Economia
Cotações Agropecuárias: Preços do feijão superam médias para lotes de maior qualidade

Foto: Divulgação/Epagri
Sustentados sobretudo pela oferta restrita, os preços do feijão carioca de melhor qualidade (notas 9 a 10) seguem firmes em grande parte das regiões pesquisadas pelo Cepea, superando as médias registradas entre setembro/2024 e maio/2025.
Já no mercado de feijões comerciais (notas 8 a 8,5), o volume maior de grãos disponíveis, incluindo lotes da safra passada, tem dificultado qualquer recuperação de preços, conforme aponta o Centro de Pesquisas.
Status de livre de aftosa sem vacinação abre novos mercados
No balanço da semana passada, pesquisadores do Cepea explicam que o foco do mercado esteve voltado para o escoamento dos estoques, com negociações pontuais e compras parciais destinadas ao abastecimento do varejo.
Esse ritmo mais cauteloso, típico de momentos de transição entre safras, travou parte dos negócios: de um lado, compradores evitam grandes volumes; de outro, produtores seguem resistentes a propostas em patamares mais baixos.
Os preços do milho seguem em queda no Brasil, movimento que vem sendo verificado desde meados de abril, apontam levantamentos do Cepea.
Segundo o Centro de Pesquisas, a baixa continua atrelada à retração de compradores, que apostam em novas desvalorizações fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra, e nas limitações na capacidade de armazenagem – a Conab estima produção de 99,8 milhões de toneladas, 11% acima da safra anterior.
Além disso, pesquisadores do Cepea explicam que as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação e reforçam a pressão sobre as cotações domésticas.
Quanto aos embarques brasileiros do cereal, em maio, o volume enviado ao exterior limitou-se a 39,92 mil toneladas, bem abaixo das 413 mil toneladas registradas em maio/24, conforme dados da Secex analisados pelo Cepea.
Levantamentos do Cepea mostram que os preços domésticos da soja seguiram firmes na última semana, sustentados pela maior demanda, sobretudo externa.
A liquidez no mercado spot nacional, porém, continua lenta. Segundo o Centro de Pesquisas, agentes nacionais estão atentos à possibilidade de um acordo comercial entre China e Estados Unidos.
Em maio, o Brasil exportou 14,09 milhões de toneladas do grão, 4,9% a mais que o volume embarcado há um ano, mas 7,7% abaixo do escoado em abril, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea.
Na parcial de 2025 (até maio), os embarques somam quantidade recorde, de 51,52 milhões de toneladas de soja, 2,7% acima do vendido em período equivalente de 2024.
Para o segundo semestre, pesquisadores do Cepea explicam que produtores mostram interesse em negociar a oleaginosa, estimulados pelo maior prêmio de exportação em detrimento do mercado spot e, consequentemente, pela paridade de exportação mais atrativa.
(Com Cepea)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Saldo da balança comercial soma R$ 11 bilhões na primeira semana de junho

Arquivo
O comércio exterior brasileiro iniciou junho com saldo positivo. Segundo dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (09.06), o superávit da balança comercial alcançou R$ 11 bilhões na primeira semana do mês, resultado de exportações que somaram R$ 39,6 bilhões e importações de R$ 28,6 bilhões no período.
No acumulado do ano, o saldo comercial positivo já soma R$ 146,8 bilhões, consolidando o bom desempenho das contas externas, apesar da leve desaceleração nas vendas ao exterior.
Em comparação com o mesmo período de 2024, as exportações registraram queda de 0,8%. O recuo foi puxado pela retração de 16,4% no setor agropecuário, que arrecadou R$ 8,95 bilhões, e de 10,6% na indústria extrativa, com R$ 8,29 bilhões. A indústria de transformação, por outro lado, avançou 11,7% e liderou os embarques com R$ 22,1 bilhões.
Do lado das importações, houve retração de 8,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. O total desembarcado no país foi de R$ 28,6 bilhões, com aumento de 4,9% nas compras de produtos agropecuários (R$ 667 milhões), mas forte queda de 52,2% na indústria extrativa (R$ 778 milhões) e recuo de 5,4% nos produtos da indústria de transformação (R$ 27,1 bilhões).
O resultado reforça a importância da indústria de transformação no atual cenário do comércio exterior brasileiro, sustentando o superávit mesmo diante de queda em segmentos tradicionalmente fortes, como o agro. O desempenho será acompanhado de perto nas próximas semanas, com expectativa de novas variações de demanda e preços no mercado internacional.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Preços do etanol iniciam junho em queda

Arquivo
Levantamentos do Cepea mostram que os preços dos etanóis abriram junho em queda, sobretudo nas regiões mais distantes das principais bases de São Paulo. Para o hidratado, foi a quarta semana consecutiva de baixa.
Segundo o Centro de Pesquisas, além do aumento gradativo da oferta de etanol (por conta do avanço da safra), o anúncio da redução no preço da gasolina na segunda-feira, 2, acelerou as vendas de algumas usinas, que ficaram receosas de recuos mais fortes no valor do biocombustível.
Distribuidoras ainda seguiram cautelosas, tentando realizar aquisições a preços menores. Em alguns casos, houve sucesso, mesmo considerando que compradores seguem esperando valores mais baixos.
Entre 2 e 6 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado fechou em R$ 2,5492/litro (líquido de ICMS e PIS/Cofins), recuo de 2,33% no comparativo com o período anterior. O Indicador CEPEA/ESALQ do etanol anidro fechou a R$ 2,9448/litro, valor líquido de impostos (sem PIS/Cofins), baixa de 3,65% no mesmo comparativo.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Nova tecnologia mede segurança sanitária de granjas de suínos

Foto: Luiza Biesus
Um novo software desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves (SC) avalia e fortalece a biosseguridade — o conjunto de práticas que protegem os rebanhos contra doenças, em granjas de produção de suínos. Chamado de BiosSui, o sistema foi testado em campo no Paraná, um dos principais polos suinícolas do País. A ferramenta gera indicadores de adequação e organiza recomendações para melhoria no sistema de produção e pode ser utilizada para apoiar a tomada de decisão de produtores, gestores e técnicos de agroindústrias e órgãos de defesa sanitária.
O software permite a coleta de dados em formulário web e disponibiliza dashboards, mapas, relatórios de desempenho e recomendações de melhorias. As granjas são avaliadas segundo 23 critérios de avaliação incluindo requisitos de biosseguridade externa e interna. Os critérios contemplam características de infraestrutura e procedimentos que são os principais pilares para proteger as granjas da entrada de patógenos. O BioSsui é uma tecnologia que embarca conhecimentos e resultados de pesquisa desenvolvidas pela Embrapa que resultaram em recomendações técnicas e subsídios à formulação de normativas de biosseguridade já adotadas em estados como o Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul e que se encontra em fase de implementação em outras regiões.
Brasil está entre os maiores produtores de suínos
O Brasil se destaca no mercado global de carne suína, como o quarto maior produtor e terceiro maior exportador. Um dos pilares desse protagonismo é o status sanitário do País, considerado livre de importantes doenças que ameaçam a produção. Essa posição se deve aos esforços de coordenação da cadeia produtiva e dos órgãos oficiais em assegurar o cumprimento de rígidos protocolos e normas de biosseguridade.
“As medidas de biosseguridade são fundamentais para a proteção dos rebanhos, redução de perdas, melhorias de produtividade e crescimento sustentável da cadeia produtiva. Assim, a disponibilidade de uma ferramenta que permita uma avaliação rápida e padronizada das condições das granjas orientando as tomadas de decisão é de suma importância para a suinocultura brasileira”, afirma o pesquisador Franco Muller Martins, líder do projeto que desenvolveu o BiosSui.
Necessidade de um padrão a ser adotado em escala
A ideia para desenvolver a ferramenta partiu da necessidade de protocolos para avaliar boas práticas de produção em projetos de pesquisa conduzidos pela Embrapa Suínos e Aves. “No que se refere à biosseguridade, as pesquisas indicavam que não havia uma ferramenta de avaliação, para uso padronizado em larga escala, adaptada ao sistema de produção da suinocultura brasileira”, afirma Martins.
A ferramenta permite gestão individualizada ou orientada a grupos de granjas, a exemplo de cooperativas, unidades de agroindústrias entre outros, facilitando a análise de conformidade, o ranqueamento de granjas e a formulação de programas de melhoria.
Validação contou com parcerias estratégicas
No início de 2024, através de workshops e reuniões técnicas realizadas no estado do Paraná, com o apoio do Sistema Ocepar, em que foram discutidas prioridades de pesquisa com a cadeia produtiva e entidades, a Embrapa Suínos e Aves identificou a oportunidade de validar a ferramenta. Assim, foram estabelecidos acordos de cooperação com a Frimesa e com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) juntamente com a Associação Paranense de Suinocultores (APS).
Localizada no oeste do Paraná, a Frimesa é uma cooperativa central, uma das principais indústrias de carne suína do País. Os suínos abatidos são produzidos pelas cooperativas filiadas – Lar, Copacol, Copagril, C.Vale e Primato e produtores associados. A Adapar é a entidade responsável defesa sanitária vegetal e animal no Paraná. Na suinocultura, a entidade é responsável pela fiscalização de granjas visando garantir a execução dos programas sanitários nacionais e estaduais, bem como o cumprimento de normas de biosseguridade. Martins ressalta que as parcerias constituíram uma ampla base produtiva para validação de campo do BiosSui.
Graças aos acordos, a equipe da Embrapa realizou testes piloto com a ferramenta, realizou ajustes e passou orientações a gestores e técnicos de campo vinculados à cooperativa e fiscais da Adapar. “Na etapa de validação, a interação com os parceiros foi fundamental ajustar critérios à realidade das granjas gerando mais confiabilidade para a ferramenta” explica o analista da Embrapa Marcos Morés, especialista em patologia suína, integrante da equipe do projeto.
O software BiosSui
O software é composto por três módulos principais: Avaliação, Simulação de Melhorias e Dashboards. No primeiro módulo, o de Avaliação, a situação da granja é registrada por meio de um questionário, possibilitando que os índices de biosseguridade sejam calculados e avaliados
O segundo módulo é responsável pela geração de recomendações técnicas para adequação das granjas. Essa funcionalidade permite ao usuário simular o impacto que melhorias na infraestrutura e no manejo da granja podem exercer no índice de biosseguridade.
O terceiro, possibilita acompanhar os índices por meio de dashboards e mapas interativos, facilitando a análise tanto em nível de propriedade quanto do grupo ao qual ela pertence. De acordo com o analista Geordano Dalmédico, que atuou no desenvolvimento do BiosSui, “os dashboards possibilitam aos gestores terem acesso ao panorama geral e detalhar informações por meio da interação com os próprios gráficos e mapas”.
A ferramenta também disponibiliza relatórios e possibilita a exportação de dados, para a análise de resultados, com aplicação de filtros e classificação dos resultados, a fim de obter insights sobre a situação das granjas. Também permite que os dados sejam exportados para análises específicas em softwares estatísticos, por exemplo.
Biosseguridade: pilar da suinocultura brasileira
Manter a produção livre de doenças também representa uma oportunidade estratégica para o Brasil no cenário internacional. O País é hoje um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo, e sua produção é reconhecida por ser livre de enfermidades graves como a Peste Suína Africana (PSA) e a Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS).
Esse status sanitário diferenciado é fruto do investimento contínuo em biosseguridade e vigilância ativa. “A biosseguridade protege os rebanhos suínos em várias camadas. O trabalho focado na importação de animais e material genético tem abrangência nacional e tem funcionado muito bem, fruto de um esforço público privado que inclui protocolos e o quarentenário de Cananéia”, explica a pesquisadora Jalusa Kich.
“No Brasil, o serviço veterinário oficial de defesa sanitária é coordenado pelo Mapa e executado pelos estados, e por isso que estamos enxergando esse movimento de normatização de biosseguridade mínima nas granjas, em apoio aos programas sanitários oficiais, especificamente o Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS) e demais programas que incluem os suínos”, detalha Kich. Todas as granjas registradas no serviço oficial estão submetidas a este regramento e fiscalização.
Outra frente de interesse é a suinocultura industrial, tanto as granjas como as corporações devem estar engajadas no avanço da biosseguridade como proteção do seu negócio. Nesse nível, além do regramento oficial, o entendimento técnico das vantagens de manter os rebanhos saudáveis, evitando a entrada de doenças e mitigando o impacto de patógenos endêmicos, atribui à biosseguridade o status de protetora da suinocultura nacional, de acordo com os pesquisadores.
“Os produtores e as agroindústrias devem reforçar os protocolos, considerando os principais pontos de risco em suas rotinas. Mais do que uma prática técnica, a biosseguridade se tornou uma estratégia nacional de proteção e competitividade”, reforça Martins.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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