Meio Ambiente
Novo sistema produtivo integra pecuária de corte com plantio de teca

Pesquisas com sistemas ILPF em Mato Grosso mostraram que as áreas com teca apresentaram os maiores retornos financeiros. Um dos trabalhos indicou retorno de R$ 4,70 para cada R$ 1 investido (Foto: Maurel Behling)
A Embrapa Agrossilvipastoril (MT) está lançando o Sistema Bacaeri – BoiTeca, uma modalidade de integração pecuária-floresta, ou silvipastoril, que consorcia a pecuária de corte com a silvicultura de teca (Tectona grandis). Esse sistema de produção é uma forma de intensificação sustentável, adicionando uma fonte de renda para o pecuarista.
A teca é uma madeira nobre, nativa da Ásia, com grande potencial silvicultural e econômico nas regiões mais quentes do Brasil. Por meio deste sistema, são cultivadas linhas da árvore em meio à pastagem. Enquanto as árvores crescem, a atividade pecuária é conduzida normalmente. Dessa forma é possível obter renda durante os cerca de 20 anos necessários até se chegar ao ponto de corte. O gado só precisa sair da área nos 10 a 18 meses iniciais, período no qual é possível fazer uma integração com agricultura, colher o pasto para fazer silagem e feno, ou ainda aproveitar para recuperar a forrageira.
O manejo adequado de desramas das árvores não só possibilita a formação de um tronco reto, com madeira de melhor qualidade, como também permite a maior entrada de luz na pastagem, evitando que haja perdas de produtividade do capim. Além disso, a sombra projetada pelas copas das árvores melhora o conforto térmico para o gado, permitindo maior ganho de peso. Pesquisas realizadas pela Embrapa Agrossilvipastoril também já demonstraram que o acesso à sombra beneficia o sistema imunológico e a produção de hormônios sexuais nos bovinos.

O pesquisador Maurel Behling explica que em sistemas ILPF as árvores plantadas em linha apresentam maior taxa de crescimento do que árvores plantadas em monocultura devido ao chamado efeito bordadura, que é a maior entrada de luz e menor competição por água e nutrientes.
“Uma das vantagens desse sistema é a possibilidade de adicionar renda para o produtor sem se fazer a substituição de um monocultivo (pasto) por outra monocultura (floresta plantada). O objetivo é usar a pecuária como uma forma de expansão do cultivo da teca”, declara o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril.
Histórico
Os primeiros plantios de teca em sistema silvipastoril em Mato Grosso ocorreram em 2000, nas fazendas do produtor Arno Schneider, em Nossa Senhora do Livramento, na Baixada Cuiabana. Naquela época ele já vislumbrava a possibilidade de diversificar as fontes de renda e produzir carne de uma forma sustentável. As mudas eram produzidas por sementes e a cada ano a área com o sistema IPF era ampliada.
Alguns anos depois, em 2008, a fazenda Bacaeri, em Alta Floresta, que já cultivava teca em monocultura, decidiu iniciar a integração com pecuária para antecipar a geração de receitas. Naquele momento, já haviam chegado ao Brasil as mudas clonais e a fazenda de propriedade de Antônio Passos foi pioneira na IPF com teca clonal.
Com a criação da Embrapa Agrossilvipastoril em Mato Grosso em 2009, foram iniciadas pesquisas tanto na Fazenda Bacaeri quanto em Unidades de Referência Tecnológica como a Fazenda Gamada (Nova Canaã do Norte), fazenda Brasil (Barra do Garças) e Fazenda São Paulo (Brasnorte). O conjunto de informações coletadas nessas áreas permitiu desenvolver as recomendações técnicas necessárias para indicação do sistema produtivo, que recebeu o nome em homenagem à propriedade onde a maior parte do trabalho foi desenvolvido.
“Ter o sistema nomeado Bacaeri, o nome da nossa empresa desde 1983, nos deixa de alguma forma com a impressão de que tomamos atitudes corretas, e fizemos bem-feito, para ter o aval e a aprovação da Embrapa, validando a nossa iniciativa, através do acompanhamento dos técnicos que validam os processos”, pondera o produtor Antônio Passos, da fazenda Bacaeri.
Atualmente a estimativa da Embrapa é que a área com uso de sistema silvipastoril com teca seja de 4 mil hectares em Mato Grosso. O estado conta com 68 mil hectares (há) com monocultivo de teca, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o que corresponde a 80% dos 84 mil ha com a árvore no Brasil. Antônio Passos vê grande potencial de expansão do sistema, porém alerta sobre limitações de solo e clima e a necessidade de fazer o manejo adequado.
“A teca é muito exigente e tem um crescimento lento em solos inadequados. Portanto, isso já limita muito as áreas disponíveis. A segunda limitação é a tradição de não investir a longo prazo. Nesse caso, o prazo de retorno é superior a 20 anos, chegando talvez a até 30 anos. O terceiro ponto é a dedicação à silvicultura, principalmente com a poda das árvores, e a atenção para os animais não danificá-las”, enumera Passos.
Parceria e lançamento
O uso da teca em sistemas ILPF foi descrito e detalhado em um capítulo do livro Teca (Tectona grandis) no Brasil, o que despertou interesse da empresa Teak Resources Company (TRC). Uma parceria foi firmada com a Embrapa para validação do sistema produtivo e para divulgação por meio de eventos. Um desses eventos será realizado no dia 8 de maio, na fazenda Duas Lagoas, em Cáceres (MT), ocasião em que será feito o lançamento oficial do Sistema Bacaeri – BoiTeca.
Desde que a parceria foi firmada, no ano passado, 350 ha foram instalados em um modelo de parceria com três pecuaristas em Mato Grosso e um no Pará. Os dois estados são o foco da TRC para expansão deste sistema.
“A capacidade atual é de implementar cerca de 2,5 mil ha/ano. Temos produção de mudas suficientes para isso em 2025. Serão 12.500 ha em cinco anos”, afirma o diretor de Relações Institucionais e Pesquisa da TRC Fausto Hissashi Takizawa.
Fausto explica que inicialmente pecuaristas mais arrojados e com maior preocupação ambiental são aquelas com melhor aceitação do sistema. Porém, ele já percebe a curiosidade e interesse por parte de pecuaristas mais conservadores que veem nesse sistema uma forma de intensificarem a produção.
“Tendo interesse crescente de pecuarista, área disponível para parceria e recursos financeiros por meio de agente financeiro, a TRC tem condição de ampliar além desses 12,5 mil hectares, podendo chegar a 15 mil ha ou um pouco mais em cinco anos”, afirma Takizawa.
Recomendações técnicas

O Sistema Bacaeri – Boi Teca traz as recomendações técnicas para o produtor que quer utilizar a tecnologia, desde o planejamento da área, definição de espaçamento entre plantas e entre linhas e preparo do berço, até as técnicas de podas e desramas a serem realizadas para garantia de melhor qualidade da madeira.
As recomendações passam também pelo controle de plantas daninhas, formigas e doenças, recomendações nutricionais e cuidados para evitar incêndios na área. Todas essas informações detalhadas podem ser conferidas nos materiais disponíveis aqui.
Adição de renda
Pesquisas realizadas pela Embrapa Agrossilvipastoril em Unidades de Referência Tecnológica com sistemas ILPF em Mato Grosso mostraram que as áreas com teca apresentaram os maiores retornos financeiros. Um dos trabalhos, utilizando dados reais da Fazenda Bacaeri, indicou um retorno de R$ 4,70 para cada R$ 1 investido. Embora o custo inicial seja mais alto, em torno de R$ 3,2 mil por hectare, a pecuária e os desbastes iniciais das árvores permitem o retorno do investimento com oito anos. A maior receita, no entanto, ocorrerá no corte raso das plantas, entre o 18º e 25º ano do sistema. Com base nos dados da Unidade de Referência Tecnológica (URT) da Fazenda Bacaeri, o Valor Presente Líquido (VPL) foi estimado em R$ 2.854,53 por hectare por ano.
Embora os números sejam atrativos, Behling alerta para o fato de que o lucro só será obtido com a utilização de tecnologias apropriadas, cuidados em todas as etapas do manejo e da cadeia de suprimentos.
“Não basta apenas plantar as árvores de teca de qualquer jeito no sistema integrado e ficar esperando que elas cresçam para que os lucros brotem para o produtor. É necessário investir em tecnologia, insumos adequados, operações corretas e eficientes, constante monitoramento fitossanitário e garantir produtividade e qualidade da madeira ao longo de todo o ciclo de rotação. Se isso tudo não for feito, a decepção será grande”, alerta o pesquisador da Embrapa.
Tecnologia sustentável
Sistemas ILPF, como o Boi Teca, permitem a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, além de reduzirem a pressão sobre o corte de madeira em florestas nativas. Ao aumentar a produtividade da pecuária, é possível reduzir a emissão de metano por quilograma de carne. Ao mesmo tempo as árvores estocam carbono em seu tronco, raízes e galhos.
Com essas características, esse sistema produtivo pode ser uma das ferramentas do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis. Também pode dar a possibilidade de o pecuarista pleitear créditos de carbono e agregar valor à produção por meio de certificações como Carne Carbono Neutro (CCN) ou Carne Baixo Carbono (CBC).
Fonte: Assessoria/ Gabriel Faria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Serviço de Alerta Geada inicia na segunda-feira

Geada no Paraná – Foto: Ana Tigrinho
O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) iniciam nesta segunda-feira (5) a 31ª edição do Alerta Geada, serviço que opera de maio a setembro com o objetivo de avisar, com antecedência, produtores rurais sobre o risco de danos causados pelo frio.
Criado originalmente para proteger cafezais recém-plantados, o Alerta Geada hoje atende diversas atividades agropecuárias — avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, por exemplo — e ainda beneficia outros setores da economia, como turismo, comércio, mercado financeiro e construção civil, explica a meteorologista Ângela Costa, do IDR-Paraná.
Durante a vigência do serviço, pesquisadores divulgam diariamente boletins com informações sobre as condições do tempo e a evolução de massas de ar polar no Estado.
CAFEZAIS — Em lavouras com 6 a 24 meses de idade, recomenda-se amontoar terra no tronco até o primeiro par de folhas ou ramos, protegendo as gemas vegetativas contra eventuais geadas. Esse procedimento deve ser feito já em maio e mantido até meados de setembro.
Para mudas com até seis meses de campo, o ideal é cobri-las totalmente com terra ou palha, sempre que houver previsão de geada. Nos viveiros, a proteção se dá com duas a três camadas de plástico ou acionamento de aquecimento. As medidas devem ser adotadas conforme os avisos de alerta e desfeitas imediatamente após o fim do risco.
OUTONO/INVERNO — Segundo Ângela Costa, a entrada de massas de ar polar no território paranaense tende a se intensificar a partir de maio, alternando dias frios com períodos de temperaturas mais amenas. São esperados veranicos, nevoeiros e geadas — condições típicas da estação —, com variação de intensidade entre as regiões. O fenômeno El Niño permanece em fase neutra.
“Os modelos climatológicos indicam que as precipitações e temperaturas devem se manter próximas à média histórica para o Estado”, afirma a meteorologista.
METODOLOGIA – O Simepar realiza diariamente a análise e o monitoramento dos fenômenos meteorológicos. “Com o apoio de modelos de previsão do tempo, a equipe do Simepar elabora prognósticos sobre a evolução de intensas massas de ar de origem polar, que favorecem a ocorrência de geadas no Paraná, com até cinco dias de antecedência”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. Para a semana de início de funcionamento do serviço, a previsão meteorológica não indica a formação de geadas no Paraná.
As informações podem ser obtidas nos seguintes canais:
Canal “Alerta Geada Paraná” no WhatsApp e Telegram
Aplicativo IDR Clima, disponível no Google Play e na App Store.
Disque Geada: (43) 3391-4500.
Página do IDR-Paraná (www.idrparana.pr.gov.br)
Redes sociais do IDR-Paraná (Instagram, Facebook e LinkedIn): @idrparana.
Página do Simepar (www.simepar.br).
(Com AEN/PR)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Irregularidade das chuvas impacta desenvolvimento de pastagens no Rio Grande do Sul

Foto: Pixabay
Estabelecimento das pastagens
As áreas de aveia no Rio Grande do Sul apresentam bom estabelecimento, enquanto as espécies de verão entram em declínio e são gradualmente substituídas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (25) pela Emater/RS-Ascar, as pastagens perenes e o campo nativo ainda garantem oferta de forragem em várias regiões do estado.
Conservação de forragem e aumento na demanda por sementes
Com a redução das chuvas, intensificam-se as práticas de conservação de forragem, como fenação e produção de pré-secado. Paralelamente, observa-se um aumento na procura por sementes de forrageiras de inverno, conforme aponta o levantamento da Emater/RS-Ascar.
Falhas no estabelecimento e desenvolvimento regional
Na região administrativa de Bagé, especialmente nos municípios de Santa Margarida do Sul e Manoel Viana, a Emater/RS-Ascar relata que a ausência prolongada de precipitações tem provocado falhas em áreas recém-semeadas. Já na região de Caxias do Sul, as pastagens anuais, como aveia e azevém, germinaram e iniciaram o crescimento, enquanto os campos nativos de altitude apresentam bom desenvolvimento e produção de forragem adequada.
Erechim enfrenta dificuldades no rebrote
Em Erechim, as pastagens cultivadas de verão estão no final do ciclo, e produtores relatam dificuldades para manter os animais em determinadas áreas. Segundo a Emater/RS-Ascar, o início do frio e a menor luminosidade têm comprometido o rebrote das forrageiras.
Condições favoráveis em Frederico Westphalen
Na região de Frederico Westphalen, o cenário é mais positivo. As chuvas recentes e as temperaturas mais amenas favoreceram o rebrote e o desenvolvimento das pastagens.
Vazio forrageiro e desafios em outras regiões
Na região de Ijuí, o vazio forrageiro de outono persiste em função do término do ciclo das forrageiras anuais de verão e da indisponibilidade de pastejo nas espécies de inverno. Em Passo Fundo, a irregularidade das chuvas reduziu a taxa de crescimento das pastagens, levando à realização de roçadas para controle de plantas invasoras. Além disso, o acesso dos animais à água tornou-se mais restrito, e o crescimento das espécies de campo nativo também começou a declinar.
Implantação de pastagens de inverno
Na região de Pelotas, os produtores seguem implantando pastagens de inverno e adubando as áreas mais precoces. Em Porto Alegre, tanto as pastagens quanto o campo nativo continuam apresentando oferta de forragem superior à demanda dos rebanhos.
Condições satisfatórias em Santa Maria e Santa Rosa
Em Santa Maria, as condições climáticas recentes favoreceram o campo nativo e as pastagens cultivadas, que mantêm uma oferta satisfatória de forragem. Já na região de Santa Rosa, as pastagens perenes ainda oferecem forragem em quantidade adequada, embora o crescimento tenha desacelerado nas últimas semanas. O campo nativo também apresenta crescimento limitado, mas as temperaturas mais elevadas ainda garantem aporte de forragem para bovinos e ovinos.
Final de ciclo e produção de sementes em Soledade
Por fim, na região de Soledade, as pastagens de verão estão no final do ciclo, mas continuam fornecendo volumoso. O campo nativo mantém uma boa produção de sementes, especialmente da leguminosa pega-pega (Desmodium incanum), beneficiada pela umidade ideal do solo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Chuvas regulares favorecem milho segunda safra em Mato Grosso e Centro-Oeste, aponta boletim agrícola

Reprodução/CenarioMT
O monitoramento climático e agrícola realizado entre os dias 1º e 21 de abril de 2025 revelou que o regime de chuvas se manteve favorável ao desenvolvimento das culturas de milho segunda safra e algodão em Mato Grosso e no restante da região Centro-Oeste. As informações fazem parte do Boletim de Monitoramento Agrícola, uma parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), que destaca as condições agrometeorológicas em apoio às estimativas de safra no Brasil.
No Centro-Oeste, as precipitações foram suficientes para manter elevada a umidade do solo, essencial para o bom desenvolvimento das lavouras. Em Mato Grosso, líder nacional na produção de milho e algodão, o cenário se mostrou especialmente positivo. As chuvas constantes permitiram o crescimento vigoroso das lavouras de milho segunda safra, com índices de vegetação acima da média histórica e do ciclo anterior. O algodão também se beneficiou das condições climáticas estáveis, apresentando bom vigor vegetativo e formação adequada das estruturas reprodutivas, etapa fundamental para o potencial produtivo.
No entanto, a primeira quinzena de abril foi marcada por variações no volume de chuvas em algumas áreas de Goiás e Mato Grosso do Sul. Nessas regiões, a irregularidade hídrica e as temperaturas elevadas causaram momentos pontuais de estresse para as plantas. Em Mato Grosso do Sul, a falta de precipitações mais regulares provocou uma desaceleração no crescimento do índice de vegetação, o que pode impactar parte da produtividade do milho segunda safra.
De maneira geral, o monitoramento espectral aponta que, em Mato Grosso, Goiás, Tocantins e grande parte do Mato Grosso do Sul, o milho segunda safra segue com desenvolvimento satisfatório. Mesmo com oscilações climáticas observadas em março e abril, a recuperação hídrica no final do período ajudou na manutenção da sanidade das lavouras que ainda estavam em estágio vegetativo.
O boletim também destacou a colheita de arroz no Tocantins e em Mato Grosso. No Tocantins, mais de 60% das áreas produtoras já foram colhidas, com lavouras cultivadas em várzeas apresentando boa sanidade. Em Mato Grosso, o volume expressivo de chuvas não impediu o avanço da colheita, que já atinge mais de 70% da área semeada, mantendo a qualidade dos grãos.
Outro destaque para a região foi o bom desempenho do algodão em Goiás, onde, apesar da irregularidade das chuvas, a umidade disponível no solo tem se mantido suficiente para atender às exigências hídricas da fase de formação das maçãs. Em Mato Grosso do Sul, enquanto no Norte as lavouras continuam se desenvolvendo bem, no Sul do estado a colheita de algodão já se aproxima com a realização da desfolha.
No contexto nacional, o monitoramento agrícola apontou desafios no Nordeste e no Sul do país. No Semiárido nordestino, a restrição hídrica manteve o déficit no solo, prejudicando culturas como feijão e milho. Já no Sul, embora as chuvas tenham sido irregulares, as temperaturas mais amenas ajudaram a manter a umidade do solo, favorecendo o desenvolvimento das culturas de segunda safra.
O Boletim de Monitoramento Agrícola reforça a importância da coleta contínua de dados climáticos, observação da terra e análises de campo para orientar produtores e instituições em um país de dimensões continentais e grande diversidade de cultivos como o Brasil. Em Mato Grosso e no Centro-Oeste, a expectativa é de que as condições atuais ajudem a consolidar uma boa produtividade para o milho segunda safra e o algodão na safra 2024/2025, mesmo diante das variações climáticas registradas no início do ano.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Agronegócio7 dias atrás
Boi: Cotações estão com tendência de queda
-
Transporte7 dias atrás
Fábricas de suco de laranja são interditadas por falta de condições sanitárias
-
Agronegócio6 dias atrás
Mercado do suíno segue estável mesmo com proximidade do Dia das Mães
-
Café6 dias atrás
Indicador do café robusta cai com força em abril
-
Destaque6 dias atrás
Ovinocultura avança com incentivo fiscal e mira protagonismo em Mato Grosso
-
Arroz6 dias atrás
Com baixa liquidez, preço do arroz recua levemente e segue estável no início de maio
-
Mato Grosso2 dias atrás
Sema firma R$ 27,9 milhões em acordos e determina recuperação de 10 mil hectares no 6º Mutirão Ambiental
-
Notícias2 dias atrás
Paralisação das obras do CTTR Porto Velho gera custos ao município e impede avanços na gestão de resíduos