Agricultura
Seminário vai discutir principal desafio fitossanitário no milho

Foto: Guilherme Viana
Em setembro, pela primeira vez Palmas, o estado do Tocantins e a região Norte do país receberão o Congresso Nacional de Milho e Sorgo. Com ampla e diversa programação, é um dos eventos técnico-científicos mais relevantes dessas duas culturas agrícolas. Um dos destaques é a realização do I Seminário Nacional sobre o Complexo dos Enfezamentos do Milho.
Considerados atualmente o principal desafio fitossanitário no milho, os enfezamentos são doenças causadas por quatro patógenos: duas bactérias, chamadas espiroplasma e fitoplasma, ambas da classe molicutes, que são bactérias que não possuem parede celular; e dois vírus, chamados Maize rayado fino virus (MRFV) e Maize striate mosaic virus (MSMV). A transmissão de todos os patógenos acontece por meio da cigarrinha Dalbulus maidis, quando ela se alimenta de plantas de milho.
Quem explica os danos causados pelos enfezamentos no milho é Dagma Dionísia da Silva Araújo, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) em fitopatologia: “Híbridos suscetíveis sujeitos a altas populações de Dalbulus maidis em fases jovens de desenvolvimento podem ter perdas acima de 80% na produtividade. Além das perdas na produtividade, a ocorrência do complexo dos enfezamentos proporciona o aumento de tombamento/quebramento de plantas devido ao enfraquecimento e/ou à infecção de colmos por patógenos diversos e o aumento de podridão de espigas”.
Dagma vai coordenar o seminário, marcado para 09 de setembro, primeiro dia do Congresso Nacional de Milho e Sorgo, que neste ano está na 34ª edição. A programação (disponível neste link) envolve representantes de instituições públicas e privadas que trabalham com fitopatologia. Ao todo, serão oito palestras e duas mesas-redondas durante todo o dia. A fala inicial será de Rodrigo Véras da Costa, também pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, mas que atua no Tocantins. Ele é o presidente do congresso, estando, portanto, à frente da organização do evento.
Relevância do tema
Dagma considera o congresso o evento científico mais importante sobre o milho no Brasil, reunindo toda a cadeia produtiva e pessoas de todo o país. “É interesse de todos buscar soluções e conhecimento para que o problema possa causar menos prejuízos e riscos à cultura do milho brasileiro. O congresso proporcionará interação entre produtores, pesquisadores, consultores, extensionistas, estudantes, agentes públicos, empresas públicas e privadas e, portanto, será um ambiente que pode trazer riqueza de ideias, experiências e um debate baseado em conhecimento e prática, além de propiciar novas parcerias de pesquisa e de negócios”, projeta.
A Embrapa tem gerado informações sobre os enfezamentos do milho em diferentes formatos. Neste link, há um podcast do Prosa Rural, o programa de rádio da empresa, sobre o tema. Já neste outro link, está uma entrevista também sobre o assunto. E algumas das publicações técnicas mais recentes são: Protocolos para experimentação, identificação, coleta e envio de amostras da cigarrinha Dalbulus maidis e de plantas com enfezamentos em milho; Manejo da cigarrinha e enfezamentos na cultura do milho; Guia de boas práticas para o manejo dos enfezamentos e da cigarrinha-do-milho; O complexo dos enfezamentos e a produtividade do milho; A cigarrinha Dalbulus maidis e os enfezamentos do milho no Brasil.
A 34ª edição do Congresso Nacional de Milho e Sorgo vai acontecer entre 09 e 12 de setembro na capital do Tocantins. A promoção e a realização do evento são da Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS) e a organização cabe à Embrapa. Desta vez, estão envolvidos dois centros de pesquisa da empresa, a Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) e a Embrapa Milho e Sorgo. Patrocinam o evento as seguintes empresas privadas: Basf; Advanta; KWS; Sipcam Nichino; Crop Life Brasil; e GDM. O portal do congresso, que traz a programação, a forma de inscrição e outras informações, é https://www.abms.org.br/cnms2024/CNMS2024.html.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Arroba do boi aumentou na 1ª quinzena de agosto; e agora, o que esperar?

O mercado brasileiro de boi gordo se deparou com a manutenção do padrão de negociações em grande parte do país durante a semana.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os frigoríficos conseguiram realizar boas compras para o avanço das escalas de abate nos atuais patamares de preços, que se mostraram maiores frente à semana passada.
“No entanto, ao que tudo indica, um perfil mais lateralizado de preços deve ser evidenciado no restante do mês nos principais estados produtores, ou seja, sem apelos para alta ou baixa em relação aos atuais patamares”, diz.
O analista avalia que as exportações de carne bovina do Brasil seguem contundentes e com espaço para a obtenção de mais um recorde em 2025, em volume e, principalmente, em receita.
Variação de preços da arroba do boi
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 14 de agosto em comparação ao dia 8:
- São Paulo (Capital): R$ 315, alta de 1,61% frente aos R$ 310
- Goiás (Goiânia): R$ 305, avanço de 3,39% perante os R$ 295
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 300, valor inalterado
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, valorização de 1,59% frente aos R$ 315
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 310, alta de 3,33% frente aos R$ 300
- Rondônia (Vilhena): R$ 275, avanço de 1,85% frente aos R$ 270
Mercado atacadista
O mercado atacadista voltou a apresentar firmeza em seus preços no decorrer da semana. Contudo, para Iglesias, a perspectiva é de um menor espaço para reajustes na segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.
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Ele volta a frisar que a maior competitividade das proteínas concorrentes, com ênfase para a carne de frango, ainda é uma variável determinante a ser considerada no curto prazo.
O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 23,30 o quilo, aumento de 1,30% frente aos R$ 23 praticado na semana passada. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 18 o
quilo, avanço de 1,12% ante os R$ 17,80 registrados no período anterior.
Exportações de carne bovina
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 447,189 milhões em agosto (6 dias úteis), com média diária de US$ 74,531 milhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A quantidade total exportada pelo país chega a 80,470 mil toneladas, com média diária de 13,411 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.557,20.
Em relação ao mesmo período de agosto de 2024, há alta de 70% no valor médio diário da exportação, ganho de 35,7% na quantidade média diária embarcada e valorização de 25,3% no preço médio.
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Agricultura
Ciclone provoca temporais e ventos de até 100 km nos próximos dias

O aprofundamento de um sistema de baixa pressão atmosférica na altura do Paraguai no decorrer da próxima segunda-feira (18), começa aumentar a condição de vento sobre áreas do centro-sul do Brasil no início da próxima semana.
Na terça-feira (19), teremos a formação de um ciclone extratropical e de uma frente fria, o que potencializa o risco para fortes rajadas de vento, principalmente no Rio Grande do Sul, no centro-oeste e sul de Santa Catarina, oeste e sudoeste do Paraná e nas cidades do sudoeste e sul de Mato Grosso do Sul, com alerta para rajadas variando de 80 até 100 km/h em algumas localidades.
O risco é muito alto para problemas relacionados a ventania como queda de estruturas, principalmente as mais fragilizadas, destelhamentos, queda de árvores e interrupção da distribuição de energia elétrica.
Durante o processo de formação da frente fria, a condição de chuva aumenta e as linhasde instabilidades que se formam pelo processo de frontogênese, podem provocar temporais com granizo, sobretudo no estado do Rio Grande do Sul. A chuva pode cair forte, e com risco para temporais com raios e fortes rajadas de vento, também em Santa Catarina e no sudoeste, oeste e sul do Paraná, além das cidades do extremo sul de Mato Grosso do Sul, que ficam em alerta.
O risco para alagamentos e transtornos aumenta em decorrência do volume pontual mais elevado e a forte ventania pode provocar agitação no litoral da região Sul.
O contraste entre a massa de ar frio e a barreira criada pelo bloqueio atmosférico no interior do país, gera a condição também para algumas rajadas fortes no norte do Paraná, interior e oeste de SP, no norte de Mato Grosso do Sul e no sul de Mato Grosso na terça-feira (19) com rajadas de 60 até 80 km/h.
Na quarta (20), o ciclone de afasta mais para alto mar, porém, ainda teremos bastante vento presente com rajadas fortes no Sul, ainda podendo alcançar os 80 km/h, especialmente no Rio Grande do Sul.
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Agricultura
Coelhos selvagens com ‘chifres’ chamam atenção nos EUA

Imagens de coelhos selvagens com protuberâncias semelhantes a “chifres” na cabeça têm chamado a atenção de moradores e viralizado nas redes sociais nos Estados Unidos. Os animais foram registrados principalmente no estado do Colorado, mas também há relatos de aparições em Wyoming, Nebraska, Kansas e Dakota do Sul.
As imagens mostram crescimentos escuros ao redor da boca, dos olhos e das orelhas, o que gerou preocupação entre moradores. Muitos se referem aos animais como “coelhos mutantes” e fizeram comparações com os monstros da série The Last of Us, conhecida por retratar infecções que causam mutações físicas.
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Segundo especialistas, os coelhos não representam risco para humanos. As protuberâncias são causadas por uma infecção pelo papilomavírus de Shope,uma condição viral benigna que afeta apenas coelhos e provoca verrugas, geralmente na cabeça e pescoço.
Em entrevista ao jornal The New York Times, Kara Van Hoose, porta-voz do Colorado Parks and Wildlife, explicou que a doença não é transmissível a humanos nem a outras espécies, mas pode se espalhar entre coelhos , o que exige atenção de tutores de animais domésticos.
Ainda de acordo com Van Hoose, os casos tendem a aumentar nesta época do ano, quando vetores do vírus, como pulgas e carrapatos, se tornam mais ativos. As verrugas podem afetar a alimentação e a visão dos animais infectados, embora a doença, em si, não seja considerada grave.
“Estamos tão acostumados a ver coelhos que, quando nos deparamos com algo assim, pensamos: ‘Meu Deus, o que é isso na cara dele? Eu sei como um coelho deveria parecer, mas isso definitivamente não é normal’”, disse a porta-voz.
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