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Economia

Desembolso do crédito rural chega a R$ 298,6 bilhões

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Foto: Mapa

O montante do desembolso do crédito rural do Plano Safra 2024/25, considerando todos os produtores rurais, chegou a R$ 298,6 bilhões no período de julho/2024 a abril/2025.

Considerando apenas os beneficiários do Pronamp e os demais produtores rurais, que são atendidos pelo crédito rural coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram desembolsados R$ 246,2 bilhões, sendo divididos em R$ 142,7 bilhões para custeio, R$ 52,2 bilhões para investimento, R$ 35,5 bilhões para a comercialização e R$ 15,9 bilhões para financiamentos em industrialização de produtos agropecuários.

O montante de recursos desembolsados corresponde a cerca de 80% do que foi concedido no mesmo período da safra 2023/2024, perfazendo 61,5% dos R$ 400,6 bilhões programados para serem contratados em todas as finalidades de financiamento.

Os financiamentos baseados em fontes controladas, aquelas que possuem taxas de juros diferenciadas e mais reduzidas em relação às praticadas pelo mercado, correspondem a 51% de todo o crédito concedido, com destaque para a Poupança Rural Equalizada e para os Recursos Livres Equalizados, com incremento de 20% e 171%, respectivamente, em relação à safra passada, e valores concedidos de R$ 21,8 bilhões e de R$ 31,6 bilhões.

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Quanto aos financiamentos baseados em fontes de recursos com taxas de juros livres, o destaque fica com a Poupança Rural Livre, com aumento de 124% em relação à safra passada e R$ 26 bilhões contratados e liberados.

Os programas de investimento agropecuário ainda apresentam saldo de recursos a serem concedidos: o Prodecoop apresenta o maior, com 61% de saldo, enquanto o Pronamp, com 14% de saldo, tem a menor disponibilidade remanescente.

A expectativa é que todo o recurso disponibilizado para o investimento seja aplicado até o final de junho, quando começará o novo ano agrícola, com os produtores rurais realizando inversões com os encargos financeiros atuais, os quais estão, em geral, 4,25 pontos percentuais abaixo da taxa SELIC, que está em 14,75% a.a.

Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 07 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural. Os valores definitivos só são divulgados após 35 dias do encerramento do mês considerado na avaliação.

(Por Assessoria Mapa)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Soja: Negócios estão lentos no Brasil

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Imagem: Pensar Agro

As negociações envolvendo soja em grão estão lentas no Brasil, limitadas pela disparidade entre os preços ofertados por compradores e os pedidos por vendedores.

Segundo pesquisadores do Cepea, demandantes estão atentos às quedas externas e dos prêmios de exportação no Brasil, que diminuíram a paridade de exportação.

Além disso, o ambiente é de oferta nacional recorde e de aumento na oferta na Argentina.

Já vendedores estão de olho nas exportações elevadas em abril e na expectativa de maior demanda externa para os próximos meses.

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Em abril, o Brasil escoou 15,27 milhões de toneladas de soja, crescimento de 4,2% sobre o volume de março e 4,2% acima do exportado há um ano, de acordo com a Secex.

Trata-se do terceiro maior volume de soja escoado pelo País, atrás apenas do de junho/23 (15,58 milhões de toneladas) e de abril/21 (16,11 milhões de toneladas).

Para a China, especificamente, o volume embarcado caiu 3% de março para abril.

A colheita de milho da safra de verão avança, enquanto o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras da segunda temporada.

De acordo com pesquisadores do Cepea, esse cenário tem pressionado as cotações do cereal, à medida afasta compradores das aquisições de novos lotes – esses agentes têm expectativa de que o atual movimento de desvalorização do cereal persista.

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Pesquisadores do Cepea lembram que, até meados de março, as dificuldades logísticas, a retração de vendedores e as preocupações com estoques curtos vinham mantendo os valores em patamares mais elevados e também fizeram com que partes dos compradores – com receio de desabastecimento – aceitasse adquirir o milho a preços maiores.

No entanto, desde abril, o cenário mais favorável no campo tem mantido compradores afastados do spot e os preços, em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, neste começo de maio, as desvalorizações externa e do câmbio, que reduzem a paridade de exportação, reforçaram a pressão sobre os valores domésticos.

VEJA ABAIXO A COTAÇÃO DIÁRIA:

TOLEDO

Milho – R$ 55

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Soja – R$ 116

Trigo – R$ 80

Boi – R$ 315

Suíno – \\\

UMUARAMA

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Milho – R$ 55

Soja – R$ 116

Trigo – R$ 80

Boi – R$ 315

Suíno – R$ 8,20

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CASCAVEL

Milho – R$ 55

Soja – R$ 116

Trigo – R$ 80

Boi – R$ 304

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Suíno – \\\

(Com Cepea)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Plantio Direto: inovação que conquistou o mundo

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brasil-deve-exportar-ate-11-milhoes-de-toneladas-de-soja-em-fevereiro

Foto: IDR

O Paraná teve protagonismo não apenas na técnica de semear sem revolver o solo, mas também na construção de um modelo conceitual e na consolidação de um sistema integrado de práticas agrícolas que hoje é referência mundial. Essa é a principal conclusão do artigo científico “No-tillage system: a genuine brazilian technology that meets current global demands”, recentemente publicado na prestigiada revista “Advances in Agronomy”. O texto traça um panorama histórico e técnico sobre o surgimento e disseminação do plantio direto na agricultura brasileira.

Já em meados da década de 1960 pesquisadores questionavam se o preparo convencional do solo com aração e gradagem, herdado da tradição europeia, era adequado às condições tropicais. Datam desse período os primeiros ensaios sobre plantio direto realizados em Londrina (Região Norte) pelo antigo Ipeame (Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária Meridional), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e antecessor da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

No campo, agricultores preocupados com os efeitos da erosão também buscavam alternativas ao manejo tradicional. Foi ao Ipeame que, em 1971, o produtor Herbert Bartz, de Rolândia, recorreu para obter informações sobre os estudos da instituição com plantio direto voltado à conservação do solo. Ele também conheceu experiências práticas nos Estados Unidos, onde a técnica da semeadura direta já vinha sendo adotada havia alguns anos.

No ano seguinte, 1972, Bartz fez a primeira semeadura direta de soja comercial que se tem notícia na América Latina. Outros cinco produtores de Campo Mourão (Centro-Oeste) e três de Mauá da Serra (Centro-Norte do Estado) implementaram a novidade nas safras seguintes. Em 1976, Franke Dijkstra e Manoel Henrique Pereira, o “Nonô”, adotaram a técnica nos Campos Gerais.

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Visionários e entusiastas do modelo, Bartz, Nonô e Dijkstra são hoje reconhecidos como verdadeiros “embaixadores” da inovação brasileira, aponta o pesquisador Tiago Santos Telles, do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), um dos autores do artigo.

CIÊNCIA – O ano de 1972 também marcou a criação do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), atual IDR-Paraná, instituição que desempenhou papel decisivo na formulação das bases científicas do sistema, especialmente a definição de seus três pilares – eliminar o revolvimento do solo, mantê-lo permanentemente coberto com palha ou plantas vivas, e, ainda, praticar a rotação de culturas.

“Ao longo do tempo, percebeu-se que não bastava suspender o revolvimento do solo. Era necessário diversificar culturas, manter a cobertura vegetal constante e promover um sistema mais equilibrado e resiliente”, explica Telles. “Esses princípios são indissociáveis para que os benefícios sejam plenamente alcançados, tanto em produtividade quanto em sustentabilidade”.

A partir de 1976, os pesquisadores do Iapar passaram a utilizar a expressão “Sistema Plantio Direto”, ou simplesmente SPD, para abarcar a complexidade e a integração das práticas envolvidas na nova abordagem. Mais do que um nome, tratava-se de uma mudança conceitual, possível após anos de estudos – envolvendo fertilidade do solo, fitotecnia, mecanização agrícola e controle biológico – que embasaram uma proposta de manejo completa, capaz de ampliar os ganhos agronômicos, econômicos e ambientais.

“Foi quando a abordagem deixou de ser uma técnica isolada e passou a ser compreendida como uma estratégia agrícola integrada, com base ecológica e sistêmica, apropriada às condições tropicais”, observa Rafael Fuentes Llanillo, pesquisador que se dedica ao tema desde 1979, quando ingressou no Iapar e um dos coautores do artigo. Hoje aposentado, ele atua na Febrapdp (Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto) e mantém seu compromisso com a disseminação do SPD.

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EXPANSÃO – De uma área inicial de 200 hectares em 1972, o plantio direto se expandiu rapidamente. Na safra 1975/76, cerca de 200 produtores já haviam adotado a prática em diferentes regiões do Paraná. A partir dos anos 1980, a abordagem chegou aos estados do Sul e do Centro-Oeste. A consolidação nacional veio na década de 1990, impulsionada pela mecanização e a disponibilidade de herbicidas apropriados.

Graças à articulação entre agricultores, instituições de pesquisa e setor privado, o plantio direto consolidou-se como uma das tecnologias mais sólidas e bem-sucedidas da agricultura brasileira. Segundo o Censo Agropecuário de 2017, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 33 milhões de hectares eram cultivados sob esse sistema, o equivalente a 62% da área destinada à produção de grãos. Estimativas mais recentes apontam que esse número já ultrapassa os 41 milhões de hectares.

O impacto da tecnologia é global. Em 2020, o plantio direto já era adotado em mais de 205 milhões de hectares ao redor do mundo, com presença significativa na Argentina, Estados Unidos, Canadá, Austrália e China. Ainda assim, o modelo do Brasil segue como referência por sua elaboração sofisticada e adaptação eficaz às condições tropicais. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) reconhece nos três pilares do SPD brasileiro a base conceitual da chamada “agricultura de conservação”.

“O sistema de plantio direto é uma vitória da audácia, persistência e solidariedade dos agricultores e da ciência brasileira. Levamos ao mundo uma forma de produzir que alia alta produtividade à conservação ambiental, uma ferramenta das mais eficazes para enfrentar os desafios das mudanças climáticas e da segurança alimentar”, afirma Fuentes Llanillo.

Além de Telles e Fuentes Llanillo, compartilham a autoria do artigo os pesquisadores Ruy Casão Junior, também aposentado do IDR-Paraná; Marie Luise Carolina Bartz, vinculada à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e à Universidade de Coimbra (Portugal); e Ricardo Ralisch, da UEL (Universidade Estadual de Londrina). O texto está disponível, em inglês e mediante assinatura, no site da revista.

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Aos interessados em saber mais sobre a história do SPD, uma boa indicação é o livro “O Brasil possível”, biografia do produtor Herbert Bartz escrita pelo jornalista londrinense Wilhan Santin. A obra pode ser adquirida AQUI.

(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Praça Alencastro recebe 5º edição da Feira da Agricultura Familiar

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Créditos: Emanoele Daiane

 

A Praça Alencastro, no coração de Cuiabá, será palco da 5ª edição da Feira da Agricultura Familiar Produtiva e Solidária, nesta segunda-feira (12), das 15h às 20h. A ação, realizada pela Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho (Smat), visa valorizar os pequenos produtores rurais, incentivar a economia local e promover o consumo de alimentos saudáveis.

Mais de 40 produtores estarão reunidos no evento, oferecendo ao público uma variedade de produtos frescos e artesanais, como frutas, legumes, hortaliças, pães, doces, queijos, mel, artesanato, entre outros itens cultivados e fabricados por agricultores familiares de Cuiabá e região.

A Feira da Agricultura Familiar também é uma oportunidade para os consumidores se conectarem diretamente com quem produz os alimentos, fortalecendo o vínculo entre o campo e a cidade, além de estimular a permanência do produtor na atividade.

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“O pequeno produtor precisa reverter o seu produto em renda. Se ele não consegue, não obtém sustento para a família. A realização de eventos como este viabiliza a comercialização direta, sem atravessadores, o que possibilita um ganho melhor”, explicou o secretário municipal de Agricultura e Trabalho, Fellipe Corrêa.

A realização da feira atende à solicitação de produtores rurais, artesãos e representantes da gastronomia local. Na ocasião, será feito o incentivo aos que ainda não são certificados a buscarem o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e o Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte de Mato Grosso (SIAPP/MT) — voltado para pequenas agroindústrias — para que futuramente também possam participar do evento.

“Estamos na quinta edição, e todas têm sido um sucesso. Vamos ampliando cada vez mais a participação de produtores da região, como os de Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger, Acorizal e outras localidades vizinhas que compõem o Vale do Rio Cuiabá. Eles estão se inscrevendo na Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho para participar conosco”, relatou o coordenador técnico de Agricultura e Abastecimento da Smat, Luís Alberto Rodrigues Leite.

Para dar continuidade ao atendimento e ampliar o alcance, a Smat realizará a feira duas vezes na Praça Alencastro e na Praça da República, totalizando duas edições mensais.

#PraCegoVer

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A foto mostra os feirantes em uma edição anterior da Feira do Agricultor, realizada na Praça Alencastro.

Eliana Bess

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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