Agricultura
Demanda chinesa e desempenho das lavouras de soja dos EUA ditarão os preços da commodity

A semana foi de recuperação nos preços da soja tanto no mecado interno como na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT).
Mesmo com dólar na casa de R$ 5,40 e com prêmios firmes mas buscando ajustes, a comercialização ganhou ritmo nas principais praças do país.
O motivo para a mudança de cenário, sendo que o mercado vinha arrastado, foi o relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na última terça-feira (12).
Supreendendo o mercado, o órgão norte-americano indicou estoques e safra do país abaixo do esperado, em 4,292 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 116,8 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 53,6 bushels por acre.
No relatório anterior, os números eram de 4,335 bilhões (117,98 milhões de toneladas) e 52,5 bushels, respectivamente. Enquanto isso, o mercado esperava uma produção de 4,371 bilhões ou 118,96 milhões de toneladas.
Já os estoques finais estão projetados em 290 milhões de bushels ou 7,89 milhões de toneladas, contra 310 milhões do relório anterior – 8,44 milhões.
O mercado apostava em carryover de 359 milhões de bushels ou 9,75 milhões de toneladas. O USDA está trabalhando com esmagamento de 2,540 bilhões de bushels e exportações de 1,705 bilhão. Em julho, os números eram de 2,540 bilhões e 1,745 bilhão.
O relatório projetou safra mundial de soja em 2025/26 de 426,39 milhões de toneladas. Para 2024/25, a previsão é de 423,97 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 124,9 milhões de toneladas, abaixo da previsão do mercado de 127,9 milhões de toneladas. Os estoques da temporada 2024/25 estão estimados em 125,2 milhões de toneladas, contra expectativa de 125 milhões de toneladas.
Mercado da soja
Como consequência, os contratos com vencimento em novembro subiram para US$ 10,29 por bushel na manhã da última sexta (15), acumulando uma valorização semanal de 4,2%.
As cotações domésticas acompanharam a sinalização de Chicago. No interior do Rio Grande do Sul, a saca passou de R$ 131,00 para R$ 134,00 em Passo Fundo.
Em Cascavel (PR), o preço subiu para R$ 135,00, enquanto em Rondonópolis (MT) foi de R$ 120,00 para R$ 125,00. No Porto de Paranaguá, a saca avançou de R$ 136,00 para R$ 140,00.
Pontos de atenção
Para a próxima semana, dois pontos merecem a atenção. O comportamento da demanda chinesa, após os recentes avanços nas negociações comerciais entre Pequim e Washington.
O fato chegou a impulsionar Chicago no início da semana, mas ainda há muito ceticismo em torno da recuperação da demanda chinesa no curto prazo, apesar do pedido do presidente americano Donald Trump que que o país asiático quadriplicasse a compra da oleaginosa dos Estados Unidos.
O clima nos Estados Unidos também merece foco especial, principalmente neste momento em que as lavouras estão em fase crítica para definição do potencial produtivo. Durante a próxima semana, será realizada a tradicional crop tour da Pro Farmer. As sinalizações vindas das visitas às lavouras podem corroborar ou não a revisão para baixo indicada pelo USDA.
Números Conab para a soja
A produção brasileira de soja deverá totalizar 169,657 milhões de toneladas na temporada 2024/25, com aumento de 14,8% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 147,74 milhões de toneladas.
A projeção faz parte do 11º levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em julho, a Conab trabalhava com estimativa de safra de 169,4 milhões de toneladas.
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Agricultura
Menor galinha do mundo conquista criadores no Brasil

A galinha serama é considerada a menor do mundo, cabendo literalmente na palma da mão. Com apenas 15 centímetros de altura e cerca de 400 gramas, essa ave chama atenção pelo porte compacto e aparência diferente. Apesar do tamanho, ela se destaca pelo alto valor de mercado e pelo carinho que desperta entre os criadores.
Originária da Malásia, a serama surgiu na década de 1970 a partir do cruzamento entre a raças malaia bantam e a japonesa chabo. Sua chegada ao Brasil ocorreu somente em 2014, mas desde então o interesse cresceu rapidamente. Hoje, aves dessa raça podem custar entre R$ 1.000 e R$ 3.500, dependendo da linhagem e das características genéticas.
Ovos valiosos para novos criadores
Os ovos da serama também impressionam no preço. Uma dúzia de ovos fecundados pode chegar a R$ 3.000, valor voltado a quem deseja iniciar uma criação e não para consumo. Por serem aves pequenas e ornamentais, sua produção de ovos é reduzida, o que contribui para a valorização.
Além do apelo econômico, o interesse pela serama está ligado ao perfil de criação. Muitas vezes tratada como animal de estimação, essa galinha é dócil, adaptável a pequenos espaços e pode viver em ambientes urbanos, desde que receba os cuidados necessários.
A criação de seramas no Brasil vem ganhando espaço, especialmente entre pequenos criadores e colecionadores de raças exóticas. Para muitos apaixonados por avicultura ornamental, ela representa o equilíbrio entre delicadeza, raridade e potencial de investimento.
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Agricultura
Após polêmica, COP30 vai permitir pratos paraenses como açaí e tucupi

Após repercussão negativa, a organização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30) modificou o edital para a contratação de empresas para operação de restaurantes nos espaços oficiais do encontro, que será realizado em novembro, em Belém. Alimentos locais, como açaí e tucupi, que foram barrados no texto anterior, agora poderão ser servidos no evento.
A mudança foi feita pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), após atuação do governo federal, por meio do ministro do Turismo, Celso Sabino. Em nota, a organização informou que, após análise técnica, foi publicada uma errata para incorporar a culinária paraense. O detalhamento da oferta de alimentos no evento será realizado após a seleção dos fornecedores.
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A nota ressalta ainda que o edital busca valorizar, na hora da seleção, empreendimentos coletivos, como cooperativas, associações, redes solidárias e grupos produtivos locais, além de grupos historicamente vinculados à produção de alimentos sustentáveis e à sociobiodiversidade, como povos indígenas, comunidades quilombolas, mulheres rurais, juventudes do campo e demais povos e comunidades tradicionais.
O edital estabelece que ao menos 30% do valor total dos insumos adquiridos sejam provenientes da agricultura familiar.
Polêmica sobre os pratos típicos do Pará
Nesta semana, a OEI publicou o edital para selecionar os estabelecimentos que atuarão na COP30. Ele listava, em uma tabela, alimentos e bebidas considerados com alto risco de contaminação e que, portanto, estariam proibidos nos espaços dos eventos da COP30. Entre esses alimentos estavam o açaí, o tucupi, sucos de fruta in natura e a maniçoba.
A proibição de alimentos típicos da culinária paraense gerou polêmica e diversas críticas. O chef Saulo Jennings foi um dos que criticou o edital. “É um crime contra nosso povo, contra a nossa gastronomia, contra a comida que alimentou nossa ancestralidade toda, a gente só sobrevive por causa desse alimento”, afirmou em publicação nas redes sociais.
Saulo Jennings é o fundador do restaurante Casa do Saulo, que além de ter unidades no Pará, tem também em São Paulo e no Rio de Janeiro, todos voltados para a culinária paraense. O chef foi o primeiro a ser escolhido como Embaixador Gastronômico da ONU Turismo no mundo. Em 2023, na COP28, em Dubai, ele conta que cozinhou na abertura do evento e que serviu o tacacá, prato paraense feito com tucupi.
“Quer dizer que dentro de casa não posso usar nosso alimento? Faz mal? Nosso povo tem uma imunidade diferente do resto das pessoas do mundo inteiro? Porque só a gente sobrevive comendo esses alimentos. Quer dizer que nosso governo não tem órgãos fiscalizadores? Tem e funciona. Tem Vigilância Sanitária, temos todas as regras de alimentação”, afirmou.
Ele ressaltou que a COP é uma oportunidade para fortalecer o turismo gastronômico na região, gerando mais emprego e renda. “Quem vier e comer, vai sair daqui apaixonado”, garantiu.
Seleção
Na nota publicada, a organização da COP esclarece que as recomendações do edital são exclusivas para espaços da conferência, não abrangendo outros locais do município de Belém ou do estado do Pará.
Diz ainda que a definição do cardápio da COP30 é de responsabilidade da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), assim como possíveis orientações sobre produtos alimentícios, e atende a critérios da Vigilância Sanitária nacional e subnacional.
Os cardápios apresentados poderão sofrer ajustes para atender aos critérios do edital, como a diversidade de alimentos e a segurança dos participantes da conferência.
Na próxima terça-feira (19), será realizada um audiência pública para ouvir candidatos à operação de alimentação da COP30.
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Agricultura
Arroba do boi aumentou na 1ª quinzena de agosto; e agora, o que esperar?

O mercado brasileiro de boi gordo se deparou com a manutenção do padrão de negociações em grande parte do país durante a semana.
De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, os frigoríficos conseguiram realizar boas compras para o avanço das escalas de abate nos atuais patamares de preços, que se mostraram maiores frente à semana passada.
“No entanto, ao que tudo indica, um perfil mais lateralizado de preços deve ser evidenciado no restante do mês nos principais estados produtores, ou seja, sem apelos para alta ou baixa em relação aos atuais patamares”, diz.
O analista avalia que as exportações de carne bovina do Brasil seguem contundentes e com espaço para a obtenção de mais um recorde em 2025, em volume e, principalmente, em receita.
Variação de preços da arroba do boi
Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 14 de agosto em comparação ao dia 8:
- São Paulo (Capital): R$ 315, alta de 1,61% frente aos R$ 310
- Goiás (Goiânia): R$ 305, avanço de 3,39% perante os R$ 295
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 300, valor inalterado
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, valorização de 1,59% frente aos R$ 315
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 310, alta de 3,33% frente aos R$ 300
- Rondônia (Vilhena): R$ 275, avanço de 1,85% frente aos R$ 270
Mercado atacadista
O mercado atacadista voltou a apresentar firmeza em seus preços no decorrer da semana. Contudo, para Iglesias, a perspectiva é de um menor espaço para reajustes na segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.
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Ele volta a frisar que a maior competitividade das proteínas concorrentes, com ênfase para a carne de frango, ainda é uma variável determinante a ser considerada no curto prazo.
O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 23,30 o quilo, aumento de 1,30% frente aos R$ 23 praticado na semana passada. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 18 o
quilo, avanço de 1,12% ante os R$ 17,80 registrados no período anterior.
Exportações de carne bovina
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 447,189 milhões em agosto (6 dias úteis), com média diária de US$ 74,531 milhões, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A quantidade total exportada pelo país chega a 80,470 mil toneladas, com média diária de 13,411 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.557,20.
Em relação ao mesmo período de agosto de 2024, há alta de 70% no valor médio diário da exportação, ganho de 35,7% na quantidade média diária embarcada e valorização de 25,3% no preço médio.
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