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Agronegócio

Setor de fruticultura se destaca nas exportações brasileiras

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Setor de fruticultura se destaca nas exportações brasileiras

 

Ricas em vitaminas e consumidas mundo afora, as frutas são de grande diversidade, tanto em tipos, texturas, quanto em formas de consumo. Nesta segunda-feira (1º) é celebrado o Dia Mundial da Fruta.

“O Brasil está se consolidando como o supermercado do mundo e as frutas têm participação significativa nessa questão. Celebramos esse dia evidenciando o empenho do Governo Federal em abrir novos mercados e oportunidades para as frutas brasileiras no mercado exterior”, destaca o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de produção de frutas, ficando atrás apenas da China e da Índia. O setor responde por 16% de toda a mão de obra do agronegócio, conforme a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

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As exportações de fruticultura em 2023 foram de US$ 1,35 bilhão, o maior da série histórica. Desde 2019 as vendas externas brasileiras de frutas suplantam a cifra de US$ 1 bilhão, com um aumento de 24,5% no ano passado. O principal destino da fruticultura brasileira é a União Europeia. Cerca da metade de todo o valor exportado em frutas pelo Brasil é direcionado ao bloco europeu.

“Nosso sucesso nas exportações de frutas brasileiras, atingindo recorde histórico no último ano, destaca a qualidade e a diversidade da produção nacional. O crescente reconhecimento mundial, especialmente na União Europeia e nos Estados Unidos, reforça o potencial competitivo do Brasil no mercado internacional de frutas. Continuaremos a promover nossas frutas e a explorar novas oportunidades de mercado”, destaca o secretário da SCRI, Roberto Perosa.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) trabalha no fomento, desenvolvimento e fiscalização da fruticultura brasileira, por meio de boas práticas e incentivos às exportações. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), as principais frutas exportadas pelo Brasil em 2023 foram:

– Mangas: 266 mil toneladas. A maior parte das exportações são para a União Europeia que adquiriu 65,5% do valor exportado (US$ 205,82 milhões). Logo em seguida estão os Estados Unidos (US$ 58,61 milhões; +100,9%); e Reino Unido (US$ 20,57 milhões; +26,9%);

– Melões: 228 mil toneladas. As vendas também estão concentradas para a União Europeia que adquiriu em 2023 US$ 127,11 milhões, o equivalente a 67,2% de todo o valor exportado pelo Brasil de melões frescos. Além da UE, os principais importadores são o Reino Unido (US$ 53,0 milhões; +4,4%) e o Canadá (US$ 3,00 milhões; -11,9%);

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– Uvas: 73 mil toneladas. As vendas de uvas frescas foram concentradas em três mercados: União Europeia (US$ 76,48 milhões; +62,7%); Estados Unidos (US$ 58,15 milhões; +116,9%); e Reino Unido (US$ 37,38 milhões; +27,1%);

– Limões e limas: 166 mil toneladas. A UE também é o principal mercado de exportação dessas frutas brasileiras, onde foram exportados US$ 140,94 milhões em 2023 para o Bloco Europeu. Este valor significou 81,0% de todas as exportações brasileiras de limões e limas foram para lá. Outros mercados com mais de US$ 1 milhões foram: Reino Unido (US$ 25,78 milhões; +13,0%) e Canadá (US$ 2,04 milhões). Setor de fruticultura se destaca nas exportações brasileiras Setor de fruticultura se destaca nas exportações brasileirasRicas em vitaminas e consumidas mundo afora, as frutas são de grande diversidade

De acordo com o Projeto Frutas do Brasil, a maior produção de manga está localizada na região nordeste. Em relação aos melões, o principal estado produtor é o Rio Grande do Norte. Já as uvas têm produção concentrada no estado de São Paulo, região Sul e alguns estados do nordeste.

A Secretária de Defesa Agropecuária (SDA) trabalha para garantir a fiscalização e certificação das frutas brasileiras, tanto para o mercado interno quanto para as exportações.

As fiscalizações são feitas tanto nos estabelecimentos beneficiadores ou embaladores, quanto no comércio. Em estabelecimentos beneficiadores, podem ser feitas auditorias com fins de verificação dos autocontroles executados pelas empresas e das boas práticas de fabricação. Já no comércio, como os supermercados, atacadistas e centros de distribuição, o foco da fiscalização é na coleta de amostras dos produtos.

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Já a certificação, é realizada nas frutas para exportação apenas nos casos em que o país ou bloco econômico de destino da mercadoria faz exigências, acordadas oficialmente, em relação aos aspectos fitossanitários (certificação fitossanitária) ou relacionadas aos controles higiênico-sanitários realizados pelo exportador (certificação sanitária internacional vegetal). A maioria dos países fazem seus controles de importação de frutas, com coleta de amostras e análises no momento da internalização do produto.

Conforme a Coordenação de Fiscalização da Qualidade Vegetal, as frutas exportadas devem ser livres de defeitos como podridão, manchas, deformações, danos mecânicos que afetem a casca, entre outros. Os países que importam frutas brasileiras também fazem um controle rigoroso da presença de resíduos de agrotóxicos, sendo que a presença de resíduos e seus limites máximos permitidos, variam entre os países.

Além disso, atualmente no Brasil, existe o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC Vegetal), que estabelece metas de coleta de amostras anuais para frutas e outros produtos, a fim de verificar a presença de resíduos de agrotóxicos e outros contaminantes, levando a autuações e aplicação de multa aos responsáveis quando são verificadas não conformidades.

Fonte: Redação

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Produção de morango mantém boa aceitação no mercado

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Foto: Seane Lennon

A produção de morango no Rio Grande do Sul apresenta cenário de colheita ativa, estabilidade de preços e atenção ao manejo fitossanitário, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25).

Na região administrativa de Caxias do Sul, em Nova Petrópolis, a colheita segue com bom fluxo de comercialização. Segundo a Emater/RS-Ascar, “a sanidade da lavoura está adequada, assim como a qualidade dos frutos”, o que tem estimulado produtores a ampliarem as áreas cultivadas e investirem na construção de novas estufas. Mesmo com volumes elevados ofertados ao mercado, os preços pagos ao produtor permanecem estáveis nas Ceasas e nos mercados, variando entre R$ 10,00 e R$ 15,00 por quilo.

Na regional de Lajeado, a cultura permanece em fase de colheita, com frutos aceitos comercialmente. A Emater/RS-Ascar informa que, em áreas com maior umidade, houve aumento na incidência de botritis e manchas foliares, exigindo maior atenção ao manejo. Ainda assim, os preços seguem em patamar mais elevado, entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por quilo.

Já na região de Pelotas, as variedades de dias curtos se aproximam do encerramento da colheita, enquanto as de dias neutros continuam em plena produção. De acordo com o levantamento, foram identificados ataques de tripes, ácaros e ocorrência de oídio, levando produtores a adotar medidas específicas de controle. Os preços permanecem estáveis, com leve tendência de recuo em algumas localidades, variando conforme o município, refletindo diferenças regionais de oferta e demanda.

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AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Queijos puxam alta de preços no Brasil enquanto leite e arroz recuam

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Foto: Divulgação

 

Os preços dos alimentos apresentaram movimentos distintos em novembro no Brasil. Enquanto os queijos registraram forte alta de 21,2% no preço médio nacional, com aumento em todas as regiões do País, itens essenciais como leite UHT (-4,9%) e arroz (-3,0%) tiveram as quedas mais significativas no mês. Os dados são do estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, elaborado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados para a cadeia de consumo.

O levantamento considera os produtos mais presentes no carrinho de compras do brasileiro e mostra que, além dos queijos, outras categorias também pressionaram o orçamento das famílias em novembro. Legumes (3,1%), sal (3,1%) e óleo (2,5%) figuraram entre as maiores altas no período – este último encareceu em todas as regiões.
Por outro lado, outros itens também registraram redução nos preços médios, como o café em pó e em grãos (-1,5%), açúcar (-1,4%) e ovos (-1,2%), ajudando a conter a inflação dos alimentos no mês.

No cenário macroeconômico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,18% em novembro de 2025, indicando um ambiente de inflação controlada no encerramento do ano. Para Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid, alguns produtos seguem pressionados por fatores como custos de produção, dinâmica de oferta e recomposição de estoques.“Categorias como óleo e queijos, que performaram com elevação de preço em todas as regiões do País em novembro, tendem a levar mais tempo para se estabilizar ou recuar, dependendo da normalização dos estoques e dos custos de matéria-prima”, aponta.

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Maiores altas acumuladas em 2025

No acumulado entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, o café em pó e em grãos segue como o item com maior incremento, avançando 42,1% no preço médio nacional. Na sequência aparecem queijos (12,3%), margarina (11,2%), creme dental (10%) e refrigerantes (5,7%).

AGROLINK & ASSESSORIA

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Produção de milho em Mato Grosso deve cair 8% na safra 2025/26, aponta Imea

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Estimativa do instituto é de 51,72 milhões de toneladas, abaixo do recorde da temporada anterior

Atualizado hoje. Mesmo com a demanda aquecida e a valorização dos preços, a produção de milho em Mato Grosso deve registrar recuo na safra 2025/26. De acordo com dados do Projeto CPA-MT, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a estimativa é de uma produção de 51,72 milhões de toneladas, queda de 8,38% em relação ao recorde alcançado na safra 2024/25.

O estado segue como o maior produtor de milho do Brasil, mas o cenário atual exige maior cautela por parte dos produtores, principalmente diante do aumento dos custos de produção e da normalização da produtividade após um ciclo considerado excepcional.

A expectativa de crescimento da área cultivada foi limitada, sobretudo, pelos custos elevados dos insumos agrícolas, que seguem pressionando o orçamento do produtor rural. Fertilizantes, defensivos e logística continuam entre os principais fatores de impacto.

Apesar da demanda interna consistente — impulsionada pelo avanço do etanol de milho e pela indústria de ração animal — o ambiente econômico tem levado os produtores a adotar uma postura mais conservadora.

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Esse cenário tem inibido decisões mais agressivas de expansão, fazendo com que o setor priorize o controle de custos, a gestão de riscos e a proteção de margens.

A projeção do Imea considera a média das três últimas safras, o que resultou em uma produtividade estimada de 116,61 sacas por hectare. O número representa uma redução de 6,70% em comparação ao ciclo anterior.

Segundo o instituto, o recuo está associado a uma normalização dos rendimentos, após a produtividade excepcional observada na safra 2024/25, considerada fora da curva histórica.

Com isso, o desempenho esperado para 2025/26 reflete um cenário mais próximo da realidade produtiva média do estado.

Comercialização antecipada indica otimismo cauteloso

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Mesmo com a expectativa de menor produção, a comercialização do milho em Mato Grosso segue em ritmo acelerado. Até novembro de 2025, 25,23% da produção estimada para a safra 2025/26 já havia sido negociada.

O volume representa um avanço de 5,69 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ciclo anterior, indicando maior disposição dos produtores em antecipar vendas.Cenário Agro

De acordo com o Imea, essa estratégia é impulsionada, principalmente, pela melhora nas cotações futuras do cereal, o que tem incentivado os produtores a travar preços como forma de proteção diante do cenário de custos elevados.

Cenário exige atenção ao mercado e ao clima

Para os próximos meses, o produtor mato-grossense segue atento não apenas às condições de mercado, mas também ao comportamento climático, que será determinante para a consolidação da produtividade nas lavouras de segunda safra.

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O desempenho final da safra 2025/26 dependerá da combinação entre clima favorável, eficiência no manejo e estratégia comercial, em um contexto de custos ainda elevados e margens pressionadas.

Fonte: CENÁRIOMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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