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Agricultura

Até os centavos: estudo calcula preço das emissões de carbono na agropecuária

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Foto: Canal Rural Mato Grosso

O preço das emissões de carbono na agropecuária brasileira foi estimado em US$ 11,54 por tonelada de gás carbônico equivalente (US$ 11,54/tCO2e), conforme estudo da Embrapa Territorial embasado em trabalhos científicos de diversos países.

A pesquisa analisou valores, métodos de cálculo e fatores que determinam o preço do carbono emitido pelo setor ao redor do mundo.

Para a economista Daniela Tatiane de Souza, analista da Embrapa, ter uma estimativa de valor é importante para que as empresas e instituições que queiram desenvolver programas e políticas de incentivo a práticas sustentáveis tenham preços de referência.

Os valores encontrados para a tonelada de CO2 equivalente variaram bastante conforme a fonte pesquisada pelo estudo da Embrapa. Assim, iam de US$ 2,60 a US$ 157,50/tCO2e.

Daniela explica que essa variabilidade é natural, já que os artigos analisados utilizam métodos distintos e tratam da agricultura em países com níveis de adoção de tecnologias diversos.

Desta forma, a revisão sistemática revelou os principais fatores que influenciam o custo das emissões de carbono na agropecuária. O principal deles é o Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.

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“Qualquer variação no PIB afeta o preço do carbono. Verificou-se que economias maiores tendem a ter preços de carbono mais baixos. Se aumentar o nível de CO2 na agricultura, o que vai acontecer com o preço do carbono? Em mercados voluntários ou menos regulamentados, um aumento nas emissões de CO2 pode não resultar em preços mais altos para o carbono”, detalha.

Além do PIB e do nível de emissões de CO2, são considerados, principalmente, a participação da agricultura na economia e o uso de fertilizantes nitrogenados.

Preço no Brasil

Para estimar o preço do carbono para a agropecuária brasileira, a equipe da Embrapa Territorial utilizou esses fatores determinantes globais. Com dados próprios do Brasil e adotando um modelo econométrico, chegou-se ao preço de US$ 11,54/tCO2e.

De acordo com Daniela, o valor está próximo do que tem sido observado no mercado voluntário internacional de carbono, para a agricultura.

O chefe-geral da Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti, ressalta que é importante reconhecer que, em alguns casos, o aumento do nível tecnológico da produção pode elevar as emissões. “Mas, quando pensamos na sustentabilidade de forma mais ampla, isso é compensado com ganhos na produtividade e maior sequestro de carbono nos sistemas agropecuários.”

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Por que o precificar o carbono?

Foto: Pixabay

Por ser o gás de efeito estufa (GEE) mais emitido na atmosfera desde o início da industrialização, o gás carbônico tornou-se indicador ambiental. Para efeitos comparativos e uniformização no mercado, a geração de outros GEE e agentes causadores de impacto ambiental são convertidos em toneladas de CO2 equivalente para mensuração e valoração.

Ao se estimar o preço do carbono de uma atividade econômica, cria-se um incentivo financeiro para se investir em tecnologias e práticas mais sustentáveis. Por exemplo, a melhoria nas práticas de adubação para diminuir o uso de nitrogênio e a emissão de óxido nitroso – outro importante GEE – para a atmosfera.

“Como a redução das emissões de GEE e a remoção de CO2 da atmosfera têm um custo (social, econômico e ambiental), a precificação é necessária para saber quanto se deve pagar por uma tonelada de CO2 equivalente que deixou de ser emitida ou que foi removida da atmosfera por uma atividade ou projeto”, detalha o pesquisador da Embrapa Lauro Rodrigues Nogueira Júnior.

Segundo ele, a precificação de carbono serve de referência para quem vai receber e para quem vai pagar por isso. “É claro que ela é só uma referência, pois quando já se tem o certificado de emissão reduzida (CER), pode-se negociar valores maiores do que quem ainda vai iniciar um projeto. Esse valor serve também para programas governamentais de redução de emissões que precisam de referências, assim como para os programas de pagamento por serviços ambientais que vêm sendo implementados no Brasil”, complementa.

Como o estudo foi realizado?

A equipe da Embrapa conduziu uma revisão sistemática de publicações científicas sobre precificação do carbono na agropecuária ao redor do mundo, a partir de fontes como Science Direct, Web of Science, Springer, Wiley Online e Google Scholar.

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A pesquisa considerou diferentes metodologias para a precificação, incluindo custo marginal de abatimento, modelos de avaliação integrada e preço sombra. Foram selecionados 32 estudos, abarcando o período entre 2004 e 2024. O maior número de trabalhos tem origem na China, Austrália e Reino Unido.

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Agricultura

Preço do boi gordo se mantém nesta quinta-feira, segundo Índice Datagro

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Foto gerada por IA

O Indicador do Boi Gordo Datagro sinaliza para uma estabilidade dos preços nesta quinta-feira com pequenas oscilações nas cotações das praças. A demanda aquecida no mercado interno e o afastamento do risco de medida sanitária contra a carne brasileira pela China têm segurado os preços.

Em São Paulo, a cotação fechou no maior valor do dia, a R$ 322,63 por arroba, representando queda de -0,11%. No Pará, o preço atingiu R$ 307,64, com variação de 1,28%, a maior elevação desta quinta-feira.

Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:

São Paulo: R$ 322,63

Goiás: R$ 316,78

Minas Gerais: R$ 311,57

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Mato Grosso: R$ 306,40

Mato Grosso do Sul: R$ 319,48

Pará: R$ 307,64

Rondônia: R$ 281,22

Tocantins: R$ 303,01

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Bahia: de 312,20

O Indicador do Boi Gordo Datagro é a referência utilizada pela B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.

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Agricultura

Receita da JBS sobe 13% no 3º trimestre e atinge US$ 22,6 bilhões

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Foto: Divulgação

A JBS registrou receita líquida de US$ 22,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O avanço foi disseminado entre todas as unidades da companhia e confirma, segundo a empresa, a capacidade de operar sua plataforma global multiproteína com disciplina e agilidade em diferentes cenários de mercado.

O lucro líquido somou US$ 581 milhões, enquanto o retorno sobre o patrimônio (ROE) alcançou 23,7% nos últimos 12 meses. A alavancagem encerrou o trimestre em 2,39 vezes, alinhada à meta de longo prazo. O EBITDA ajustado IFRS ficou em US$ 1,8 bilhão, com margem consolidada de 8,1%.

“O trimestre comprova a força da nossa plataforma global multiproteína e como a operamos com disciplina, agilidade e resiliência”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

EUA registram receita recorde na operação de carne bovina

Nos Estados Unidos, a JBS Beef North America alcançou receita recorde de US$ 7,2 bilhões, impulsionada pela demanda doméstica resiliente, mesmo em um cenário de oferta restrita e preços historicamente elevados do gado.

Segundo Tomazoni, a equipe manteve “consistência e execução disciplinada”, garantindo crescimento mesmo em um ambiente de custos elevados.

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A Pilgrim’s Pride, operação de aves da companhia, atingiu margem de 16,2%, apoiada em portfólio diversificado e ganhos contínuos de eficiência. O segmento de Prepared Foods avançou mais de 25% em vendas na América do Norte, com performances acima da média também na Europa e no México.

A JBS USA Pork também registrou receita recorde, com margem EBITDA de 9,8%, sustentada por forte demanda interna e expansão de produtos de marca e preparados. Durante o trimestre, a empresa anunciou a compra de uma planta em Iowa e o avanço na construção de outra unidade no estado.

Friboi e Seara impulsionam resultado no Brasil

No Brasil, a JBS registrou margem EBITDA de 7,4%. A Friboi teve mais um trimestre de crescimento, com bom desempenho nas exportações e no mercado doméstico. A marca foi novamente eleita a mais lembrada do país na categoria de carnes pelo prêmio Top of Mind.

A Seara alcançou o maior volume de exportações de sua história, mesmo diante de restrições temporárias às vendas para China e Europa, que já foram encerradas. A margem EBITDA da unidade foi de 13,7%.

Segundo Tomazoni, o desempenho foi sustentado por inovação, redirecionamento de volumes e foco em rentabilidade. Ele destacou lançamentos como a linha Seara Protein, produtos para AirFryer e parcerias com a Netflix.

JBS Austrália mantém rentabilidade apesar do custo mais alto do gado

A JBS Austrália encerrou o trimestre com margem EBITDA de 11,4%, impulsionada pela maior disponibilidade de gado e demanda aquecida. O segmento de carne bovina foi o principal motor dos resultados, compensando o aumento de 26% no custo do gado, segundo dados da Meat & Livestock Australia (MLA).

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Tomazoni afirmou que a Austrália “continua sendo pilar estratégico para a diversificação geográfica da JBS” e um exemplo de eficiência operacional.

Empresa reforça foco em crescimento sustentável

O CEO destacou que a companhia mantém disciplina financeira e segue investindo com responsabilidade. “A demanda global por proteína continua em expansão, e a JBS está pronta para capturar esse crescimento com um portfólio equilibrado, execução sólida e visão de longo prazo.”

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Boi gordo: consumo aquecido faz preços do atacado dispararem

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Foto: Semagro/MS

O mercado físico do boi gordo opera com preços acomodados nesta quinta-feira (13), em meio a escalas de abate curtas em boa parte do país. O Ministério da Agricultura afastou os rumores envolvendo a presença de fluazuron em amostras de carne brasileira, informação que pressionou a B3 na primeira metade de novembro.

A preocupação agora recai sobre a investigação conduzida pela China sobre os impactos das importações na produção local. A decisão está prevista para 26 de novembro, e até lá o mercado deve seguir volátil, segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Preços médio da arroba do boi gordo

  • São Paulo: R$ 327,33
  • Goiás: R$ 320,89
  • Minas Gerais; R$ 315,88
  • Mato Grosso do Sul: R$ 323,98.
  • Mato Grosso: R$ 309,12

Mercado atacadista

O mercado atacadista de carne bovina registra alta consistente dos preços. Segundo Iglesias, o cenário aponta para continuidade da valorização no curtíssimo prazo, favorecido pelo pico do consumo doméstico com o pagamento do 13º salário, aumento de vagas temporárias e confraternizações de fim de ano.

  • Quarto traseiro : R$ 26,00/kg,
  • Quarto dianteiro: R$ 19,50/kg
  • Ponta de agulha: R$ 19,00/kg

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,09%, cotado a R$ 5,2971 para venda e R$ 5,2951 para compra. A divisa oscilou entre R$ 5,2735 na mínima e R$ 5,3025 na máxima durante a sessão.

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