Conecte-se Conosco

Agronegócio

Leilão para comprar arroz será na semana que vem, diz Conab

Publicado

em

arroz – Divulgação

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou nesta quarta-feira, 29, novo edital para compra pública de arroz importado e beneficiado.

“Lançamos neste momento edital para aquisição de 300 mil toneladas de arroz importado e beneficiado. É uma medida com objetivo voltado ao consumo da população. Não é para afrontar os produtores”, disse o diretor presidente da empresa pública, Edegar Pretto, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira.

Leilão para comprar arroz será na semana que vem, diz Conab

Segundo Pretto, a autorização do Executivo para a companhia importar até 1 milhão de toneladas de arroz está atrelada à atenção aos produtos básicos da alimentação brasileira, com a garantia de oferta de produtos a “preços justos” ao consumidor final.

Publicidade

“Tivemos aumento de 30% a 40% no preço do arroz no último mês. O governo tem consciência de que os produtores gaúchos foram afetados pelas enchentes, porém o Estado concentra de 70% a 74% da produção nacional do cereal e temos balanço ajustado entre oferta e demanda, por isso o impacto no preço”, afirmou Pretto.

O diretor-presidente da Conab garantiu que a empresa pública não vai adquirir o volume de 1 milhão de toneladas de uma única vez.

“Essas 300 mil toneladas a serem compradas são as perdas estimadas das lavouras gaúchas”, observou Pretto.

“Com a importação de arroz, queremos equilibrar mercado e garantir preço adequado ao consumidor”, completou. Pretto explicou que a estratégia do governo foi primeiro zerar a tarifa de importação para países de fora do Mercosul, o que possibilitará o acesso de mais fornecedores com preços competitivos para participar do leilão. “Temos grande procura do Mercosul e de outros países quanto ao leilão público de arroz”, acrescentou.

O arroz importado adquirido em leilão deverá ser entregue até 8 de setembro pelos fornecedores. Ele será do tipo 1, polido, longo fino e da safra 2023/24. O leilão ocorrerá em bolsas de mercadorias credenciadas. A entrega até os armazéns e superintendências regionais da Conab será de responsabilidade do arrematante (fornecedor). O produto deverá ser embalado no país de origem com a logomarca do governo federal e o preço tabelado de R$ 20 por pacote de 5kg.

Publicidade

O produto será distribuído a 21 estados do país e ao Distrito Federal. A mercadoria passará por inspeção do Ministério da Agricultura.

Pretto afirmou que a inclusão da logomarca federal na embalagem do produto deve-se à necessidade de esclarecimento ao consumidor que aquele produto está sendo adquirido com recursos públicos.

“A determinação é que o arroz não será vendido acima de R$ 4 por quilo ao consumidor final. Portanto, o pacote de 5 quilos terá a identificação do preço tabelado”, explicou. Para ele, uma eventual decisão de adquirir o produto no mercado nacional e não importá-lo contribuiria para a inflação dos preços já elevados do arroz, em virtude do balanço ajustado entre oferta e demanda. “Por isso, há a necessidade de trazer arroz de fora para trazer equilíbrio ao mercado interno”, acrescentou.”

O preço máximo de aceitação para fechamento da compra será definido pela Conab, em R$/Kg, e será divulgado com antecedência de no mínimo dois dias úteis anteriores à data de realização do leilão. De acordo com Pretto, novos ajustes podem ser realizados no edital até dois dias úteis antes do leilão público.

Estadão Conteúdo

Publicidade

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

Mídia Rural, sua fonte confiável de informações sobre agricultura, pecuária e vida no campo. Aqui, você encontrará notícias, dicas e inovações para otimizar sua produção e preservar o meio ambiente. Conecte-se com o mundo rural e fortaleça sua

Continue Lendo
Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agronegócio

Produção de morango mantém boa aceitação no mercado

Publicado

em

Foto: Seane Lennon

A produção de morango no Rio Grande do Sul apresenta cenário de colheita ativa, estabilidade de preços e atenção ao manejo fitossanitário, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25).

Na região administrativa de Caxias do Sul, em Nova Petrópolis, a colheita segue com bom fluxo de comercialização. Segundo a Emater/RS-Ascar, “a sanidade da lavoura está adequada, assim como a qualidade dos frutos”, o que tem estimulado produtores a ampliarem as áreas cultivadas e investirem na construção de novas estufas. Mesmo com volumes elevados ofertados ao mercado, os preços pagos ao produtor permanecem estáveis nas Ceasas e nos mercados, variando entre R$ 10,00 e R$ 15,00 por quilo.

Na regional de Lajeado, a cultura permanece em fase de colheita, com frutos aceitos comercialmente. A Emater/RS-Ascar informa que, em áreas com maior umidade, houve aumento na incidência de botritis e manchas foliares, exigindo maior atenção ao manejo. Ainda assim, os preços seguem em patamar mais elevado, entre R$ 20,00 e R$ 25,00 por quilo.

Já na região de Pelotas, as variedades de dias curtos se aproximam do encerramento da colheita, enquanto as de dias neutros continuam em plena produção. De acordo com o levantamento, foram identificados ataques de tripes, ácaros e ocorrência de oídio, levando produtores a adotar medidas específicas de controle. Os preços permanecem estáveis, com leve tendência de recuo em algumas localidades, variando conforme o município, refletindo diferenças regionais de oferta e demanda.

Publicidade

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Agronegócio

Queijos puxam alta de preços no Brasil enquanto leite e arroz recuam

Publicado

em

Foto: Divulgação

 

Os preços dos alimentos apresentaram movimentos distintos em novembro no Brasil. Enquanto os queijos registraram forte alta de 21,2% no preço médio nacional, com aumento em todas as regiões do País, itens essenciais como leite UHT (-4,9%) e arroz (-3,0%) tiveram as quedas mais significativas no mês. Os dados são do estudo “Variações de Preços: Brasil & Regiões”, elaborado pela Neogrid, ecossistema de tecnologia e inteligência de dados para a cadeia de consumo.

O levantamento considera os produtos mais presentes no carrinho de compras do brasileiro e mostra que, além dos queijos, outras categorias também pressionaram o orçamento das famílias em novembro. Legumes (3,1%), sal (3,1%) e óleo (2,5%) figuraram entre as maiores altas no período – este último encareceu em todas as regiões.
Por outro lado, outros itens também registraram redução nos preços médios, como o café em pó e em grãos (-1,5%), açúcar (-1,4%) e ovos (-1,2%), ajudando a conter a inflação dos alimentos no mês.

No cenário macroeconômico, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,18% em novembro de 2025, indicando um ambiente de inflação controlada no encerramento do ano. Para Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos na Neogrid, alguns produtos seguem pressionados por fatores como custos de produção, dinâmica de oferta e recomposição de estoques.“Categorias como óleo e queijos, que performaram com elevação de preço em todas as regiões do País em novembro, tendem a levar mais tempo para se estabilizar ou recuar, dependendo da normalização dos estoques e dos custos de matéria-prima”, aponta.

Publicidade

Maiores altas acumuladas em 2025

No acumulado entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, o café em pó e em grãos segue como o item com maior incremento, avançando 42,1% no preço médio nacional. Na sequência aparecem queijos (12,3%), margarina (11,2%), creme dental (10%) e refrigerantes (5,7%).

AGROLINK & ASSESSORIA

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Publicidade
Continue Lendo

Agronegócio

Produção de milho em Mato Grosso deve cair 8% na safra 2025/26, aponta Imea

Publicado

em

Estimativa do instituto é de 51,72 milhões de toneladas, abaixo do recorde da temporada anterior

Atualizado hoje. Mesmo com a demanda aquecida e a valorização dos preços, a produção de milho em Mato Grosso deve registrar recuo na safra 2025/26. De acordo com dados do Projeto CPA-MT, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a estimativa é de uma produção de 51,72 milhões de toneladas, queda de 8,38% em relação ao recorde alcançado na safra 2024/25.

O estado segue como o maior produtor de milho do Brasil, mas o cenário atual exige maior cautela por parte dos produtores, principalmente diante do aumento dos custos de produção e da normalização da produtividade após um ciclo considerado excepcional.

A expectativa de crescimento da área cultivada foi limitada, sobretudo, pelos custos elevados dos insumos agrícolas, que seguem pressionando o orçamento do produtor rural. Fertilizantes, defensivos e logística continuam entre os principais fatores de impacto.

Apesar da demanda interna consistente — impulsionada pelo avanço do etanol de milho e pela indústria de ração animal — o ambiente econômico tem levado os produtores a adotar uma postura mais conservadora.

Publicidade

Esse cenário tem inibido decisões mais agressivas de expansão, fazendo com que o setor priorize o controle de custos, a gestão de riscos e a proteção de margens.

A projeção do Imea considera a média das três últimas safras, o que resultou em uma produtividade estimada de 116,61 sacas por hectare. O número representa uma redução de 6,70% em comparação ao ciclo anterior.

Segundo o instituto, o recuo está associado a uma normalização dos rendimentos, após a produtividade excepcional observada na safra 2024/25, considerada fora da curva histórica.

Com isso, o desempenho esperado para 2025/26 reflete um cenário mais próximo da realidade produtiva média do estado.

Comercialização antecipada indica otimismo cauteloso

Publicidade

Mesmo com a expectativa de menor produção, a comercialização do milho em Mato Grosso segue em ritmo acelerado. Até novembro de 2025, 25,23% da produção estimada para a safra 2025/26 já havia sido negociada.

O volume representa um avanço de 5,69 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ciclo anterior, indicando maior disposição dos produtores em antecipar vendas.Cenário Agro

De acordo com o Imea, essa estratégia é impulsionada, principalmente, pela melhora nas cotações futuras do cereal, o que tem incentivado os produtores a travar preços como forma de proteção diante do cenário de custos elevados.

Cenário exige atenção ao mercado e ao clima

Para os próximos meses, o produtor mato-grossense segue atento não apenas às condições de mercado, mas também ao comportamento climático, que será determinante para a consolidação da produtividade nas lavouras de segunda safra.

Publicidade

O desempenho final da safra 2025/26 dependerá da combinação entre clima favorável, eficiência no manejo e estratégia comercial, em um contexto de custos ainda elevados e margens pressionadas.

Fonte: CENÁRIOMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Tendência