Agricultura
Aprosoja MT defende regras claras e mais prazo para ratificação de imóveis em faixa de fronteira

Divulgação
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) manifesta seu apoio a aprovação do Projeto de Lei nº 4.497, de 2024, que tramita em regime de urgência e encontra-se para votação na sessão plenária da próxima terça‐feira, 10 de junho de 2025, na Câmara dos Deputados.
O texto dispõe sobre a ampliação de prazo e regras para ratificação dos registros imobiliários decorrentes de alienações e concessões de terras públicas situadas nas faixas de fronteira e promove alterações pontuais à Lei nº 13.178/2015. Devem buscar a ratificação desses registros junto aos Cartórios de Imóveis de sua circunscrição os proprietários de imóveis rurais localizados na faixa de fronteira cujas titulações foram realizadas pelo estado em terras de domínio da União, bem como aqueles cujos títulos estaduais em faixa de fronteira não contam com a anuência do Conselho de Segurança Nacional (CSN).
Em Mato Grosso grande parte são títulos regularizados por meio do antigo Departamento de Terras e Colonização (DTC), hoje Instituto de Terras de Mato Grosso (INTERMAT), sem o prévio consentimento da autoridade competente ou inobservadas exigências legais que impediam a concessão pelo estado na região fronteiriça.
O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, avaliou os riscos que os produtores nessas áreas sofrem, caso o prazo atual não seja prorrogado.
“A Aprosoja MT apoia o projeto de lei para que o produtor tenha mais tempo de ratificar o título de sua propriedade e ter mais segurança jurídica. São produtores que às vezes estão nessa área há mais de 30, 40 anos e muitas vezes tem apenas um registro no Intermat. Então a nossa entidade pede que o PL seja aprovado, com a força que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tem, para que esses produtores rurais não fiquem apenas como um posseiro na sua área”, enfatizou.
De acordo com Lei nº 13.178, de 22 de outubro de 2015, os imóveis que não tiverem seu registro ratificado até outubro de 2025 devem ser incorporados ao patrimônio público como terras da União, passando o proprietário do imóvel a um mero ocupante (posseiro), além de, em caso de eventual desapropriação, não ter direito à indenização. Estão fora da exigência os títulos emitidos pelo governo federal dentro das glebas públicas da União ou os de assentamentos já ratificados ou emitidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Não se trata a ratificação de um processo de regularização fundiária, mas de confirmar o registro de áreas já tituladas pelo estado. O procedimento visa conferir segurança jurídica aos detentores de domínio cujo direito de propriedade já foi reconhecido pelo poder público.
O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, destacou que a entidade considera como urgente a tramitação e aprovação do novo prazo. “Muitos imóveis têm títulos que foram emitidos pelo Intermat e ainda precisam de validação, ou seja, há pendências a serem cumpridas por requisitos de leis federais. E ao mesmo tempo não há tempo hábil para isso, então esses proprietários correm um sério risco de perderem suas áreas e ter as suas terras incorporadas ao patrimônio da União Federal, por isso a nossa associação tem buscado a aprovação desse projeto”, afirmou.
Para o vice-presidente da entidade, Luiz Pedro Bier, a associação tem um papel fundamental nesse debate. “A Aprosoja MT representa os produtores de soja e milho do estado do Mato Grosso e é com grande preocupação que nós vemos o prazo do cadastramento das propriedades, por isso estamos demandando um prazo maior e regras mais claras, manifestando apoio à aprovação do projeto de lei que tramita em regime de urgência”, destacou.
No Brasil a faixa de fronteira envolve 588 municípios. Em Mato Grosso, 28 municípios estão localizados parcial ou totalmente em área de até 150 quilômetros da divisa do Brasil com a Bolívia.
Precisamos enfrentar essa questão que envolve complexidade para formalização, insegurança jurídica e risco para o patrimônio e história de famílias que estão há gerações nesses imóveis. Confiamos na aprovação do PL 4.497, de 2024 para que além de maior prazo para regularização, regras claras e objetivas sejam definidas para a viabilização do procedimento.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Canola ganha força no inverno e se firma como cultura estratégica

Foto: Divulgação
A canola vem ganhando cada vez mais espaço como uma cultura de inverno viável e estratégica no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul. Destaque para a região Noroeste do Estado, onde produtores já acumulam mais de sete anos de experiência. Conforme dados da Emater/RS, a área total cultivada em solo gaúcho é de 151.785 hectares. Somente na safra de 2024, a produção estadual da oleaginosa ficou em torno de 226 mil toneladas.
A canola tem substituído cultivos tradicionais como trigo, aveia e coberturas vegetais e, segundo o engenheiro agrônomo Tiago Oliveira, sócio-diretor da consultoria Inteligência Agrícola, uma das principais vantagens é seu alto teor de óleo — entre 42% e 45%, até 30% superior ao da soja. Além disso, é uma oleaginosa que produz proteína, aumentando seu valor comercial. A crescente valorização do grão e a ampliação do número de empresas que recebem e processam a canola contribuíram para o crescimento da cultura, que apresenta baixo custo de produção e menor incidência de doenças. Sua tolerância a graminicidas também facilita o controle de plantas daninhas como o azevém, bastante resistente aos herbicidas convencionais na região Sul.
Embora a produtividade média ainda esteja em torno de 25 sacas de 60 kg por hectare, ele relata que há registros de lavouras que alcançaram até 50 sacas/ha. A fase de floração, no entanto, exige atenção técnica e planejamento, já que a planta é sensível a variações climáticas neste período. Diferentemente do trigo, cujas práticas já são passadas de geração em geração, a canola carece de maior conhecimento sobre nutrição, adubação, fisiologia, manejo e controle de doenças.
Cuidados
É uma cultura mais exigente, principalmente em enxofre e nitrogênio, e que deixa pouca palhada, exigindo estratégias complementares para garantir uma boa cobertura do solo. A exigência por enxofre se deve à sua participação direta na síntese de óleos e proteínas, sendo um dos nutrientes que mais limitam o seu rendimento em solos deficientes. Além disso, o uso de herbicidas também requer maior atenção.
O engenheiro agrônomo Alécio Fernando Radons, responsável técnico de vendas da Satis no RS, orienta que o produtor precisa ter atenção em mais dois pontos importantes: exigências nutricionais e o manejo de doenças e fungos de solo. O mofo branco, por exemplo, é um problema grave causado pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum. Para o manejo dessa doença, uma estratégia indispensável é trabalhar com uma outra espécie de fungo, o Trichoderma, que atua positivamente na indução de resistência das plantas e na inviabilização das estruturas de multiplicação desse patógeno.
A partir da pesquisa, a Satis desenvolveu o Tribalance, produto de alta concentração constituído por três espécies de trichoderma e oito cepas diferentes, cuidadosamente selecionadas para ter o máximo de eficiência no campo. A solução é indicada para o manejo do solo, com uma ação eficiente tanto para fungos que causam danos nas raízes das plantas quanto para a parte aérea. Desta forma, contribui consideravelmente à produção de canola, já que se trata de uma cultura hospedeira do mofo branco.
Outro ponto que precisa de cuidado é o fornecimento de boro, nutriente essencial, tanto para o crescimento das plantas, bem como para o pegamento de flores e polinização. Segundo Radons, a canola tem uma alta exigência desse nutriente, por isso exige mais de uma aplicação foliar ao longo do ciclo e um solo previamente corrigido com o elemento. O Humicbor, da Satis, tem sido indicado por conter substâncias húmicas, extrato de algas e polióis, que facilitam a absorção do boro e contribuem para o aumento da produtividade.
Com o avanço da pesquisa aplicada, o apoio de consultorias e o crescente interesse da indústria, a expectativa é de que a cultura se consolide cada vez mais como peça-chave na diversificação e sustentabilidade dos sistemas produtivos do Sul do país.
(Por: Moglia Comunicação)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Área plantada de alho deve crescer 12,7%, diz Epagri

Foto: Epagri
O Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa) apresentou na última terça-feira, 10 de junho, as estimativas iniciais da safra de inverno 2025/26 em Santa Catarina. O evento reuniu dados coletados por uma rede técnica que cobre todas as regiões do estado
O levantamento da produção agropecuária em Santa Catarina é feito por agentes de mercado que levantam dados junto a informantes nas regiões mais relevantes em produção do estado. Entre esses informantes estão extensionistas da Epagri, cooperativas, prefeituras, sindicatos, bancos e outras instituições que atuam no meio rural.
Após esta etapa, os dados passam por análise estatística para avaliar variações na área plantada, produção e rendimento, comparando estimativas iniciais e finais, além da safra atual com a anterior. Reuniões técnicas complementam o processo, com a participação de pesquisadores que acompanham os mercados de cada produto.
Bruna Parente Porto, analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, ressalta a importância do acompanhamento. “Conhecer as expectativas de produção é fundamental para o planejamento da safra, além de orientar o armazenamento e a distribuição”, afirma. O lançamento das estimativas iniciais visa dar transparência às projeções para a safra de inverno 2025/26 em Santa Catarina.
Culturas em destaque: alho, cebola, aveia, cevada e trigo
Alho
Santa Catarina é o quarto maior produtor nacional, especialmente do alho roxo, cultivado no planalto catarinense, conhecido como “berço nacional do alho”. Para 2025/26, a área plantada deve crescer 12,7%, chegando a 743 hectares, com produção estimada em 7,8 mil toneladas — aumento de 7,5% em relação à safra anterior. A produtividade média deve sofrer leve queda, de 5%, devido à safra anterior ter sido excepcional.
Cebola
O estado mantém a liderança nacional na produção de cebola, com área plantada prevista de 19,5 mil hectares, aumento de 1%. A produtividade deve crescer 5,8%, com produção estimada em 594 mil toneladas, 7,5% acima da safra passada. As principais microrregiões de produtoras são Ituporanga, Tabuleiro e Joaçaba.
Trigo
A área plantada deve cair 5,6%, para 116 mil hectares, com produtividade estável em cerca de 3.500 kg/ha. A produção prevista é de 407 mil toneladas, queda de 5,9%. As microrregiões de Chapecó, Xanxerê, Curitibanos e Canoinhas lideram a produção. Santa Catarina é o terceiro maior produtor nacional.
Aveia
A área plantada deve aumentar 2,4%, para 33 mil hectares, com produtividade subindo 13,1%. A produção pode chegar a 50 mil toneladas, crescimento de 15,8%. As microrregiões de Xanxerê e Chapecó são os principais polos produtores.
Cevada
Com pequena expressão no estado, a cevada terá aumento de 177% na área plantada, chegando a 860 hectares, e produção prevista de 3 mil toneladas, alta de 115%. A cultura é voltada à produção de malte para cerveja, com forte apoio técnico das indústrias.
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Epagri promove o 16º Senafrut em São Joaquim, de 10 a 12 de junho

Entre os destaques do evento estão os debates sobre o futuro da produção de maçã (Foto: Aires Mariga/Epagri)
A 16ª edição do Seminário Nacional sobre Fruticultura de Clima Temperado (Senafrut) acontece de10 a 12 de junho de 2025, no Parque Nacional da Maçã e do Vinho, em São Joaquim (SC). O evento é promovido pela Epagri e parceiros, reunindo produtores, pesquisadores, técnicos, estudantes e representantes do setor público e privado de todo o Brasil e do exterior.
Consolidado como o principal fórum técnico-científico do setor no país, o Senafrut tem como objetivo promover a atualização técnica, a troca de experiências e a articulação entre ciência, mercado e políticas públicas para o desenvolvimento sustentável da fruticultura de clima temperado.
A programação inclui palestras técnicas, painéis com especialistas nacionais e internacionais, oficinas práticas, rodadas de negócios e exposição de tecnologias. Entre os destaques estão os debates sobre o futuro da produção de maçã, os desafios do clima, alternativas de cultivo como goiaba-serrana e morango, e a modernização dos pomares com foco em manejo, inovação e sustentabilidade. O evento também contará com a presença de nomes como Walter Guerra (Itália), Alberto Ramos Luz (Irlanda) e Maximiliano Dini Viñoly (Uruguai), além de pesquisadores brasileiros de referência.
Pâmella Andressa
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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