Agricultura
Contra falsificações: teste de DNA vai identificar o verdadeiro queijo minas artesanal

Uma espécie de “mapa genético” do queijo minas artesanal (QMA) do Serro está sendo desenvolvida em estudo inédito.
A pesquisa envolve a análise dos microrganismos presentes no produto e a avaliação da saúde do rebanho leiteiro que fornece a matéria-prima do alimento.
A iniciativa, conduzida pela Emater-MG, Universidade Federal de Lavras (Ufla), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), selecionou 32 propriedades de dez municípios da região do Serro para a realização de diversas coletas de materiais, até o início de abril. As amostras já estão em análise nos laboratórios das universidades.
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A pesquisa vai identificar as bactérias ácido láticas encontradas no queijo da região, no leite, nas tábuas de maturação e no “pingo” – fermento natural retirado do soro do queijo e essencial para o sabor característico do produto.
Essas bactérias benéficas ajudam na fermentação e conferem características únicas ao queijo do Serro. Serão avaliados queijos em diferentes fases de maturação. A análise detalhada tem dois objetivos: permitir a rastreabilidade do produto e prevenir falsificações.
“A pesquisa vai mostrar como e quais microrganismos atuam para dar as características de sabor e aroma ao queijo do Serro, do início do processo ao final da maturação. As bactérias identificadas poderão comprovar quando um queijo é realmente produzido na região do Serro. Servirá como uma assinatura para atestar a autenticidade do produto”, detalha o veterinário José Aparecido Martins da Silva, coordenador regional de Pecuária da Emater-MG.
Qualidade sanitária do rebanho
A pesquisa também avalia, além da análise das bactérias típicas do queijo, a qualidade sanitária do rebanho leiteiro. Para isso, foram coletadas amostras do leite (na ordenha e nos tanques de armazenamento), do soro do leite, do sangue dos animais e até de carrapatos.
“Os exames vão detectar a presença de doenças que podem afetar a saúde do gado e comprometer a qualidade do leite, como brucelose, tuberculose, leptospirose, toxoplasmose e mastite, além de investigar a eficácia de carrapaticidas usados na região”, afirma Silva.
De acordo com ele, os resultados da pesquisa estão previstos para agosto deste ano.
Queijo do Serro
Em dezembro de 2024, os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal foram reconhecidos pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
O Serro é uma das dez regiões do estado caracterizadas como produtoras do QMA. São aproximadamente 4 mil toneladas de queijo por ano.
Produzido nos arredores da Serra do Espinhaço, o produto é conhecido por ter um sabor levemente ácido, porém suave. As peças possuem peso entre 700 g a 1 kg, consistência compacta, cor amarelada e interior semiduro.
Os municípios que fazem parte da região produtora do Serro são: Alvorada de Minas, Coluna, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.
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Agricultura
Preços reagem, sojicultor negocia e alta do dólar impulsiona mercado no Brasil

A semana foi marcada por uma recuperação nos preços internos da soja e por maior movimentação no mercado brasileiro. A combinação entre a valorização do dólar e o avanço dos contratos futuros em Chicago estimulou a retomada dos negócios no país.
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Segundo Rafael Silveira, consultor da Safras & Mercado, os produtores aproveitaram os momentos favoráveis para fechar novas vendas. ”O produtor tem se mostrado mais ativo, aproveitando para abrir espaço nos armazéns visando o milho que vem pela frente. As negociações ocorreram tanto no porto quanto com a indústria, que segue com boa demanda por soja”, afirma.
Em diversas regiões, os preços superaram a paridade de exportação, indicando maior competitividade entre os compradores. “No oeste do Paraná, por exemplo, os valores praticados estão acima do esperado para o nível de paridade”, destaca Silveira.
Confira a variação semanal de preços de soja em algumas praças:
- Passo Fundo (RS): de R$ 129,50 para R$ 130,00
- Rondonópolis (MT): de R$ 114,50 para R$ 115,00
- Porto de Paranaguá (PR): de R$ 134,00 para R$ 134,50
Mercado de soja em Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho subiram 0,9% na semana, cotados a US$ 10,59 1/2 por bushel nesta sexta-feira, 23. O movimento foi impulsionado por preocupações com o clima na Argentina, incertezas em torno do mandato do biodiesel nos Estados Unidos e atrasos no plantio norte-americano.
Câmbio
O câmbio também contribuiu. O dólar comercial teve valorização de 0,79% na semana, chegando a R$ 5,7132 na manhã desta sexta. A alta foi influenciada por dúvidas fiscais no Brasil e pela possibilidade de novas tarifas dos Estados Unidos contra a União Europeia, o que sustentou a moeda americana e, por consequência, a competitividade da soja brasileira no exterior.
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Agricultura
Gripe aviária: RS conclui ronda em Montenegro e inicia novo ciclo de controle

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul (Seapi) concluiu nesta sexta-feira (23) a terceira rodada de visitas às propriedades rurais localizadas em um raio de três quilômetros do foco confirmado de gripe aviária em Montenegro (RS). A ação envolveu 19 propriedades com presença de aves.
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Neste sábado (24), o Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) dará início ao segundo ciclo de visitas nas 255 propriedades situadas no raio de até dez quilômetros do foco. O trabalho segue as diretrizes do Plano Nacional de Contingência para Influenza Aviária, que determina revisitas a cada três dias nas áreas mais próximas e a cada sete dias nas propriedades mais distantes.
Segundo Rosane Collares, diretora do DDA, as ações fazem parte do protocolo de contenção da doença. A gripe aviária é uma enfermidade viral que afeta aves e pode ser transmitida a mamíferos, incluindo humanos, por contato com animais infectados, água ou materiais contaminados.
A partir desta sexta, o monitoramento passou a contar com quatro barreiras sanitárias operando 24 horas. Duas delas estão localizadas nas estradas vicinais dentro do raio de três quilômetros. A barreira ao norte da RS-124 e o ponto de bloqueio principal seguem ativos. Desde o início das ações, 3.337 veículos foram abordados e submetidos à desinfecção.
As atividades de educação sanitária continuam nos municípios da região. A Seapi reforça que o consumo de carne de aves e ovos permanece seguro, pois a doença não é transmitida por alimentos.
Casos suspeitos devem ser comunicados imediatamente por meio da inspetoria local, sistema e-Sisbravet ou WhatsApp (51) 98445-2033.
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Agricultura
Governo lança Programa Solo Vivo para restaurar solos e apoiar agricultura familiar

O governo federal lançou neste sábado (24), em Campo Verde (MT), o Programa Solo Vivo. A iniciativa busca recuperar áreas de solo degradado, aumentar a produtividade e reduzir desigualdades na produção rural, com foco na agricultura familiar.
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A cerimônia aconteceu no assentamento Santo Antônio da Fartura, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, ele destacou a importância de garantir acesso igualitário a insumos e tecnologia para pequenos produtores. O presidente também defendeu a valorização da produção voltada para o consumo familiar como forma de garantir segurança alimentar e justiça social no campo.
Na primeira etapa, o Solo Vivo contará com um investimento de R$ 42,8 milhões, beneficiando entre 800 e 1.000 famílias de dez assentamentos em diferentes regiões do estado. Os agricultores receberão suporte técnico para restaurar a fertilidade do solo, aumentar a produção, gerar renda e manter-se de forma sustentável no campo.
O evento também marcou a entrega de máquinas agrícolas pelo Programa Estratégico de Fortalecimento Estrutural de Assentamentos Rurais, uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A ação contempla 38 municípios mato-grossenses.
Além disso, 78 títulos de domínio foram entregues a famílias dos assentamentos Santo Antônio da Fartura, em Campo Verde, e Salete Strozac, em Guiratinga. As propriedades tituladas totalizam 1.764,86 hectares, com investimento superior a R$ 397 mil. A titulação garante segurança jurídica e representa um passo importante para o desenvolvimento rural no estado.
Durante o evento, o ministro Carlos Fávaro destacou o avanço na abertura de mercados internacionais para produtos do agronegócio brasileiro. Segundo ele, o Brasil já alcança mais de 1,1 bilhão de toneladas produzidas nesta safra, com 374 novos mercados abertos para exportação.
As ações do Programa Solo Vivo são realizadas em parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Mato Grosso (Fetagri-MT) e o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT).
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