Agronegócio
Desempenho do setor de máquinas agrícolas preocupa após perdas no RS, diz Abimaq

Foto: Reprodução/Redes Sociais
O setor de máquinas agrícolas registrou uma queda de 31,7% no desempenho nos primeiros quatro meses de 2024, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Durante coletiva de imprensa, Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, comentou que o cenário não sofreu mudanças significativas em comparação com o levantamento de março deste ano.
“Seguimos com a expectativa de que o segundo semestre apresente um desempenho positivo. A segunda safra de milho está indo bem e há expectativas positivas para o novo Plano Safra, que deve oferecer recursos com juros em torno de 10%,” afirmou Bastos.
No entanto, os alagamentos no Rio Grande do Sul trouxeram novas preocupações. “Na época do último levantamento, acreditávamos que o pior havia passado. Mas os alagamentos mostraram que o pior só havia passado em termos de mercado naquele período,” explicou Bastos.
Estimativas de perdas são difíceis de determinar devido à incerteza sobre a velocidade da reconstrução no estado.
“Teremos um impacto negativo nas vendas de 2024, mas ainda não temos números exatos. Muito dependerá das iniciativas do Plano Safra que o Governo Federal implementará no Rio Grande do Sul. Já foram prorrogadas algumas dívidas, com a expectativa de que 140 mil agricultores sejam atingidos”, ressaltou.
Bastos também destacou que muitas pessoas perderam máquinas, estruturas e animais, mas acredita que as ações do governo federal ajudarão a mitigar os prejuízos. “Estimamos que os prejuízos serão reduzidos graças aos esforços do governo,” disse.
Ele mencionou ainda um possível movimento de reposição das máquinas agrícolas devido às perdas registradas no estado. “Os alagamentos não afetaram tanto os principais mercados, como soja e milho, mas principalmente as áreas de arroz. Deve haver um movimento de recompra, mas precisamos aguardar as medidas do Plano Safra,” concluiu.
As vendas internas de máquinas agrícolas no Brasil geraram R$ 3,957 bilhões em abril, um aumento de 16% em relação a março, mas uma queda de 16,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
As exportações do setor também caíram 7,1% em abril, totalizando US$ 115,21 milhões. Em unidades, as vendas internas de tratores e colheitadeiras caíram 19,8%, para 4.416 unidades, enquanto as exportações diminuíram 21,2%, para 505 unidades.
As vendas de colheitadeiras no mercado interno despencaram 75,9% em relação a março e 82,7% em relação a abril de 2023, totalizando apenas 92 unidades. No acumulado do ano, a queda é de 60,5%. As exportações de colheitadeiras também registraram forte queda, de 73,5% em relação ao mês anterior e 79,5% em relação a abril do ano passado.
Já as vendas internas de tratores tiveram um desempenho ligeiramente melhor, com alta de 15,8% em relação a março, mas ainda assim uma queda de 13,1% em relação a abril de 2023. No acumulado do ano, as vendas de tratores caíram 28,6%. As exportações de tratores diminuíram 16,9% em relação ao ano anterior, mas aumentaram 38,5% em relação a março.
Gabriel Azevedo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção de morango mantém boa aceitação no mercado

Foto: Seane Lennon
A produção de morango no Rio Grande do Sul apresenta cenário de colheita ativa, estabilidade de preços e atenção ao manejo fitossanitário, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25).
Na região administrativa de Caxias do Sul, em Nova Petrópolis, a colheita segue com bom fluxo de comercialização. Segundo a Emater/RS-Ascar, “a sanidade da lavoura está adequada, assim como a qualidade dos frutos”, o que tem estimulado produtores a ampliarem as áreas cultivadas e investirem na construção de novas estufas. Mesmo com volumes elevados ofertados ao mercado, os preços pagos ao produtor permanecem estáveis nas Ceasas e nos mercados, variando entre R$ 10,00 e R$ 15,00 por quilo.
Na regional de Lajeado, a cultura permanece em fase de colheita, com frutos aceitos comercialmente. A Emater/RS-Ascar informa que, em áreas com maior umidade, houve aumento na incidência de botritis e manchas foliares, exigindo maior atenção ao manejo. Ainda assim, os preços seguem em patamar mais elevado, entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por quilo.
Já na região de Pelotas, as variedades de dias curtos se aproximam do encerramento da colheita, enquanto as de dias neutros continuam em plena produção. De acordo com o levantamento, foram identificados ataques de tripes, ácaros e ocorrência de oídio, levando produtores a adotar medidas específicas de controle. Os preços permanecem estáveis, com leve tendência de recuo em algumas localidades, variando conforme o município, refletindo diferenças regionais de oferta e demanda.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Queijos puxam alta de preços no Brasil enquanto leite e arroz recuam

Foto: Divulgação
Os preços dos alimentos apresentaram movimentos distintos em novembro no Brasil. Enquanto os queijos registraram forte alta de 21,2% no preço médio nacional, com aumento em todas as regiões do País, itens essenciais como leite UHT (-4,9%) e arroz (-3,0%) tiveram as quedas mais significativas no mês. Os dados são do estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, elaborado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados para a cadeia de consumo.
O levantamento considera os produtos mais presentes no carrinho de compras do brasileiro e mostra que, além dos queijos, outras categorias também pressionaram o orçamento das famílias em novembro. Legumes (3,1%), sal (3,1%) e óleo (2,5%) figuraram entre as maiores altas no período – este último encareceu em todas as regiões.
Por outro lado, outros itens também registraram redução nos preços médios, como o café em pó e em grãos (-1,5%), açúcar (-1,4%) e ovos (-1,2%), ajudando a conter a inflação dos alimentos no mês.
No cenário macroeconômico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,18% em novembro de 2025, indicando um ambiente de inflação controlada no encerramento do ano. Para Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid, alguns produtos seguem pressionados por fatores como custos de produção, dinâmica de oferta e recomposição de estoques.“Categorias como óleo e queijos, que performaram com elevação de preço em todas as regiões do País em novembro, tendem a levar mais tempo para se estabilizar ou recuar, dependendo da normalização dos estoques e dos custos de matéria-prima”, aponta.
Maiores altas acumuladas em 2025
No acumulado entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, o café em pó e em grãos segue como o item com maior incremento, avançando 42,1% no preço médio nacional. Na sequência aparecem queijos (12,3%), margarina (11,2%), creme dental (10%) e refrigerantes (5,7%).
AGROLINK & ASSESSORIA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção de milho em Mato Grosso deve cair 8% na safra 2025/26, aponta Imea

Estimativa do instituto é de 51,72 milhões de toneladas, abaixo do recorde da temporada anterior
Atualizado hoje. Mesmo com a demanda aquecida e a valorização dos preços, a produção de milho em Mato Grosso deve registrar recuo na safra 2025/26. De acordo com dados do Projeto CPA-MT, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a estimativa é de uma produção de 51,72 milhões de toneladas, queda de 8,38% em relação ao recorde alcançado na safra 2024/25.
O estado segue como o maior produtor de milho do Brasil, mas o cenário atual exige maior cautela por parte dos produtores, principalmente diante do aumento dos custos de produção e da normalização da produtividade após um ciclo considerado excepcional.
A expectativa de crescimento da área cultivada foi limitada, sobretudo, pelos custos elevados dos insumos agrícolas, que seguem pressionando o orçamento do produtor rural. Fertilizantes, defensivos e logística continuam entre os principais fatores de impacto.
Apesar da demanda interna consistente — impulsionada pelo avanço do etanol de milho e pela indústria de ração animal — o ambiente econômico tem levado os produtores a adotar uma postura mais conservadora.
Esse cenário tem inibido decisões mais agressivas de expansão, fazendo com que o setor priorize o controle de custos, a gestão de riscos e a proteção de margens.
A projeção do Imea considera a média das três últimas safras, o que resultou em uma produtividade estimada de 116,61 sacas por hectare. O número representa uma redução de 6,70% em comparação ao ciclo anterior.
Segundo o instituto, o recuo está associado a uma normalização dos rendimentos, após a produtividade excepcional observada na safra 2024/25, considerada fora da curva histórica.
Com isso, o desempenho esperado para 2025/26 reflete um cenário mais próximo da realidade produtiva média do estado.
Comercialização antecipada indica otimismo cauteloso
Mesmo com a expectativa de menor produção, a comercialização do milho em Mato Grosso segue em ritmo acelerado. Até novembro de 2025, 25,23% da produção estimada para a safra 2025/26 já havia sido negociada.
O volume representa um avanço de 5,69 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ciclo anterior, indicando maior disposição dos produtores em antecipar vendas.Cenário Agro
De acordo com o Imea, essa estratégia é impulsionada, principalmente, pela melhora nas cotações futuras do cereal, o que tem incentivado os produtores a travar preços como forma de proteção diante do cenário de custos elevados.
Cenário exige atenção ao mercado e ao clima
Para os próximos meses, o produtor mato-grossense segue atento não apenas às condições de mercado, mas também ao comportamento climático, que será determinante para a consolidação da produtividade nas lavouras de segunda safra.
O desempenho final da safra 2025/26 dependerá da combinação entre clima favorável, eficiência no manejo e estratégia comercial, em um contexto de custos ainda elevados e margens pressionadas.
Fonte: CENÁRIOMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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