Economia
Movimentação de cargas cresce 6,3% nos portos do Paraná no primeiro trimestre de 2025

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Volume de cargas atinge 17,4 milhões de toneladas no trimestre
Os portos do Paraná movimentaram 17.420.779 toneladas de cargas entre janeiro e março de 2025, um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 16.384.054 toneladas. O desempenho reforça as projeções otimistas para o encerramento do ano, com possibilidade de superação do recorde histórico alcançado em 2024, quando o volume total chegou a 65.393.256 toneladas.
Exportações lideradas pela soja e importações impulsionadas por fertilizantes
Entre os destaques do período, a exportação de grãos de soja alcançou 4.177.143 toneladas, um aumento de 13% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (3.694.168 toneladas). No lado das importações, os fertilizantes lideraram a entrada de produtos, com 2.739.120 toneladas no acumulado dos três primeiros meses de 2025, superando as 2.653.354 toneladas registradas em 2024.
Março se destaca com maior volume mensal de cargas
O maior crescimento na movimentação de cargas ocorreu em março, puxado principalmente pela exportação de soja em grãos, que somou 2.073.092 toneladas no mês. O farelo de soja também apresentou bom desempenho, com 769.619 toneladas exportadas. Outro destaque foi o Terminal de Contêineres, com 804.939 toneladas embarcadas.
Nas importações, os principais produtos movimentados em março foram fertilizantes (899.073 toneladas), contêineres (580.469 toneladas) e derivados de petróleo (403.863 toneladas).
Gestores destacam desempenho da soja e investimentos em eficiência operacional
Segundo o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, o bom desempenho no primeiro trimestre reflete o volume expressivo da safra. “A soja e os fertilizantes foram os maiores volumes que movimentamos, uma tendência que deve se manter nos próximos meses, devido à grande safra”, afirmou.
Já o diretor de Operações da companhia, Gabriel Vieira, destacou os investimentos em tecnologia e gestão. “Os fertilizantes são nossa principal commodity de importação, e temos investido em inteligência estratégica para operá-los com cada vez mais eficiência”, disse.
Moegão ampliará capacidade de recepção de grãos
Para atender à crescente demanda, seguem em andamento as obras do Moegão, estrutura que centralizará as linhas férreas que chegam ao Porto de Paranaguá. Com investimento de R$ 600 milhões, a iniciativa promete ampliar em mais de 60% a capacidade de recepção de granéis sólidos vegetais oriundos do Paraná e de outros estados.
Atualmente, 35% da obra já foi concluída, e a previsão de entrega é para o final de 2025. A nova infraestrutura tem como objetivo garantir o escoamento eficiente da produção atual e futura.
Leilões de áreas portuárias impulsionam expansão
Para suportar o aumento das operações, a Portos do Paraná investe também em arrendamentos de áreas. No dia 30 deste mês, mais três áreas estarão em disputa na B3. Desde que recebeu delegação do governo federal para conduzir as licitações, em 2019, a empresa já arrematou cinco áreas.
Com os novos leilões, Paranaguá se tornará o primeiro porto do Brasil com 100% dos espaços de arrendamento regularizados, somando R$ 3,8 bilhões em investimentos.
Terminal de Contêineres registra recordes e consolida liderança
O crescimento da movimentação também reflete o desempenho de empresas parceiras. A TCP, que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, completou 27 anos de operação em 2025 comemorando recordes. Em março, o terminal registrou seu melhor desempenho mensal do ano, com destaque para a movimentação de contêineres refrigerados, que cresceu 38% em relação ao mesmo mês de 2024.
No acumulado do trimestre, a movimentação atingiu 401.131 TEUs, alta de 7%. Em 2024, a TCP finalizou a ampliação de seu pátio de contêineres refrigerados, elevando a capacidade de 3.624 para 5.268 tomadas — a maior da América do Sul.
Essa expansão consolidou o terminal como principal corredor de exportação de carnes do país. No primeiro trimestre de 2025, foram movimentadas 610 mil toneladas de carne de frango, o equivalente a 44% do market share nacional no segmento.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Créditos de ICMS podem virar capital de giro para produtores rurais

Imagem: Freepik
Em São Paulo, a Portaria CAT 153/2011 regulamenta a utilização de créditos acumulados de ICMS por produtores rurais e agroindústrias. O mecanismo autoriza a conversão desses valores em recursos financeiros para uso imediato, sem necessidade de recorrer a financiamentos.
O crédito de ICMS é gerado em operações em que há diferença entre o imposto pago na compra de insumos e o devido na venda de produtos. No caso do setor agropecuário, isso ocorre com frequência em transações interestaduais ou isentas, quando o saldo credor se acumula no livro fiscal. Para transformar esse valor em capital de giro, o produtor deve solicitar autorização formal à Secretaria da Fazenda do Estado, por meio do sistema eletrônico e-CredRural.
O processo exige credenciamento prévio no sistema e apresentação de documentação comprobatória, incluindo notas fiscais, registros de produção e demonstrativos contábeis. A habilitação pode abranger créditos gerados mensalmente ou valores extemporâneos acumulados nos últimos cinco anos, desde que devidamente comprovados. Após análise e deferimento, o montante é liberado para transferência ou utilização autorizada, conforme as regras da portaria.
Além de produtores rurais, estabelecimentos agroindustriais enquadrados na legislação estadual também podem requerer o benefício. A utilização correta dos créditos depende do cumprimento rigoroso dos critérios fiscais e prazos estabelecidos, sob pena de indeferimento do pedido.
COMO TER ACESSO:
O procedimento para solicitação de créditos acumulados de ICMS podem ser obtidas no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo: CLIQUE AQUI.
Também é possível o atendimento presencial nas Delegacias Regionais Tributárias, mediante agendamento eletrônico.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Rotas gastronômicas: preservando sabores e saberes tradicionais

Foto: Comunicação do Sistema Faesp/Senar-SP
As rotas gastronômicas de São Paulo são um convite à imersão nos saberes e sabores do interior paulista, valorizando a diversidade cultural e a riqueza produtiva das regiões rurais. Ao percorrer caminhos que unem pequenos produtores, cozinhas tradicionais, agroindústrias familiares e chefs locais, o visitante experimenta uma culinária autêntica, marcada por ingredientes frescos, receitas centenárias e técnicas passadas entre gerações ou aprendidas em cursos que valorizam a cozinha regional. Essas rotas reforçam o vínculo entre campo e mesa, promovem o turismo sustentável e fortalecem a identidade das comunidades, ao mesmo tempo em que estimulam a economia local e preservam o patrimônio alimentar paulista.Convidada a participar da 12ª Rota, Maria Dalma Silva Ramos, de Capão Bonito, reitera que os cerca de 20 cursos que fez no Senar-SP foram fundamentais para o sucesso do empreendimento, desde o projeto até a implementação e a definição do público a ser atingido. O Peabiru Portal Turístico oferece mais que um alimento de qualidade, mas o acolhimento das antigas casas de avós, com fogão a lenha e mesa farta aos finais de semana e feriados, assim como pratos a la carte e executivos diariamente, sempre tendo como foco a culinária tradicional paulista.
“Empreender na área gastronômica sempre foi um sonho. Entendemos que as pessoas precisam desse reencontro com o simples, como a comida afetiva das mães e avós. Essa é a nossa proposta e vemos a alegria dos nossos clientes ao perceber o resgate dessa tradição culinária que ele achava que estava perdida no tempo. Comida simples, saborosa e que traz boas recordações”, frisou Maria Dalma, que compra dos produtores da região os legumes, folhagens e grãos utilizados no dia a dia.
O diferencial do restaurante também passa pelo aprendizado nos cursos. Durante muitos anos, morando em uma região sem energia elétrica, ela via os pais colocarem carnes e embutidos na fumaça do fogão, o conhecido “fumeiro”, para a conservação. Com as novas técnicas, ela especializou-se em defumação e tem como carro-chefe o filé mignon suíno e o frango defumados, servidos como entrada e prato principal, respectivamente, em eventos gastronômicos que participa.
Para a instrutora do Senar-SP Fanny Paulina Kuhnle, o programa de turismo rural é muito importante para os municípios e a população em geral, porque ele vem crescendo, valorizando esses saberes e automaticamente os sabores das regiões. Pela colonização, o estado de São Paulo é fantástico, com a diversidade na formação de seu povo.
“O saber dos portugueses, o saber dos negros, o saber do povo que aqui estava, todos eles vêm com uma tradição lá atrás. O português, principalmente, a miscigenação desse povo. O que me segura no Senar é essa vontade de estimular, de fomentar essa preservação dos nossos antepassados. e que os jovens estão perdendo através da tecnologia de alimentos, através da industrialização”, explicou Fanny.
O presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)/Senar, Tirso Meirelles, é um entusiasta dos projetos que incentivam o turismo e fortalecem a economia dos municípios paulistas. Em parceria com o governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, a Faesp ajudou a mapear propriedades rurais que pudessem oferecer experiências únicas, colaborando na construção das rotas turísticas, ferramenta importante para o fortalecimento da cadeia agropecuária.
“O turismo rural é muito importante não apenas para o desenvolvimento dos municípios paulistas, mas também para a preservação das tradições, incluindo a gastronomia regional. São Paulo é um estado muito rico de sabores e vem se tornando cada vez mais referência, pela variedades de produtos e o resgate de receitas que remontam a séculos passados”, concluiu Tirso Meirelles.
(Com Agricultura/SP)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Custo de produção do leite sobe 4,31% no Mato Grosso

Foto: Pixabay
Segundo análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (11), o Custo Operacional Efetivo (COE) para produzir leite em Mato Grosso subiu 4,31% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, alcançando R$ 1,45 por litro. O aumento foi impulsionado pelos maiores gastos com suplementação mineral, outros custos e aquisição de animais, que tiveram alta de 6,79%, 14,99% e 18,81%, respectivamente.
No mesmo período, o preço médio pago ao produtor no estado foi de R$ 2,31 por litro, resultando em uma margem positiva de R$ 0,87 por litro quando considerado apenas o COE.
Por outro lado, ao incluir depreciações e mão de obra familiar, o Custo Operacional Total (COT) atingiu R$ 2,37 por litro. “Nesse cenário, a margem do produtor não se sustenta, ficando em -R$ 0,06 por litro”, destacou o Imea.
De acordo com a análise, a situação exige atenção, pois a viabilidade da atividade depende de margens que cubram não apenas os custos diretos, mas também investimentos de longo prazo. O instituto aponta que essa conjuntura já resulta em menor captação e produção, pressionando a rentabilidade.
Seane Lennon / Agrolink
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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