Economia
Fiagril se antecipa e inicia adequações às novas regras da Reforma Tributária

Fotos: Divulgação
Com a Reforma Tributária prestes a redefinir as regras do jogo no agronegócio, a Fiagril já iniciou um projeto de adequação para enfrentar o período de transição que se estenderá até 2032.
A empresa está revisando seus processos e operações, estruturando novas estratégias para garantir conformidade às exigências do Imposto de Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), tributos que substituirão os atuais impostos sobre o consumo.
Outros pontos que também impactam o agronegócio são por exemplo: a redução de 60% na alíquota da CBS para insumos agropecuários e comercialização de grãos (soja e milho) e a exigência de certificação como Operador Econômico Autorizado (OEA) para operações de exportação e equiparadas.
Outra questão ainda em discussão, mas que pode impactar o setor é o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos considerados nocivos à saúde ou ao meio ambiente. Dependendo da regulamentação, alguns insumos agrícolas, como defensivos, podem ser incluídos nessa categoria.
De acordo com a gerente tributária da Fiagril, Daniela Pagotto, o trabalho de adequação às exigências da Reforma Tributária já está em ritmo acelerado.
“Já estamos avaliando todos os nossos cenários comerciais para adequação às novas regras. Durante o período de transição, poderemos conviver com dois impostos vigentes para a mesma operação, o que exigirá maior controle, compliance e volume de trabalho”, explica a gerente.
Frentes de atuação
Para garantir uma transição segura e eficiente, a Fiagril estruturou um projeto dividido em três grandes frentes: o entendimento do negócio atualmente existente “AS IS” e a definição do novo modelo tributário “TO BE” com base nas novas regras; o aprimoramento de documentos fiscais e obrigações acessórias; e o credenciamento como Operador Econômico Autorizado (OEA) que é fundamental para manter benefícios nas exportações.
Além das mudanças em controles internos e sistemas, a empresa também conta com o apoio de duas consultorias externas especializadas para orientar o processo e capacitar suas equipes.
“É como trocar o pneu do carro com ele andando. Estamos revisando processos, implementando melhorias e preparando as pessoas para um novo cenário tributário”, sem pausa para que isso aconteça, afirma a gerente.
Passo importante
Embora ainda não seja possível afirmar com clareza se a reforma trará aumento ou redução da carga tributária, já que ainda pende de regulamentação, a Fiagril avalia o movimento como um passo importante para a modernização do sistema tributário brasileiro.
Júlia Oviedo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Cotações Agropecuárias: Indicador do etanol hidratado volta a subir

Foto: CB Bioenergia
O preço do etanol hidratado voltou a subir no estado de São Paulo após seis semanas em queda, indica levantamento do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, além do aquecimento da demanda, com a participação de distribuidoras independentes e de maiores portes, a oferta esteve limitada – seja pelas chuvas, que paralisaram as atividades agrícolas e industriais, seja pela retração de vendedores, atentos aos estoques de produto nos tanques e apostando em valores mais altos.
Pesquisadores explicam, ainda, que outro fator que começa a dar mais suporte aos preços é a proximidade do fim da safra 2025/26 na região Centro-Sul.
Nesse cenário, entre 13 e 17 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado para o estado de São Paulo fechou em R$ 2,7365/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), aumento de 0,77% em relação ao período anterior. Para o anidro, o Indicador CEPEA/ESALQ caiu leve 0,15%, a R$ 3,1079/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins).
AÇÚCAR: Média do cristal cai para o intervalo de R$ 115 a R$ 116/sc
Levantamento do Cepea mostra que os preços médios do açúcar cristal branco voltaram a cair no mercado spot de São Paulo na última semana, com o Indicador CEPEA/ESALQ variando entre R$ 115 e R$ 116 por saca de 50 kg.
No balanço de 13 a 17 de outubro, a média foi de R$ 116,17/sc de 50 kg, 1,01% abaixo da do intervalo anterior, de R$ 117,36/sc. Pesquisadores explicam que, entre os tipos de açúcar cristal negociados, apenas o Icumsa 150 manteve sustentação de preços.
Para o Icumsa 180, os valores em queda refletem os estoques acumulados em algumas usinas. Além disso, conforme o Centro de Pesquisas, expectativas de excedente global do adoçante na safra 2025/26 reforçaram a pressão sobre as cotações internas.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Ferramenta gratuita da JBS realiza mais de 30 mil análises socioambientais para apoiar pecuaristas

Fotos: divulgação
Lançado há um ano, o ‘Cowbot’, ferramenta da JBS para consultas gratuitas, via WhatsApp, sobre a situação socioambiental de propriedades rurais da cadeia de fornecimento dos pecuaristas, já realizou mais de 30 mil análises no período. Com média de 92 consultas por dia útil, o ‘Cowbot’ se consolida como aliado dos pecuaristas na gestão socioambiental da cadeia de fornecimento, fortalecendo a rastreabilidade e a sustentabilidade na pecuária brasileira.
A alta recorrência de uso – três em cada quatro usuários retornam para consultas – demonstra a confiança dos produtores na ferramenta. Utilizado em 20 estados, com destaque para Pará, Mato Grosso, Goiás e Rondônia, o ‘Cowbot’ abrange todas as regiões do país. Além da pecuária, a ferramenta também pode ser utilizada para verificar a conformidade de propriedades de todo tipo de atividade agrícola, como as envolvidas na compra de grãos e outras commodities.
O Cowbot funciona como um chat no WhatsApp, que interage com interessados e oferece as informações. Ele permite que pecuaristas verifiquem a conformidade socioambiental de propriedades rurais antes de negociações, utilizando dados de geolocalização ou o número do Cadastro Ambiental Rural (CAR). A ferramenta analisa critérios como ausência de desmatamento, embargos ambientais, sobreposição com terras indígenas, quilombolas ou unidades de conservação.
Com tempo médio de resposta inferior a um minuto, a plataforma substitui processos que antes levavam cerca de três dias e dependiam de intermediários, muitas vezes com altos custos.
“O Cowbot democratiza o acesso a informações socioambientais, permitindo decisões mais seguras e conscientes, além de reduzir significativamente o risco de aquisição de animais de áreas irregulares”, afirma Fábio Dias, líder de Pecuária Sustentável da JBS. O objetivo da companhia é promover a rastreabilidade da cadeia de commodities em todo o território nacional, assim como faz a Plataforma Pecuária Transparente (PPT).
A Plataforma Pecuária Transparente é uma iniciativa da JBS, protegida com tecnologia blockchain, onde os produtores podem registrar transações entre fornecedores de gado, com segurança, integridade e confidencialidade dos dados. A plataforma, também gratuita e acessível online mediante cadastro, está em constante evolução, incorporando ferramentas como busca de CAR por CPF ou CNPJ, multiprotocolos de avaliação socioambiental e melhorias contínuas na experiência do usuário.
A partir da plataforma os produtores podem organizar os dados de sua própria cadeia de fornecimento e emitir declarações de origem do gado que comercializam. Com essas iniciativas, a JBS reafirma seu compromisso com a transparência e a sustentabilidade na cadeia produtiva, promovendo práticas que contribuem para a preservação ambiental e o fortalecimento do setor agropecuário no Brasil.
Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
CNA reforça importância de medidas de prevenção a riscos fitossanitários para a cacauicultura brasileira

Foto: Seaf-MT
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quarta (15), de audiência pública sobre os riscos para a cacauicultura brasileira, na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
O debate reuniu representações da cadeia produtiva do setor para discutir os impactos da entrada de pragas e doenças no país por conta da importação da amêndoa, principalmente da Costa do Marfim.
A audiência pública também teve a presença de produtores rurais, sindicatos rurais e representantes de federações de agricultura e pecuária.
O objeto de preocupação foi a Instrução Normativa (IN) 125/2021, que trata de requisitos fitossanitários para a importação de amêndoas fermentadas e secas de cacau da Costa do Marfim, principal produtor mundial.
A CNA defende uma revisão técnica dos procedimentos fitossanitários do cacau importado para atualizar normas de manejo, a fim de reduzir a probabilidade de ingresso de pragas e doenças, evitando perdas produtivas e econômicas e preservando mercados.
Segundo o diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, é importante revisar os requisitos fitossanitários e adotar medidas que protejam a produção nacional e dar tranquilidade ao produtor. Neste contexto, ele defendeu a revisão da IN.
“A revisão da IN 215/2021 é fundamental para garantir segurança aos produtores. O produtor está cansado de correr riscos. Ele tem riscos climáticos e de mercado. Então ele não pode acumular mais o risco fitossanitário na sua conta”, ressaltou.
Ele defendeu que é necessário o Mapa avaliar, de perto, as atuais condições fitossanitárias da Costa do Marfim e, assim, reduzir os riscos de ingresso de pragas que possam ameaçar os produtores brasileiros, já impactados por desafios climáticos e de mercado.
“Essa Comissão pode sugerir ao Mapa, que faça a reavaliação com base no que temos de mais novo em ciência e informações setoriais para que possamos de uma vez por todas trazer tranquilidade aos produtores”.
Ele também propôs a discussão de iniciativas para permitir o desenvolvimento da cadeia produtiva, com regularização fundiária, aprimoramento das estatísticas e melhoria do acesso ao crédito para que o setor tenha condições reais de continuar crescendo de forma sustentável.
“A regularização fundiária é prioridade zero. O produtor da Amazônia não pode ficar à margem da sociedade por inoperância do Estado e sem acesso a crédito, assistência técnica e ao desenvolvimento. Queremos os produtores produzindo, gerando renda, emprego e fazendo com afinco aquilo que ele está disposto a fazer”.
Silva defendeu, ainda, pautas estruturantes para buscar a autossuficiência na produção e mitigação dos riscos.
Produtores do Pará
Pela manhã, a CNA se reuniu com uma comitiva de produtores rurais do Pará para debater os desafios da cacauicultura na região. O grupo foi recebido pelo diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, pelo diretor técnico adjunto, Maciel Silva, e pela assessora técnica, Letícia Barony.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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