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Agricultura

Plataforma digital disponibiliza dados sobre pragas de fruteiras tropicais

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Foto: Embrapa

 

Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) criou uma plataforma que reúne informações sobre pragas que afetam o cultivo de sete fruteiras tropicais – citros, banana, abacaxi, mamão, maracujá, manga e coco. Idealizada no formato de API (Interface de Programação de Aplicação, na tradução do inglês), a Plataforma AgroPragas permite a integração desse conjunto de dados científicos a diferentes sistemas e serviços.

A Embrapa busca agora parceiros da área de tecnologia da informação interessados no codesenvolvimento da ferramenta digital, de modo que ela possa ser disponibilizada a pesquisadores, comunidade científica, estudantes e empresas desenvolvedoras de softwares e outras soluções para o agronegócio. O objetivo é fazer com que informações sobre as formas de controle dessas pragas cheguem de maneira prática e direta aos produtores e técnicos de extensão rural.

A Plataforma AgroPragas é um dos ativos tecnológicos para codesenvolvimento contemplados no edital, recém-lançado, do Programa de Inovação Aberta em Fruticultura (InovaFrut).  O propósito é convidar empresas, cooperativas, associações e demais agentes do setor produtivo a desenvolverem soluções tecnológicas, em parceria com a Embrapa, por meio dos mecanismos de inovação aberta previstos no Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). As inscrições vão até 20 de setembro (veja mais detalhes em quadro no fim desta matéria).

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Inteligência agronômica associada à marca Embrapa

A ferramenta digital engloba quatro produtos: a base de conhecimento centralizada, ou seja, um banco de dados de cada cultura; o software web de gerenciamento das informações das pragas voltado para a equipe de especialistas que alimenta o banco de dados; a plataforma API de disponibilização dos dados como serviços, direcionada à comunidade científica, startups e empresas parceiras; e, por fim, o aplicativo móvel de apresentação das características das pragas, destinado a produtores, agrônomos e técnicos agrícolas.

“As maiores vantagens são a inteligência agronômica que essa plataforma traz embutida, a garantia da marca Embrapa nos dados que estão ali disponibilizados e o fato de os dados, além de confiáveis, estarem sempre atualizados. O rápido diagnóstico da presença de pragas é fundamental para garantir a segurança alimentar e evitar seu alastramento, o que pode acarretar prejuízos em larga escala à produção”, avalia o pesquisador Gilmar Santos, líder do projeto que resultou na Plataforma. Dez bolsistas participaram do desenvolvimento da ferramenta, sob a orientação dos analistas do Núcleo de Tecnologia da Informação da Embrapa Mandioca e Fruticultura Murilo CrespoLuciano Pontes e Roberta Nascimento.

A ideia dessa plataforma surgiu com o sucesso do aplicativo para dispositivo móvel voltado exclusivamente para a cultura do maracujazeiro, o AgroPragas Maracujá, lançado em 2019.

“Houve, a partir daí, demanda considerável por aplicativos para outras fruteiras. Percebemos que não daríamos conta de disponibilizar um aplicativo para cada cultura, até mesmo por questões relacionadas à manutenção e ao acompanhamento das atualizações constantes nos sistemas operacionais dos celulares“, conta Crespo.  “Então, mudamos a estratégia. Em vez de disponibilizarmos aplicativos, decidimos criar uma plataforma, por meio de bibliotecas de programação, os chamados APIs, de forma que qualquer parceiro externo – startup, universidade ou desenvolvedor de software – possa consumir esses dados e criar seus próprios aplicativos”, completa.

Hoje, a Plataforma AgroPragas, em estágio de beta teste, ou seja, um protótipo funcional, está sendo aplicada para auxiliar trabalhos de pesquisadores e estudantes. A intenção, segundo o analista, é, futuramente, migrá-la para dentro da AgroAPI, plataforma unificada de APIs da Embrapa. A AgroAPI, voltada ao mercado de tecnologias em agricultura digital, oferece informações e modelos agropecuários gerados pela instituição de pesquisa.

Como funciona

Os pesquisadores referências em cada cultura são treinados para gerenciar as informações das pragas por meio de uma interface web, que automaticamente são fornecidas como serviços na plataforma. As bases de conhecimento padronizadas em características comuns e específicas de cada cultura formam o banco de dados, primeiro produto do projeto. O segundo produto é o software utilizado pelos pesquisadores para alimentação dos dados.

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De acordo com Crespo, outra vantagem do sistema é o fato de ser escalável, ou seja, por não exigir novas codificações, permite a inclusão de qualquer cultura a qualquer momento. “Se uma equipe ligada à pesquisa de caju, goiaba ou melão, por exemplo, resolver participar, basta organizar os dados sobre as pragas da cultura e inserir na plataforma.” Cientistas de três unidades da Embrapa alimentam a plataforma atualmente: Embrapa Mandioca e Fruticultura, para informações sobre abacaxi, maracujá, mamão, banana e citros; Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE), a respeito do coco; e Embrapa Semiárido (PE), no caso da manga.

O terceiro produto do projeto consiste na plataforma em si, voltada aos desenvolvedores, empresas e startups da área de TI que vão consumir os dados para uma aplicação web ou dispositivo móvel, de forma que o conteúdo chegue ao técnico e ao produtor rural. A plataforma traz informações de cada cultura e por categoria de praga, fatores favoráveis à ocorrência do problema e as formas de controle para cada uma das pragas ou doenças.

Gilmar Santos acrescenta que a forma de alimentação contínua e dinâmica é outra das principais vantagens da ferramenta. “Todo dia surgem informações novas sobre pragas ou há mudanças na característica de uma delas. E, quando aumentamos a quantidade de culturas, esse conhecimento se torna exponencial. Outro atributo do banco de dados é a informação sobre a presença ou não da praga, se é quarentenária ausente ou quarentenária presente.” No primeiro caso – quarentenária ausente -, a praga existe fora do País e ainda não foi identificada em território brasileiro. Um exemplo é a raça 4 de Fusarium, fungo que ataca a cultura da bananeira. No caso da quarentenária presente, a praga ocorre no Brasil, mas está restrita a determinadas regiões. É o caso do HLB [huanglongbing ou greening], doença dos citros, presente em todas as regiões citrícolas paulistas e pomares de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e recentemente em Goiás.

Como forma de testar a aplicabilidade da ferramenta, foi criado um aplicativo multicultura para celular. Esse aplicativo é uma forma de uso da plataforma, uma demonstração de como pode ser explorada. “Mas a criação de aplicativos não é o nosso foco. Criamos esse com o intuito de mostrar o potencial da ferramenta”, reitera Crespo.

Universitários utilizam e validam a plataforma

A Plataforma AgroPragas já está sendo utilizada de forma gratuita por professores e alunos da disciplina de Engenharia de Software do curso de Engenharia de Computação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). “Nosso intuito é desenvolver novos produtos de software, tomando como base as potencialidades oferecidas pela plataforma. Os alunos são desafiados a participar do processo de construção de um software inovador voltado a culturas como as do maracujá, citros etc. A iniciativa do produto AgroPragas em formato de API é um passo importante para a construção de um ecossistema de inovação aberta, pois tecnicamente permite que novas soluções sejam oferecidas com base na plataforma”, relata o professor Tassio Ferreira Valle.

Ele informa que novas formas de interagir com as informações são concebidas, além do aplicativo para smartphones já criado. “Por exemplo, estão sendo estudadas possibilidades de avaliação de imagens fornecidas pelos usuários para identificação de pragas, conforme as disponibilizadas pela plataforma”, conta. “O projeto tem o protagonismo dos alunos. São eles os responsáveis pelo processo de construção das soluções com base na plataforma AgroPragas, do início ao fim. Portanto, eu diria que eles são os que mais utilizam as informações e consomem dados para entrega dos próprios projetos”, acrescenta.

Santos afirma que a utilização da plataforma pelos alunos e professores da UFRB é uma experiência de validação da tecnologia. “Eles estão consumindo os dados gratuitamente. É algo excelente para nós. Além de usar as informações em seus projetos, estão testando as funcionalidades da ferramenta”, salienta.

“Buscamos um parceiro externo, via edital do InovaFrut, para construir o modelo de negócios, que vai definir como será a exploração comercial por empresas e startups, por exemplo, com limitações no consumo de dados, controle no número de requisições e tempo determinado de uso”, adianta o pesquisador.

 

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Como participar do InovaFrut

Considera-se “inovação aberta” a introdução de novidade ou aperfeiçoamento, no ambiente produtivo e/ou social, de criações obtidas, geradas e/ou desenvolvidas em parceria com outras instituições, a fim de melhorar o desenvolvimento de produtos e processos, prover melhores serviços para a sociedade, aumentar a eficiência e o valor agregado.

“O lançamento do edital InovaFrut demonstra que a Embrapa Mandioca e Fruticultura está buscando parceiros do setor produtivo para, em conjunto, prover soluções voltadas aos principais problemas das cadeias produtivas de fruteiras. E para codesenvolver ativos gerados pelas nossas equipes de pesquisa que já estão em estágio avançado de maturação tecnológica”, explica o pesquisador Eduardo Chumbinho de Andrade, chefe-adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação do centro de pesquisa.

As propostas devem ser submetidas em dois assuntos principais: dez temas abertos em fruticultura (mais especificamente abacaxi, banana, citros, mamão e maracujá) e codesenvolvimento de ativos da Embrapa selecionados quanto a potencial de alcance, relevância e impacto.

Para acesso ao edital, basta clicar neste endereço. As propostas devem ser apresentadas exclusivamente via preenchimento de formulário eletrônico, disponível aqui.

 

Aliado aos ODS

A Plataforma AgroPragas está alinhada ao compromisso da Embrapa com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda mundial adotada durante a Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável em 2015 com a missão de construir e implementar políticas públicas que visam guiar a humanidade até 2030 (Agenda 2030).

Atende ao Objetivo Número 2 – “Fome zero e agricultura sustentável” –, que consiste em erradicar a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e promover a agricultura sustentável.

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Em 2017, foi criada a Rede ODS Embrapa, cujo objetivo é gerenciar a inteligência distribuída nas unidades de pesquisa e responder a demandas sobre a Agenda 2030.

 

 

(Por: Alessandra Vale Embrapa Mandioca e Fruticultura)

Redação Sou Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]: Embrapa

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Agricultura

Apenas acordo com os EUA resolve crise no setor madeireiro, diz Associação

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Foto: Pixabay

A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci) divulgou nota nesta quinta-feira (14) sobre o pacote de medidas anunciadas pelo governo federal brasileiro para auxiliar empresas exportadoras atingidas pela tarifa aplicada pelos Estados Unidos (EUA).

Para a entidade, apesar de bem-vinda, a ajuda é apenas um alívio temporário e de ação paliativa, frente à crise que se instalou no setor madeireiro em decorrência da tarifação. 

“Para a Abimci, a solução está na negociação do governo federal brasileiro junto aos EUA para que haja uma adequação de taxas que possibilitem a manutenção das vendas dos produtos madeireiros para aquele mercado. Entretanto, observamos que esse não tem sido o foco e objetivo do governo brasileiro, apesar de outros países que foram taxados terem sido exitosos nas negociações diretas com os EUA, conseguindo reduzir suas tarifas”, destaca o texto. 

Contudo, a nota da entidade não cita o fato de o presidente Donald Trump ter vinculado a sobretaxa de 50% à interrupção do que entende como perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ação que o Executivo brasileiro não tem ingerência.

Produção parada e férias coletivas

De acordo com a Associação, após a implementação da nova alíquota pelos EUA, a situação do setor é extremamente preocupante. “Devido aos cancelamentos de contratos e paralisação de mercados, algumas empresas estão com parte da produção parada, outras deram férias coletivas parciais ou totais, pois não há mais espaço para armazenamento dos produtos já fabricados e que seriam destinados aos EUA.”

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Exemplo disso é a Millpar, fabricante de produtos à base de madeira, como guarnições e molduras, que concedeu férias coletivas de 15 dias a 640 funcionários de sua unidade de Guarapuava, no Paraná, em julho. Já a Sudati, especializada em compensados e MDF, também do Paraná, demitiu no final do mês passado 100 funcionários de duas unidades do estado.

Para a Abimci, embora o governo recomende a busca de novos mercados, tal alternativa é inviável para o setor madeireiro, tanto pelas características técnicas dos produtos, quanto pelas questões de volume e share de participação conquistado durante décadas junto ao mercado norte-americano. 

A entidade destaca que desde o anúncio da taxação, em 9 de julho, o setor tem se mobilizado e trabalhado intensamente na busca por soluções em diferentes frentes, junto aos governos federal e estaduais.

“Levamos informações, dados setoriais e de nossa balança comercial, mostramos qual o nível de dependência do mercado americano por segmento, impactos em empregos e abrangência regional. Todo esse trabalho de compilação visou subsidiar o governo para que as negociações com os EUA fossem pautadas pela diplomacia, argumentos técnicos e comerciais”, argumenta a nota.

No entanto, a Abimci diz observar com preocupação a ausência de ações efetivas por parte do governo brasileiro para fazer a negociação direta com os EUA, “nem antes, nem depois da confirmação da taxação”, diz o trecho. 

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‘Negociação não pode ser transferida’

A Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente reitera que qualquer progresso para melhorar a sobretaxa dos EUA ao Brasil passa, necessariamente, pela negociação governamental e de adequação das tarifas a níveis comercialmente viáveis. “E essa responsabilidade não pode ser transferida ao setor produtivo”, ressalta a entidade. 

Por fim, a nota da entidade arremata: “ou o governo brasileiro age com máxima urgência, adotando negociações técnicas e com isenção política e ideológica, ou seremos obrigados a assistir, impotentes, ao desaparecimento de cadeias produtivas consolidadas e ao consequente desmonte social nas comunidades que delas dependem.”

Exportação do setor aos EUA

O setor madeireiro exportou US$ 1,6 bilhão para os EUA em 2024, para onde são destinados, em média, 50% do total que o setor madeireiro produz no Brasil, diz a Abimci.

Conforme a entidade, alguns segmentos dependem exclusivamente do mercado norte-americano, com 100% de suas vendas atreladas a esse país.

Dados da Associação dão conta de que o impacto da aplicação das taxas norte-americanas nas empresas madeireiras coloca em risco aproximadamente 180 mil empregos diretos em todo o Brasil.

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Agricultura

Busca de novos mercados passa pela inserção do café verde no Reintegra, defende setor

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Foto: Freepik

Entre os 7.691 produtos atingidos pelo tarifaço de 50% imposto por Donald Trump está o café. As entidades que representam o setor lutam para entrar na lista de exceção com tarifa mínima de 10%, conforme acontecia desde abril.

A respeito do pacote de R$ 30 bilhões em crédito anunciados pelo governo às empresas afetadas, as entidades que representam os cafeicultores consideram bem-vindo, mas julgam que é preciso ampliar benefícios.

Exemplo disso é a inserção do café verde no Reintegra, visto que apenas os industrializados, torrados e moídos e os solúveis estão contemplados. Porém, de acordo com o diretor geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos, 90% de tudo o que o Brasil exporta para os Estados Unidos são cafés verdes beneficiados, prontos para a indústria norte-americana utilizar.

“Temos que colocar a NCM [Nomenclatura Comum do Mercosul] dos cafés verdes dentro do programa Reintegra e, aí sim, os exportadores serem atendidos de uma forma mitigadora de impactos dentro de uma agenda que se busca a negociação para se conviver o menor tempo possível com essas tarifas”.

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O programa Reitegra permite que empresas exportadoras recebam de volta parte dos tributos pagos durante a produção daquilo que é vendido. Segundo o governo, micro e pequenas empresas passarão a ter 6% de retorno, enquanto médias e grandes reincorporam 3%. O benefício se estende até dezembro deste por centro e o benefício vale até dezembro de 2026.

Vinte por cento da receita das exportações de café solúvel brasileiro vem dos Estados Unidos, o equivalente a cerca de US$ 200 milhões. As medidas anunciadas estão sendo revistas e o reintegra é aposta para este segmento a curto prazo.

“Para uma tarifa de 50%, 3% ajuda, mas ainda continuamos com 47% de diferença. Então isso quase que se torna uma medida que não sei se vai ter muito efeito prático, embora seja positiva”, considera o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), Agnaldo José de Lima.

Segundo ele, se o Reintegra for estendido a todas as exportações brasileiras, deixará o setor 3% mais competitivo em diversos outros mercados em que o Brasil atua. “Isso nos permite redirecionar exportações para países onde nós temos uma concorrência acirrada”, acredita.

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Agricultura

Governadores apoiam manter a realização da COP30 em Belém

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Foto: Prefeitura Municipal de Belém

Um grupo de 19 governadores e vice-governadores reiterou o seu apoio à realização da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém, no Pará, entre os dias 10 a 21 de novembro deste ano.

Os representantes estaduais assinaram uma declaração ressaltando o simbolismo de a convenção do clima ser realizada na Amazônia e manifestando confiança nos preparativos logísticos para a cidade sediar a reunião.

Os altos preços das acomodações em Belém têm gerado manifestações, principalmente de países menos desenvolvidos, sobre a impossibilidade de participação e um possível comprometimento da representatividade dos países partes na conferência. Representantes chegaram a questionar a possibilidade de transferência da sede do evento.

A declaração dos governadores diz que a COP30 expressa o compromisso dos estados brasileiros com as diretrizes climáticas mundiais “e com a necessária liderança do Brasil no enfrentamento dos desafios ambientais globais”.

Sustentabilidade na COP30

“O Brasil tem a oportunidade de construir e liderar a agenda da sustentabilidade e da transição econômica, ecológica e social para o mundo, a partir das práticas que já realiza em seu território”, disse o governador do Pará, Helder Barbalho, durante encontro do Fórum Nacional de Governadores, nessa quarta-feira (13), em Belém.

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O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, destacou, durante o evento, o papel dos estados no processo de enfrentamento à mudança do clima.

“O mundo estará olhando para o Brasil e nós teremos a oportunidade de mostrá-lo como um país de soluções. Pela diversidade brasileira, há projetos que funcionam em determinados estados e que podem servir de exemplo para outras regiões do mundo”, frisou o embaixador.

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