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Agricultura

Açúcar: preços seguem em queda frente à desvalorização externa

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Foto: Pixabay

Os preços médios do açúcar cristal negociados no mercado spot do estado de São Paulo seguem em queda. Isso de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Segundo pesquisadores do instituto, ao longo da semana passada, a pressão veio sobretudo da desvalorização externa. 

No geral, no spot doméstico, a oferta do açúcar cristal de melhor qualidade, o tipo Icumsa 150, segue restrita. Além disso, as chuvas no início de junho, também contribuíram para dificultar a produção. 

Porém, nem mesmo esse cenário tem dado sustentação aos preços internos do adoçante. O Indicador Cepea/Esalq, para o cor Icumsa de 130 a 180, voltou a operar na casa dos R$ 120/saca de 50 kg, patamar que não era verificado desde outubro de 2022.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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Agricultura

Etanol: preços seguem em queda pelo quinto período consecutivo

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Foto: Pasquale Augusto/ Canal Rural

O preço do etanol hidratado seguiu em queda no mercado spot do estado de São Paulo na semana passada. Isso de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

A queda já representa o quinto período consecutivo de baixa. Pesquisadores do Cepea ressaltam, contudo, que o movimento de recuo no valor do biocombustível perdeu força. Isso porque muitos vendedores estiveram mais firmes nos preços pedidos. 

Além disso, chuvas em regiões produtoras dificultaram as atividades agrícolas e, consequentemente, a moagem nas indústrias, contexto que reduziu o volume disponível no spot. 

A recente valorização do petróleo no mercado internacional e o aquecimento da demanda, diante da proximidade do feriado desta semana, também deram certa sustentação aos preços do etanol no spot paulista. 

De 9 a 13 de junho, o Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado fechou em R$ 2,5404/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins). Valor este que representa uma ligeira queda de 0,35% frente ao do período anterior. 

Já o Indicador Cepea/Esalq para o etanol anidro fechou a última semana em R$ 2,9021/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins). Representando, assim, uma redução de 1,45% no mesmo comparativo.

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*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo

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Agricultura

Guerra entre Irã e Iraque: é hora de comprar fertilizantes?

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Lavoura de soja em Maracaju, Mato Grosso do Sul.

A recente tensão no Golfo Pérsico traz incertezas para o mercado da soja, principalmente por seu impacto na oferta e no custo dos fertilizantes essenciais para a produção. O confronto entre Israel e Irã elevou o risco de um conflito direto na região, com possível envolvimento de aliados como Hezbollah, milícias no Iraque e até a participação indireta dos Estados Unidos e de países ocidentais.

Segundo o consultor em agronegócio Carlos Cogo, o Estreito de Ormuz, por onde circulam 20% das exportações globais de petróleo e volumes expressivos de gás natural e fertilizantes nitrogenados, torna-se um ponto estratégico e gargalo logístico global para a commodity. Com sanções econômicas vigentes, o Irã pode reagir bloqueando rotas marítimas ou interrompendo o envio de insumos estratégicos, pressionando ainda mais os custos de produção.

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Impacto nos fertilizantes para a soja

“O ataque pode ter impacto direto na oferta de fertilizantes. O Irã é o terceiro maior exportador de ureia do mundo, responsável por 10% da oferta global, com 4,8 milhões de toneladas por ano, e o sétimo maior exportador de amônia anidra”, comenta Cogo.

Segundo o consultor, outros grandes produtores de nitrogênio também estão na região e alguns transportam seus fertilizantes pelo Estreito de Ormuz. A guerra deverá elevar os preços da ureia nos mercados internacionais e acende o sinal de alerta para quem ainda não garantiu os insumos.

“O Brasil importa 80% dos fertilizantes utilizados nas produções agropecuárias e boa parte desse volume vem de países direta ou indiretamente afetados pela tensão no Golfo Pérsico. O país importa principalmente da Rússia, China, Canadá, Marrocos e países do Oriente Médio”, completa. Os nitrogenados representam 48% da demanda total brasileira, com alta dependência de insumos baseados em gás natural, cujo preço está altamente correlacionado ao petróleo.

Além disso, o Irã desponta como importante fornecedor de ureia e de derivados petroquímicos fundamentais para a indústria. Se houver uma retaliação iraniana, como o bloqueio do Estreito de Ormuz, que conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã, ou novas sanções internacionais, o fornecimento desses insumos pode ser comprometido. Com a redução da oferta e o encarecimento do frete, o preço tende a subir, pressionando os custos de produção no Brasil.

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No Egito, a interrupção do fornecimento de gás por Israel já paralisou a fabricação de ureia. Como reflexo imediato, diversas ofertas foram retiradas do mercado e os preços subiram nos Estados Unidos, no Oriente Médio e também no Brasil.

Além dos fertilizantes: os fretes

A alta do petróleo, intensificada pelas tensões no Oriente Médio, deverá elevar os custos de frete marítimo e seguros internacionais, fatores que pesam diretamente sobre o custo de importação para o Brasil, país fortemente dependente de insumos externos. O risco de ataques a petroleiros e navios comerciais no Golfo eleva os prêmios de seguros marítimos e o custo do frete internacional, especialmente em áreas consideradas zonas de guerra.

O Baltic Dry Index e o Freightos Baltic Index tendem a subir em cenários de conflito, impactando os custos de importação de insumos. O aumento do preço do petróleo afeta diretamente o custo do diesel no Brasil, encarecendo o transporte interno de grãos e alimentos.

A dependência do modal rodoviário agrava o problema. Em cenários de escalada do conflito, o barril de Brent pode superar os 90 ou 100 dólares, impulsionando o preço do diesel no mercado interno. No Brasil, o transporte rodoviário responde por mais de 60% da logística agrícola, e o aumento do diesel impacta diretamente no custo da produção e da distribuição.

Commodities

O petróleo mais caro também pressiona a valorização de outras commodities agrícolas, como óleo de soja, algodão e açúcar. O encarecimento do petróleo amplia o espaço para valorização do óleo de soja, que hoje é uma das principais matérias-primas para biodiesel globalmente. Isso também influencia os óleos vegetais concorrentes, como o de palma, e se estende a outras cadeias, como a do algodão, que compete com fibras sintéticas derivadas do petróleo.

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No caso da soja, o óleo é insumo fundamental na produção de biodiesel. Se o petróleo sobe, o biodiesel torna-se mais competitivo. O Brasil é o segundo maior produtor de biodiesel do mundo, com o óleo de soja como principal matéria-prima, responsável por cerca de 70% da produção. A demanda por óleo vegetal cresce globalmente, puxando os preços também da soja in natura.

O açúcar compete com o etanol. Com o petróleo mais caro, o etanol se valoriza, o que pode levar as usinas a direcionarem mais cana para a produção de etanol, reduzindo a oferta global de açúcar e elevando os preços. O Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo e essa decisão impacta diretamente o equilíbrio do mercado internacional.

O algodão compete com fibras sintéticas como o poliéster, derivadas do petróleo. A alta do petróleo eleva o custo do poliéster, com possível valorização do algodão natural no mercado têxtil.

Exportações agrícolas brasileiras

No outro extremo da cadeia, o escoamento de produtos brasileiros para países islâmicos também está em xeque. O Oriente Médio é um mercado importante para grãos e proteínas animais do Brasil. O Irã é o maior importador de milho brasileiro e o quinto maior importador de soja. Cerca de 30% da carne de frango exportada pelo Brasil tem como destino países do Oriente Médio.

”Vale destacar que será necessário acompanhar os desdobramentos do conflito para se ter conhecimento mais concreto dos efeitos nos mercados de insumos e de commodities agrícolas. Recomenda-se antecipar compras de insumos e reavaliar cenários logísticos e comerciais”, finaliza.

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Agricultura

Congresso Brasileiro de Soja 2025 celebra 100 anos da cultura no Brasil com foco no futuro e sustentabilidade

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Reprodução/Portal do Agronegócio

 

A 10ª edição do Congresso Brasileiro de Soja (CBSoja) e o Mercosoja 2025 serão realizados entre os dias 21 e 24 de julho de 2025, em Campinas (SP). Organizado pela Embrapa Soja, o evento marca os 50 anos da instituição e terá como tema central “100 anos de soja no Brasil: pilares para o amanhã”. Reconhecido como o maior fórum técnico-científico da cadeia da soja na América do Sul, o congresso espera receber cerca de 2 mil participantes de diferentes áreas do setor.

Avanços científicos e sustentabilidade serão foco da programação técnica

A agenda técnica do CBSoja 2025 abordará os principais avanços científicos na cultura da soja, além de temas relevantes que impactam o dia a dia do setor produtivo, como práticas agrícolas, inovações e processos sustentáveis.

“O congresso foi pensado para valorizar a agregação de valor e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, baseada em ciência e inovação”, destaca Fernando Henning, presidente do CBSoja e pesquisador da Embrapa Soja.

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Mais de 50 palestras em quatro conferências e nove painéis

A programação contará com quatro conferências e nove painéis, totalizando mais de 50 palestras de especialistas nacionais e internacionais. Entre os destaques estão temas como os desafios logísticos no Mercosul, biotecnologia e propriedade intelectual na região.

Espaço “Mãos à Obra” debaterá questões práticas da produção

Uma das novidades desta edição será o espaço “Mãos à Obra”, voltado para o debate de temas práticos em cinco áreas-chave:

  • Fertilidade do solo e adubação
  • Manejo de nematoides
  • Plantas daninhas
  • Bioinsumos
  • Impedimentos ao desenvolvimento radicular
Workshop internacional discutirá biotecnologia na próxima década

O evento também contará com o workshop internacional “Soybean2035: A decadal vision for soybean biotechnology”, que reunirá especialistas do Brasil, China, Estados Unidos e Canadá para discutir o futuro das ferramentas biotecnológicas na cultura da soja para os próximos dez anos.

328 trabalhos científicos serão apresentados em sessões pôster

A comissão organizadora aprovou 328 trabalhos técnico-científicos que serão apresentados em sessões pôster, distribuídas em nove áreas temáticas:

  • Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais
  • Entomologia
  • Fitopatologia
  • Genética, Melhoramento e Biotecnologia
  • Nutrição Vegetal, Fertilidade e Biologia dos Solos
  • Plantas Daninhas
  • Pós-Colheita e Segurança Alimentar
  • Tecnologia de Sementes
  • Transferência de Tecnologia, Economia Rural e Socioeconomia

Durante as sessões, os autores estarão disponíveis para tirar dúvidas do público em horários específicos da programação.

História da soja no Brasil: da adaptação ao protagonismo global

A soja, originalmente uma planta selvagem da costa leste da Ásia, chegou ao Brasil em 1882, pela Bahia. No entanto, foi apenas no Rio Grande do Sul, a partir de 1924, que a cultura começou a se desenvolver comercialmente. O destaque econômico veio na década de 1960.

Até o final dos anos 1970, a soja era cultivada apenas em regiões de clima temperado ou subtropical, com latitudes acima de 30º. O produtor brasileiro utilizava cultivares importadas dos Estados Unidos, adaptadas apenas ao Sul do país. A Embrapa foi essencial para mudar esse cenário, ao desenvolver variedades adaptadas ao clima tropical, viabilizando o cultivo em todo o território nacional.

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Embrapa Soja: 50 anos de avanços e liderança em pesquisa

Criada em 16 de abril de 1975, a Embrapa Soja tornou-se referência mundial em pesquisa da oleaginosa em regiões tropicais. Com seus parceiros, desenvolveu um sistema completo de produção de soja tropical, que inclui:

  • Recuperação e manutenção da fertilidade do solo
  • Manejo de pragas, doenças e plantas daninhas
  • Melhoria da qualidade das sementes
  • Práticas que garantem sustentabilidade agrícola

Na safra 2024/25, o Brasil produziu cerca de 167 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mantendo-se como o maior produtor global, à frente de Estados Unidos e Argentina.

Mais informações

Os interessados podem acompanhar a programação completa e realizar inscrições por meio do site oficial: www.cbsoja.com.br

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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