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Agricultura

Biodefensivos ganham espaço como solução sustentável no combate a pragas agrícolas

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A busca por uma agricultura mais sustentável e resiliente tem impulsionado o uso crescente de biodefensivos como alternativa eficaz no controle de pragas. Segundo Flávio Lamanna, gerente sênior de Pesquisa e Desenvolvimento da Indigo Ag, esses produtos não apenas contribuem para a saúde dos ecossistemas, mas também fortalecem a rentabilidade das lavouras. O setor registrou movimentação de R$ 5 bilhões na safra 2023/2024, um aumento de 15% em relação ao ciclo anterior, de acordo com dados da CropLife Brasil.

O avanço do mercado de bioinsumos é liderado especialmente pelos produtos de controle biológico, inoculantes fixadores de nitrogênio e solubilizadores de fósforo. Esse segmento cresce a uma taxa anual de 21% — quatro vezes acima da média global. Para a safra 2024/2025, a expectativa é que 155,4 milhões de hectares sejam tratados com bioinsumos, o que representa uma alta de 13% em relação ao ciclo anterior e de 22% frente à safra 2022/2023.

Segundo Reinaldo Bonnecarrere, diretor de Biológicos LATAM da Indigo, o mercado brasileiro de bioinsumos ultrapassou os R$ 6 bilhões em 2023, sendo que 80% desse valor corresponde exclusivamente aos biodefensivos. A empresa já investiu US$ 120 milhões em pesquisa com microrganismos voltados à agricultura, resultando no lançamento de soluções que melhoram a eficiência na absorção de nutrientes, aumentam a resistência das plantas ao estresse hídrico e atuam no controle de doenças.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), a indústria de biocontrole no Brasil cresce 5,3 vezes mais rapidamente do que a indústria de defensivos químicos, evidenciando a consolidação dessa alternativa como ferramenta estratégica na produção agrícola moderna.

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Controle de pragas: prejuízos e desafios

O impacto econômico da ausência de controle eficiente de pragas pode ser significativo. Estudos realizados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que, em culturas como soja, milho e algodão, as perdas de produtividade podem variar entre 9,5% e 40% por safra, dependendo da praga em questão.

No caso da soja, por exemplo, o controle da ferrugem asiática — principal doença da cultura — demanda um investimento direto de R$ 5,75 bilhões anuais por parte dos produtores. Sem esse controle, a produtividade poderia cair em até 30%, o que obrigaria o setor a investir aproximadamente R$ 30 bilhões adicionais para compensar as perdas, seja com a expansão de áreas cultivadas ou com o aumento dos preços internos, que teriam de subir cerca de 22,9%.

Vantagens ambientais e agronômicas dos biodefensivos

Os biodefensivos oferecem diversas vantagens em relação aos defensivos químicos convencionais. Dentre os principais benefícios estão o menor impacto ambiental e a preservação da biodiversidade do solo. Isso ocorre porque esses produtos atuam de forma seletiva sobre pragas específicas, sem prejudicar outras espécies presentes na lavoura — inclusive os inimigos naturais das pragas, que contribuem para o seu controle.

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Além de favorecerem a saúde do solo e a resistência das plantas, os biodefensivos ajudam a reduzir a dependência de aplicações constantes de agroquímicos e não deixam resíduos poluentes no meio ambiente. Esses atributos atendem à crescente demanda dos consumidores por alimentos mais seguros e livres de resíduos tóxicos.

Tipos de biodefensivos e avanços tecnológicos

Com o avanço da pesquisa científica, os biodefensivos se tornaram mais sofisticados, sendo hoje divididos em duas categorias principais: os macrobiológicos e os microbiológicos. Segundo o Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários (AGROFIT) do Ministério da Agricultura, o Brasil possui atualmente 785 biopesticidas registrados.

Os agentes macrobiológicos são formados por organismos como ácaros, insetos e nematoides predadores de pragas. Já os microbiológicos envolvem microrganismos como bactérias, vírus, fungos e protozoários, que atuam de maneira eficaz no controle biológico das culturas.

Indigo aposta em inovação e tecnologia para fortalecer o campo

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A Indigo é uma das empresas que lideram a inovação no setor de biodefensivos. Com o maior banco de microrganismos do mundo, a companhia conta com mais de 36 mil cepas catalogadas e já identificou mais de 350 gêneros distintos de bactérias e fungos.

Por meio da integração entre pesquisa de campo e inteligência artificial, a empresa desenvolve soluções exclusivas e de alta performance para culturas como soja e milho. Seu portfólio inclui inoculantes, bioestimulantes, bionematicidas e biofungicidas, além de polímeros e lubrificantes compatíveis com os principais agroquímicos do mercado.

Entre os produtos de destaque está o biotrinsic simplex, o primeiro biodefensivo formulado com Bacillus simplex para oferecer suporte a lavouras em condições de estresse hídrico — uma alternativa eficaz, sustentável e com excelente custo-benefício. Já o biotrinsic bionematicida atua contra os principais tipos de nematoides encontrados nos solos brasileiros (cisto, galha e lesão), agindo em todas as fases do ciclo dos parasitas: ovo, juvenil e adulto. Desenvolvido a partir de um microrganismo endofítico, esse produto apresenta múltiplos modos de ação, promovendo maior robustez e resistência das plantas.

Comprometida com o desenvolvimento de soluções sustentáveis e rentáveis, a Indigo reafirma seu propósito de caminhar lado a lado com os produtores, oferecendo tecnologias que contribuem para uma agricultura mais saudável, produtiva e duradoura.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Preço do boi gordo se mantém nesta quinta-feira, segundo Índice Datagro

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Foto gerada por IA

O Indicador do Boi Gordo Datagro sinaliza para uma estabilidade dos preços nesta quinta-feira com pequenas oscilações nas cotações das praças. A demanda aquecida no mercado interno e o afastamento do risco de medida sanitária contra a carne brasileira pela China têm segurado os preços.

Em São Paulo, a cotação fechou no maior valor do dia, a R$ 322,63 por arroba, representando queda de -0,11%. No Pará, o preço atingiu R$ 307,64, com variação de 1,28%, a maior elevação desta quinta-feira.

Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:

São Paulo: R$ 322,63

Goiás: R$ 316,78

Minas Gerais: R$ 311,57

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Mato Grosso: R$ 306,40

Mato Grosso do Sul: R$ 319,48

Pará: R$ 307,64

Rondônia: R$ 281,22

Tocantins: R$ 303,01

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Bahia: de 312,20

O Indicador do Boi Gordo Datagro é a referência utilizada pela B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.

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Agricultura

Receita da JBS sobe 13% no 3º trimestre e atinge US$ 22,6 bilhões

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Foto: Divulgação

A JBS registrou receita líquida de US$ 22,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O avanço foi disseminado entre todas as unidades da companhia e confirma, segundo a empresa, a capacidade de operar sua plataforma global multiproteína com disciplina e agilidade em diferentes cenários de mercado.

O lucro líquido somou US$ 581 milhões, enquanto o retorno sobre o patrimônio (ROE) alcançou 23,7% nos últimos 12 meses. A alavancagem encerrou o trimestre em 2,39 vezes, alinhada à meta de longo prazo. O EBITDA ajustado IFRS ficou em US$ 1,8 bilhão, com margem consolidada de 8,1%.

“O trimestre comprova a força da nossa plataforma global multiproteína e como a operamos com disciplina, agilidade e resiliência”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

EUA registram receita recorde na operação de carne bovina

Nos Estados Unidos, a JBS Beef North America alcançou receita recorde de US$ 7,2 bilhões, impulsionada pela demanda doméstica resiliente, mesmo em um cenário de oferta restrita e preços historicamente elevados do gado.

Segundo Tomazoni, a equipe manteve “consistência e execução disciplinada”, garantindo crescimento mesmo em um ambiente de custos elevados.

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A Pilgrim’s Pride, operação de aves da companhia, atingiu margem de 16,2%, apoiada em portfólio diversificado e ganhos contínuos de eficiência. O segmento de Prepared Foods avançou mais de 25% em vendas na América do Norte, com performances acima da média também na Europa e no México.

A JBS USA Pork também registrou receita recorde, com margem EBITDA de 9,8%, sustentada por forte demanda interna e expansão de produtos de marca e preparados. Durante o trimestre, a empresa anunciou a compra de uma planta em Iowa e o avanço na construção de outra unidade no estado.

Friboi e Seara impulsionam resultado no Brasil

No Brasil, a JBS registrou margem EBITDA de 7,4%. A Friboi teve mais um trimestre de crescimento, com bom desempenho nas exportações e no mercado doméstico. A marca foi novamente eleita a mais lembrada do país na categoria de carnes pelo prêmio Top of Mind.

A Seara alcançou o maior volume de exportações de sua história, mesmo diante de restrições temporárias às vendas para China e Europa, que já foram encerradas. A margem EBITDA da unidade foi de 13,7%.

Segundo Tomazoni, o desempenho foi sustentado por inovação, redirecionamento de volumes e foco em rentabilidade. Ele destacou lançamentos como a linha Seara Protein, produtos para AirFryer e parcerias com a Netflix.

JBS Austrália mantém rentabilidade apesar do custo mais alto do gado

A JBS Austrália encerrou o trimestre com margem EBITDA de 11,4%, impulsionada pela maior disponibilidade de gado e demanda aquecida. O segmento de carne bovina foi o principal motor dos resultados, compensando o aumento de 26% no custo do gado, segundo dados da Meat & Livestock Australia (MLA).

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Tomazoni afirmou que a Austrália “continua sendo pilar estratégico para a diversificação geográfica da JBS” e um exemplo de eficiência operacional.

Empresa reforça foco em crescimento sustentável

O CEO destacou que a companhia mantém disciplina financeira e segue investindo com responsabilidade. “A demanda global por proteína continua em expansão, e a JBS está pronta para capturar esse crescimento com um portfólio equilibrado, execução sólida e visão de longo prazo.”

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Agricultura

Boi gordo: consumo aquecido faz preços do atacado dispararem

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Foto: Semagro/MS

O mercado físico do boi gordo opera com preços acomodados nesta quinta-feira (13), em meio a escalas de abate curtas em boa parte do país. O Ministério da Agricultura afastou os rumores envolvendo a presença de fluazuron em amostras de carne brasileira, informação que pressionou a B3 na primeira metade de novembro.

A preocupação agora recai sobre a investigação conduzida pela China sobre os impactos das importações na produção local. A decisão está prevista para 26 de novembro, e até lá o mercado deve seguir volátil, segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Preços médio da arroba do boi gordo

  • São Paulo: R$ 327,33
  • Goiás: R$ 320,89
  • Minas Gerais; R$ 315,88
  • Mato Grosso do Sul: R$ 323,98.
  • Mato Grosso: R$ 309,12

Mercado atacadista

O mercado atacadista de carne bovina registra alta consistente dos preços. Segundo Iglesias, o cenário aponta para continuidade da valorização no curtíssimo prazo, favorecido pelo pico do consumo doméstico com o pagamento do 13º salário, aumento de vagas temporárias e confraternizações de fim de ano.

  • Quarto traseiro : R$ 26,00/kg,
  • Quarto dianteiro: R$ 19,50/kg
  • Ponta de agulha: R$ 19,00/kg

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,09%, cotado a R$ 5,2971 para venda e R$ 5,2951 para compra. A divisa oscilou entre R$ 5,2735 na mínima e R$ 5,3025 na máxima durante a sessão.

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