Destaque
Baixas temperaturas aumentam risco de infecção viral em alevinos de tilápia

Foto: IP/SP
Mestranda do Instituto de Pesca (IP-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, desenvolveu uma pesquisa para avaliar como o estresse térmico influencia a vulnerabilidade de alevinos de tilápia a infecções virais que comprometem a saúde dos peixes e afetam diretamente a produtividade da piscicultura.
Intitulado “Efeito do estresse térmico na susceptibilidade de alevinos de tilápias (Oreochromis niloticus) ao ISKNV (Vírus da necrose infecciosa de baço e rim): um estudo experimental”, o trabalho investigou a relação entre variações de temperatura e a infecção causada pelo ISKNV, vírus que atinge os órgãos vitais dos peixes e tem causado prejuízos significativos à atividade aquícola.
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Para isso, foram realizados dois experimentos com infecção controlada dos alevinos, submetendo-os a dois tipos de estresse térmico: um com aumento da temperatura da água para 32°C e outro com redução para 18°C, ambos durante um período de seis horas. Após esse tempo, os órgãos-alvo (baço e rim) foram coletados e analisados por meio de PCR convencional, qPCR e exames histológicos (análises microscópicas que permitem identificar alterações nos tecidos dos órgãos infectados).
Os resultados revelaram que o estresse causado pela baixa temperatura aumentou a susceptibilidade dos peixes à infecção pelo vírus, indicando que ambientes mais frios podem favorecer a ação do patógeno.
Além de contribuir para o entendimento do comportamento do ISKNV, a pesquisa reforça a importância do monitoramento das condições térmicas na piscicultura. A identificação da carga viral e da presença do vírus, por meio de métodos moleculares e histológicos, auxilia na formulação de estratégias preventivas mais eficazes, capazes de minimizar perdas econômicas e promover o bem-estar dos peixes nas criações.
Sobre a experiência de desenvolver a pesquisa no Instituto, a mestranda afirmou que tem sido uma vivência incrível. “Foi uma oportunidade única que me foi concedida pela orientadora Cláudia Maris, que vem me acompanhando desde então nesse processo. Agradeço muito por todo o apoio, pela compreensão, pela paciência, pelos incentivos e por todo o trabalho que temos feito juntas”, disse Gabriele.
Segundo a pesquisadora científica do IP, pró-reitora do Programa de Pós-graduação em Aquicultura e Pesca do IP (PPGIP) e orientadora da Gabriele, Cláudia Maris, “a execução deste projeto foi um grande desafio, mas acredito que trouxemos boas contribuições e esclarecimentos sobre o metabolismo e comportamento deste vírus. Isto irá auxiliar na execução, a curto e médio prazo, de pesquisas aplicadas na área de aquicultura”.
(Com Andressa Claudino/Assessoria de imprensa IP)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Defensivos agrícolas – Programa IAC-Quepia assina contrato com SindiTabaco para avaliações de equipamentos de proteção individual

Divulgação
O programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura (IAC-Quepia) e o SindiTabaco (Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco) assinaram um contrato de cooperação técnica. Pelo acordo, pesquisadores do ‘Quepia’ fornecerão consultoria especializada, por um período de aproximadamente um ano, para avaliar o cenário de segurança do trabalho rural envolvendo o uso de EPI agrícolas (vestimentas protetivas agrícolas) nas lavouras de tabaco.
Financiado com recursos privados, o programa IAC-Quepia une a indústria nacional de EPI ao Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP na cidade de Jundiaí (SP). Criado há 18 anos, o ‘Quepia’ foi responsável por reduzir no país as reprovações de qualidade de EPI agrícolas, que eram da ordem de 80%, em 2010, para atuais 20%.
Segundo o coordenador do programa, pesquisador científico Hamilton Ramos, a parceria com o SindiTabaco abrange a realização de análises técnicas, em profundidade, dos modelos de EPI atualmente empregados por aplicadores de defensivos agrícolas em lavouras de tabaco. “Também temos em vista a possibilidade de desenvolver EPI específicos para utilização na cultura do tabaco, a depender do resultado dos estudos complementares”, diz Ramos.
Conforme informações do SindiTabaco, entidade com quase 80 anos de fundação, o Brasil é hoje o segundo maior produtor mundial de tabaco. A cultura está presente em 509 municípios da região Sul do Brasil, com cerca de 133 mil produtores e 626 mil pessoas. As indústrias de beneficiamento do tabaco, informa o sindicato, geram em torno de 40 mil empregos diretos.
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
CNA defende comércio justo em audiência sobre dumping no leite

Foto: CNA
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na sexta (4), de audiência no Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para tratar da investigação de dumping na importação de leite em pó da Argentina e do Uruguai.
Em agosto do ano passado, a CNA protocolou uma petição no MDIC e em dezembro a investigação foi aberta. O objetivo é apurar a prática de comércio desleal que vinha comprometendo o mercado interno, reduzindo as margens dos pecuaristas e contribuindo com o abandono da atividade.
Durante a audiência, foram ouvidos representantes dos países investigados, importadores e demais partes interessadas. A CNA acompanhou as manifestações e reiterou o impacto negativo que as importações desleais vêm causando à cadeia produtiva do leite nacional.
Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Ronei Volpi, a entidade tem atuado de forma consistente na defesa do setor agropecuário em casos de dumping e ressaltou que o objetivo não é impedir as importações, mas garantir um comércio justo e harmônico entre os países.“Historicamente, a CNA defende ações antidumping para o agro como um todo. Já tivemos êxito em investigações contra a Nova Zelândia e a Austrália, e temos expectativa de que isso se repita agora com a Argentina”, disse.
Já o vice-presidente da Comissão, Jônadan Ma, disse que a audiência pública é resultado da petição da CNA e destacou que o processo de investigação precisa andar o mais rápido possível. “O produtor de leite brasileiro não pode ser penalizado por práticas desleais e predatórias”.
O advogado e consultor da CNA Rodrigo Pupo esclareceu que a próxima fase do processo é a elaboração de parecer preliminar, que será apresentado pelo governo. Também haverá auditoria e verificação dos dados fornecidos pelas partes envolvidas.
Números – Em 2022, o Brasil importou 941 milhões de litros de leite em pó. Já em 2023, esse valor chegou a 1,7 bilhão de litros. Em 2024 foram importados 1,6 bilhão de litros, vindos, principalmente da Argentina, Uruguai e Paraguai.
(Com CNA)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Moluscos bivalves, como o marisco, produzem fezes e pseudofezes que podem se acumular no fundo do mar e causar impactos ambientais (Foto: Aires Mariga / Epagri)
Um protótipo desenvolvido pela Epagri em parceria com a UFSC usa alta tecnologia para ajudar a entender o impacto no ambiente marinho decorrente da criação de moluscos bivalves, como ostras e mexilhões. O destaque do equipamento é a tecnologia embarcada no sistema. Ele conta com sensores de vazão, conectados a um módulo de transmissão de dados, que enviam as informações em tempo real para os computadores da Epagri, em Florianópolis. Para isso, usam o mesmo protocolo utilizado em sistemas modernos de internet das coisas (IoT).
O equipamento, que já passou pela fase de testes, atua na coleta e quantificação de fezes e pseudofezes de moluscos bivalves. O protótipo é utilizado em laboratório e gera resultados a serem usados em estudos. Os pesquisadores trazem água do mar, que é passada pelo equipamento, que abriga moluscos vivos. Assim, é possível acompanhar de forma precisa a quantidade de água que entra em cada um dos 12 compartimentos onde os moluscos ficam e quantificar as fezes e pseudofezes produzidas.
“Isso é essencial porque, como esses animais se alimentam filtrando a água, a quantidade e qualidade desse alimento influencia diretamente na produção de fezes e pseudofezes que, por sua vez, podem se acumular no fundo do mar e causar impactos ambientais”, explica Luis Hamilton P. Garbossa, pesquisador e gerente da Epagri/Ciram, unidade que desenvolve o estudo. Os dados ficam disponíveis em um aplicativo que permite acompanhar o volume acumulado de água filtrada por cada compartimento.
Equipamento promove avanços nos estudos e apoio à decisões
De acordo com Garbossa, “com a nova ferramenta os pesquisadores poderão avançar em estudos sobre a dispersão dos resíduos no ambiente marinho e apoiar decisões sobre o melhor uso das áreas de cultivo”. Ele explica que o sistema foi inspirado em estudos anteriores e adaptado para a realidade brasileira com base em pesquisas recentes.

Protótipo, utilizado em laboratório, tem 12 compartimentos onde ficam moluscos vivos (Foto: Divulgação / Epagri)
A inovação faz parte do projeto “Análise da operação unitária de sedimentação das fezes e pseudofezes de moluscos bivalves”, financiado pela Fapesc. Garbossa destaca ainda que a pesquisa está alinhada aos objetivos da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, fortalecendo o compromisso da Epagri com a sustentabilidade da maricultura em Santa Catarina.
Segundo os dados mais recentes publicados pela Epagri/Cepa no Observatório Agro Catarinense, Santa Catarina produziu pouco mais de 7 mil toneladas de moluscos em 2023, a maior parte de mexilhões, que respondem por cerca de 5 mil toneladas. Naquele ano a atividade mobilizou 292 produtores no Estado.
(Com Epagri)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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