Café
Manejo de Precisão na Reta Final da Safra: Garantia de Qualidade e Uniformidade do Café

Reprodução/Portal do Agronegócio
À medida que a colheita do café se aproxima de sua fase final, o manejo técnico se torna ainda mais crucial para assegurar a uniformidade na maturação dos grãos, a qualidade da bebida e a preservação do potencial produtivo da safra subsequente. De acordo com Plinio Duarte, agrônomo e coordenador técnico da Nitro, a fase final exige cuidados especiais, desde o uso de reguladores fisiológicos até a gestão hídrica e a nutrição foliar.
A desuniformidade na maturação dos grãos é um dos maiores desafios nesse estágio. “O uso de produtos à base de etileno tem se mostrado uma solução eficaz para lidar com essa questão, especialmente em lavouras onde há grãos em diferentes estágios de desenvolvimento”, explica Plínio. O etileno, um hormônio vegetal natural, tem impacto direto no processo de maturação dos frutos. Sua aplicação controlada contribui para uma colheita mais precisa, evitando perdas de grãos verdes ou passados.
Em um estudo recente da Embrapa, foi analisada a influência de diferentes fontes e doses de nutrientes na maturação e produtividade do cafeeiro. “Os resultados mostraram que a aplicação de fertilizantes polimerizados na dose recomendada de 100% proporcionou maior uniformidade na maturação e aumentou a massa dos grãos frescos, secos e beneficiados”, destaca Plínio.
Outro aspecto importante na reta final da safra é o controle hídrico, que continua sendo um fator determinante para a qualidade e o rendimento. A falta de água no solo prejudica a translocação de nutrientes, comprometendo o desenvolvimento dos grãos e, consequentemente, a produtividade. “É fundamental garantir que as plantas tenham acesso à água, especialmente nesta fase, pois sem ela os nutrientes não chegam de forma eficiente aos frutos”, completa o agrônomo.
A nutrição foliar também se apresenta como uma ferramenta estratégica nesse período. Com ela, os nutrientes são rapidamente absorvidos pelas folhas e direcionados às partes da planta mais exigidas, como os frutos em desenvolvimento. “A nutrição foliar ajuda a reduzir o estresse fisiológico da planta, principalmente quando as condições climáticas não são favoráveis. Com fontes altamente solúveis, conseguimos fornecer os nutrientes essenciais no momento certo, garantindo o bom enchimento dos grãos e melhor qualidade da bebida”, explica Plínio.
Além disso, o desenvolvimento das gemas florais, que darão origem à safra seguinte, é outro desafio frequentemente subestimado na fase final da produção. Estresses climáticos e fisiológicos nesse momento podem comprometer o potencial produtivo da próxima colheita. “Além de amadurecer os frutos atuais, o cafeeiro precisa preparar as gemas para a florada da próxima estação. Se essa indução for prejudicada, a colheita seguinte será impactada”, ressalta. Nesse contexto, o uso de bioestimulantes e produtos fisiológicos, que atenuam os efeitos do estresse, é de suma importância.
Diante da oscilação nos preços do café e das condições climáticas cada vez mais imprevisíveis, o manejo técnico de precisão torna-se uma vantagem competitiva essencial para o produtor que busca estabilidade, qualidade e rentabilidade. “Investir em tecnologias fisiológicas e estratégias integradas de manejo é uma decisão econômica inteligente, com retorno garantido na forma de maior rendimento por hectare, melhor preço na comercialização e maior resiliência produtiva nos ciclos seguintes”, conclui Plinio Duarte.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Paraná avança com boa produtividade na colheita de café e clima favorável impulsiona desempenho

Arquivo
Colheita de café avança no Paraná
A colheita do café no Paraná ultrapassou 80% da área cultivada, o que corresponde a aproximadamente 25,4 mil hectares, segundo dados divulgados na última quinta-feira (31) pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
Condições climáticas favorecem a produção
O bom desempenho da colheita se deve, em grande parte, às condições climáticas favoráveis. De acordo com o agrônomo Carlos Hugo Godinho, os dias secos aceleraram o trabalho no campo e facilitaram a secagem do café nos terreiros.
“A produtividade está muito próxima do limite superior que imaginávamos”, destacou Godinho. A média de produção no estado é estimada em 1.752 quilos por hectare.
Paraná se destaca na produção de café solúvel
A cafeicultura do Paraná tem importância estratégica na produção de café solúvel. No entanto, Godinho demonstrou preocupação com a exclusão do produto nas exceções das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos.
Apesar disso, o agrônomo acredita que o mercado deve reagir positivamente. “Os Estados Unidos têm poucas alternativas em relação ao café brasileiro”, ponderou.
Brasil registra recorde nas exportações de café em 2024
No cenário nacional, o Brasil atingiu um recorde no ano-cafeeiro de 2024, com um total de 46,1 milhões de sacas de 60 quilos exportadas, conforme dados do Sumário Executivo do Café.
Esse volume representa um crescimento de 30,6% em comparação com o ano anterior, quando o país exportou 35,3 milhões de sacas ao mercado internacional, consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores globais da commodity.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Evento da FAEP será voltado aos cafeicultores

Imagem: Faep
O programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema FAEP será apresentado aos participantes de um dos maiores eventos voltados à cultura cafeeira do Paraná. Nos dias 2 e 3 de agosto, a cidade de Maringá sedia a segunda edição do Ca Fé On, que promove experiências imersivas no universo do café por meio de palestras, oficinas, apresentação de cases, degustações, além de outras experiências e vivências sensoriais.
Na programação, um dos destaques é o ATeG Talk Show, momento em que o serviço do Sistema FAEP será detalhado, trazendo os municípios de atuação e os critérios para participação dos cafeicultores.
Brasil X EUA: Café, manga e abacaxi podem ter tarifa de importação zerada?
“A ATeG está sendo um divisor de água para a agropecuária do Paraná, levando conhecimento técnico e gestão para dentro da propriedade. Os produtores que já estão participando contabilizam ganho de produtividade, redução no custo de produção e, claro, mais dinheiro no bolso”, destaca o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, que vai participar da cerimônia de abertura do evento. “Precisamos que a ATeG chegue ao conhecimento de mais e mais produtores rurais. E o evento Ca Fé On é uma forma disto ocorrer”, conclui.
O café é uma das cadeias atendidas pela ATeG. Atualmente, são sete municípios inseridos nesta iniciativa especificamente para a cultura cafeeira, sendo seis na fase de mobilização de novas turmas e um já em execução.
Desde 2023, o programa de ATeG do Sistema FAEP está levando atendimento personalizado nas áreas técnica e gerencial para produtores rurais de diversas regiões do Paraná com foco na profissionalização e na geração de renda. Uma vez por mês os produtores atendidos recebem a visita de um técnico de campo na sua propriedade, que realiza um atendimento personalizado.
Para participar da ATeG, o produtor rural pode procurar o sindicato rural local para obter informação sobre o atendimento, que é totalmente gratuito.
(Com FAEP)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Produção Recorde e Estoques Limitados Marcam o Cenário do Café para 2025/26

Reprodução/Portal do Agronegócio
Apesar da previsão de produção recorde para o ciclo agrícola 2025/26, o mercado global de café deve continuar relativamente justo. O consumo elevado combinado com estoques finais limitados mantém o setor em alerta, exigindo atenção especial dos agentes envolvidos para lidar com as oscilações e incertezas do período.
Expectativa de alívio para 2026/27 com recuperação da produção brasileira
César de Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, aponta que, embora o cenário para 2025/26 seja de maior restrição, o mercado já projeta um possível alívio em 2026/27, graças à expectativa de forte recuperação da produção de café arábica no Brasil. Ele ressalta que as margens para os produtores permanecem positivas, mas muitos ainda estão vulneráveis às quedas de preços por não utilizarem instrumentos de hedge.
Custos e sensibilidade do consumidor
A redução dos custos da matéria-prima pode beneficiar as margens das torrefadoras, porém, o consumidor final permanece sensível aos preços, enquanto os custos industriais continuam elevados, o que mantém desafios para toda a cadeia produtiva.
Ausência de carrego nas curvas de preços e crédito restrito exigem cautela
Outro ponto crucial destacado é a ausência de carrego nas curvas de preços, além do crédito restrito no setor. Essas condições demandam uma gestão ainda mais cautelosa de risco e capital, especialmente para as tradings que atuam no mercado. Planejamento estratégico e financeiro são essenciais para enfrentar a maior volatilidade e limitações de recursos previstas para o período.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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