Agricultura
Agronegócio da Amazônia ganha força com feira de produtos regionais

O Sebrae-AM realiza, no Mercado de Origem da Amazônia, o Empório de Agronegócio, entre os dias 15 e 17 de abril, das 8h às 19h, e pretende destacar a produção regional e impulsionar Manaus como candidata ao título de “Cidade Criativa da Gastronomia” título que será concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O Empório de Agronegócio deve atrair cerca de 1 mil visitantes e capacitar 150 pessoas, movimentando produtores rurais, agroindústrias, piscicultores e consumidores interessados em produtos da terra como frutas nativas, hortaliças, laticínios e, principalmente, pescados serão os grandes destaques da edição, que antecede a Semana Santa, período estratégico para o consumo de peixe.
Pescado amazônico será protagonista do evento
Nesta edição, o pescado regional ganha evidência com mais estandes dedicados ao tambaqui, matrinxã, filé de pirarucu e aruanã.
A decisão segue a lógica da sazonalidade, favorecendo o consumo consciente e a valorização do que é produzido de forma sustentável.
“O Empório tem como principal objetivo conectar empreendedores ao mercado consumidor. Mais do que um espaço de vendas, o evento oferece uma oportunidade única para que pequenos produtores apresentem e lancem seus produtos. É o momento perfeito para empreendedores divulgarem suas marcas, alcançarem novos públicos e realizarem vendas diretamente aos consumidores”, falou o gestor de projetos do Sebrae Leocy Cutrim dos Santos.
A feira contará ainda com aulas-show de gastronomia amazônica, abertas ao público e sem necessidade de inscrição. Nelas, chefs convidados vão ensinar receitas usando ingredientes da floresta, promovendo o uso criativo e sustentável dos produtos da região.
“Queremos incentivar os pequenos negócios a enxergarem a gastronomia como oportunidade de transformação. Com conhecimento e apoio, eles podem gerar emprego, renda e reconhecimento para a região”, acrescentou Leocy.
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Selo de Cidade Criativa da Gastronomia da Unesco
Em fevereiro, Manaus foi escolhida pelo Comitê de Seleção do Governo Federal como representante brasileira na categoria Gastronomia. A decisão, que contou com a participação dos Ministérios do Turismo, da Cultura e das Relações Exteriores, envolveu mais de 20 cidades de todo o país.
Desde 2004, a Rede de Cidades Criativas promove a cooperação global entre cidades que fazem da criatividade um pilar para o desenvolvimento sustentável.
Ao pleitear o título, Manaus reafirma sua relevância cultural e econômica, evidenciada por sua culinária única e expressões criativas. A iniciativa tem apoio técnico do Sebrae Amazonas, destacando o compromisso local com a economia criativa, que impulsiona geração de empregos e transformação social.
A candidatura da cidade é embasada em critérios rigorosos da Unesco, como alinhamento aos ‘Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030’, viabilidade financeira e engajamento das autoridades locais.
“Essa oportunidade eleva Manaus a um novo patamar, destacando o impacto transformador de sua gastronomia no cenário global”, ressalta a diretora-superintendente do Sebrae Ananda Carvalho Normando Pessôa.
“Seguimos firmes na disputa, e iniciativas como o Empório Agronegócio, promovido pelo Sebrae Amazonas, reforçam ainda mais a candidatura da nossa cidade, valorizando produtos regionais e fomentando conexões entre cultura, inovação e sustentabilidade.
A conquista do selo da Unesco tem o potencial de posicionar Manaus como uma referência mundial em gastronomia criativa, consolidando seu protagonismo no mercado internacional”, finaliza Pessôa.
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Agricultura
Demanda sazonal pressiona mercado global de fertilizantes

As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam – Foto: Canva
O mercado global de fertilizantes atravessa um período de forte movimentação, marcado por picos sazonais de consumo e por estratégias governamentais voltadas à segurança de suprimento. Segundo a AMR Business Intelligence, a demanda elevada em um dos principais mercados consumidores tem alterado o ritmo de vendas, estoques e decisões de importação, ao mesmo tempo em que acordos internacionais ganham peso no planejamento de médio prazo.
As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam para alcançar quase 6 milhões de toneladas em dezembro, volume que pode configurar um novo recorde mensal, impulsionado pela demanda típica da safra de inverno, conhecida como rabi. O ritmo acelerado de escoamento reduziu os estoques domésticos de 7,1 milhões para 6,3 milhões de toneladas em apenas duas semanas. Esse movimento levou a estatal NFL a antecipar uma licitação de importação para a compra de 1,5 milhão de toneladas, com encerramento previsto para 2 de janeiro. No acumulado do ano, o país, que figura como o maior importador global do insumo, já adquiriu 9,23 milhões de toneladas por meio de leilões internacionais.
Paralelamente, a política externa indiana reforça o papel estratégico dos fertilizantes. O primeiro-ministro Narendra Modi propôs dobrar o fluxo comercial bilateral com a Jordânia para US$ 5 bilhões em cinco anos, colocando o setor como um dos eixos centrais da cooperação, ao lado de energia e defesa. Em encontros de alto nível que contaram com a participação do rei Abdullah II, foram discutidos investimentos na indústria jordaniana para garantir o fornecimento estável de fosfatados à Índia. A iniciativa busca reduzir riscos de oferta em períodos de pico das safras e consolidar um corredor econômico entre o Sul da Ásia e o Oriente Médio.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Mercado de trigo entra em fase de ajuste no Sul

No Paraná, o cenário também é de paralisação – Foto: Canva
O mercado de trigo no Sul do país atravessa um período de baixa liquidez, pressão sobre preços e cautela generalizada dos agentes, após dois anos marcados por fortes oscilações. De acordo com a TF Agroeconômica, o comportamento observado em 2024 e 2025 reflete um esgotamento do ciclo de alta e a entrada em uma fase de ajuste estrutural, com efeitos distintos entre os estados produtores.
No Rio Grande do Sul, as negociações seguem praticamente suspensas, com expectativa de paralisações temporárias em moinhos para limpeza e férias coletivas. Estima-se que cerca de 1,55 milhão de toneladas da safra nova já tenham sido comercializadas, o equivalente a pouco mais de 40% da produção. Os preços do trigo para moagem giram entre R$ 1.100 e R$ 1.150 por tonelada no mercado local, enquanto no porto os valores ficam próximos de R$ 1.180 para dezembro e R$ 1.190 para janeiro. O trigo destinado à ração apresenta cotações ligeiramente superiores, e o mercado é descrito como confortável do lado da indústria, com pouca urgência de compra.
A análise dos últimos dois anos mostra que os preços no estado atingiram picos relevantes em meados de 2024 e no primeiro quadrimestre de 2025, superando R$ 1.450 por tonelada, antes de entrarem em uma trajetória de queda acentuada. No encerramento de 2025, as cotações recuaram para níveis próximos de R$ 1.030 a R$ 1.050, os menores do período. A combinação de boa oferta interna, qualidade inferior do grão, entrada concentrada da safra, concorrência do trigo importado e demanda cautelosa dos moinhos contribuiu para a perda de sustentação dos preços.
Em Santa Catarina, o mercado permanece travado, com moinhos apenas recebendo lotes já adquiridos e expectativa de parada quase total até o início do próximo ano. O estado ainda não concluiu a colheita, e há um descompasso entre vendedores, que mantêm ideias ao redor de R$ 1.200 FOB, e compradores, que se mantêm ausentes.
No Paraná, o cenário também é de paralisação, com preços nominais ao redor de R$ 1.250 por tonelada CIF no norte do estado. Após picos acima de R$ 1.550 em 2024 e no início de 2025, o mercado entrou em tendência baixista, encerrando o último ano na faixa de R$ 1.180 a R$ 1.200, pressionado pela oferta interna, importações competitivas e resistência dos moinhos a preços mais elevados.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Entregas de fertilizantes avançam no mercado brasileiro

A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço – Foto: Divulgação
O mercado brasileiro de fertilizantes apresentou crescimento consistente ao longo de 2025, refletindo maior demanda do setor agropecuário e avanço no volume de entregas ao produtor. Dados divulgados pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA) indicam que o desempenho positivo foi observado tanto no resultado mensal quanto no acumulado do ano.
Em setembro de 2025, as entregas ao mercado somaram 5,38 milhões de toneladas, volume 11,3% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a setembro, o total entregue chegou a 35,86 milhões de toneladas, alta de 9,3% em comparação com igual período de 2024, quando foram contabilizadas 32,80 milhões de toneladas.
Mato Grosso manteve a liderança no consumo nacional de fertilizantes, concentrando 22,5% do total entregue no país, o equivalente a 8,08 milhões de toneladas. Na sequência apareceram Paraná, com 4,51 milhões de toneladas, São Paulo, com 3,74 milhões, Rio Grande do Sul, com 3,54 milhões, Goiás, com 3,53 milhões, Minas Gerais, com 3,22 milhões, e Bahia, com 2,43 milhões de toneladas.
A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço. Em setembro de 2025, o volume produzido alcançou 713 mil toneladas, crescimento de 6,3% frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a produção totalizou 5,57 milhões de toneladas, aumento de 6,6% em relação às 5,23 milhões de toneladas registradas no mesmo intervalo do ano anterior.
As importações somaram 3,91 milhões de toneladas em setembro de 2025, redução de 7,4% na comparação anual. De janeiro a setembro, porém, o volume importado atingiu 31,49 milhões de toneladas, expansão de 8,4% frente às 29,05 milhões de toneladas de 2024. O Porto de Paranaguá consolidou-se como principal porta de entrada do insumo, com oito milhões de toneladas importadas no período, o que representou 25,5% do total desembarcado nos portos brasileiros.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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