Agricultura
Crescimento de plantas daninhas afeta a qualidade das pastagens durante a temporada de chuvas

Divulgação
A temporada de chuvas, que ocorre tradicionalmente entre novembro e janeiro, é um período crucial para o desenvolvimento das forrageiras nas áreas de pastagem no Brasil. Esse aumento na precipitação favorece a alimentação do rebanho e, consequentemente, a produtividade do pecuarista. Contudo, a abundância de água também impulsiona o crescimento de plantas daninhas, que competem com as forrageiras por luz, água e nutrientes, resultando em pastos menos produtivos e na degradação das áreas. Para ajudar os pecuaristas a lidar com essa questão, a Linha Pastagem da Corteva Agriscience oferece soluções sustentáveis e eficazes no controle dessas plantas invasoras por meio de herbicidas especializados.
Edson Ciocchi, agrônomo de campo da Linha Pastagem da Corteva, explica que o aumento da precipitação, da temperatura e o maior fotoperíodo durante este período favorecem tanto o desenvolvimento das forrageiras quanto o das plantas daninhas. “Essas condições climáticas favorecem o surgimento e desenvolvimento das invasoras, que competem por recursos essenciais com a forrageira principal, o que chamamos de matocompetição”, comenta Ciocchi.
Impacto das plantas daninhas na produção de carne e leite
De acordo com Ciocchi, as forrageiras são fundamentais para a nutrição dos bovinos, especialmente durante a temporada de chuvas. Quando as plantas invasoras tomam conta das áreas de pastagem, a quantidade de pasto disponível para o rebanho diminui, o que pode resultar em perdas na produção de carne e leite, além de redução dos índices zootécnicos. “O controle das plantas daninhas é essencial para aumentar a produtividade da fazenda, pois garante um pasto de melhor qualidade e maior valor nutricional, refletindo diretamente na rentabilidade, seja para o produtor de carne ou leite”, afirma o agrônomo.
Manejo das plantas invasoras
O Brasil possui cerca de 160 milhões de hectares de áreas de pastagem, com aproximadamente 28 milhões de hectares apresentando níveis de degradação intermediários e severos, segundo a Embrapa. Ciocchi destaca que, em cenários como esse, o uso adequado de herbicidas é uma das principais ferramentas para o controle das plantas daninhas, ajudando a recuperar pastagens degradadas e a aumentar a produtividade das forrageiras. “O manejo adequado das invasoras não só contribui para a recuperação dos pastos, mas também para o equilíbrio de carbono das fazendas”, explica.
O primeiro passo para o controle das plantas daninhas é realizar um levantamento para avaliar o nível de infestação e identificar as espécies presentes. Após isso, o pecuarista deve consultar um engenheiro agrônomo para definir o melhor método de controle, incluindo a aplicação de herbicidas. “O manejo adequado das pastagens também garante uma melhor produção de forragem, que pode alimentar o rebanho durante a seca”, afirma Ciocchi.
Soluções tecnológicas para o controle de plantas daninhas
Durante a temporada de chuvas, quando as plantas daninhas estão em pleno desenvolvimento vegetativo, os herbicidas têm maior eficiência. A Linha Pastagem da Corteva oferece tecnologias avançadas, como as soluções Ultra-S e XT-S, para o manejo das pastagens e o controle eficaz das invasoras. “Esses herbicidas são formulados para otimizar o manejo das pastagens, aumentando a produtividade por hectare e contribuindo para uma pecuária mais sustentável”, destaca Ciocchi.
A Tecnologia Ultra-S se destaca no controle de plantas daninhas anuais e bianuais de folhas largas, como o Fedegoso-Branco (Senna obtusifolia) e a Cheirosa (Heterotheca suaveolens). Ela é uma solução concentrada, o que permite o uso de doses menores de herbicida por hectare, mantendo a eficiência. Por sua vez, a Tecnologia XT-S oferece um amplo espectro de controle para plantas daninhas anuais, bianuais e perenes, incluindo semilenhosas e lenhosas. Essa tecnologia promove maior produtividade de capim e, por conseguinte, maior produção de carne e leite, além de contribuir para a sustentabilidade, pois evita a abertura de novas áreas.
Além de suas formulações concentradas, essas tecnologias são versáteis em termos de aplicação, podendo ser feitas de forma costal, tratorizada ou aérea. A Corteva Agriscience é a única empresa do setor com foco específico em pesquisa e desenvolvimento de herbicidas para pastagens, oferecendo suporte contínuo aos pecuaristas para garantir o melhor manejo das suas áreas de pastagem.
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Agricultura
O milho congelou, a horta “queimou”, mas tem planta que curtiu a friaca

Foto: Arthur Vítor
Com a chegada de uma frente fria intensa ao Sul do país, agricultores enfrentam os efeitos das baixas temperaturas sobre suas lavouras. Em especial, produtores de milho em final de ciclo e de hortaliças registraram impactos negativos com a ocorrência de geadas.
Em Cascavel, no Oeste do Paraná, o produtor João Nazari, ao percorre a lavoura, encontrou as espigas de milho congeladas. “A colheita acontece em 20 dias e a geada trouxe certo dano”, observa o agricultor em um diagnóstico preliminar.

Entretanto, para as culturas típicas do inverno, como trigo, aveia, cevada e até mesmo a oliveira, o frio é bem-vindo e considerado essencial para o bom desenvolvimento das plantas.
Havia expectativa de ocorrência de geada negra em alguns locais. Diferente da geada branca, que se forma geralmente à noite, a geada negra pode ocorrer a qualquer hora do dia e é ainda mais severa. “Ela ocorre quando temos uma massa de ar muito fria, com temperaturas abaixo de zero, baixa umidade relativa e presença de vento. Isso causa danos profundos nas plantas, matando células e deixando folhas com aspecto necrosado”, detalhou o professor.
Nas hortas, especialmente as de pequenas propriedades, a geada causou prejuízos pontuais, apesar da preparação por parte dos agricultores. “Hoje em dia, os produtores de hortaliças estão mais atentos às previsões e, com ajuda da comunicação, conseguem se precaver. Mesmo assim, há perdas, e isso pode acabar refletindo no bolso do consumidor com aumento no preço das verduras”, alertou.
Por outro lado, as lavouras de inverno, como o trigo, se beneficiam dessas baixas temperaturas. “Essas culturas precisam acumular frio para expressar todo seu potencial produtivo. A geada, nesse caso, não é um problema, é uma necessidade”, observou Reginaldo. Segundo ele, a presença de frio consistente também favorece outras culturas como aveia, centeio, cevada e até hortaliças de clima frio, como a couve-flor.
Com a tendência de um inverno mais típico e a transição para o fenômeno La Niña, a previsão é de que novas ondas de frio ainda possam ocorrer nas próximas semanas, especialmente em julho. “Estamos diante de um ano de clima mais normal. Devemos esperar mais frentes frias e temperaturas baixas até a segunda metade do inverno”, finalizou o professor.
Enquanto os termômetros seguem em queda, produtores seguem atentos, e a população é lembrada de redobrar os cuidados com os mais vulneráveis, especialmente aqueles em situação de rua, reforçando a importância da solidariedade em tempos frios.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Estado terá nova tecnologia europeia para sistemas agrícolas

Foto: Divulgação Empresa parceira PR
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) concluiu um projeto de pesquisa para implementar uma nova tecnologia agrícola de controle biológico no Brasil. Desenvolvido originalmente para combater fungos, bactérias e pragas em lavouras da Europa, o produto foi adaptado às condições tropicais brasileiras. A solução inovadora, agora validada para diferentes cultivos e sistemas agrícolas e industriais do País, promete fortalecer a agricultura sustentável e a segurança alimentar.
Os resultados parciais da pesquisa sinalizam que o SteriCerto Plant, nome adotado para o produto no Brasil, é uma solução integralmente segura e eficaz, com propriedades sanitizantes, antifúngicas e conservantes diferenciadas. Os testes controlados demonstraram a aplicabilidade em todas as etapas da cadeia produtiva, do campo ao transporte e armazenamento, além da vantagem de não deixar resíduos tóxicos.
INOVAÇÃO SUSTENTÁVEL – O SteriCerto Plant é um condicionador vegetal inovador, desenvolvido a partir de água submetida a um processo tecnológico exclusivo. Por meio de filtragem e purificação, a água tem a estrutura molecular e carga elétrica modificadas, ganhando propriedades oxidativas seguras. Ao ser aplicado nas plantas, rompe a barreira celular de fungos e bactérias nocivas, sem usar químicos ou deixar resíduos tóxicos. Além da proteção eficaz, o produto prepara a planta para crescer mais forte, equilibrada e naturalmente resistente.
Ele destaca que os fortes investimentos do Governo do Estado em ciência tecnologia permitem avaliar e aprovar tecnologias usadas lá fora com sucesso e que têm potencial de ser aplicadas no Paraná. “No caso do SteriCerto Plant, usamos até territórios além do Paraná, porque a perspectiva é ter uma indústria para o Brasil, não só para o Estado. Portanto o Fundo Paraná passa a ter um papel voltado para a realidade brasileira e não só do Paraná”, pontua.
POTENCIAL TRANSFORMADOR – O diretor da Ferticerto Soluções Orgânicas, Rafael de Boni da Silva, destaca o potencial transformador da tecnologia para a agricultura nacional. “A aplicação do produto mostrou efeito na redução de fungos e bactérias, com possibilidade de diminuir volume e frequência no uso de fungicidas, além de permitir combinação segura com defensivos agrícolas convencionais aumentando sua vida útil pela preservação da molécula, resultando em frutos mais saudáveis, nutritivos e com menor carga química”, explica.
O cônsul honorário da Hungria no Paraná, Marco Aurélio Schetino de Lima, enfatiza o impacto e caráter estratégico da parceria. “Essa cooperação consolida o Paraná como líder na produção orgânica de alta qualidade para mercados internacionais. A tecnologia vai permitir exportar grãos e frutas em grande escala, todos sem modificação genética e com redução significativa no uso de pesticidas, mantendo os altos padrões que os consumidores exigem”, avalia.
RESULTADOS COMPROVADOS – Entre 2023 e 2025, o produto passou por testes e validações em instituições como o Tecpar e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), no Sul do Brasil; e o Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semiárido da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Pernambuco, na Região Nordeste. Os estudos envolveram a participação de cooperativas agrárias e de pesquisadores de referência.
Nessa fase do projeto, o produto foi adaptado ao contexto brasileiro, para validação dos resultados já obtidos na Europa. Para isso, foram realizadas aplicações e adaptações em diferentes culturas, climas e tipos de solo do Brasil. Os testes aconteceram nas cidades paranaenses de Guarapuava, no Centro-Sul, e Paranavaí, no Noroeste; e em municípios localizados nos estados do Mato Grosso do Sul, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Os resultados se mostraram promissores no controle de patógenos, pragas e insetos presentes em diversos cultivos e também em frigoríficos e câmaras refrigeradas. Na higienização de hortaliças, o produto apresentou um desempenho comparável ao hipoclorito de sódio, considerado padrão ouro da sanitização, porém sem gerar resíduos químicos nem alterar as características sensoriais dos alimentos.
Nos testes com tomates, os pesquisadores constataram frutos mais pesados, melhor aparência e menos perdas por fungos, mesmo em ambientes úmidos. Já os estudos com maçãs, na Serra Gaúcha, a tecnologia alcançou a mesma eficácia que fungicidas químicos, mas sem deixar resíduos e com mais sanidade e durabilidade pós-colheita. Nas plantações de manga e uva do semiárido brasileiro, os frutos ganharam sabor mais intenso, mais nutrientes e resistência contra doenças causadas por fungos.
Outro destaque é o resultado dos testes para combater o vetor do greening dos citros, uma praga que, desde 2014, tem causado prejuízos bilionários em plantações de laranja. Ao combinar o produto com óleos essenciais, a pesquisa revelou alta eficácia no combate ao psilídeo (inseto vetor)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Edital seleciona 36 projetos para fortalecer agricultura familiar

Tomaz Silva/Agência Brasil
Com investimentos de R$ 85 milhões, o resultado do edital Ecoforte Redes 2024, destinado a fortalecer a agricultura familiar de base agroecológica no país, foi anunciado nesta segunda-feira (23) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Fundação Banco do Brasil (FBB).
O edital foi lançado em julho de 2024 e recebeu 165 propostas, das quais 36 foram consideradas habilitadas, com representantes em todas as regiões do país (cinco na Amazônia Legal, 12 no Nordeste, dez no Sul, oito no Sudeste e uma no Centro-Oeste). Outras cinco redes (duas no Nordeste e três no Sudeste) formarão cadastro de reserva e poderão ser convocadas em caso de não contratação das proponentes habilitadas ou de suplementação orçamentária por parte dos financiadores.
Os beneficiados são projetos territoriais destinados a fortalecer as redes de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. O objetivo é ampliar a escala de produção e a oferta de alimentos e produtos saudáveis, contribuindo para a promoção da transição agroecológica e da resiliência dos ecossistemas, além da geração de renda para as famílias agricultoras.
“Os investimentos viabilizarão aumento da escala de produção de alimentos saudáveis e ampliação do seu consumo pela população, com objetivo de garantir a segurança alimentar e nutricional, ao mesmo tempo em que contribuem para a resiliência climática nas localidades atendidas”, explicou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
Cada rede selecionada é composta, no mínimo, por três organizações produtivas da agricultura familiar, incluindo povos indígenas, integrantes de comunidades remanescentes de quilombos rurais, pescadores artesanais, aquicultores familiares, extrativistas e demais povos e comunidades tradicionais.
Coordenado pelo governo federal, o Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Ecoforte) é considerado a principal ação da Política Nacional de Ag
Fonte: Agência Brasil
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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