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Agricultura

Polinização animal contribui, em média, com 16,14% do valor da produção agrícola do país

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Reprodução/cenariomt

 

A contribuição da polinização animal no valor da produção agrícola/extrativista brasileira em 2023 está entre 5% e 25% do total, considerando os valores mínimos e máximos do Indicador de Contribuição dos Polinizadores no Valor da Produção. Nesse ano, o valor médio do índice foi de 16,14%, apresentando crescimento em relação a 1996 (14,4%), ano inicial da série. O estudo experimental “Contribuição dos Polinizadores para as Produções Agrícola e Extrativista do Brasil 1981-2023”, divulgado hoje (17) pelo IBGE, investigou a quantidade produzida, a área colhida e o valor da produção de cultivos que possuem diferentes níveis de dependência da ação de polinizadores animais, como abelhas, borboletas, besouros, morcegos etc. destacando suas variações temporais, regionais e municipais. Foram utilizados dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) e da Produção da Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS).

O Indicador de Contribuição dos Polinizadores no Valor da Produção representa a participação das culturas dependentes de polinização animal em relação ao total produzido, levando em conta os diferentes graus de dependência de polinização de cada espécie de planta. Ele é calculado por meio da ponderação do valor de produção de cada produto por seu grau de dependência de polinização e reflete a distribuição dos produtos dependentes de polinização e sua participação no valor total de produção em cada recorte geográfico. Quanto maior esse indicador, maior a contribuição estimada da polinização animal.

“Futuras análises incorporando estimativas da oferta de polinizadores em função das características das paisagens permitirão avançar nas estimativas do valor desse serviço no âmbito do Sistema de Contas Econômicas Ambientais”, explica Leonardo Bergamini, analista da Coordenação de Meio Ambiente do IBGE, responsável pelo estudo.

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Dentre os 89 produtos analisados pelo estudo, 48,3% dependem, em algum grau, da polinização animal, sendo que esse impacto é mais expressivo nas culturas permanentes e extrativistas, que apresentam maior dependência desse processo. A polinização consiste na transferência do pólen entre as partes masculinas e femininas das flores, viabilizando fertilização e reprodução, através da produção de frutos e sementes. Esse processo pode ser mediado por agentes como a água, o vento e a gravidade (polinização abiótica), ou realizado por animais (polinização biótica).

Considerando o modo de produção, em 2023, para as lavouras temporárias, o indicador foi de 12,0% e para as permanentes, de 38,7%. Já o valor de produção do extrativismo recebia uma contribuição de 47,2%. A produção extrativista foi a modalidade em que a contribuição dos polinizadores mais cresceu, saindo de 21,8% em 1996. Para as lavouras temporárias, o indicador em 1996 era de 7,3% e para as permanentes, 36,4%.

Os produtos de culturas temporárias são os principais determinantes dos padrões observados para o Brasil, pois ocupam maior porção da área colhida, superando as produções permanente e extrativista combinadas. No entanto, uma parte considerável dos produtos temporários independe de polinização animal. Ainda assim, observa-se, entre os temporários, uma tendência de crescimento da contribuição da polinização ao longo do período de análise, podendo ultrapassar os 20% nos anos mais recentes, se considerado o limite superior dos valores de dependência atribuído a cada cultura.

“A polinização influencia consideravelmente o valor da produção agrícola e extrativista do país. O aumento da dependência dos cultivos em relação a esse processo, no entanto, contrasta com a redução das populações de polinizadores. Existem várias ameaças às espécies polinizadoras, como perda de habitat, uso intensivo de pesticidas, doenças, mudanças climáticas, espécies invasoras etc. Superar esses desafios exige investimentos em pesquisa e estratégias que garantam a continuidade desse serviço”, explica Leonardo. Ele lembra que cultivos com taxas mais baixas de dependência também podem ter sua produção e qualidade incrementadas de forma significativa pela ação dos polinizadores.

Principal cultura temporária do país, soja mostra dependência modesta da polinização

Embora os valores médios de contribuição da polinização para o valor da produção tenham sido, em geral, de 10% a 20%, existem diferenças, dependendo da composição das culturas predominantes em cada região. A soja, por exemplo, apareceu entre os cinco principais produtos com dependência de polinizadores em todas as regiões.

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Mesmo com dependência modesta dos polinizadores, devido ao volume produzido e valor de produção, a expansão da soja para além de suas áreas tradicionais de cultivo, no sul do Brasil, teve duas consequências: por um lado, contribuiu para o aumento da área ocupada por culturas que dependem de polinizadores e, por outro, substituiu cultivos com maior dependência desses agentes, reduzindo a participação de produtos associados à polinização animal, especialmente aqueles de menor valor comercial.

No Norte, a contribuição dos polinizadores para o valor de produção dos produtos temporários foi ligeiramente superior a 10% nos anos recentes. Já para o valor de produção das culturas permanentes, esse índice supera os 60% desde 2020. O principal produto de cultura temporária foi a soja (dependência Modesta). Em relação às culturas permanentes, açaí (Alta) foi o principal produto dessa categoria de cultivo, sendo os estados do Pará e Amazonas os principais produtores. Café canephora e cacau vieram na sequência, com participação importante na produção agrícola. A dependência da polinização, no extrativismo vegetal, ficou em torno de 80%, sendo açaí (Alta) o principal produto dessa categoria na região.

No Nordeste, onde predominam culturas permanentes altamente dependentes da ação dos polinizadores, a contribuição esteve próxima de 50% ao longo de todo o período analisado. Entre as culturas temporárias dependentes da polinização animal, destacaram-se a soja e o algodão (Modesta) que, devido ao alto volume de produção e ao valor econômico, têm impacto significativo no valor da produção. Quanto às culturas permanentes, frutas como manga (Alta), cacau (Essencial) e uva (Pouca), entre outras, são relevantes para a economia regional e dependem da polinização animal para garantir qualidade e quantidade. No extrativismo, apesar de nenhum produto ter ficado entre os cinco maiores da região, o babaçu (Modesta), o açaí (Alta) e o umbu (Essencial) se destacaram.

No Sudeste, as principais culturas temporárias, como a soja e o tomate, também possuem dependência modesta da polinização animal, resultando em um valor geral do indicador em torno dos 16% ao longo do período analisado. No lado das culturas permanentes, com contribuição de 32,5% em 2023, vale mencionar produtos bastante relevantes para a economia nacional e o mercado externo: as duas espécies de café, canephora (Alta) e arábica (Modesta), e a laranja (Modesta). E, no extrativismo vegetal, destaque para o pequi, produto com dependência Essencial da polinização, realizada principalmente por morcegos. Nesse modo de produção o valor da contribuição atingiu 75,1% em 2023.

No Sul, dentre as lavouras temporárias, três produtos de dependência modesta merecem destaque: soja, feijão e tomate, com um indicador de 11% no ano de 2023. Entre as culturas permanentes, além da uva (Pouca), cabe destacar a maçã, que apresenta alta dependência da polinização animal e é um dos principais responsáveis pelo indicador de 31,4% em 2023 -, sendo os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul os maiores produtores do Brasil. Os principais produtos da extração vegetal na região (erva-mate e pinhão) não são dependentes da polinização, resultando em valores nulos de contribuição.

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Já a contribuição da polinização nas culturas temporárias, no Centro-Oeste, permaneceu em torno de 15% ao longo da série histórica. Apenas produtos temporários aparecem na lista dos cinco principais produtos da região, cenário que não se repetiu nas outras quatro regiões. A soja e o algodão, apesar da dependência modesta de polinizadores, apresentam grande volume de produção, contribuindo significativamente para o valor total associado à polinização na região. Embora os produtos do extrativismo vegetal não estejam entre os de maior valor de produção, aqueles dependentes da polinização, como a castanha-do-pará e o pequi (ambos com dependência essencial), contribuem com mais de 95% do total produzido nesse modo de produção. Os níveis de dependência da polinização das culturas permanentes no Centro-Oeste, diferentemente do observado nas outras regiões, foram semelhantes aos das culturas temporárias.

Cada vez mais municípios dependem da polinização para produção agrícola e extrativista

A grande maioria dos municípios brasileiros se beneficia da polinização para a produção agrícola e extrativista, e esse número vem crescendo. De 1996 a 2023, houve aumento de quase 6 pontos percentuais na proporção de municípios com contribuição da polinização no valor da produção acima de 5%. O Nordeste, produtor de frutas com alta dependência de polinizadores, foi a região na qual esse movimento ficou mais evidente. Além disso, a pesquisa mostrou que até mesmo culturas de menor expressão no cenário nacional podem ter relevância estratégica para a economia de determinados municípios.

No decorrer do período analisado, houve municípios nos quais a dependência da polinização permaneceu alta, outros em que a polinização se tornou mais importante ao longo do tempo, e ainda aqueles onde a importância dela diminuiu.

“Vale ressaltar que as espécies que atuam como polinizadoras não são responsáveis somente por esse serviço. Elas são importantes para a reprodução não só das plantas cultivadas, mas também das plantas silvestres, sendo fundamentais para a manutenção dos ecossistemas como um todo, de onde obtemos outros benefícios como a purificação o ar, da água, entre outras coisas”, observa Leonardo.

Mais da metade dos produtos agrícolas do país dependem de polinização animal

De acordo com o estudo, 52,2% dos 67 produtos investigados na PAM dependiam em algum grau, de polinização animal. Entre os cultivos temporários, essa taxa foi de 31,3% e, entre os permanentes, que em sua maioria são frutas, chegou a 71,4%.

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O período analisado, de 1975 a 2023, registrou uma alta substancial na produção agrícola brasileira, impulsionada, principalmente, pelo crescimento dos cultivos temporários, que cresceram tanto em área quanto em quantidade. Entre os permanentes, embora a área ocupada não tenha variado muito, houve aumento na quantidade produzida.

Com expansão da soja, classe Modesta ultrapassa metade da área colhida total

Em 2023, mais da metade da área colhida era ocupada por produtos da classe de dependência Modesta. Esta classe teve o maior aumento na série da pesquisa, saindo de 39% em 1975 para 43,4% em 2000 até atingir 53,5% em 2023. Os cultivos Sem Dependência também apresentaram um aumento substancial na área, porém, em termos percentuais, sua ocupação diminuiu de 53,4% em 1975 para 43,8% em 2023.

Esse padrão está relacionado, principalmente, à expansão dos produtos das culturas temporárias, que ocupam a maior parte da área cultivada, especialmente a soja. Embora a classe Sem Dependência represente 68,8% dos produtos das lavouras temporárias, no ano de 2023, cerca de 54,2% da área colhida foi ocupada por produtos de dependência Modesta e 45,5%, Sem Dependência. Em 1975, essas classes representavam, respectivamente, 32,3% e 65,8%.

Entre os cinco produtos de culturas temporárias com maior ocupação de área, dois pertencem à classe de dependência Modesta (soja e feijão) e três pertencem à classe Sem Dependência (milho, cana e trigo).

Já entre as permanentes, em 2023, a classe de dependência Modesta ocupou 41,2% da área colhida, embora corresponda a apenas 19,4% dos produtos, tendo café arábica, laranja e coco-da-baía como os produtos mais expressivos. Houve queda em relação a 1975, quando essa classe ocupava 76,5% da área de cultivo das lavouras permanentes. Os produtos da classe de dependência Essencial representavam 8,7% das lavouras permanentes em 1975 e passaram a ocupar 20,5% da área em 2023, destacando-se o cacau e o caju com as maiores áreas de cultivo.

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Comparando a distribuição da área de cultivo, em 2023, dos produtos agrícolas temporários e permanentes, nota-se que, entre os permanentes, há menor concentração em poucos produtos e uma maior diversidade nas taxas de dependência.

Produtos que dependem da polinização representam 17,6% da quantidade produzida pela agricultura brasileira

Em 2023, os produtos Sem dependência eram responsáveis por 82,4% da quantidade produzida total no país. Já os cultivos de dependência Modesta representavam 15,9% da quantidade produzida, enquanto as classes Pouca Essencial e Alta somavam 1,6%. Em relação a 1975, houve queda na proporção dos Sem dependência, que representavam 85,4%, e aumento na classe Modesta (12,6%).

“As taxas médias de dependência no Brasil são, em grande parte, influenciadas pelos cultivos temporários, uma vez que estes dominam tanto em área quanto em volume de produção”, destaca o gerente.

Dentre os cultivos temporários, aqueles que não dependem de polinizadores são responsáveis pela maior parte da quantidade produzida (85%). Os produtos da classe Modesta representam 14,8%.

Entre os cultivos permanentes observa-se maior distribuição de tipos de classes de dependência, sendo a classe de dependência Modesta (44,7%) predominante, tal como observado na área colhida. As classes de Alta (20,1%) e Sem dependência (18,5%) são bem representativas, em especial no período mais recente.

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Mais de 40% da quantidade coletada no extrativismo tem dependência alta ou essencial

Para os produtos do extrativismo, investigados na Produção de Extração Vegetal e Silvicultura (PEVS) do IBGE, a análise das classes de dependência da polinização mostra que 39,3% se beneficiam da polinização animal, valor superior ao encontrado entre cultivos temporários identificados pela Pesquisa Agrícola Municipal (31,8%), mas inferiores aos dos produtos de cultivos permanentes (71,4%). O restante dos produtos do extrativismo apresenta ausência de dependência de polinização (53,6%) ou ainda tem taxa de dependência desconhecida (7,1%).

Durante o período de análise dos dados da PEVS, entre os anos de 1981 e 2023, foi observada uma grande variação na quantidade produzida dos produtos, caracterizada por um crescimento expressivo em meados da década de 1980, seguido de um declínio nas décadas seguintes, com uma retomada a partir do ano de 2011.

A quantidade total oriunda do extrativismo vegetal se distribui de maneira equilibrada entre as classes de dependência de polinizadores e com uma considerável queda entre os produtos com dependência Modesta, que passaram de 34,1% em 1981 para 3,1% em 2023, e incremento da Alta (de 8,8% para 28,4%) ao longo do período analisado. Há predomínio de produtos Sem Dependência (55,6%), mas as demais classes são bem representadas, em especial as de maior dependência, Essencial (12,9%) e Alta (28,4%), nos últimos anos, que somadas atingem 41,2% da quantidade total. A classe de Pouca dependência não foi observada.

Analisando os produtos do extrativismo vegetal com maior quantidade coletada durante todo o período, observa-se uma presença importante de produtos dependentes de polinizadores (classes Modesta, Alta ou Essencial), como o açaí e o babaçu. A erva-mate, classificada como Sem Dependência, tem sido o produto mais coletado em termos de quantidade relativa desde o início da década de 1990, apresentando tendência de crescimento durante todo o período.

cenariomt

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Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

CNA responde acusações de práticas desleais no comércio feitas pelos Estados Unidos

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Foto: Jorge Pires Júnior

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou, nesta sexta-feira (15), respostas técnicas ao processo que o governo dos Estados Unidos abriu contra o que chamam de “práticas desleais” de comércio que seriam praticadas pelo Brasil.

A investigação dos Estados Unidos tem como base a Seção 301 da Lei de Comércio que permite, ao Poder Executivo norte-americano, apurar práticas comerciais que possam ser consideradas “desleais ou discriminatórias”. A lei também permite a aplicação de sanções, de forma unilateral, caso sejam comprovadas irregularidades.

Os Estados Unidos apontaram seis eixos temáticos na investigação aberta contra o Brasil:

  • Comércio Digital e Pagamentos Eletrônicos;
  • Tarifas Preferenciais;
  • Práticas Anticorrupção;
  • Propriedade Intelectual;
  • Acesso ao Mercado de Etanol;
  • Desmatamento Ilegal.

Legalidade dos eixos

Na defesa enviada pela CNA foram apresentados fundamentos legais que buscam demonstrar a conformidade e legalidade das políticas e práticas adotadas pelo país relativas a três eixos apontados pelos norte-americanos: “Tarifas Preferenciais”, “Acesso ao Mercado de Etanol” e “Desmatamento ilegal”.

A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, afirmou que o agronegócio brasileiro está intrinsicamente ligado ao mercado internacional, seja comprando insumos ou vendendo sua produção. “O Brasil se tornou um grande exportador agrícola porque somos altamente produtivos e competitivos”. Atualmente, os Estados Unidos são o terceiro principal destino das exportações agropecuárias do Brasil.

“A CNA, que representa mais de cinco milhões de produtores rurais brasileiros, tem confiança de que a investigação americana comprovará o compromisso, não só do agro, mas de toda a economia brasileira, em um comércio internacional justo, transparente e baseado em regras claras”, afirmou Sueme.

A manifestação da CNA foi submetida ao Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês). Em setembro, a Confederação pretende participar presencialmente da audiência pública sobre a investigação.

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Resposta da CNA às acusações

Abaixo está o resumo das alegações que constam na resposta da CNA enviada ao governo de Donald Trump para cada um dos três eixos:

“Tarifas Preferenciais”

  • O Brasil concede tratamento tarifário preferencial de forma limitada, com base em acordos compatíveis com o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) e com a Cláusula de Habilitação da Organização Mundial do Comércio (OMC), como os celebrados com México e Índia;
  • Esses acordos com tratamento tarifário preferencial representam apenas 1,9% das importações brasileiras e não discriminam ou prejudicam as exportações americanas;
  • Em comparação, os EUA possuem acordos de livre comércio abrangentes em vigor com 20 países;
  • Portanto, não há tratamento discriminatório contra os EUA e a rede atual de acordos preferenciais do Brasil é limitada e não prejudica as relações comerciais bilaterais com o país.

Acesso ao Mercado de Etanol

  • Entre 2010 e 2017 houve isenção tarifária para o etanol dos EUA; posteriormente, adotou-se a tarifa de Nação Mais Favorecida (NMF) de 18%, inferior à aplicada aos países do Mercosul, que permanecem com tarifa de 20%;
  • A política tarifária é transparente, não discriminatória e em conformidade com a OMC;
  • O programa RenovaBio é aberto a produtores estrangeiros que atendam aos critérios técnicos e ambientais;
  • Alegações de favorecimento à Índia e México não se sustentam diante dos volumes exportados.
  • A CNA defende a cooperação bilateral com os EUA na transição energética, especialmente em bioenergia e combustíveis sustentáveis, reconhecendo a relevância desses produtos para a descarbonização global.

Desmatamento ilegal

  • O Brasil possui legislação ambiental robusta e avançada, como o Código Florestal e a Lei de Crimes Ambientais, além de sistemas de monitoramento;
  • O Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCD) e políticas semelhantes resultaram em reduções no desmatamento;
  • Ferramentas como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) garantem rastreabilidade e conformidade da produção agropecuária;
  • O controle da exploração de madeira é feito via Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) e via Documento de Origem Florestal (DOF+), com rastreabilidade obrigatória e certificações reconhecidas.

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Agricultura

Preços da soja continuam impactados por relatório do USDA; veja cotações

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Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

O mercado brasileiro de soja encerrou a semana com negócios moderados. De acordo com o analista da Safras & Mercado Rafael Silveira, esse movimento foi influenciado por feriados locais em algumas regiões e por preços variando de estáveis a mais baixos nos portos.

“As ofertas foram escassas, sem grandes oportunidades no spot. No interior, a indústria apresentou bids mais fracos, mas o produtor resistiu e manteve indicações firmes”, detalha.

Apesar da retração desta sexta-feira (15), a semana foi positiva em termos de negócios, com volumes expressivos vendidos após a disparada em Chicago, impulsionada pelo último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)“, detalha.

Preços médios da saca de soja

  • Passo Fundo (RS): subiu de R$ 134 para R$ 135
  • Santa Rosa (RS): foi de R$ 135 para R$ 136
  • Porto de Rio Grande (RS): recuou de R$ 142,50 para R$ 142
  • Cascavel (PR): permaneceu em R$ 135
  • Porto de Paranaguá (PR): aumentou de R$ 140 para R$ 141
  • Rondonópolis (MT): avançou de R$ 125 para R$ 126
  • Dourados (MS): subiu de R$ 124,50 para R$ 126
  • Rio Verde (GO): cresceu de R$ 124 para R$ 127

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com bons ganhos, consolidando uma semana de recuperação consistente. Segundo Silveira, um movimento de cobertura de vendas pré final de semana assegurou a elevação.
"Os agentes evitam passar o período mal posicionados. As atenções se voltam para o clima, com as lavouras entrando em uma fase crítica para a definição do potencial produtivo", destacou.

Nesta semana, o relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu o mercado ao apontar projeção de safra abaixo do esperado. As expectativas se voltam agora para a tradicional crop tour da Pro Farmer, que será realizada durante a próxima semana.

A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) indicou que o processamento de soja nos Estados Unidos em julho ficou em 195,7 milhões de bushels.

O mercado apostava em número de 191,6 milhões de bushels processados. Em julho do ano passado, o esmagamento havia ficado em 182,9 milhões. No mês passado, o número foi de 185,3 milhões.

Contratos futuros

Foto: Pixabay

Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 14,75 centavos de dólar, ou 1,46%, a US$ 10,22 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,42 1/2 por bushel, com alta de 14,00 centavos ou 1,36%.

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Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,90, ou 0,31%, a US$ 283,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 53,18 centavos de dólar, com ganho de 1,190 centavo ou 2,28%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,33%, sendo negociado a R$ 5,3988 para venda e a R$ 5,3968 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3844 e a máxima de R$ 5,4144. Na semana, a moeda teve desvalorização de 0,68%.

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Agricultura

Da fazenda para a HQ: o projeto que mostra a inovação do agronegócio a crianças

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Da fazenda para a HQ: o projeto que mostra a inovação do agronegócio a crianças

Pecuaristas, o agronegócio está cada vez mais presente na vida de todos, mas o desconhecimento sobre a origem dos alimentos e a dinâmica do campo ainda é grande, especialmente entre as novas gerações. Pensando em aproximar as crianças do universo rural de forma divertida e educativa, a Sementes Oeste Paulista (SOESP) lançou um projeto inovador: uma história em quadrinhos (HQ) que conecta o campo e a cidade, desmistificando o setor.Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes desta iniciativa.

Nesta entrevista no programa Giro do Boi, Andrea Franco, coordenadora de marketing da SOESP, falou sobre a iniciativa que usa personagens infantis para educar e inspirar crianças sobre a importância da agricultura e da pecuária.

O projeto “Agro em quadrinhos” mostra a transformação do setor, valorizando a inovação, a responsabilidade e a sustentabilidade.

Uma história que conecta o campo e a cidade

Foto: Divulgação/SOESP

O projeto educativo da SOESP, que atua no mercado de sementes para pastagens desde 1985, nasceu da observação de que muitas crianças da cidade desconhecem a origem dos alimentos e pensam que o campo ainda vive sem tecnologia.

Para mudar essa percepção, a HQ apresenta a história de Nina, uma menina da cidade que vai passar as férias na fazenda do primo Dudu. A narrativa busca gerar curiosidade nas crianças e boas conversas com os pais sobre o agronegócio.

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A primeira edição já foi distribuída em feiras e eventos, e teve uma tiragem inicial de 12 mil exemplares. O sucesso da iniciativa, com as crianças “adorando”, motivou a equipe a planejar novas edições com temas importantes e modernos.

  • 2ª edição: Abordará o uso da água, cobertura do solo com palhada e bem-estar animal.
  • 3ª edição: Em desenvolvimento, tratará da tecnologia no campo e do uso da inteligência artificial.

Formato lúdico e mensagem moderna

Foto: Divulgação/SOESP

A escolha das histórias em quadrinhos como formato de comunicação se deu por ser uma linguagem lúdica, educativa e acessível, capaz de encantar e atrair as crianças de forma eficaz.

A ideia é não apenas ensinar, mas também mostrar o lado moderno, responsável e sustentável do agronegócio brasileiro, desconstruindo a imagem de que o campo é atrasado ou que vive à margem da inovação.

A SOESP, com sua sede em Presidente Prudente, no estado de São Paulo, atua no mercado de sementes para pecuária e agricultura de baixo carbono. Suas tecnologias, como a Soesp Advanced, já estão presentes em mais de 20 países.

O projeto “Agro em quadrinhos” é uma extensão do seu compromisso em incentivar a produção conciliada à preservação, mostrando que o campo é um espaço de inovação e de vital importância na vida das pessoas, fornecendo alimento para o mundo.

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