Agronegócio
Milho deve se valorizar com queda nos estoques globais e aumento de área nos EUA, segundo Céleres

Foto: Divulgação
O milho aparece como destaque positivo no relatório mensal da Céleres, divulgado em junho de 2025. A combinação entre estoques globais em queda e aumento na área plantada nos Estados Unidos indica uma perspectiva de valorização para o cereal ao longo da safra 2025/26.
Segundo a Céleres, a área destinada ao milho nos EUA deve crescer 5,4% em relação à safra anterior. O avanço é explicado principalmente pela relação de preços mais favorável frente à soja, além das margens de lucro mais atrativas para o produtor americano.
Esse aumento ocorre em um momento em que os estoques globais de milho estão em níveis historicamente baixos. A relação estoque/consumo mundial do cereal atinge os menores patamares dos últimos 12 anos, o que sinaliza um mercado mais apertado e potencialmente valorizado.
Mesmo com a possibilidade de uma produção recorde nos Estados Unidos, o mercado considera que a oferta pode não ser suficiente para recompor os estoques globais de forma significativa. Isso dá suporte aos preços, especialmente em um cenário de demanda consistente.
No Brasil, no entanto, os preços internos do milho enfrentam pressões no curto prazo. A expectativa de uma segunda safra volumosa, aliada ao aumento da produção nos EUA, pode resultar em maior disponibilidade e limitar os ganhos no mercado doméstico.
Apesar disso, a Céleres destaca que a redução da relação estoque/consumo ao longo dos últimos anos segue como um fundamento importante de sustentação para os preços do milho. Esse cenário pode abrir janelas de comercialização interessantes para o produtor brasileiro, especialmente no segundo semestre.
O comportamento climático nas principais regiões produtoras e os desdobramentos geopolíticos também são fatores que podem influenciar o mercado nos próximos meses. A volatilidade em Chicago deve continuar, criando oportunidades para quem estiver atento.
Para os produtores brasileiros, o momento exige estratégia e planejamento. Acompanhar as cotações futuras, considerar travas de preços e buscar informações atualizadas são passos fundamentais para garantir boa rentabilidade com o milho na safra 2025/26.
AGROLINK – Aline Merladete
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Cotações Agropecuárias: Exportações de carne suína são recorde para o período

Foto: Reprodução/MAPA
Apesar de caírem em relação ao mês anterior, as exportações brasileiras de carne suína em maio foram recorde para o período, levando-se em consideração a série histórica da Secex iniciada em 1997.Segundo dados da Secex analisados pelo Cepea, foram embarcadas 117,5 mil toneladas da proteína em maio, 8,1% a menos que em abril, mas 13,7% acima da quantidade registrada em maio/24.
Desde abril de 2024, o Brasil vem exportando mais de 100 mil toneladas de carne suína por mês, o que é um marco para o setor nacional.
No mercado doméstico, pesquisadores do Cepea explicam que, após uma segunda quinzena de maio com preços em queda tanto do suíno vivo posto na indústria como da carne, as cotações reagiram de 3 a 10 de junho na maioria das regiões acompanhadas.
O ritmo de negócios esteve firme, em um período de tradicional incremento na demanda, por conta do maior poder de compra da população, ainda conforme o Centro de Pesquisas.
Os preços do boi gordo, dos animais de reposição e da carne estão firmes no mercado pecuário brasileiro neste mês.
Muitos agentes de frigoríficos consultados pelo Cepea reajustaram positivamente no início desta semana os valores pagos por novos lotes para o abate, tendo em vista que as escalas de abate seguem curtas, entre 4 e 10 dias.
No segmento de reposição, a liquidez está maior desde a semana passada. No entanto, pesquisadores do Cepea ressaltam que os negócios envolvendo boi magro estão limitados pela baixa oferta.
No mercado de atacadista da carne, os preços da carne mostram recuperação, diante das boas vendas.
Em relação às exportações, dados da Secex mostram que, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2025, o montante gerado com as vendas externas soma R$ 5,8 bilhões, alta de 22% frente ao do mesmo período de 2024.
Esse resultado reflete os crescimentos de 10% do volume vendido e também de 10% dos preços em dólares recebidos.
(Com Cepea)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Estado bate recorde de produção de carne de frango, suína e bovina

Foto: Ari Dias/AEN
A pecuária paranaense voltou a demonstrar força no início de 2025 ao atingir o recorde de produção de carne bovina, suína e de frango para um 1º trimestre desde 1997, quando os dados passaram a ser contabilizados oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desempenho manteve o Estado na liderança absoluta da produção nacional de carne de frango, com 34,6% da participação nacional, e na vice-liderança do mercado de carne suína, com 21,9% do total produzido no Brasil.
No segmento de frangos, entre janeiro e março de 2025, foram quase 567 milhões de abates, superando a melhor marca até então de um 1º trimestre, obtida no 1º trimestre de 2024, quando a produção foi de 556 milhões de unidades. O Paraná também registrou a terceira alta seguida no total de aves abatidas, após as 562 milhões do 3º trimestre de 2024 e 541 milhões do 4º trimestre do ano passado.
Com mais de um em cada três frangos produzidos no Brasil, o Paraná mantém a liderança com ampla vantagem. Mesmo aumentando a sua produção, Santa Catarina, que aparece em segundo lugar, abateu cerca 230 milhões de animais no 1º trimestre de 2025, menos de metade do volume registrado no Estado e o equivalente a 14% do resultado nacional. O Rio Grande do Sul, com 188 milhões de unidades abatidas (11%), completa o pódio do Brasil, reiterando a vocação da região neste segmento da pecuária.
Em todo o País foram abatidas 1,64 bilhão de cabeças de frangos, representando aumento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024 e alta de 1% na comparação com o 4° trimestre de 2024.
Desde 2014, a produção de carne suína vem crescendo de forma ininterrupta no 1º trimestre no Paraná, e também atingiu pico em 2025. De janeiro a março deste ano, a indústria alcançou 3,13 milhões de animais abatidos – 32 mil a mais do que o mesmo período do ano passado –, o que corresponde a 21,9% da produção nacional. Há dez anos eram 1,5 milhão, menos da metade. O desempenho só ficou abaixo de Santa Catarina, com 4,2 milhões de abates (29,4%), enquanto o Rio Grande do Sul ficou na terceira colocação com 2,6 milhões (18,2%).
Em todo o País foram abatidas, no 1º trimestre de 2025, 14,33 milhões de cabeças de suínos, representando alta de 1,6% em relação ao mesmo período de 2024.
Apesar de representar uma fatia menor, o mercado de carne bovina também registrou crescimento no Paraná no início de 2025, com 354 mil cabeças, 14,2 mil cabeças de gado a mais do que o 1º trimestre de 2024, o equivalente a 3,6% da produção nacional. Neste segmento, a liderança é do Mato Grosso, responsável por 16,9% da carne bovina brasileira.
PRODUTOS DERIVADOS
Se a produção de proteína animal está em alta no Paraná, outros produtos derivados da pecuária seguem o mesmo ritmo acelerado no Estado.
O maior destaque no 1º trimestre de 2025 foi o leite, cujo aumento na produção foi de 91,5 milhões de litros em relação ao mesmo período do ano anterior, a maior variação proporcional do País, de 10,1%. Com isso, o Paraná foi o vice-líder nacional, ultrapassando pela primeira vez a barreira de 1 bilhão de litros para o período, o único além de Minas Gerais (1,6 bilhão) a chegar a esta marca.
O Estado também foi o terceiro maior produtor de ovos de galinha do Brasil no 1º trimestre de 2025, com 113 milhões de dúzias produzidas nos 399 municípios paranaenses. O montante ficou muito próximo ao obtido por Minas Gerais, o segundo colocado, com 116 milhões de dúzias, enquanto São Paulo liderou com 304 milhões de dúzias.
Com 789 mil unidades, o Paraná manteve a produção de couro bovino em nível praticamente estável em relação ao 1º trimestre de 2024, que já havia sido o melhor resultado da série histórica. O desempenho foi o melhor da região Sul, superando as 479 mil unidades de couro produzidas pelos gaúchos, enquanto Santa Catarina não tem registro de produção neste segmento. Em nível nacional, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul lideram, com 1,3 milhão, 1,2 milhão e 1 milhão de unidades, respectivamente.
SOBRE A PESQUISA
O IBGE realiza trimestralmente as pesquisas estatísticas oficiais da conjuntura agropecuária. No Sidra, o banco de dados do IBGE, estão os dados completas em nível nacional, regional e estadual de cada uma delas: Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, Pesquisa Trimestral do Leite, Pesquisa Trimestral do Couro e Produção de Ovos de Galinha.
(Com AEN/PR)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Exportações brasileiras de carne suína crescem em volume e receita

Reprodução/Pensar Agro
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil exportou cerca de 118,7 mil toneladas de carne suína no mês de maio, representando crescimento de 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em receita, o salto foi ainda maior: alta de 29,3%, somando aproximadamente R$ 1,62 bilhão.
O destaque fica para as Filipinas, que assumiram a dianteira entre os maiores importadores do setor. Com volume de 28,2 mil toneladas embarcadas em maio, o país asiático mais que dobrou suas compras em relação ao ano anterior, ultrapassando até mesmo mercados tradicionais como a China, cuja demanda recuou 43%.
O bom desempenho não se limita ao mês. No acumulado de 2025, os cinco primeiros meses somam 584,8 mil toneladas exportadas — um avanço de 15,4% em comparação com o mesmo período de 2024. A receita do ano já alcança a marca de R$ 7,67 bilhões, refletindo o fortalecimento da carne suína brasileira no cenário global.
A diversificação dos destinos tem sido apontada como fator essencial para esse crescimento. Além das Filipinas, outros países vêm ampliando seu consumo da proteína brasileira, como Japão, Chile e Singapura, demonstrando confiança no padrão sanitário e na competitividade do produto nacional.
Regionalmente, Santa Catarina segue liderando as exportações, com mais de 59 mil toneladas embarcadas em maio, seguido por Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais. Em especial, o Paraná registrou um avanço significativo de 28,9% no volume exportado, refletindo o esforço de ampliação de capacidade e estrutura logística.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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