Economia
Classificador Legal da Aprosoja MT promove maior transparência na comercialização de grãos

Foto: Aprosoja
A classificação dos grãos é um dos grandes desafios enfrentados pelos produtores rurais, principalmente na hora da comercialização. Divergências nas classificações podem resultar em prejuízos significativos, reduzindo o valor do produto entregue. Para promover uma análise justa, desde 2017 a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) possui o programa Classificador Legal, que tem sido amplamente elogiado pelos agricultores.
Conforme o vice-presidente sul e coordenador da Comissão de Defesa Agrícola da entidade, Fernando Ferri, o programa é como um divisor de águas. “Sempre houve conflitos entre o que o produtor considera correto e o que os armazéns alegam. O classificador funciona como um árbitro, trazendo mais transparência para o processo. Só eliminaríamos esse problema se todos os produtores tivessem seus próprios armazéns e padronizassem sua soja, mas, enquanto isso não é possível, ter confiança numa classificação justa é fundamental”, explica.
A produtora de Primavera do Leste, Geisa Fochesatto, conta que buscou o apoio do programa após enfrentar problemas com classificações divergentes durante a entrega de soja. Segundo ela, o embasamento técnico promove maior segurança. “Nós vemos a Aprosoja MT como uma grande parceira. Antes, ficávamos à mercê das empresas credenciadas para classificação, sem embasamento para discutir a qualidade do nosso produto. Agora, temos mais voz para questionar e garantir que seja avaliado corretamente”, afirma.
Ela relata que precisou acionar o serviço em mais de uma ocasião, devido as classificações que não condiziam com a realidade da sua produção. “Uma empresa alegou que nossa soja tinha impurezas fora do padrão, o que não era verdade. Graças ao embasamento adquirido, conseguimos argumentar e garantir que nossa soja fosse classificada corretamente”, acrescenta.
Para o delegado do núcleo Araguaia-Xingu, Douglas Michels, de Santa Cruz do Xingu, o Classificador Legal é uma ferramenta fundamental para evitar perdas na comercialização da soja. O produtor conta que já solicitou o serviço para arbitragem de divergências na classificação. “Já tive problemas com empresas dizendo que minha soja tinha 18% de avariados, mas quando o classificador da Aprosoja MT veio, constatou apenas 6% ou 7%. Também tive divergências em relação à umidade e impurezas”, enfatiza.
Além disso, Douglas ressalta a importância do programa para conhecer melhor o produto armazenado através da análise de qualidade. “Solicitei um classificador para fazer a amostragem no meu silo, pois tive problemas no carregamento e estava em dúvida se havia começado a perder qualidade. Com esse suporte, pude entender melhor meu produto e tomar decisões mais assertivas”, destaca.
O delegado do núcleo de Sapezal, Gustavo Guimarães, reforçou a importância do programa. “Hoje, a classificação de soja é um dos processos críticos que podem afetar diretamente a qualidade e o valor da nossa produção. Quando a análise está com alguma diferença padrão, a Aprosoja está lá para ajudar a padronizar a amostragem e garantir que a metodologia empregada seja aquela estabelecida pelo Mapa”, conta.
Por meio do Classificador Legal, a Aprosoja Mato Grosso reforça o compromisso de defender os interesses dos produtores e garantir maior transparência na comercialização dos grãos. Com orientações e classificadores qualificados, a iniciativa evita práticas irregulares, como a classificação inadequada e descontos substanciais em grãos que venham apresentar defeitos superficiais. Diante dos desafios enfrentados no campo, os depoimentos dos produtores evidenciam que o respaldo técnico promovido pela entidade é essencial.
Classificador Legal
Implementado em 2017, o Classificador Legal traz uma grande vantagem para os produtores, pois oferece uma avaliação imparcial e de acordo com os padrões oficiais exigidos pela Instrução Normativa 11/2007 (IN11/2007) e com laudo reconhecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Ele garante que os produtores possam contestar classificações inadequadas e evitar descontos indevidos nas cargas.
Em 2024 foram realizados mais de 1,2 mil atendimentos, sendo cerca de 65% deles para arbitragem, destacando-se como uma ferramenta essencial para garantir a conformidade nas classificações de soja e milho.
Para os produtores rurais que desejam acionar o classificador de grãos da sua região, basta acionar o Canal do Produtor pelo telefone ou WhatsApp (65) 3027-8100 e abrir uma ordem de serviço. A arbitragem ou análise da amostragem será feita pelo classificador mais próximo que estiver disponível.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Créditos de ICMS podem virar capital de giro para produtores rurais

Imagem: Freepik
Em São Paulo, a Portaria CAT 153/2011 regulamenta a utilização de créditos acumulados de ICMS por produtores rurais e agroindústrias. O mecanismo autoriza a conversão desses valores em recursos financeiros para uso imediato, sem necessidade de recorrer a financiamentos.
O crédito de ICMS é gerado em operações em que há diferença entre o imposto pago na compra de insumos e o devido na venda de produtos. No caso do setor agropecuário, isso ocorre com frequência em transações interestaduais ou isentas, quando o saldo credor se acumula no livro fiscal. Para transformar esse valor em capital de giro, o produtor deve solicitar autorização formal à Secretaria da Fazenda do Estado, por meio do sistema eletrônico e-CredRural.
O processo exige credenciamento prévio no sistema e apresentação de documentação comprobatória, incluindo notas fiscais, registros de produção e demonstrativos contábeis. A habilitação pode abranger créditos gerados mensalmente ou valores extemporâneos acumulados nos últimos cinco anos, desde que devidamente comprovados. Após análise e deferimento, o montante é liberado para transferência ou utilização autorizada, conforme as regras da portaria.
Além de produtores rurais, estabelecimentos agroindustriais enquadrados na legislação estadual também podem requerer o benefício. A utilização correta dos créditos depende do cumprimento rigoroso dos critérios fiscais e prazos estabelecidos, sob pena de indeferimento do pedido.
COMO TER ACESSO:
O procedimento para solicitação de créditos acumulados de ICMS podem ser obtidas no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo: CLIQUE AQUI.
Também é possível o atendimento presencial nas Delegacias Regionais Tributárias, mediante agendamento eletrônico.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Rotas gastronômicas: preservando sabores e saberes tradicionais

Foto: Comunicação do Sistema Faesp/Senar-SP
As rotas gastronômicas de São Paulo são um convite à imersão nos saberes e sabores do interior paulista, valorizando a diversidade cultural e a riqueza produtiva das regiões rurais. Ao percorrer caminhos que unem pequenos produtores, cozinhas tradicionais, agroindústrias familiares e chefs locais, o visitante experimenta uma culinária autêntica, marcada por ingredientes frescos, receitas centenárias e técnicas passadas entre gerações ou aprendidas em cursos que valorizam a cozinha regional. Essas rotas reforçam o vínculo entre campo e mesa, promovem o turismo sustentável e fortalecem a identidade das comunidades, ao mesmo tempo em que estimulam a economia local e preservam o patrimônio alimentar paulista.Convidada a participar da 12ª Rota, Maria Dalma Silva Ramos, de Capão Bonito, reitera que os cerca de 20 cursos que fez no Senar-SP foram fundamentais para o sucesso do empreendimento, desde o projeto até a implementação e a definição do público a ser atingido. O Peabiru Portal Turístico oferece mais que um alimento de qualidade, mas o acolhimento das antigas casas de avós, com fogão a lenha e mesa farta aos finais de semana e feriados, assim como pratos a la carte e executivos diariamente, sempre tendo como foco a culinária tradicional paulista.
“Empreender na área gastronômica sempre foi um sonho. Entendemos que as pessoas precisam desse reencontro com o simples, como a comida afetiva das mães e avós. Essa é a nossa proposta e vemos a alegria dos nossos clientes ao perceber o resgate dessa tradição culinária que ele achava que estava perdida no tempo. Comida simples, saborosa e que traz boas recordações”, frisou Maria Dalma, que compra dos produtores da região os legumes, folhagens e grãos utilizados no dia a dia.
O diferencial do restaurante também passa pelo aprendizado nos cursos. Durante muitos anos, morando em uma região sem energia elétrica, ela via os pais colocarem carnes e embutidos na fumaça do fogão, o conhecido “fumeiro”, para a conservação. Com as novas técnicas, ela especializou-se em defumação e tem como carro-chefe o filé mignon suíno e o frango defumados, servidos como entrada e prato principal, respectivamente, em eventos gastronômicos que participa.
Para a instrutora do Senar-SP Fanny Paulina Kuhnle, o programa de turismo rural é muito importante para os municípios e a população em geral, porque ele vem crescendo, valorizando esses saberes e automaticamente os sabores das regiões. Pela colonização, o estado de São Paulo é fantástico, com a diversidade na formação de seu povo.
“O saber dos portugueses, o saber dos negros, o saber do povo que aqui estava, todos eles vêm com uma tradição lá atrás. O português, principalmente, a miscigenação desse povo. O que me segura no Senar é essa vontade de estimular, de fomentar essa preservação dos nossos antepassados. e que os jovens estão perdendo através da tecnologia de alimentos, através da industrialização”, explicou Fanny.
O presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)/Senar, Tirso Meirelles, é um entusiasta dos projetos que incentivam o turismo e fortalecem a economia dos municípios paulistas. Em parceria com o governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, a Faesp ajudou a mapear propriedades rurais que pudessem oferecer experiências únicas, colaborando na construção das rotas turísticas, ferramenta importante para o fortalecimento da cadeia agropecuária.
“O turismo rural é muito importante não apenas para o desenvolvimento dos municípios paulistas, mas também para a preservação das tradições, incluindo a gastronomia regional. São Paulo é um estado muito rico de sabores e vem se tornando cada vez mais referência, pela variedades de produtos e o resgate de receitas que remontam a séculos passados”, concluiu Tirso Meirelles.
(Com Agricultura/SP)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Custo de produção do leite sobe 4,31% no Mato Grosso

Foto: Pixabay
Segundo análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (11), o Custo Operacional Efetivo (COE) para produzir leite em Mato Grosso subiu 4,31% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, alcançando R$ 1,45 por litro. O aumento foi impulsionado pelos maiores gastos com suplementação mineral, outros custos e aquisição de animais, que tiveram alta de 6,79%, 14,99% e 18,81%, respectivamente.
No mesmo período, o preço médio pago ao produtor no estado foi de R$ 2,31 por litro, resultando em uma margem positiva de R$ 0,87 por litro quando considerado apenas o COE.
Por outro lado, ao incluir depreciações e mão de obra familiar, o Custo Operacional Total (COT) atingiu R$ 2,37 por litro. “Nesse cenário, a margem do produtor não se sustenta, ficando em -R$ 0,06 por litro”, destacou o Imea.
De acordo com a análise, a situação exige atenção, pois a viabilidade da atividade depende de margens que cubram não apenas os custos diretos, mas também investimentos de longo prazo. O instituto aponta que essa conjuntura já resulta em menor captação e produção, pressionando a rentabilidade.
Seane Lennon / Agrolink
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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