Agricultura
Pesquisa Aprimora Técnicas para Cultivo de Gergelim em Mato Grosso

Divulgação
A cultura do gergelim está ganhando destaque em Mato Grosso, impulsionada por iniciativas conjuntas da Embrapa, UFMT, IFMT Sorriso e Fundação MT. O objetivo é fornecer suporte técnico essencial aos produtores, através de pesquisas que definem práticas ideais para o cultivo dessa oleaginosa no estado.
Resultados e Recomendações Técnicas
A pesquisa, conduzida em Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, explorou diversos aspectos como espaçamentos, densidades de plantio e a seletividade de herbicidas. Segundo Vanessa Quitete, pesquisadora da Embrapa Agrossilvipastoril, a densidade de 6 kg/ha com espaçamento de 0,45m entrelinhas mostrou os melhores resultados, reduzindo a competição inicial com plantas daninhas.
Desafios e Avanços
O controle de plantas daninhas é um dos desafios críticos no cultivo de gergelim, devido à falta de cultivares resistentes a herbicidas. Testes preliminares demonstraram que Trifluralin e Prometryn foram os mais eficazes nos primeiros 30 dias após o estabelecimento da cultura. Entre as cultivares avaliadas, BRS Anahí e Trebol mostraram maior tolerância aos herbicidas.
Próximos Passos
Embora os resultados preliminares sejam promissores, a pesquisa ainda está em fase inicial. Os estudos de campo são essenciais para validar essas descobertas e fornecer recomendações práticas aos produtores.
Considerações sobre Doenças
Até o momento, não foram identificadas doenças significativas nas plantas de gergelim na região médio-norte de Mato Grosso, o que pode ser atribuído à novidade da cultura na área.
Perspectivas Futuras
Um novo projeto de pesquisa está sendo planejado para dar continuidade às avaliações fitotécnicas, enquanto novos genótipos são avaliados pelo programa de melhoramento genético da Embrapa Algodão. Pesquisas adicionais abordam a qualidade dos grãos e estratégias para redução de perdas durante a colheita, envolvendo a Embrapa Agrossilvipastoril e a UFMT.
Incentivo à Participação Feminina na Ciência
O projeto foi financiado pela Fapemat, através do edital Mulheres e Meninas na Computação, Engenharias, Ciências Exatas e da Terra, promovendo a liderança feminina na pesquisa científica, com participação exclusiva de bolsistas femininas na iniciação científica.
Para mais detalhes sobre os resultados do projeto, assista ao vídeo da pesquisadora Vanessa Quitete: Link para o vídeo. https://www.youtube.com/watch?v=9GLZGGMplDQ
Mato Grosso na Vanguarda da Produção de Gergelim
Mato Grosso se destaca como o maior produtor nacional de gergelim, com uma expansão significativa na área plantada. Segundo a Conab, a safra 2023/2024 registra um aumento substancial, alcançando 382,1 mil hectares, mais que o dobro em comparação ao ano anterior. Os municípios de Canarana e Água Boa lideram a produção estadual, com expectativa de colheita de 191,1 mil toneladas, representando 66% da produção nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Demanda sazonal pressiona mercado global de fertilizantes

As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam – Foto: Canva
O mercado global de fertilizantes atravessa um período de forte movimentação, marcado por picos sazonais de consumo e por estratégias governamentais voltadas à segurança de suprimento. Segundo a AMR Business Intelligence, a demanda elevada em um dos principais mercados consumidores tem alterado o ritmo de vendas, estoques e decisões de importação, ao mesmo tempo em que acordos internacionais ganham peso no planejamento de médio prazo.
As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam para alcançar quase 6 milhões de toneladas em dezembro, volume que pode configurar um novo recorde mensal, impulsionado pela demanda típica da safra de inverno, conhecida como rabi. O ritmo acelerado de escoamento reduziu os estoques domésticos de 7,1 milhões para 6,3 milhões de toneladas em apenas duas semanas. Esse movimento levou a estatal NFL a antecipar uma licitação de importação para a compra de 1,5 milhão de toneladas, com encerramento previsto para 2 de janeiro. No acumulado do ano, o país, que figura como o maior importador global do insumo, já adquiriu 9,23 milhões de toneladas por meio de leilões internacionais.
Paralelamente, a política externa indiana reforça o papel estratégico dos fertilizantes. O primeiro-ministro Narendra Modi propôs dobrar o fluxo comercial bilateral com a Jordânia para US$ 5 bilhões em cinco anos, colocando o setor como um dos eixos centrais da cooperação, ao lado de energia e defesa. Em encontros de alto nível que contaram com a participação do rei Abdullah II, foram discutidos investimentos na indústria jordaniana para garantir o fornecimento estável de fosfatados à Índia. A iniciativa busca reduzir riscos de oferta em períodos de pico das safras e consolidar um corredor econômico entre o Sul da Ásia e o Oriente Médio.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Mercado de trigo entra em fase de ajuste no Sul

No Paraná, o cenário também é de paralisação – Foto: Canva
O mercado de trigo no Sul do país atravessa um período de baixa liquidez, pressão sobre preços e cautela generalizada dos agentes, após dois anos marcados por fortes oscilações. De acordo com a TF Agroeconômica, o comportamento observado em 2024 e 2025 reflete um esgotamento do ciclo de alta e a entrada em uma fase de ajuste estrutural, com efeitos distintos entre os estados produtores.
No Rio Grande do Sul, as negociações seguem praticamente suspensas, com expectativa de paralisações temporárias em moinhos para limpeza e férias coletivas. Estima-se que cerca de 1,55 milhão de toneladas da safra nova já tenham sido comercializadas, o equivalente a pouco mais de 40% da produção. Os preços do trigo para moagem giram entre R$ 1.100 e R$ 1.150 por tonelada no mercado local, enquanto no porto os valores ficam próximos de R$ 1.180 para dezembro e R$ 1.190 para janeiro. O trigo destinado à ração apresenta cotações ligeiramente superiores, e o mercado é descrito como confortável do lado da indústria, com pouca urgência de compra.
A análise dos últimos dois anos mostra que os preços no estado atingiram picos relevantes em meados de 2024 e no primeiro quadrimestre de 2025, superando R$ 1.450 por tonelada, antes de entrarem em uma trajetória de queda acentuada. No encerramento de 2025, as cotações recuaram para níveis próximos de R$ 1.030 a R$ 1.050, os menores do período. A combinação de boa oferta interna, qualidade inferior do grão, entrada concentrada da safra, concorrência do trigo importado e demanda cautelosa dos moinhos contribuiu para a perda de sustentação dos preços.
Em Santa Catarina, o mercado permanece travado, com moinhos apenas recebendo lotes já adquiridos e expectativa de parada quase total até o início do próximo ano. O estado ainda não concluiu a colheita, e há um descompasso entre vendedores, que mantêm ideias ao redor de R$ 1.200 FOB, e compradores, que se mantêm ausentes.
No Paraná, o cenário também é de paralisação, com preços nominais ao redor de R$ 1.250 por tonelada CIF no norte do estado. Após picos acima de R$ 1.550 em 2024 e no início de 2025, o mercado entrou em tendência baixista, encerrando o último ano na faixa de R$ 1.180 a R$ 1.200, pressionado pela oferta interna, importações competitivas e resistência dos moinhos a preços mais elevados.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Entregas de fertilizantes avançam no mercado brasileiro

A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço – Foto: Divulgação
O mercado brasileiro de fertilizantes apresentou crescimento consistente ao longo de 2025, refletindo maior demanda do setor agropecuário e avanço no volume de entregas ao produtor. Dados divulgados pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA) indicam que o desempenho positivo foi observado tanto no resultado mensal quanto no acumulado do ano.
Em setembro de 2025, as entregas ao mercado somaram 5,38 milhões de toneladas, volume 11,3% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a setembro, o total entregue chegou a 35,86 milhões de toneladas, alta de 9,3% em comparação com igual período de 2024, quando foram contabilizadas 32,80 milhões de toneladas.
Mato Grosso manteve a liderança no consumo nacional de fertilizantes, concentrando 22,5% do total entregue no país, o equivalente a 8,08 milhões de toneladas. Na sequência apareceram Paraná, com 4,51 milhões de toneladas, São Paulo, com 3,74 milhões, Rio Grande do Sul, com 3,54 milhões, Goiás, com 3,53 milhões, Minas Gerais, com 3,22 milhões, e Bahia, com 2,43 milhões de toneladas.
A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço. Em setembro de 2025, o volume produzido alcançou 713 mil toneladas, crescimento de 6,3% frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a produção totalizou 5,57 milhões de toneladas, aumento de 6,6% em relação às 5,23 milhões de toneladas registradas no mesmo intervalo do ano anterior.
As importações somaram 3,91 milhões de toneladas em setembro de 2025, redução de 7,4% na comparação anual. De janeiro a setembro, porém, o volume importado atingiu 31,49 milhões de toneladas, expansão de 8,4% frente às 29,05 milhões de toneladas de 2024. O Porto de Paranaguá consolidou-se como principal porta de entrada do insumo, com oito milhões de toneladas importadas no período, o que representou 25,5% do total desembarcado nos portos brasileiros.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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