Agricultura
Melão potiguar se destaca no cenário global

A exportação de melão do Rio Grande do Norte (RN) tem potencial para triplicar a produção nos próximos três anos, graças à entrada no mercado chinês.
Atualmente, a Europa é o principal destino do melão produzido no estado, com um total de 17 mil contêineres exportados por ano. Com a entrada do mercado chinês, o Rio Grande do Norte pode saltar de 17 mil/ano para 51 mil/ano contêineres de melão enviados ao exterior.
A China é o maior produtor mundial de melão, com média de 10 milhões de toneladas anuais, mas enfrenta queda na produção entre os meses de outubro e abril, em virtude das condições climáticas severas.
Com isso, os chineses ficam sem produzir a fruta, o que abre excelente janela de oportunidade ao melão brasileiro. No entanto, a logística e os requisitos fitossanitários são alguns desafios que precisam ser superados no Rio Grande do Norte.
“O mercado chinês tem condição de absorver o melão potiguar, desde que consigamos vencer as limitações impostas pela logística, de modo que a fruta chegue ao mercado chinês num período não superior a 30 dias”, destacou Fábio Queiroga, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex), no ‘Workshop Melão Brasil China’, realizado em Mossoró.
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Missão na China fortalece parcerias
O melão produzido na área livre de Mossoró é a primeira fruta brasileira a ter autorização para comercializar com a China. Recentemente, a uva produzida no Vale do São Francisco também foi habilitada a exportar para o mercado chinês.
Anualmente, o Brasil produz 340 mil toneladas de melão, sendo o Rio Grande do Norte o maior produtor e exportador da fruta no país.
Para consolidar o comércio com os chineses, uma comitiva brasileira visitará Xangai entre os dias 12 e 20 de maio, buscando ampliar negócios e firmar novos contratos. Além disso, está prevista a participação de comitiva de compradores chineses à Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit).
O evento ocorrerá entre os dias 20 a 22 de agosto, na Estação das Artes Elizeu Ventania, em Mossoró. João Hélio Cavalcanti Júnior, diretor técnico do Sebrae/RN, reforçou a importância da inovação e da tecnologia para o sucesso da exportação.
“O segredo é buscar na inovação e na tecnologia mecanismos para conseguir estender e retardar o processo de amadurecimento das frutas para conseguir contemplar o mercado chinês, que é muito exigente. O Sebrae é parceiro deste projeto desde o início, e assim permaneceremos, oferecendo consultorias, conhecimento técnico e estimulando acesso a novos mercados, como a China. É um desafio, sim, mas sabemos que é possível”, afirma João Hélio.
Porteira Aberta Empreender: conectando o campo e o mundo
João Hélio Cavalcanti Júnior, diretor técnico do Sebrae/RN, participou de uma prosa bem descontraída com os apresentadores do Porteira Aberta Empreender, em São Paulo, destacando a relevância das certificações dos produtos, especialmente para exportação. Em breve, a conversa será exibida no Canal Rural e também estará disponível no nosso canal no YouTube.
Além disso, no Porteira Aberta Empreender – uma produção do Canal Rural em parceria com o Sebrae -, você descobre soluções, produtos, serviços e inovações para fortalecer seu empreendimento rural.
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Agricultura
Demanda sazonal pressiona mercado global de fertilizantes

As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam – Foto: Canva
O mercado global de fertilizantes atravessa um período de forte movimentação, marcado por picos sazonais de consumo e por estratégias governamentais voltadas à segurança de suprimento. Segundo a AMR Business Intelligence, a demanda elevada em um dos principais mercados consumidores tem alterado o ritmo de vendas, estoques e decisões de importação, ao mesmo tempo em que acordos internacionais ganham peso no planejamento de médio prazo.
As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam para alcançar quase 6 milhões de toneladas em dezembro, volume que pode configurar um novo recorde mensal, impulsionado pela demanda típica da safra de inverno, conhecida como rabi. O ritmo acelerado de escoamento reduziu os estoques domésticos de 7,1 milhões para 6,3 milhões de toneladas em apenas duas semanas. Esse movimento levou a estatal NFL a antecipar uma licitação de importação para a compra de 1,5 milhão de toneladas, com encerramento previsto para 2 de janeiro. No acumulado do ano, o país, que figura como o maior importador global do insumo, já adquiriu 9,23 milhões de toneladas por meio de leilões internacionais.
Paralelamente, a política externa indiana reforça o papel estratégico dos fertilizantes. O primeiro-ministro Narendra Modi propôs dobrar o fluxo comercial bilateral com a Jordânia para US$ 5 bilhões em cinco anos, colocando o setor como um dos eixos centrais da cooperação, ao lado de energia e defesa. Em encontros de alto nível que contaram com a participação do rei Abdullah II, foram discutidos investimentos na indústria jordaniana para garantir o fornecimento estável de fosfatados à Índia. A iniciativa busca reduzir riscos de oferta em períodos de pico das safras e consolidar um corredor econômico entre o Sul da Ásia e o Oriente Médio.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Mercado de trigo entra em fase de ajuste no Sul

No Paraná, o cenário também é de paralisação – Foto: Canva
O mercado de trigo no Sul do país atravessa um período de baixa liquidez, pressão sobre preços e cautela generalizada dos agentes, após dois anos marcados por fortes oscilações. De acordo com a TF Agroeconômica, o comportamento observado em 2024 e 2025 reflete um esgotamento do ciclo de alta e a entrada em uma fase de ajuste estrutural, com efeitos distintos entre os estados produtores.
No Rio Grande do Sul, as negociações seguem praticamente suspensas, com expectativa de paralisações temporárias em moinhos para limpeza e férias coletivas. Estima-se que cerca de 1,55 milhão de toneladas da safra nova já tenham sido comercializadas, o equivalente a pouco mais de 40% da produção. Os preços do trigo para moagem giram entre R$ 1.100 e R$ 1.150 por tonelada no mercado local, enquanto no porto os valores ficam próximos de R$ 1.180 para dezembro e R$ 1.190 para janeiro. O trigo destinado à ração apresenta cotações ligeiramente superiores, e o mercado é descrito como confortável do lado da indústria, com pouca urgência de compra.
A análise dos últimos dois anos mostra que os preços no estado atingiram picos relevantes em meados de 2024 e no primeiro quadrimestre de 2025, superando R$ 1.450 por tonelada, antes de entrarem em uma trajetória de queda acentuada. No encerramento de 2025, as cotações recuaram para níveis próximos de R$ 1.030 a R$ 1.050, os menores do período. A combinação de boa oferta interna, qualidade inferior do grão, entrada concentrada da safra, concorrência do trigo importado e demanda cautelosa dos moinhos contribuiu para a perda de sustentação dos preços.
Em Santa Catarina, o mercado permanece travado, com moinhos apenas recebendo lotes já adquiridos e expectativa de parada quase total até o início do próximo ano. O estado ainda não concluiu a colheita, e há um descompasso entre vendedores, que mantêm ideias ao redor de R$ 1.200 FOB, e compradores, que se mantêm ausentes.
No Paraná, o cenário também é de paralisação, com preços nominais ao redor de R$ 1.250 por tonelada CIF no norte do estado. Após picos acima de R$ 1.550 em 2024 e no início de 2025, o mercado entrou em tendência baixista, encerrando o último ano na faixa de R$ 1.180 a R$ 1.200, pressionado pela oferta interna, importações competitivas e resistência dos moinhos a preços mais elevados.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Entregas de fertilizantes avançam no mercado brasileiro

A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço – Foto: Divulgação
O mercado brasileiro de fertilizantes apresentou crescimento consistente ao longo de 2025, refletindo maior demanda do setor agropecuário e avanço no volume de entregas ao produtor. Dados divulgados pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA) indicam que o desempenho positivo foi observado tanto no resultado mensal quanto no acumulado do ano.
Em setembro de 2025, as entregas ao mercado somaram 5,38 milhões de toneladas, volume 11,3% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a setembro, o total entregue chegou a 35,86 milhões de toneladas, alta de 9,3% em comparação com igual período de 2024, quando foram contabilizadas 32,80 milhões de toneladas.
Mato Grosso manteve a liderança no consumo nacional de fertilizantes, concentrando 22,5% do total entregue no país, o equivalente a 8,08 milhões de toneladas. Na sequência apareceram Paraná, com 4,51 milhões de toneladas, São Paulo, com 3,74 milhões, Rio Grande do Sul, com 3,54 milhões, Goiás, com 3,53 milhões, Minas Gerais, com 3,22 milhões, e Bahia, com 2,43 milhões de toneladas.
A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço. Em setembro de 2025, o volume produzido alcançou 713 mil toneladas, crescimento de 6,3% frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a produção totalizou 5,57 milhões de toneladas, aumento de 6,6% em relação às 5,23 milhões de toneladas registradas no mesmo intervalo do ano anterior.
As importações somaram 3,91 milhões de toneladas em setembro de 2025, redução de 7,4% na comparação anual. De janeiro a setembro, porém, o volume importado atingiu 31,49 milhões de toneladas, expansão de 8,4% frente às 29,05 milhões de toneladas de 2024. O Porto de Paranaguá consolidou-se como principal porta de entrada do insumo, com oito milhões de toneladas importadas no período, o que representou 25,5% do total desembarcado nos portos brasileiros.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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