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Agricultura

Novo fungicida para combater ferrugem asiática da soja

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“Oferece controle de amplo espectro e proteção contra cepas mutantes do fungo” – Foto: Aline Merladete

 

A empresa BASF deu início ao processo de registro do Adapzo® Active (Flufenoxadiazam), novo fungicida desenvolvido para enfrentar a ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais severas que afetam a cultura na América do Sul. Segundo o Consórcio Antiferrugem, a doença pode causar perdas de até 90% se não controlada adequadamente. O novo ingrediente ativo foi submetido às autoridades regulatórias no Brasil e no Paraguai, com previsão de envio à Bolívia.

Desenvolvido especificamente para as necessidades dos agricultores sul-americanos, o Adapzo® Active é o primeiro inibidor de histona desacetilase (HDAC) do setor. Seu novo modo de ação contribui para o manejo da resistência de importantes doenças da soja, como a própria ferrugem e a mancha-alvo. A expectativa da empresa é que os produtos com essa molécula estejam disponíveis no mercado a partir de 2029.

“Usamos nosso profundo conhecimento da agricultura local e ouvimos cuidadosamente nossos clientes, desenvolvendo um ingrediente ativo adaptado às necessidades dos produtores de soja no Brasil, Paraguai e Bolívia”, diz Ademar De Geroni Junior, vice-presidente de Marketing Estratégico para a América Latina da BASF Soluções para Agricultura. “Com o Adapzo® Active, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento de uma agricultura sustentável, especialmente para os produtores de soja na América do Sul”, afirma.

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Além de seu uso individual, o Adapzo® Active foi concebido para integrar o portfólio da BASF, potencializando resultados quando combinado com outras tecnologias. “Oferece controle de amplo espectro e proteção contra cepas mutantes do fungo, protegendo o potencial produtivo da soja”, destaca Ulf Groeger, vice-presidente de Pesquisa de Fungicidas da BASF.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Canola ganha força no inverno e se firma como cultura estratégica

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Foto: Divulgação

 

A canola vem ganhando cada vez mais espaço como uma cultura de inverno viável e estratégica no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. Destaque para a região Noroeste do Estado, onde produtores já acumulam mais de sete anos de experiência. Conforme dados da Emater/RS, a área total cultivada em solo gaúcho é de 151.785 hectares. Somente na safra de 2024, a produção estadual da oleaginosa ficou em torno de 226 mil toneladas.

A canola tem substituído cultivos tradicionais como trigo, aveia e coberturas vegetais e, segundo o engenheiro agrônomo Tiago Oliveira, sócio-diretor da consultoria Inteligência Agrícola, uma das principais vantagens é seu alto teor de óleo — entre 42% e 45%, até 30% superior ao da soja. Além disso, é uma oleaginosa que produz proteína, aumentando seu valor comercial. A crescente valorização do grão e a ampliação do número de empresas que recebem e processam a canola contribuíram para o crescimento da cultura, que apresenta baixo custo de produção e menor incidência de doenças. Sua tolerância a graminicidas também facilita o controle de plantas daninhas como o azevém, bastante resistente aos herbicidas convencionais na região Sul.

Embora a produtividade média ainda esteja em torno de 25 sacas de 60 kg por hectare, ele relata que há registros de lavouras que alcançaram até 50 sacas/ha. A fase de floração, no entanto, exige atenção técnica e planejamento, já que a planta é sensível a variações climáticas neste período. Diferentemente do trigo, cujas práticas já são passadas de geração em geração, a canola carece de maior conhecimento sobre nutrição, adubação, fisiologia, manejo e controle de doenças.

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Cuidados

É uma cultura mais exigente, principalmente em enxofre e nitrogênio, e que deixa pouca palhada, exigindo estratégias complementares para garantir uma boa cobertura do solo. A exigência por enxofre se deve à sua participação direta na síntese de óleos e proteínas, sendo um dos nutrientes que mais limitam o seu rendimento em solos deficientes. Além disso, o uso de herbicidas também requer maior atenção.

O engenheiro agrônomo Alécio Fernando Radons, responsável técnico de vendas da Satis no RS, orienta que o produtor precisa ter atenção em mais dois pontos importantes: exigências nutricionais e o manejo de doenças e fungos de solo. O mofo branco, por exemplo, é um problema grave causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum. Para o manejo dessa doença, uma estratégia indispensável é trabalhar com uma outra espécie de fungo, o Trichoderma, que atua positivamente na indução de resistência das plantas e na inviabilização das estruturas de multiplicação desse patógeno.

A partir da pesquisa, a Satis desenvolveu o Tribalance, produto de alta concentração constituído por três espécies de trichoderma e oito cepas diferentes, cuidadosamente selecionadas para ter o máximo de eficiência no campo. A solução é indicada para o manejo do solo, com uma ação eficiente tanto para fungos que causam danos nas raízes das plantas quanto para a parte aérea. Desta forma, contribui consideravelmente à produção de canola, já que se trata de uma cultura hospedeira do mofo branco.

Outro ponto que precisa de cuidado é o fornecimento de boro, nutriente essencial, tanto para o crescimento das plantas, bem como para o pegamento de flores e polinização. Segundo Radons, a canola tem uma alta exigência desse nutriente, por isso exige mais de uma aplicação foliar ao longo do ciclo e um solo previamente corrigido com o elemento. O Humicbor, da Satis, tem sido indicado por conter substâncias húmicas, extrato de algas e polióis, que facilitam a absorção do boro e contribuem para o aumento da produtividade.

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Com o avanço da pesquisa aplicada, o apoio de consultorias e o crescente interesse da indústria, a expectativa é de que a cultura se consolide cada vez mais como peça-chave na diversificação e sustentabilidade dos sistemas produtivos do Sul do país.

(Por: Moglia Comunicação)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Área plantada de alho deve crescer 12,7%, diz Epagri

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Foto: Epagri

O Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) apresentou na última terça-feira, 10 de junho, as estimativas iniciais da safra de inverno 2025/26 em Santa Catarina. O evento reuniu dados coletados por uma rede técnica que cobre todas as regiões do estado

O levantamento da produção agropecuária em Santa Catarina é feito por agentes de mercado que levantam dados junto a informantes nas regiões mais relevantes em produção do estado. Entre esses informantes estão extensionistas da Epagri, cooperativas, prefeituras, sindicatos, bancos e outras instituições que atuam no meio rural.

Após esta etapa, os dados passam por análise estatística para avaliar variações na área plantada, produção e rendimento, comparando estimativas iniciais e finais, além da safra atual com a anterior. Reuniões técnicas complementam o processo, com a participação de pesquisadores que acompanham os mercados de cada produto.

Bruna Parente Porto, analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, ressalta a importância do acompanhamento. “Conhecer as expectativas de produção é fundamental para o planejamento da safra, além de orientar o armazenamento e a distribuição”, afirma. O lançamento das estimativas iniciais visa dar transparência às projeções para a safra de inverno 2025/26 em Santa Catarina.

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Culturas em destaque: alho, cebola, aveia, cevada e trigo

Alho

Santa Catarina é o quarto maior produtor nacional, especialmente do alho roxo, cultivado no planalto catarinense, conhecido como “berço nacional do alho”. Para 2025/26, a área plantada deve crescer 12,7%, chegando a 743 hectares, com produção estimada em 7,8 mil toneladas — aumento de 7,5% em relação à safra anterior. A produtividade média deve sofrer leve queda, de 5%, devido à safra anterior ter sido excepcional.

Cebola

O estado mantém a liderança nacional na produção de cebola, com área plantada prevista de 19,5 mil hectares, aumento de 1%. A produtividade deve crescer 5,8%, com produção estimada em 594 mil toneladas, 7,5% acima da safra passada. As principais microrregiões de produtoras são Ituporanga, Tabuleiro e Joaçaba.

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Trigo

A área plantada deve cair 5,6%, para 116 mil hectares, com produtividade estável em cerca de 3.500 kg/ha. A produção prevista é de 407 mil toneladas, queda de 5,9%. As microrregiões de Chapecó, Xanxerê, Curitibanos e Canoinhas lideram a produção. Santa Catarina é o terceiro maior produtor nacional.

Aveia

A área plantada deve aumentar 2,4%, para 33 mil hectares, com produtividade subindo 13,1%. A produção pode chegar a 50 mil toneladas, crescimento de 15,8%. As microrregiões de Xanxerê e Chapecó são os principais polos produtores.

Cevada

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Com pequena expressão no estado, a cevada terá aumento de 177% na área plantada, chegando a 860 hectares, e produção prevista de 3 mil toneladas, alta de 115%. A cultura é voltada à produção de malte para cerveja, com forte apoio técnico das indústrias.

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Epagri promove o 16º Senafrut em São Joaquim, de 10 a 12 de junho

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Entre os destaques do evento estão os debates sobre o futuro da produção de maçã (Foto: Aires Mariga/Epagri)

 

A 16ª edição do Seminário Nacional sobre Fruticultura de Clima Temperado (Senafrut) acontece de10 a 12 de junho de 2025, no Parque Nacional da Maçã e do Vinho, em São Joaquim (SC). O evento é promovido pela Epagri e parceiros, reunindo produtores, pesquisadores, técnicos, estudantes e representantes do setor público e privado de todo o Brasil e do exterior.

Consolidado como o principal fórum técnico-científico do setor no país, o Senafrut tem como objetivo promover a atualização técnica, a troca de experiências e a articulação entre ciência, mercado e políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da fruticultura de clima temperado.

A programação inclui palestras técnicas, painéis com especialistas nacionais e internacionais, oficinas práticas, rodadas de negócios e exposição de tecnologias. Entre os destaques estão os debates sobre o futuro da produção de maçã, os desafios do clima, alternativas de cultivo como goiaba-serrana e morango, e a modernização dos pomares com foco em manejo, inovação e sustentabilidade. O evento também contará com a presença de nomes como Walter Guerra (Itália), Alberto Ramos Luz (Irlanda) e Maximiliano Dini Viñoly (Uruguai), além de pesquisadores brasileiros de referência.

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Pâmella Andressa

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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