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Economia

Indústria e pesquisa saem na frente e governo precisa correr para acompanhar o ritmo

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Foto: Gustavo Meca/Agência Texto
Os bioinsumos vieram para ficar e a iniciativa privada olha para o futuro. Nos parques industriais ele chega antes, principalmente quando o que se produz tem relação com a pesquisa. É inovação pura com busca por soluções cada vez mais sustentáveis.
Este, por exemplo, é o caso da BRQ Brasilquímica, empresa brasileira sediada em Batatais (SP), especializada na produção de insumos para a nutrição de plantas.

A pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos são destaques no plano de crescimento. Em 2024, a BRQ lançou no mercado sete novas formulações de sua linha de fertilizantes especiais. “O plano de investimentos inclui aumento da presença no segmento de fertilizantes especiais e de bioestimulantes. Também ampliamos nossa capacidade de fabricação, aumento na armazenagem e expedição”, observa CEO da companhia, Renan Cardoso.

bioinsumos
Foto: Fernanda Toigo

O investimento em bioinsumos aconteceu de olho no futuro. A pesquisa avançou, as empresas não pouparam esforços, mas a tão sonhada regulamentação dos biológicos só se tornou realidade depois que os produtos já decolavam no mercado.

Mercado de bioinsumos ultrapassará 20% de expansão

Os bioinsumos foram regulamentados no fim de 2024. O passo, embora tardio, foi comemorado.“Estamos satisfeitos com o pouco que já andou. Tem muita coisa pela frente, estamos em uma escala de crescimento muito forte. A regulamentação no Brasil para a produção de bioinsumos chegou e vai precisar de transformações constantes. Um passo significativo aconteceu, ponto positivo para empresas que querem oferecer soluções para o agronegócio brasileiro que possa ter segurança para trabalhar”, diz  o presidente do Conselho de Administração da BRQ, Marcelo Fernandes.
Os insumos biológicos são o futuro do agronegócio. A indústria, por sua vez, vem trabalhando pra recuperar esse tempo perdido, impulsionada pela mudança de paradigma. As empresas inovaram na estratégia e decidiram falar a linguagem do produtor, o que fez toda a diferença. “A maneira de abordar o conceito dos bioinsumos traduziu a informação aos produtores, tratada com clareza, mostrando realmente a funcionalidade , ‘matando a cobra e mostrando o pau’. Entregando os produtos a eles, fazendo os testes no campo e mostrando que é possível produzir mais e de maneira mais sustentável, utilizando esses produtos”, confirma Renan.

EXPANSÃO

O produtor vem absorvendo as vantagens dos biológicos. E a BRQ aposta na expansão da capilaridade das vendas e na adição de produtos ao portfólio, enquanto continua a investir em seus produtos biológicos e bioestimulantes. A fórmula tem refletido resultados pujantes “Nosso faturamento saltou de R$ 159 milhões, registrado em 2023, para R$ 232 milhões em 2024. É motivo de orgulho, pois em um cenário tão desafiador, seguimos o planejamento estratégico definido há dois anos, com perspectiva para os próximos cinco anos, que incluiu a organização interna – em infraestrutura e posicionamento no mercado – exatamente para enfrentar eventuais adversidades e crescer. Também contamos com o reconhecimento que temos pela qualidade dos nossos produtos, algo que valorizamos muito nestes 30 anos de história. Igualmente importante é o sólido relacionamento construído com os fornecedores nacionais e, especialmente, com os internacionais”, afirma o presidente do Conselho de Administração da BRQ, Marcelo Fernandes.

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Créditos de ICMS podem virar capital de giro para produtores rurais

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Imagem: Freepik

 

Em São Paulo, a Portaria CAT 153/2011 regulamenta a utilização de créditos acumulados de ICMS por produtores rurais e agroindústrias. O mecanismo autoriza a conversão desses valores em recursos financeiros para uso imediato, sem necessidade de recorrer a financiamentos.

O crédito de ICMS é gerado em operações em que há diferença entre o imposto pago na compra de insumos e o devido na venda de produtos. No caso do setor agropecuário, isso ocorre com frequência em transações interestaduais ou isentas, quando o saldo credor se acumula no livro fiscal. Para transformar esse valor em capital de giro, o produtor deve solicitar autorização formal à Secretaria da Fazenda do Estado, por meio do sistema eletrônico e-CredRural.

O processo exige credenciamento prévio no sistema e apresentação de documentação comprobatória, incluindo notas fiscais, registros de produção e demonstrativos contábeis. A habilitação pode abranger créditos gerados mensalmente ou valores extemporâneos acumulados nos últimos cinco anos, desde que devidamente comprovados. Após análise e deferimento, o montante é liberado para transferência ou utilização autorizada, conforme as regras da portaria.

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Além de produtores rurais, estabelecimentos agroindustriais enquadrados na legislação estadual também podem requerer o benefício. A utilização correta dos créditos depende do cumprimento rigoroso dos critérios fiscais e prazos estabelecidos, sob pena de indeferimento do pedido.

COMO TER ACESSO:

O procedimento para solicitação de créditos acumulados de ICMS podem ser obtidas no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo: CLIQUE AQUI.

Também é possível o atendimento presencial nas Delegacias Regionais Tributárias, mediante agendamento eletrônico.

(Com Pensar Agro)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Rotas gastronômicas: preservando sabores e saberes tradicionais

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Foto: Comunicação do Sistema Faesp/Senar-SP 

 

As rotas gastronômicas de São Paulo são um convite à imersão nos saberes e sabores do interior paulista, valorizando a diversidade cultural e a riqueza produtiva das regiões rurais. Ao percorrer caminhos que unem pequenos produtores, cozinhas tradicionais, agroindústrias familiares e chefs locais, o visitante experimenta uma culinária autêntica, marcada por ingredientes frescos, receitas centenárias e técnicas passadas entre gerações ou aprendidas em cursos que valorizam a cozinha regional. Essas rotas reforçam o vínculo entre campo e mesa, promovem o turismo sustentável e fortalecem a identidade das comunidades, ao mesmo tempo em que estimulam a economia local e preservam o patrimônio alimentar paulista.Convidada a participar da 12ª Rota, Maria Dalma Silva Ramos, de Capão Bonito, reitera que os cerca de 20 cursos que fez no Senar-SP foram fundamentais para o sucesso do empreendimento, desde o projeto até a implementação e a definição do público a ser atingido. O Peabiru Portal Turístico oferece mais que um alimento de qualidade, mas o acolhimento das antigas casas de avós, com fogão a lenha e mesa farta aos finais de semana e feriados, assim como pratos a la carte e executivos diariamente, sempre tendo como foco a culinária tradicional paulista.

“Empreender na área gastronômica sempre foi um sonho. Entendemos que as pessoas precisam desse reencontro com o simples, como a comida afetiva das mães e avós. Essa é a nossa proposta e vemos a alegria dos nossos clientes ao perceber o resgate dessa tradição culinária que ele achava que estava perdida no tempo. Comida simples, saborosa e que traz boas recordações”, frisou Maria Dalma, que compra dos produtores da região os legumes, folhagens e grãos utilizados no dia a dia.

O diferencial do restaurante também passa pelo aprendizado nos cursos. Durante muitos anos, morando em uma região sem energia elétrica, ela via os pais colocarem carnes e embutidos na fumaça do fogão, o conhecido “fumeiro”, para a conservação. Com as novas técnicas, ela especializou-se em defumação e tem como carro-chefe o filé mignon suíno e o frango defumados, servidos como entrada e prato principal, respectivamente, em eventos gastronômicos que participa.

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Para a instrutora do Senar-SP Fanny Paulina Kuhnle, o programa de turismo rural é muito importante para os municípios e a população em geral, porque ele vem crescendo, valorizando esses saberes e automaticamente os sabores das regiões. Pela colonização, o estado de São Paulo é fantástico, com a diversidade na formação de seu povo.

“O saber dos portugueses, o saber dos negros, o saber do povo que aqui estava, todos eles vêm com uma tradição lá atrás. O português, principalmente, a miscigenação desse povo. O que me segura no Senar é essa vontade de estimular, de fomentar essa preservação dos nossos antepassados. e que os jovens estão perdendo através da tecnologia de alimentos, através da industrialização”, explicou Fanny.

O presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)/Senar, Tirso Meirelles, é um entusiasta dos projetos que incentivam o turismo e fortalecem a economia dos municípios paulistas. Em parceria com o governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, a Faesp ajudou a mapear propriedades rurais que pudessem oferecer experiências únicas, colaborando na construção das rotas turísticas, ferramenta importante para o fortalecimento da cadeia agropecuária.

“O turismo rural é muito importante não apenas para o desenvolvimento dos municípios paulistas, mas também para a preservação das tradições, incluindo a gastronomia regional. São Paulo é um estado muito rico de sabores e vem se tornando cada vez mais referência, pela variedades de produtos e o resgate de receitas que remontam a séculos passados”, concluiu Tirso Meirelles.

(Com Agricultura/SP)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Custo de produção do leite sobe 4,31% no Mato Grosso

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Foto: Pixabay

 

Segundo análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (11), o Custo Operacional Efetivo (COE) para produzir leite em Mato Grosso subiu 4,31% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, alcançando R$ 1,45 por litro. O aumento foi impulsionado pelos maiores gastos com suplementação mineral, outros custos e aquisição de animais, que tiveram alta de 6,79%, 14,99% e 18,81%, respectivamente.

No mesmo período, o preço médio pago ao produtor no estado foi de R$ 2,31 por litro, resultando em uma margem positiva de R$ 0,87 por litro quando considerado apenas o COE.

Por outro lado, ao incluir depreciações e mão de obra familiar, o Custo Operacional Total (COT) atingiu R$ 2,37 por litro. “Nesse cenário, a margem do produtor não se sustenta, ficando em -R$ 0,06 por litro”, destacou o Imea.

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De acordo com a análise, a situação exige atenção, pois a viabilidade da atividade depende de margens que cubram não apenas os custos diretos, mas também investimentos de longo prazo. O instituto aponta que essa conjuntura já resulta em menor captação e produção, pressionando a rentabilidade.

Seane Lennon / Agrolink

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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