Agricultura
Citricultura – Quebra do ciclo do psilídeo-dos-citros mudou conceito de controle químico da praga, avalia consultor do GCONCI

Divulgação
Engenheiro Coelho (SP) – Com mais de 25 anos de experiência, o engenheiro agrônomo Hamilton Rocha é o atual presidente do GCONCI – Grupo de Consultores em Citros. A associação, técnica, sem fins lucrativos, sediada na paulista Cordeirópolis, estende hoje sua atividade consultiva a aproximadamente 40 milhões de plantas cítricas. À frente de estudos sobre o greening (HBL) nos pomares de laranja, Rocha assinala que o controle químico do inseto vetor da doença, o psilídeo-dos-citros (Diaphorina citri), registrou avanços representativos nos últimos anos.
Segundo o consultor, o avanço do greening desencadeou um processo evolutivo com vistas a determinar momentos mais adequados para aplicação de inseticidas. Surgiram, também, ele acrescenta, inseticidas que atuam sobre as fases jovens da praga, sobretudo a chamada ‘ninfa’, e ‘quebram o ciclo’ do inseto.
Após anos de pesquisas, explica Rocha, a fase ninfa do vetor do greening passou a ser identificada como sendo a mais ‘crítica’ no tocante à potencial transmissão da bactéria causadora da doença às plantas de citros. Antes disso, tratamentos com inseticidas visavam mais os insetos adultos da praga.
“Precisamos quebrar a reprodução do inseto em momentos decisivos. Um deles é na florada, que está ocorrendo agora, e outro em dezembro, janeiro, quando há vegetação intensa no pomar”, continua o consultor. “Quebrar o ciclo do inseto mudou o conceito de tratamento, trouxe um ganho enorme. O desafio é não deixar a praga se multiplicar, contaminar-se nas plantas doentes.”
A quebra do ciclo reprodutivo do psilídeo-dos-citros, complementa Rocha, se dá por meio da associação de inseticidas com diferentes ingredientes ativos e modos de ação, “que ‘peguem’ insetos adultos e, sobretudo, as ninfas.”
Conforme o consultor, aplicado corretamente, e no momento certo, um inseticida específico para controle da ninfa do inseto tende a transferir ganhos de eficácia da ordem de 80%. “Essas aplicações devem ser feitas, preferencialmente, do estágio V1 A V4 das folhas de citros (1 cm a 4 cm).
De 2023 para 2024, a incidência do greening em laranjeiras saltou de 38% para 44,35%, segundo dados do Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura. Árvores afetadas pela doença têm queda acentuada de frutos, que ficam menores, deformados e, assimétricos, praticamente imprestáveis.
“A planta reage à bactéria que está dentro dela, bloqueia o transporte de seiva aos frutos. Uma parte dos frutos cai. Nossa grande busca é diminuir essa queda e fazer com que a seiva se desloque, apesar da doença”, afirma Rocha.
Inspeção do pomar e nutrição de plantas
Segundo Rocha, a intensidade e a qualidade do processo de inspeção de pragas adotado nas propriedades (monitoramento), serão sempre fatores centrais na hora de o citricultor definir as melhores estratégias de manejo do psilídeo. “Devemos considerar clima, estágio da safra, as fases dos insetos presentes nas plantas”, ele exemplifica. “O monitoramento é chave.”
Conforme o consultor, a contenção efetiva do psilídeo-dos-citros nos pomares passa ainda por outros cuidados essenciais. “Necessário haver equilíbrio na nutrição do pomar, fazer análises de solo, das folhas, para que as plantas se fortaleçam. Uma planta bem nutrida resistirá mais diante do psilídeo e também de outras pragas e doenças. Terá menos problemas”, adianta Rocha. O consultor recomenda, inclusive, o emprego de bioestimulantes nos pomares.
“Bioestimulantes ajudam muito em situações de estresse, como a enfrentada nos dias de hoje pelo produtor, com tempo mais seco, ausência prolongada de chuvas e mesmo nos casos de estresse advindos de doenças”, ele destaca. “Esses produtos deixam a planta mais equilibrada para se ‘autodefender’.”
Mesmo frente à tendência de aumento da pressão do greening na safra 2025-26, comparativamente à temporada anterior, a última previsão de safra do Fundecitrus, para o cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais, dá conta de que a produção da fruta deverá chegar a 314,6 milhões de caixas de 40,8 kg, alta de 36% ante o ciclo passado (230,87 milhões de caixas).
“Há várias regiões que sofreram com a seca nos meses de fevereiro, março e abril. Isso afetou bastante os pomares. Estamos bem no início da safra, colhendo as ‘precoces’”, relata Rocha. “De modo geral, observamos até o momento que apesar da perspectiva de aumento da colheita, está sendo uma safra marcada pela produção de frutas pequenas”, conclui o consultor.
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Preço do boi gordo se mantém nesta quinta-feira, segundo Índice Datagro

O Indicador do Boi Gordo Datagro sinaliza para uma estabilidade dos preços nesta quinta-feira com pequenas oscilações nas cotações das praças. A demanda aquecida no mercado interno e o afastamento do risco de medida sanitária contra a carne brasileira pela China têm segurado os preços.
Em São Paulo, a cotação fechou no maior valor do dia, a R$ 322,63 por arroba, representando queda de -0,11%. No Pará, o preço atingiu R$ 307,64, com variação de 1,28%, a maior elevação desta quinta-feira.
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Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:
São Paulo: R$ 322,63
Goiás: R$ 316,78
Minas Gerais: R$ 311,57
Mato Grosso: R$ 306,40
Mato Grosso do Sul: R$ 319,48
Pará: R$ 307,64
Rondônia: R$ 281,22
Tocantins: R$ 303,01
Bahia: de 312,20
O Indicador do Boi Gordo Datagro é a referência utilizada pela B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.
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Agricultura
Receita da JBS sobe 13% no 3º trimestre e atinge US$ 22,6 bilhões

A JBS registrou receita líquida de US$ 22,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O avanço foi disseminado entre todas as unidades da companhia e confirma, segundo a empresa, a capacidade de operar sua plataforma global multiproteína com disciplina e agilidade em diferentes cenários de mercado.
O lucro líquido somou US$ 581 milhões, enquanto o retorno sobre o patrimônio (ROE) alcançou 23,7% nos últimos 12 meses. A alavancagem encerrou o trimestre em 2,39 vezes, alinhada à meta de longo prazo. O EBITDA ajustado IFRS ficou em US$ 1,8 bilhão, com margem consolidada de 8,1%.
“O trimestre comprova a força da nossa plataforma global multiproteína e como a operamos com disciplina, agilidade e resiliência”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.
EUA registram receita recorde na operação de carne bovina
Nos Estados Unidos, a JBS Beef North America alcançou receita recorde de US$ 7,2 bilhões, impulsionada pela demanda doméstica resiliente, mesmo em um cenário de oferta restrita e preços historicamente elevados do gado.
Segundo Tomazoni, a equipe manteve “consistência e execução disciplinada”, garantindo crescimento mesmo em um ambiente de custos elevados.
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A Pilgrim’s Pride, operação de aves da companhia, atingiu margem de 16,2%, apoiada em portfólio diversificado e ganhos contínuos de eficiência. O segmento de Prepared Foods avançou mais de 25% em vendas na América do Norte, com performances acima da média também na Europa e no México.
A JBS USA Pork também registrou receita recorde, com margem EBITDA de 9,8%, sustentada por forte demanda interna e expansão de produtos de marca e preparados. Durante o trimestre, a empresa anunciou a compra de uma planta em Iowa e o avanço na construção de outra unidade no estado.
Friboi e Seara impulsionam resultado no Brasil
No Brasil, a JBS registrou margem EBITDA de 7,4%. A Friboi teve mais um trimestre de crescimento, com bom desempenho nas exportações e no mercado doméstico. A marca foi novamente eleita a mais lembrada do país na categoria de carnes pelo prêmio Top of Mind.
A Seara alcançou o maior volume de exportações de sua história, mesmo diante de restrições temporárias às vendas para China e Europa, que já foram encerradas. A margem EBITDA da unidade foi de 13,7%.
Segundo Tomazoni, o desempenho foi sustentado por inovação, redirecionamento de volumes e foco em rentabilidade. Ele destacou lançamentos como a linha Seara Protein, produtos para AirFryer e parcerias com a Netflix.
JBS Austrália mantém rentabilidade apesar do custo mais alto do gado
A JBS Austrália encerrou o trimestre com margem EBITDA de 11,4%, impulsionada pela maior disponibilidade de gado e demanda aquecida. O segmento de carne bovina foi o principal motor dos resultados, compensando o aumento de 26% no custo do gado, segundo dados da Meat & Livestock Australia (MLA).
Tomazoni afirmou que a Austrália “continua sendo pilar estratégico para a diversificação geográfica da JBS” e um exemplo de eficiência operacional.
Empresa reforça foco em crescimento sustentável
O CEO destacou que a companhia mantém disciplina financeira e segue investindo com responsabilidade. “A demanda global por proteína continua em expansão, e a JBS está pronta para capturar esse crescimento com um portfólio equilibrado, execução sólida e visão de longo prazo.”
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Agricultura
Boi gordo: consumo aquecido faz preços do atacado dispararem

O mercado físico do boi gordo opera com preços acomodados nesta quinta-feira (13), em meio a escalas de abate curtas em boa parte do país. O Ministério da Agricultura afastou os rumores envolvendo a presença de fluazuron em amostras de carne brasileira, informação que pressionou a B3 na primeira metade de novembro.
A preocupação agora recai sobre a investigação conduzida pela China sobre os impactos das importações na produção local. A decisão está prevista para 26 de novembro, e até lá o mercado deve seguir volátil, segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Preços médio da arroba do boi gordo
- São Paulo: R$ 327,33
- Goiás: R$ 320,89
- Minas Gerais; R$ 315,88
- Mato Grosso do Sul: R$ 323,98.
- Mato Grosso: R$ 309,12
Mercado atacadista
O mercado atacadista de carne bovina registra alta consistente dos preços. Segundo Iglesias, o cenário aponta para continuidade da valorização no curtíssimo prazo, favorecido pelo pico do consumo doméstico com o pagamento do 13º salário, aumento de vagas temporárias e confraternizações de fim de ano.
- Quarto traseiro : R$ 26,00/kg,
- Quarto dianteiro: R$ 19,50/kg
- Ponta de agulha: R$ 19,00/kg
Câmbio
O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,09%, cotado a R$ 5,2971 para venda e R$ 5,2951 para compra. A divisa oscilou entre R$ 5,2735 na mínima e R$ 5,3025 na máxima durante a sessão.
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