesquisas que levaram soluções práticas para o desenvolvimento da agricultura, de forma sustentável e rentável. Ser um suporte para a atividade agrícola somente foi possível porque alguns homens aceitaram os desafios e contribuíram com tempo, ideias e experiência no agronegócio.
“Justamente, em reconhecimento a esses gestores, nesta edição de 2025, os presidentes que assumiram o comando do Conselho Curador serão homenageados pelo comprometimento e tempo dedicados à Fundação MT”, explica Luís Carlos Oliveira.
Fonte: Crop AgroComunicação/Assessoria Fundação MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
APROEST debate plano de monitoramento hídrico com NATURATINS em assembleia com produtores

Assessoria
A Associação dos Produtores Rurais do Sudoeste do Tocantins (APROEST) promoveu, nesta segunda-feira (12), uma Assembleia Geral Extraordinária na sede da entidade, em Lagoa da Confusão. O encontro contou com a participação do gerente de Controle e Uso dos Recursos Hídricos do NATURATINS, Matheus Chagas, e teve como pauta central a apresentação do Plano Alternativo de Monitoramento e Fiscalização dos Recursos Hídricos para 2025, além de orientações técnicas sobre os procedimentos de outorga e as regras vigentes de fiscalização.
O momento reforçou a importância do alinhamento entre produtores rurais, consultores ambientais, advogados e representantes do órgão ambiental, com foco na transparência, segurança hídrica e conformidade legal no Polo de Agricultura Irrigada do Sudoeste do Tocantins — um dos mais relevantes do estado.
“O bom relacionamento com o NATURATINS tem sido fundamental para avançarmos na estruturação definitiva de um sistema de monitoramento hídrico transparente e eficiente. A escuta ativa e o compromisso institucional são peças-chave neste processo”, destacou o presidente da APROEST, Wagno Milhomem.
Durante a assembleia, o engenheiro agrônomo Adrian da Silva, diretor de Projetos da associação e consultor ambiental, apresentou o projeto de implantação da Sala de Monitoramento nas instalações da APROEST. O espaço permitirá o acompanhamento em tempo real das captações de água nas microbacias da região, com geração de dados sobre vazões e volumes captados. A iniciativa fortalece o compromisso dos produtores com a sustentabilidade e visa colaborar diretamente com a Gerência de Recursos Hídricos do NATURATINS.
A programação contou ainda com a participação do gerente geral do Banco da Amazônia, João Paulo, que anunciou o início do atendimento aos produtores rurais no município, mesmo antes da inauguração oficial da nova agência local, prevista para o final deste mês.
Outro destaque foi a presença de Felipe Cusnir, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Califórnia, que abordou oportunidades de investimento estrangeiro no setor agropecuário, com foco em exportações e parcerias estratégicas para o agronegócio tocantinense.
Na sequência, a bióloga Carol Bueto e o diretor ambiental da APROEST, Evandro Ramos, reforçaram a necessidade de os produtores manterem atenção aos trâmites administrativos exigidos pelo NATURATINS, a fim de garantir regularidade nas operações e evitar penalidades ou notificações indevidas.
Encerrando a noite, Wagno Milhomem apresentou aos associados os avanços na construção do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Polo de Agricultura Irrigada do Sudoeste do Tocantins. A proposta, que já foi levada ao Grupo Gestor na manhã do mesmo dia, será oficialmente apresentada no próximo dia 22 de maio, em Brasília, a representantes do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Agência Nacional de Águas (ANA), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), CODEVASF e outros órgãos federais.
Ascom Aproest
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Embalagem muda de cor para avisar que o peixe estragou

Foto: Matheus Falanga
Uma nova tecnologia desenvolvida por cientistas brasileiros promete revolucionar a forma como identificamos alimentos impróprios para consumo: Embalagem que muda de cor conforme o alimento se deteriora. O sistema, que utiliza pigmentos naturais extraídos do repolho roxo, foi criado por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos (UIC).
A inovação da ciência brasileira foi empregar a técnica de fiação por sopro em solução para produzir mantas de nanofibras inteligentes usando pigmentos vegetais naturais. As mantas, utilizadas como embalagem, são capazes de monitorar a qualidade de alimentos em tempo real pela alteração da cor. A alteração da embalagem é desencadeada pela interação química entre os compostos liberados durante a deterioração e o material da embalagem. Em testes em laboratórios, a manta apresentou ótimos resultados, mudou de roxo para azul durante o monitoramento do frescor do filé de merluza.
A cor roxa indicou que o alimento estava apropriado ao consumo. Mas, depois de 24 horas, a cor tornou-se menos intensa e, após 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados. Passadas 72 horas, a coloração azul sinalizou a deterioração do filé de peixe armazenado, sem a necessidade de abrir a embalagem.
Para os pesquisadores da Embrapa, os resultados mostram que mantas compostas de nanofibras se comportam como materiais inteligentes, exibindo mudanças visíveis na cor durante o processo de deterioração de filés de peixe. Porém, embora essa característica aponte uso potencial das mantas no monitoramento do frescor de peixes e frutos do mar, os cientistas dizem que há necessidade de ampliar os estudos para validar sua aplicação em diferentes espécies.
SBS é alternativa à técnica convencional
A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), desenvolvida em 2009 por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Embrapa Instrumentação, em parceria com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), é capaz de produzir micro e nanoestruturas poliméricas, e apresenta diversas vantagens. Entre elas, a rapidez no desenvolvimento das nanofibras, que leva apenas duas horas.
A técnica ainda apresenta escalabilidade, versatilidade, fácil manejo, além de ser de baixo custo e utilizar forças aerodinâmicas para a produção das nanofibras, o que reduz muito o consumo de energia. A técnica foi descrita pelos autores em artigo no Journal of Applied Polymer Science.
As nanofibras são estruturas em escala nanométrica que podem formar não tecidos. Um nanômetro é equivalente a um bilionésimo de um metro. “Os estudos anteriores sobre nanofibras inteligentes contendo antocianinas extraídas de alimentos haviam sido conduzidos exclusivamente usando a técnica de eletrofiação”, conta Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, que desenvolveu o processo em seu pós-doutorado. A eletrofiação, tradicionalmente utilizada com nanofibras, apresenta várias limitações, como baixa escalabilidade, altos custos, baixo rendimento, necessidade de 24 horas para produção e uso de altas voltagens
Manta é reforçada com pigmentos naturais
O estudo de Oliveira Filho foi supervisionado pelo pesquisador da Embrapa Luiz Henrique Capparelli Mattoso, no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio (LNNA). Parte da pesquisa foi realizada no Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial da Universidade de Illinois, em Chicago (EUA).
No estudo, os pesquisadores utilizaram antocianinas e o polímero biocompatível e biodegradável, conhecido como policaprolactona. As antocianinas são pigmentos naturais encontrados em algumas plantas, frutas, flores e vegetais, que exibem uma ampla gama de cores como vermelho, rosa, azul, roxo, cinza, verde e amarelo.
Elas mudam de cor conforme o pH (grau de acidez ou alcalinidade) do meio em que se encontram. Na pesquisa, as antocianinas foram extraídas de resíduos de repolho roxo. Como o repolho roxo é rico em antocianinas, pode ser utilizado como indicador de pH. O estudo testou mais de dez pigmentos, a maioria de vegetais. “As nanofibras demonstraram capacidade de monitorar a deterioração de filés de peixe em tempo real, revelando potencial como materiais de embalagens inteligentes para alimentos”, avalia Oliveira Filho.
O pós-doutorando esclarece que, embora, as pesquisas sobre o uso de antocianinas de resíduos alimentares na produção de outros materiais inteligentes estejam documentadas na literatura, as informações são escassas sobre a aplicação desses extratos na produção de nanofibras inteligentes.
Já Mattoso explica que a policaprolactona, polímero biodegradável usado na embalagem, possui boa flexibilidade e resistência mecânica, o que é vantajoso para a proteção de alimentos. Além disso, tem potencial para uso em uma ampla gama de solventes e baixa temperatura de fusão, o que facilita o processamento com menor consumo de energia.
“Por isso, é considerada uma alternativa para o desenvolvimento de nanofibras para diversas aplicações. Quando combinadas com antocianinas, as nanofibras apresentam uma capacidade notável de monitorar mudanças de pH, detectar a produção de amônia e aminas voláteis, além de identificar o crescimento de bactérias. Esses indicadores são essenciais para sinalizar a deterioração em produtos como peixe e frutos do mar”, detalha o especialista em nanotecnologia.
Uso de resíduos ajuda a reduzir perdas de alimentos
Oliveira Filho diz que a produção da manta de nanofibras e inicia com uma solução polimérica, obtida pela mistura e agitação da policaprolactona, extrato de repolho e do ácido acético. Em seguida, essa solução é introduzida no equipamento de SBS, que é composto por uma fonte de gás comprimido, um regulador de pressão para controlar o fluxo de gás, uma bomba de injeção que direciona a solução para a matriz de fiação com bico, e um coletor com velocidade de rotação ajustável, onde as nanofibras são depositadas para formar a manta. O processo final resulta em fibras em escala nanométrica, similares a fibras de algodão.
Mattoso lembra que usar resíduos do setor varejista para extrair antocianinas e aplicá-las como indicadores colorimétricos pode agregar valor a esses alimentos descartados, ao mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental negativo do descarte.Além disso, pode trazer segurança aos alimentos armazenados ao detectar rapidamente a sua deterioração.
(Por Joana Silva, Embrapa Instrumentação)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Ovinocultura avança com incentivo fiscal e mira protagonismo em Mato Grosso

Divulgação
A ovinocultura mato-grossense acaba de conquistar um marco histórico com a aprovação de um incentivo fiscal para operações internas e interestaduais com produtos de origem ovina. A medida foi validada pelo Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso (Condeprodemat) durante a 26ª reunião do colegiado e oficializada por meio da Resolução nº 239/2025, publicada no Diário Oficial do Estado em 5 de abril. O avanço abre caminho para a consolidação da atividade como uma nova frente econômica do agronegócio estadual.
A conquista é fruto de uma articulação liderada pela Ovinomat (Associação Mato-grossense dos Criadores de Ovinos e Caprinos), com apoio estratégico da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso). A mobilização contou com a força-tarefa técnica integrada por profissionais da Famato, do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) e do Senar-MT, que analisaram gargalos da cadeia e propuseram soluções fiscais, sanitárias e estruturais para destravar o setor.
Segundo o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, a medida é um divisor de águas para pequenos ruminantes em Mato Grosso. “Acreditamos no potencial da ovinocultura como nova fonte de renda no campo e seguiremos apoiando os produtores na profissionalização da atividade”, afirmou.
Estudo do Imea revela o tamanho do desafio e da oportunidade: menos de duas mil cabeças de ovinos são abatidas anualmente com selo sanitário no Estado, número irrisório diante do potencial de produção e mercado. A pesquisa também indica que a carne ovina pode alcançar preços até três vezes superiores aos da carne bovina no mercado internacional, tornando-se uma opção estratégica para diversificação da renda rural.
Outro ponto positivo é a possibilidade de adaptação de frigoríficos já existentes, muitos com certificações estaduais e federais, para o abate de ovinos, favorecendo uma rápida integração da indústria à cadeia produtiva. A análise consta em um relatório final construído com a participação da Famato, Ovinomat, Fórum Agro e Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que confirma a viabilidade técnica e econômica da ovinocultura em Mato Grosso.
Com base agropecuária consolidada, estrutura logística robusta e abundância de alimentos e insumos, o Estado reúne as condições ideais para o crescimento sustentável da atividade. “O Sistema Famato atua estrategicamente: o Imea gera inteligência de mercado, o Senar capacita os produtores, e a Famato articula o setor politicamente”, destacou o superintendente Cleiton Gauer.
O Governo do Estado, por meio da Sedec, também tem dado suporte na formulação de políticas públicas voltadas ao fortalecimento do setor. A Ovinomat, por sua vez, se consolida como representante ativa dos produtores e peça fundamental na mobilização dos esforços para o avanço da cadeia.
Com a união entre produtores, indústria, entidades do agro e governo, a expectativa é de que Mato Grosso assuma papel de destaque nacional na criação e comercialização de ovinos, impulsionando uma nova fronteira de desenvolvimento rural e agroindustrial.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Pecuária6 dias atrás
Suplementação Lipídica como Estratégia para Melhorar o Desempenho de Vacas Leiteiras no Pós-parto e Lactação
-
Transporte7 dias atrás
Três são presos suspeitos por roubo de joias e Polícia Militar recupera R$ 2,7 mil
-
Pecuária7 dias atrás
Encerramento da Prova de Ganho de Peso celebra evolução genética da pecuária tocantinense
-
Notícias6 dias atrás
Produtores rurais recebem esclarecimentos sobre o Programa “Solo Vivo”
-
Pecuária7 dias atrás
ANC abre inscrições para a segunda edição da Fenagen Promebo
-
Pecuária7 dias atrás
Competição mostra o potencial do Braford brasileiro para o mundo
-
Mato Grosso7 dias atrás
Mapa entrega máquinas a municípios em ação contra os efeitos da seca
-
Agronegócio6 dias atrás
Brasil conquista acesso ao mercado australiano para exportação de pescados