Agronegócio
Junho encerra com queda nas cotações dos ovos comerciais

por Pixabay
As cotações dos ovos comerciais encerraram o mês de junho em forte queda em todas as praças monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com pesquisadores do Cepea, essa pressão de baixa nos preços é resultado do enfraquecimento típico da demanda no final do mês.
Os colaboradores consultados pelo Cepea esperam que o fluxo de vendas dos ovos comerciais se normalize após a virada do mês. No entanto, agentes do mercado destacam que o período de férias escolares em julho pode limitar o volume das negociações. Durante as férias, há uma redução nas compras da proteína para a merenda escolar, o que pode continuar pressionando os preços.
A situação do mercado de ovos comerciais reflete um comportamento sazonal comum, onde o final de mês traz um enfraquecimento na demanda que afeta negativamente os preços dos ovos comerciais. Com a virada do mês, espera-se uma normalização no fluxo de vendas. Entretanto, o impacto das férias escolares poderá continuar influenciando negativamente o volume das negociações e, consequentemente, os preços dos ovos comerciais.
Em conclusão, o mercado de ovos comerciais enfrentou fortes quedas nas cotações ao final de junho, pressionado pelo enfraquecimento típico da demanda. A expectativa é de uma normalização no fluxo de vendas após a virada do mês, mas o período de férias escolares em julho pode limitar as negociações, mantendo a pressão sobre os preços. A situação destaca a importância de acompanhar os fatores sazonais e suas implicações para a oferta e demanda de ovos comerciais no mercado brasileiro.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Biscoito com farinha de casca do café valorização Robustas Amazônicos

Foto: Enrique Alves
A Universidade de Brasília (UnB) depositou pedido de patente para uma receita de biscoito elaborado com farinha de café Robustas Amazônicos (Coffea canephora). O produto substitui cerca de 30% da farinha tradicional, tornando-se uma opção mais saudável e viável para consumidores adeptos de dietas balanceadas por conter mais fibras, antioxidantes e cafeína. A inovação também inaugura um novo e promissor mercado para a casca do café, então utilizado principalmente como adubo no Brasil. O estudo, desenvolvido ao longo de dois anos, é resultado de parceria com a Embrapa Rondônia (RO).
Segundo o pesquisador da Embrapa Enrique Alves , as cascas de cafés denominadas finos – produtos com mais de 80 pontos na avaliação da Specialty Ccoffee Association (SCA), que consideram critérios, como aroma, sabor, acidez, corpo e finalização – são insumos nobres, com diversidade sensorial e nutricional muito rica, às vezes até maior do que a dos grãos. “Entretanto, no Brasil, são usados, principalmente, como adubo”, explica.
Além de se enquadrarem na classificação estipulada pela SCA como produtos finos, como variedades de cafés Robustas Amazônicos, selecionados pela Embrapa em conjunto com os cafeicultores nas Matas de Rondônia, resultaram na primeira Indicação Geográfica (IG) de Coffea canephora do mundo, a “IG Matas de Rondônia”, concedida pelo INPI em 2021. O projeto envolve o desenvolvimento de cultivares adaptadas à região e à Floresta Amazônica, plantadas, em sua maioria, por agricultores familiares, indígenas e comunidades tradicionais. “Hoje em todo o estado de Rondônia, mais de 17 mil famílias cultivam essas variedades”, complementa o pesquisador.

Portanto, agregar valor a esse subproduto era uma prioridade para a Embrapa, como explica Alves. “Além da qualidade, as cascas dos cafés Robustas Amazônicas elas ainda carregam características diferenciadas de sustentabilidade para serem cultivadas na Amazônia por povos indígenas e comunidades tradicionais”, destaca.

Lançamento e avaliação na COP30
A inovação tecnológica será apresentada no dia 6 de novembro, durante a Semana Internacional do Café ( SIC ), que acontece de 5 a 7 de novembro, no Expominas, em Belo Horizonte (MG). Trata-se de uma das maiores feiras do mundo e o grande encontro de profissionais que têm o objetivo de conectar e gerar oportunidades para toda a cadeia de café brasileira sem acesso a mercados, conhecimento e negócios.
Durante a COP30 , o biscoito será oferecido para degustação no Cooking Show, que é um espaço de apresentação e demonstração de produtos resultantes da pesquisa agropecuária, além de troca de experiências entre culinárias tradicionais. A área funcionará dentro do pavilhão “Comida, Tradição e Cultura” na Agrizone – Casa da Agricultura Sustentável da Embrapa na Conferência – e a programação será compartilhada com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ( MDA ).

Valorização da casca do café na Embrapa e UnB
Diante disso, a Embrapa Rondônia e a UnB se uniram para desenvolver pesquisas voltadas à valorização das cascatas de cafés Robustas Amazônicos sob diferentes óticas de processamento pós-colheita. A linha de pesquisa, coordenada pela engenheira de alimentos e professora da UnB Lívia de Oliveira, tem como foco a caracterização química, funcional e sensorial dessas cascas e sua aplicação em alimentos, bebidas e cosméticos, contribuindo para uma cafeicultura sustentável e integrada à economia circular.
O estudo teve início em 2023, com a avaliação do potencial químico e sensorial das cascas de Robustas Amazônicos da cultivar Apoatã, produzidos pela Embrapa Rondônia, sob três processamentos distintos: natural (secagem do fruto inteiro em terreiro suspenso por cerca de 20 dias), lavado (despolpamento mecânico e da fração pergaminho) e filtragem anaeróbica autoinduzida (espontânea em ambiente anaeróbio, de 2 a 20 dias, seguido de secagem e descascamento).

Essas amostras foram comprovadas quanto à composição proximal, de compostos bioativos, açúcares, ácidos orgânicos e voláteis, além de solicitações de avaliação sensorial por meio de infusões e produtos derivados.
De acordo com Lívia, os resultados obtidos que:
- As cascas naturais apresentaram maior teor de compostos fenólicos, flavonoides, antocianinas e fibras, além de perfil aromático doce e caramelado.
- As cascas lavadas (originadas do processamento de via úmida) exibiram baixa complexidade química e volátil, predominando compostos estruturais e menor teor de açúcares.
- As cascatas de fermentação anaeróbica autoinduzida demonstraram grande variabilidade conforme o tempo de fermentação. As amostras de 4 a 20 dias apresentaram aromas frutados e florais e bom equilíbrio sensorial, enquanto os tempos intermediários (10 a 16 dias) geraram notas mais secas e amargas.
Essas diferenças foram atribuídas à atuação microbiana no metabolismo de açúcares e fenólicos, que modulam a formação de ácidos orgânicos, ésteres e furanonas (compostos formados durante o processamento de alimentos, que desempenham um papel crucial no seu sabor e aroma), resultando em perfis sensoriais distintos e potenciais de aplicação diferenciados para cada tipo de casca.

Novo biscoito tem ainda mais fibras e menos açúcares
A professora explica que, com base nesses resultados, foi desenvolvido um segundo eixo de pesquisa voltado para aplicação alimentar das cascas, por meio da produção de um biscoito, com 30% de farinha de casca de robusta amazônica. Trata-se de um resultado inédito, uma vez que, pela literatura científica, o máximo de substituição de farinha obtida até o momento tinha sido de 15%.
As formulações reformuladas com lecitina e polidextrose tiveram um aumento de até 15 gramas de fibras por 100 g de produto. Além disso, reduziram em até 45% as gorduras saturadas e em 25% os açúcares aumentados, obedecendo à RDC nº 429/2020 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A melhor acessibilidade sensorial para os produtos produzidos foi com as cascas naturais e fermentadas por 4 ou 20 dias, associadas a notas doces, frutadas e amanteigadas. “Esses resultados evidenciam que o tipo de processamento da cascata é determinante para notas sensoriais do produto final, sendo um parâmetro-chave de inovação tecnológica e posicionamento sensorial. Contudo, todos os biscoitos elaborados possuem recursos sensoriais satisfatórios, confirmando que as cascas de qualquer dos processos podem ser usadas como ingrediente para esse produto”, enfatiza Lívia.
A receita final, submetida ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial ( INPI ) e registrada no dia 4 de setembro, é resultado de um processo de fermentação de 8 dias. De acordo com a professora, com esse período, o produto mantém o açúcar da polpa, não tem excesso de fermentação e possui notas frutadas, que conferem um sabor especial ao biscoito.
A seleção do produto do contorno final com a avaliação sensorial de mais de 250 consumidores convidados pela UnB para degustar os biscoitos oriundos das diferentes etapas da pesquisa.

Novas frentes de pesquisa
A partir de 2026, as instituições vão investir também em estudos voltados ao desenvolvimento de bebidas fermentadas e instantâneas à base da casca de café, incluindo kombuchas e infusões aromatizadas.
Além disso, serão fortalecidas pesquisas de formulações cosméticas com extratos de casca para o tratamento de alopecia e uso dermocosmético.

Cafés Robustas Amazônicos têm salto de produtividade
Os cafés Robustas Amazônicos são cultivados há décadas na Amazônia e, nos últimos dez anos, ganharam visibilidade no mercado e a preferência dos cafeicultores da região. A atividade foi iniciada com agricultores de Rondônia e se expandiu entre produtores de outros estados, que passaram a renovar antigos cafés seminais e implantaram novos plantios com variedades clonais.
De acordo com Enrique Alves, a cafeicultura na Amazônia evoluiu de um modelo quase extrativista para uma produção tecnológica sustentável. A média atual de produção de estados como Acre (51 sacas por hectare) e Rondônia (55 sacas), de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) e da Companhia Nacional de Abastecimento ( Conab ), em nada lembra a produtividade de um passado recente, que superava 10 sacas por hectare.
“Alcançamos avanços significativos na cultura e dispomos de tecnologias que possibilitam aproveitar todo o potencial agronômico dos clones de café Robustas Amazônicos e elevar a produção. Por isso, é comum encontrar propriedades familiares com produtividade de 120 a 150 sacas de café por hectare e algumas atividades superam 200 sacas”, conclui o pesquisador.
Investir em pesquisas que agreguem valor a esses cafés, incluindo outras partes do fruto, como a casca, a polpa, está entre as prioridades das equipes de pesquisa da Embrapa e parceiros.
Fonte: Assessoria/Fernanda Diniz
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Inaugurada unidade para criação de peixes e plantação de hortaliças em MT; R$ 200 mil

foto: assessoria
As comunidades Gamaliel I e II, na zona rural de Cuiabá, receberam, ontem, o projeto Ciclo Vivo, uma iniciativa sustentável de aquaponia executada pela Associação de Moradores Rurais do Gamaliel I (Asprograma), em parceria com a secretaria estadual de Agricultura Familiar, por meio da Coordenadoria de Incentivo às Atividades Produtivas Sustentáveis. O projeto foi implantado via emenda parlamentar no valor de R$ 200 mil.
Esta é a terceira unidade do projeto no Estado. As duas primeiras foram implantadas na Comunidade Tenda de Abraão, também em Cuiabá, e no Instituto Terapêutico João L. Pizzato Resgate e Liberdade, em Tangará da Serra. Cada unidade foi instalada em um prazo de 30 dias, ocupando uma área de 170 m², com estrutura moderna e sustentável.
O sistema conta com seis tanques suspensos, de 5 mil litros de água cada, abrigando aproximadamente 250 tilápias por tanque. Ao lado, são cultivados cerca de dois mil pés de hortaliças, com destaque para a alface, produzida totalmente livre de defensivos agrícolas. O espaço é isolado, garantindo maior controle sanitário e eficiência produtiva.
A produção média mensal chega a 250 quilos de peixes, com custo principal da ração variando entre R$ 700 e R$ 800. Somando a piscicultura e a produção de hortaliças, a renda mensal pode alcançar R$ 20 mil.
Na Comunidade Gamaliel vivem cerca de 300 famílias, sendo 150 da Associação de Moradores Rurais do Gamaliel 1. Inicialmente, a produção será destinada ao consumo dos moradores, e o excedente será comercializado para fortalecer a economia local. Todo o processo é acompanhado por técnicos da Seaf.
Um dos diferenciais do projeto é o sistema analógico de filtragem, que aproveita os dejetos dos peixes para irrigação externa. A água restante passa por filtros biológicos com pastilhas bacterianas de origem alemã, que eliminam micro-organismos residuais. Assim, o sistema promove o reaproveitamento contínuo da água, reduzindo o consumo em até 90% em relação à hidroponia convencional e permitindo produção dez vezes maior de peixes que os métodos tradicionais.
A manutenção da unidade será feita pelos próprios moradores da comunidade, garantindo autonomia e sustentabilidade do projeto.
A secretária da Seaf, Andreia Fujioka destacou a satisfação de ver mais um projeto implantado. “Com muita alegria estamos aqui inaugurando esse projeto que fortalece a cadeia da piscicultura e da aquicultura aqui na baixada cuiabana. As famílias dessa associação terão mais renda com esse projeto altamente sustentável e saudável. Parsbenizo os técnicos da Seaf pela dedicação desde o primeiro projeto e agradeço ao Governo do Estado pelo olhar atento aos programas sociais. Projetos como este, que transformam vidas”, disse a secretária.
Para o presidente da associação, a iniciativa vai promover, além da segurança alimentar, a qualidade de vida e renda. “Esse projeto vai dar mais qualidade para a comunidade e gerar renda para as famílias e para a Associação se manter. É algo que vai revolucionar a nossa realidade. Agradecemos à Seaf e ao Governo do Estado por sempre nos atenderem e acreditarem no nosso potencial.”

Redação Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Exportação da carne bovina de Mato Grosso tem excelente desempenho, avalia IMEA

Divulgação
As exportações de carne bovina vêm apresentando excelente desempenho. As exportações mato-grossenses em 2024 foram 4,66 mil vezes superiores em relação ao início da série histórica de 1997, estabelecida pela Secex, enquanto para o Brasil foi de 1,73 mil vezes. O balanço foi divulgado pelo IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Este ano, no acumulado de janeiro a setembro, o volume exportado por Mato Grosso já é 17,85% maior em comparação ao mesmo período do ano passado, indicando que o resultado anual tende a ser ainda mais robusto. “Atualmente, Mato Grosso ocupa posição muito próxima à de São Paulo no ranking nacional de exportações. No entanto, considerando que o Estado é o maior produtor de carne bovina do país, há um amplo espaço para expansão da sua participação nas exportações totais brasileiras, tendo em vista Mato Grosso”, analisa o instituto.
A diversificação dos destinos de embarque reforça o potencial de avanço contínuo e sustentado das exportações mato-grossenses nos próximos anos.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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