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O agronegócio brasileiro e a nova ordem mundial: um momento virtuoso

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A história no século XX teve dois episódios destrutivos e em um curto espaço de tempo, a I e a II Guerras Mundiais. Dentre os fatos mais relevantes, vale lembrar o surgimento da União Soviética, a ascensão do Nazismo na Alemanha, o declínio do Império britânico e a transformação dos Estados Unidos em uma nova potência.

Esta situação parecia estável até o escalonamento da Guerra do Vietnã quando o sistema começou a mostrar os primeiros sinais de fragilidade, o que levou os Estados Unidos, em 1971, unilateralmente, a abdicarem da responsabilidade de lastrear o dólar americano em ouro e tornar sua moeda um documento fiduciário, o conhecido choque Nixon.

De uma hora para outra a aceleração da economia chinesa passou a ser detectada pelos painéis de controle. A China se tornou um membro permanente da Organização Mundial do Comércio – OMC, em 2001. Uma outra força se punha em movimento. A transformação da agricultura brasileira de algo local para uma presença de caráter internacional levando o país a se transformar em um dos principais atores no comércio mundial de alimentos e commodities agrícolas e um dos guardiões da segurança alimentar de dezenas de nações.

A era das incertezas

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A potência hegemônica dos Estado Unidos não foi a mesma desde a guerra do Vietnã e, recentemente da saída humilhante do Afeganistão, muito embora ainda reconhecido como principal economia mundial. As tensões internas e externas têm levado o país a decisões extremadas culminando com a guerra tarifária estabelecida pelo presidente Donald Trump desse seu início de mandado, em janeiro de 2025. O que trincou de modo irreparável a confiança do mundo em relação ao país. Este movimento político/econômico fez com que outros atores, dentre eles o Brasil, tomassem a iniciativa de mover suas peças e aproveitarem-se do momento de dúvidas.

E o que tem isto a ver com o agronegócio brasileiro?

Talvez não tenha sido algo deliberado, entretanto o Brasil se mostra preparado para este momento. O ponto de corte nesta história se dá na segunda metade do século XX. Em 1973 ocorreu a criação de uma das mais importantes instituições mundiais de ciência e tecnologia aplicada à agricultura e pecuária tropical, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa.

O fortalecimento dos programas de pesquisa e pós-graduação das universidades brasileiras e a rede de instituições estaduais, hoje em situação de extrema dificuldade, constituíram um forte aparato de inovação para o campo. Ainda em se tratando de pesquisa e inovação a constituição de departamentos técnicos e setores de pesquisa nas empresas privadas em sido recebido com expectativa e atenção.

Por último e não menos relevante o país testemunha um crescente fortalecimento de empresas consideradas startups de base inovativa, constituída por jovens empresários que vêm no campo uma possibilidade real de ascensão econômica e social.

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Ataque e contra-ataque, idas e vindas no cenário internacional

Depois das decisões imperiais por parte do governo americano, quando provavelmente imaginou que as nações se dobrariam contra as ameaças e as tarifas, o resultado tem sido o oposto. Os Estados Unidos, sem sustentação interna ou externa, tiveram que retroceder parcial ou totalmente do tarifaço. Neste vácuo, as nações em que o agronegócio representa um forte componente e que têm tido a capacidade de contar com excedentes de produção se apresentaram como opção.

Oportunidades

Ocupar os espaços vazios

O Brasil se mostra como candidato número um, pela dimensão de sua capacidade produtiva que excede 320 milhões de toneladas de grãos por ano, de conquistar parte do mercado chinês. Esta troca ocorreu e levando em consideração que alterações bruscas de mercado não são triviais e tendem a ser duradouras, significa que o aumento das exportações para a China é algo real.

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Modernizar a indústria de processamento de alimentos

O mercado internacional ocupado pelo Brasil ainda é caracterizado pela venda de matérias primas, a exemplo do grão e do farelo de soja, do milho, da carne bovina e do frango, da pluma de algodão, do café em grãos, do açúcar demerara, da polpa de celulose, das frutas frescas, entre outros produtos. Fica claro que se trata de uma ocasião para se investir em uma política específica de agregação de valor aos produtos exportados incrementando a fração de carnes, grãos, pulses, lácteos, frutas e hortaliças processadas.

Consolidar e expandir as ações de sustentabilidade

Ganhos louváveis foram obtidos nas últimas décadas a partir de tecnologias disruptivas tais como a fixação biológica de Nitrogênio – FBN, o plantio direto, a integração lavoura-pecuária-floresta e o controle fitossanitário integrado.

O plantio direto passou a ser adotado em vários países tropicais e temperados a partir dos anos setenta. Foi um ganho coletivo, aqui no Brasil contando com a participação efetiva de algumas instituições federais e estaduais de pesquisa, associações de produtores, e do desenvolvimento de tecnologias e máquinas agrícolas específicas, contando-se atualmente com aproximadamente trinta e cinco milhões de hectares sob este sistema.

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O terceiro caso diz respeito a integração lavoura-pecuária-floresta, também conhecido como ILPF que passou a ser adotado de forma mais intensa nos últimos vinte anos, mas que já conta com aproximadamente quinze milhões de hectares implantados. Uma quarta área que ganhou força na última década é o manejo integrado de pragas e doenças. Não se trata de algo recente, afinal, para a cana de açúcar o controle das principais pragas é realizado, predominantemente, por agentes biológicos.

Fortalecer sua capacidade tecnológica com novos parceiros

A globalização da ciência é tão antiga quanto a do comércio e a cada dia que se avança é notório sem interação permanente entre a comunidade científicas dos países do sul global. O epicentro econômico mundial deixou de ser o Ocidente e voltou ao Oriente. É neste sentido que também na área das ciências agrárias as instituições brasileiras devem se voltar a estabelecer parcerias mais efetivas com países como o Japão, a China, a Índia, a Indonésia, a Malásia e a Coreia.

Potencial inovativo

O Brasil recentemente foi reconhecido como o país com maior capacidade de inovação na América Latina. Muito embora sua posição no ranking mundial seja a 49ª, houve um avanço substancial em relação às últimas avaliações. Há um movimento entre os jovens mostrando que o futuro não passa pelo emprego formal.

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Riscos

Ideologização no campo

Não é de se estranhar que o mundo rural seja conservador na maioria das sociedades. É assim na Europa, Estados Unidos, Argentina e no Brasil. Entretanto, há uma diferença estratégica entre se ter uma ideologia e colocá-la a serviço de interesses corporativos ou particulares. É sabido que parte substancial dos líderes de associações ou entidades de classe no Brasil adotaram nas últimas eleições presidenciais uma postura tendenciosa, radical, agressiva e de confronto. O agronegócio nacional merece ser dirigido com maior espírito público e uma maior dose de inteligência. Esta é a realidade.

Politização do comércio externo

Lição inconteste. Não traga a si contendas que não lhe dizem respeito. O cenário atual é uma lição. Não cabe ao Brasil optar por defender nação A ou B. Os grandes centros de poder têm capacidade dissuasiva, retaliatória, de espionagem, pressão tão sofisticadas que dispensam o aulicismo de alguns. Em o Brasil sabendo preservar a qualidade de sua diplomacia que ao longo de mais de um século demonstra competência e assertividade, o futuro é promissor. Principalmente para o agronegócio nacional.

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Dependência tecnológica

Parece uma contradição, mas como um texto que trata da capacidade inovativa vem levantar um tema surrado como dependência tecnológica. O fato é que o agronegócio nacional demonstra extrema fragilidade ao depender da exportação massiva de fertilizantes à exceção dos adubos nitrogenados. No que se refere aos defensivos e agroquímicos a realidade não é das mais confortáveis. Poucas são as moléculas de algum produto seja inseticida, fungicida, bactericida, hormônio de crescimento, vacina, medicamento animal cuja patente seja nacional. O mesmo ocorrendo para as máquinas agrícolas, o sistema de monitoramento por satélite e instrumentos de laboratórios mais sofisticados. O caso da genética das principais commodities agrícolas também é exemplar.

Vitimização

Algumas lideranças do agronegócio nacional desencadearam uma narrativa próxima ao fantástico: 1. Não há mudança climática em curso; 2. O desmatamento ilegal é residual; 3. O Brasil é um exemplo de proteção às suas florestas; 4. Os países europeus negligenciaram a defesa de suas vegetações e agora cobram de terceiros o que não fizeram; 5. Não há mineração ilegal nem grilagem de terras em áreas de povos nativos, quilombolas e áreas protegidas; 6. A grande maioria dos imóveis rurais cumprem de com a política ambiental vigente; 7. Nunca houve trabalho escravo ou similar; 8. O mundo desenvolvido está preocupado em frear o desenvolvimento agrícola do país.

Que se separe o joio do trigo. Apoio os empresários que têm transformado a face a agricultura brasileira e condenação aqueles que se escudam em justificativas absurdas para construir um cenário fictício de perseguições.

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Comentário final

Em nenhum momento da história nacional e de sua agricultura o país confrontou-se com uma situação virtuosa equivalente contando com uma extensa área em cultivo e a ser cultivada; um corpo de agricultores dedicados e cientes de sua importância; uma rede de instituições e ensino e pesquisa sólida, podendo ser ainda mais efetiva a partir de melhores definições estratégicas de sua atuação; políticas definidas e de apoio à atividade agropecuária; um percentual alto de jovens profissionais dedicando-se ao agronegócio e uma oportunidade de consolidação de sua posição no mercado internacional ímpar uma vez que para inúmeros países Brasil um dos parceiros mais confiáveis no cenário internacional.

Fonte: CCAS

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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O que o produtor rural precisa saber sobre a conferência que vai mexer com o campo

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Pensar Agro/AguaBoaNews

 

Começa nesta segunda-feira (10.11), em Belém (PA), a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). O evento vai reunir líderes mundiais, cientistas, empresários e representantes do setor produtivo para discutir o futuro do planeta diante das mudanças climáticas. Mas, para além dos discursos ambientais, a conferência promete trazer reflexos concretos para o dia a dia de quem vive do campo, especialmente para quem produz, exporta ou fornece insumos ligados à bioeconomia e ao uso da terra.

Para o homem do campo, a COP30 não é um evento distante nem restrito aos ambientalistas. É um marco que pode mudar a forma de produzir, vender e comprovar a origem do que sai da terra brasileira. A partir de agora, sustentabilidade e documentação caminham juntas. Quem entender isso primeiro, e se preparar, estará melhor posicionado para aproveitar as oportunidades que virão.

Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação dos Engenheiros Agronomos de Mato Grosso (Feagro-MT), a COP30 oferece ao agro brasileiro uma grande janela de oportunidade. “Se mostrarmos que nossa produção é cada vez mais eficiente, de baixa emissão e alinhada à conservação, ganhamos acesso a novos mercados e valorização de preço. Mas para isso precisamos de clareza regulatória, crédito adequado e reconhecimento internacional”, defendeu.

“Não podemos tratar a agenda climática como algo que pesa sobre o produtor , ela pode e deve traduzir-se em ganhos concretos para quem planta, cria e exporta. Para o setor rural, o desafio é provar a sustentabilidade com a mesma naturalidade com que entra o sol no campo, sem travar o maquinário da produção”, disse o presidente do IA.
“Enquanto a COP30 define padrões globais, defendemos que o Brasil assuma a liderança negociando condições que preservem nossa competitividade. O homem do campo precisa estar pronto: rastreabilidade, certificação, contrato e logística devem caminhar juntos para que nossa safra não fique fora do jogo”, completou Rezende.

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PRA ENTENDER – A COP é o espaço onde se discutem as regras globais para reduzir o impacto das atividades humanas sobre o clima. Desde o Acordo de Paris, assinado em 2015, cada país precisa apresentar metas e comprovar o que tem feito para cortar emissões de gases do efeito estufa. Agora, com a COP30 sendo realizada na Amazônia, o Brasil estará no centro das atenções. A conferência deve consolidar uma nova fase nas exigências ambientais que afetam diretamente o agronegócio e as cadeias de exportação.
A principal transformação esperada é o aumento da cobrança por rastreabilidade e comprovação documental da origem dos produtos. Em outras palavras, não vai bastar dizer que a produção é sustentável, será preciso provar, com papel passado e assinatura reconhecida. Certificados de origem, laudos técnicos, registros de boas práticas agrícolas e documentos de conformidade ambiental tendem a se tornar obrigatórios para exportação, principalmente para países da União Europeia e da América do Norte.

Essas exigências vêm se fortalecendo desde a aprovação do Regulamento Europeu Antidesmatamento (EUDR), que entra em vigor no final do mês que vem. Ele determina que produtos como soja, carne, madeira, cacau e café só podem entrar no mercado europeu se a empresa comprovar que não houve desmatamento na área de origem — nem legal, nem ilegal. A tendência é que, após a COP30, esse tipo de exigência se amplie para outros setores, incluindo o da bioeconomia amazônica, pescados, óleos vegetais e produtos florestais não madeireiros.

Para o produtor rural, isso significa que a documentação passa a ser o novo passaporte comercial. Cada lote, cada carga e até cada hectare poderão precisar de comprovações detalhadas sobre procedência, sustentabilidade e boas práticas de produção. Quem estiver com o cadastro ambiental rural (CAR) atualizado, licenciamento em dia e certificações reconhecidas por órgãos oficiais sai na frente.

Além disso, a COP30 deve reforçar o elo entre sustentabilidade e formalização. A partir dela, grandes compradores internacionais tendem a incluir cláusulas contratuais que exigem relatórios ambientais, auditorias e certificados emitidos por instituições reconhecidas. Pequenas cooperativas e produtores que trabalham com insumos naturais, como óleos essenciais, manteigas vegetais, mel, castanhas e bioativos, também serão impactados.
Entre os documentos que devem ganhar peso estão:
  • Certificados de origem e rastreabilidade;
  • Laudos de pureza e qualidade;
  • Declarações de conformidade ambiental;
  • Fichas de segurança de produtos (SDS), traduzidas para o idioma do país de destino;
  • Relatórios de sustentabilidade e impacto socioambiental.
A tradução técnica e a padronização desses papéis, hoje vistas como burocracia, vão se tornar etapa obrigatória de quem quiser exportar com segurança. Uma falha em um documento pode travar o embarque ou gerar multas pesadas.

Apesar de parecer mais um obstáculo, esse novo padrão também pode abrir portas. A demanda global por produtos sustentáveis cresce ano a ano, e o Brasil tem potencial para liderar esse mercado — especialmente com o peso da Amazônia e do agronegócio no debate climático. Quem se antecipar às exigências, garantindo rastreabilidade e conformidade, poderá vender com valor agregado e acessar compradores mais exigentes e rentáveis.

Além disso, a COP30 deve impulsionar o financiamento verde, com linhas de crédito e investimentos destinados a quem comprovar práticas sustentáveis, preservação de floresta e redução de emissões.

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Prédio do antigo Cridac passará por restauração e reforma para abrigar delegacias da Polícia Civil

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Crédito – Brunna Almeida/Seplag-MT

 

O Governo de Mato Grosso assinou, nesta sexta-feira (17.10), a ordem de serviço para a reforma e restauração do imóvel da antiga Fundação Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa (Cridac). O imóvel abrigará a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), da Polícia Judiciária Civil (PJC). O início das obras está previsto para a próxima quarta-feira (22.10).

O investimento total é de R$ 9,4 milhões. Para o vice-governador Otaviano Pivetta, a restauração do prédio histórico representa o resgate da origem da Segurança Pública em Mato Grosso. O espaço foi uma das primeiras delegacias do Estado.

“Este é um patrimônio do Estado que estava abandonado, mas revitalizá-lo é resgatar um pedaço da nossa história. É simbólico estarmos aqui com toda a equipe, que trabalha com a mesma energia e compromisso de sempre. Esse espaço voltará a servir à população com dignidade e marca o início da revitalização desta região histórica da capital”, afirmou.

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A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) é a responsável pelo planejamento, projeto, acompanhamento e execução da reforma e restauração do prédio, por meio de Termo de Cooperação com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), nos termos do Decreto nº 1.510/2022.

O secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, ressaltou que o objetivo da revitalização é deixar o prédio em pleno funcionamento e capaz de atender a todas as demandas da Polícia Civil após a reforma. “Nossa prioridade é garantir a destinação correta e a funcionalidade do patrimônio público, promovendo sua recuperação e preservando o valor histórico deste bem estadual. É nosso dever cuidar e dar vida a essa parte importante da memória de Mato Grosso”, acrescentou.

O secretário de Segurança Pública, César Roveri, afirmou que o projeto representa melhorias tanto para os servidores quanto para a população. “Reconhecemos o empenho de todo o Governo do Estado em atender as instituições, mas, acima de tudo, em atender bem a população. Esse será um espaço centralizado, acessível e, principalmente, digno. Ao final do dia, o que realmente importa é isso: o cidadão ser bem atendido e a Segurança Pública prestar um serviço de qualidade que melhore a vida das pessoas”, pontuou.

Para a delegada-geral da Polícia Judiciária Civil, Daniela Maidel, a obra representa um avanço para a Segurança Pública e vai garantir melhores condições de trabalho e atendimento à população. “Este prédio histórico passará por uma completa modernização e abrigará unidades como a Derf, a DHPP e, futuramente, a Delegacia de Crimes Informáticos. Nosso foco é oferecer estruturas mais dignas e eficientes, aproximando ainda mais a Segurança Pública da população”, afirmou.

Edificação histórica

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O imóvel, localizado na Rua Joaquim Murtinho, em frente ao Estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, em Cuiabá, é do século XIX. Lá funcionou a antiga Cadeia Pública e, posteriormente, o Cridac. A edificação possui características neoclássicas, com pórtico de entrada, frontão triangular e beiral colonial tipo beira-seveira, e foi toda construída em pedra canga.

Essa parte da edificação, de 638,89 m² de área construída, é tombada como patrimônio histórico de Mato Grosso desde 1984, pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). O imóvel será totalmente restaurado.

Já a outra parte da edificação, com uma área construída de 2.208,28 m², que será reformada e ampliada, é um prédio de alvenaria convencional, que fica em uma área nos fundos do complexo.

Confira mais imagens do projeto:

Dayanne Santana e Vithória Sampaio | Seplag-MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Mapa e MDR articulam ações emergenciais no Amapá para produtores afetados pela vassoura-de-bruxa da mandioca

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Foto: Divulgação

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta quarta-feira (15) o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para tratar das ações conjuntas do Governo do Brasil no enfrentamento da vassoura-de-bruxa da mandioca no estado do Amapá. A doença, causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), já atinge dez municípios amapaenses, impactando a produção agrícola e a segurança alimentar de comunidades indígenas e não indígenas.

Segundo Fávaro, o enfrentamento da praga é prioridade no Mapa, que tem atuado de forma integrada para garantir o controle da doença, o apoio aos produtores e o abastecimento local. “O Brasil é uma referência mundial em defesa agropecuária, e essa emergência sanitária está recebendo total atenção. Já estão sendo implementados convênios e investimentos para o custeio da defesa agropecuária no Amapá, no valor de R$ 2,2 milhões. Caso sejam necessários mais recursos, estaremos prontos para disponibilizá-los, sem precarizar o trabalho”, assegurou o ministro.

Entre as medidas já adotadas, o Mapa autorizou a comercialização segura da mandioca braba e da macaxeira, medida que garante renda aos produtores e o fornecimento contínuo de alimentos à população. A macaxeira, também conhecida como mandioca de mesa, é consumida cozida e passou a ter autorização para processamento, corte e embalagem nas próprias regiões produtoras, permitindo sua chegada direta ao consumidor, seja nas feiras, nos supermercados ou por venda direta. Já a mandioca braba utilizada para produção de farinha teve flexibilização na comercialização, com autorização para que o processamento seja feito na própria comunidade rural, em casas de farinha móveis, e a farinha possa ser transportada e comercializada de forma segura. “Essas medidas atendem à demanda dos produtores, que podem manter sua renda, e dos consumidores, que continuam tendo acesso a um alimento essencial para os amapaenses”, explicou Fávaro.

O ministro destacou também os investimentos do Mapa em pesquisa e inovação, conduzidos pela Embrapa, com o objetivo de desenvolver variedades de mandioca tolerantes ou resistentes à doença. “O governo do presidente Lula garantiu reforço orçamentário à Embrapa, e já solicitamos à presidente Silvia que esse tema seja prioridade número um da pesquisa. É uma doença nova no mundo, mas temos confiança de que a Embrapa vai conseguir avançar. Enquanto isso, estamos distribuindo mudas sadias, que completam o ciclo produtivo e garantem alimento à população do Amapá até que a variedade resistente esteja disponível”, completou.

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O ministro Waldez Góes ressaltou que o trabalho conjunto entre o governo federal, o estado e os municípios tem sido essencial para mitigar os impactos sociais e econômicos causados pela doença. “Estamos há alguns meses enfrentando a vassoura-de-bruxa da mandioca no Amapá. Essa cultura faz parte do nosso hábito alimentar, tanto do índio quanto do não índio. A doença já está presente em dez municípios, dos quais oito com situação sanitária reconhecida oficialmente pelo governo federal. O ministro Fávaro tem liderado esse processo, garantindo recursos para o combate, o controle e o investimento em pesquisa e ciência, para que possamos retomar a produção de mandioca no estado”, afirmou Góes.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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